segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um pouco de revolta

Qual a maior realização do repórter? A resposta que vem na mente da maioria dos jornalistas é quando a sua informação faz um bem a terceiros. Geralmente aos menos afortunados, desprotegidos pelo Estado e aqueles que vivem à margem da sociedade. Creio que a maior realização do profissional é essa, fazer o bem, incorporar a utilidade pública, ser o arauto da verdade, e blá blá blá. Pode ser um sonho de um jovem e iniciante repórter, mas é essa utopia que deveria nos nortear por toda carreira profissional de um comunicador.

Em tom de desabafo mesmo lamento os tempos que vivemos. Hoje, abrimos jornais e demos aquela olhada nos sites noticiosos e diariamente vemos matérias denunciantes, escandalos, pessoas presas, figurões por trás das grades. Foi o tempo em que figurar nas páginas de Polícia era algo vexatório. As 'pulseiras de prata' viraram artigo de adereço de políticos, empresários e demais pessoas 'importantes'.

Vendo o Fantástico, da Tv Globo, ontem, fiquei ainda mais indignado. As operadoras de internet banda larga entram no hall de reclamações do Procon. Nenhuma novidade. Elas engrossam uma fila que tem um monte de empresa que não respeita e nunca vão respeitar o Código do Consumidor. A galera não respeita a Constituição Federal, que sá, Código Penal, Civil, ou qualquer dogma que norteie o convívio humano nesse país.

Uma denúncia hoje publicada, por exemplo, só fica viva por no máximo dois, três dias. E nada é feito pelas autoridades. E nisso insiro Executivo, Legislativo e Judiciário, em todas as instâncias, municipal, estadual e federal. É emitida uma nota explicativa dando um verdadeiro 'H' e pronto. Lascou! E isso assusta. Em um país que nem o presidente manda de fato e de direito, o que esperar de respeito as leis e o que é certo?

Pode parecer um post devanista, sonhador e abstrato. Ser decente é de cada um. Deveria ser uma condição básica do ser humano, mas infelizmente não é. Sei que como a Coca Cola diz: Os bons são maioria; mas eles precisam aparecer e tomar conta do pedaço sem se infectar com o sistema em vigência.

Os planos de saúde judiam de nós, telefonia dão um tapa na cara da gente, médicos nos desrespeitam na Emergência, governos nos enrrolam com o burocracês, e por aí vai. Aí vamos chamar por quem? Nem Deus dá jeito. A impunidade está gritando mais alto. Ninguém tem medo de mais nada, muito menos pudor ou vergonha.

Minhas palavras logicamente não vão surtir efeito algum. Minha revolta não fede, nem cheira. Como também a revolta dos outros 180 milhões de brasileiros. Acho que tá bom de revolta por hoje. Assim termino esse post inócuo e sem finalidade.....rsrsrs

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