quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Menos anjinhos no céu


Qualquer pessoa poderia pensar que pode ser uma simples marca de propaganda governamental. Mas quando o assunto mexe com a preservação da vida humana, merece louvor. Em 1998, Alagoas ostentava o penoso status de pior Estado da Federação, pois abrigar no município de São José da Tapera o maior índice de mortalidade infantil do país.


Tanto que em idos de 2001, o então ministro da Saúde, José Serra, acompahado do também então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, deu ponta pé aos programas assistenciais do governo federal. Mas o que venho ressaltar aqui é o marco alagoano de não registrar morte alguma de crianças menores de um ano em 14 municípios.


A intenção do governo federal é reduzir o índice de mortalidade infantil em 10% nos estados. Caso Alagoas continue com esse desempenho, a redução deve chegar a 30%. Quantificando em números, são 200 vidas de crianças poupadas.


Como falei no início, não quero aqui puxar a sardinha pra ninguém, muito menos fazer média, mas há de se reconhecer o trabalho de combate à mortalidade infantil. Espero que essas políticas persistam para que ainda menos crianças virem anjinhos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Olhos de tigre


Num tem aqueles momentos que ficamos assim pensando na vida, sem nada na cabeça, assim em off por alguns instantes. Pois bem, as vezes é legal apagarmos. É como se pegássemos fôlego na superfície e retornássemos para a imensidão escura do oceano.

Sem qualquer incentivo veio na cabeça aquela musiquinha do Rocky Balboa, Eyes of the tiger. Mesmo o camarada não entendendo bulhufas, a batida da música te dá um ânimo. E claro, remete aquelas cenas do Rocky Balboa treinando e lutando contra o seu amigo-rival Appollo Doutrinador.

No mínimo, o swing de ‘o olhar do tigre’, mexe com a gente, dá uma coragem, uma motivação. Não dá aquela vontade de sair por aí socando o ar imitando Balboa, mas dá uma gana dentro de nós.

“Marquei meu tempo, aproveitei minhas chances, viajei para a distância, e estou de volta com meus pés, apenas um homem com seu desejo de sobreviver”, esse trecho da canção nos dá uma palhinha do que é o olhar do tigre. A vontade de vencer, o que move o homem para continuar lutando.

O sangue nas veias, nos olhos, o coração batendo firme e ritmado. A fome nunca saciada com o alcançar dos objetivos passados. A cabeça erguida olhando sempre à frente e almejando ainda mais.

Caiu? Levanta, essa é a lição que ficou em Rocky, um Lutador, não é a toa que faturou o Oscar de 1976. A obra prima de Sylvester Stallone faturou milhões e deixou a lição do ‘nunca desistir’. “Erguendo-se, direto ao topo, teve coragem, conquistou sua glória”, mais um trecho que destaca isso em nós.

Não devemos baixar nossa bolinha. Seguir sempre, bater, levar, cair e levantar para socar com mais força ainda. Não é também a toa que o nome original da música é Survivor, sobrevivente. É o que fazemos todo dia. E todo dia devemos manter esses olhos de tigre.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Macabro


Estranho!!! É a palavra que todo mundo fala quando acontece algo de fora do comum. Normal. Mas por que sempre quando colocam o capeta na reta, esse tipo de coisa acontece de mesmo!!! Uuuuuuiiiiiiiiii, cruz cão, ave maria, ave maria, ave maria. Sai dessa. Deus é pai, minha gente.


É que nesta segunda-feira, aconteceu a coletiva de imprensa do longametragem Bellini e o Demônio. O filme traz de volta as telonas o ator Fábio Assunção. A película é baseada na obra do titã Tony Bellotto, que já tinha produzido também o Belline e a Esfinge, de 2001.


O que chamou a atenção, segundo o protagonista é que coisas estranhas movimentaram os bastidores do filme. Como em uma cena onde ao redor de um círculo de fogo desenhado no chão, uma labareda isolada foi mais alto que as demais, assustando toda a equipe de filmagem. Ui que meda!!!! E sem contar que todas as palavras 'demônio' no roteiro foram apagadas curiosamente.


Não é de hoje que fatos bizarros acontecem nas gravações de longas de terror. Nos bastidores de O Exorcista, de 1973, cenários foram incendiados, pessoas morreram, dizem até que as pessoas que participaram do filme, jamais tiveram sossego. Pesadelos, maldições, azar, sai pra lá uruca!!!Xô!


Então gente, para assistir esse tipo de filme assistam pela manhã, a tarde, ou com luzes acesas. Nem pensar em vê-los em sexta-feira, 13, ou em casas mal assombradas. Já viu, né!!! Ah não ser que o camarada queira segurar a paquerinha em um dos sustos sucessivos do filme. Sai de reto...Deus é mais....

Encontros e encontros


Os anos se passam, ficamos mais experientes e a vida continua. Neste primeiro fim de semana da primavera brasileira, um grupo de amigos se juntou para recordar lembranças, reviver tempos que não voltam mais.

Cada um deixa seus problemas de lado, e então damos espaço para momentos de risos e gargalhadas. Lembramos das animadas festas de faculdade, seminários, encontros, ou simples reuniões etílicas do pretérito. Seja aqui ou do outro lado do mundo, sempre haverão grupo de amigos reunidos em prol da perenicidade da amizade.
Só mudamos um pouco o teor da conversa. Tipo falamos mais de como estamos engordando, nós homens. As meninas sobre os projetos e como vão se dedicar aos novos projetos. Ah tá, ainda tem os filhos dos outros, a gravidez alheia, onde fulano está morando, por onde anda sicrano.
Espero que a cada reunião dessa possamos comemorar ainda mais nossas preces alcançadas, nossas metas, enfim. Brindar a nossa vida, e ainda mais, agradecer a Deus por ter posto em nosso caminho gente como essa.

É como regar uma plantinha que cuidamos dia a dia. Ontem acrescentamos um pouco mais de água, água que passarinho não bebe, é claro, mas não deixa de alimentar os laços que nos unem. Muitos não puderam ir, mas foi muito bom. Valeu a pena. Brigadão povo...e até o próximo encontro.

sábado, 26 de setembro de 2009

O mais esperado do ano


Foi dada a largada. Os jornalistas alagoanos começaram a fazer uma avaliação dos trabalhos realizados neste ano. O Prêmio Banco do Brasil/ Braskem de Jornalismo vai premiar os melhores trabalhos jornalísticos exibidos na mídia alagoana.

Os profissionais de comunicação neste ano vão poder concorrer com matérias de Tv, jornal, cases em assessoria de imprensa, e a novidade fica por conta dos trabalhos em webjornalismo. Este ano, os colegas jornalistas de sites podem concorrer, mas fica no ar como será esse critério avaliativo. É o grande medo. As injustiças podem acontecer. Estamos de olho.

Ainda concorrem trabalhos de fotografia, diagramação, informação econômica e política; e informação esportiva, cultural e turística. E como todos os anos, a labuta dos estagiários será recompensada com o Prêmio Freitas Neto, e mais R$ 1 mil na caixa.

Os prêmios em din din estão divididos assim. O vencedor da categoria de webjornalismo levará pra casa R$2.500. Igual valor vão embolsar os ganhadores das categorias: fotografia, diagramação, assessoria de imprensa, informação econômica e política; e informação esportiva, cultural e turística, R$ 2.500 cada.

As reportagens impresas vão faturar R$ 3.500, enquanto que as televisionadas chegam a R$ 4.500. Já o prêmio principal, que homenageia o melhor trabalho de jornalismo feito em 2009 fica nos R$ 7.000. Ao todo são R$ 35 mil em prêmios distribuídos entre os canetinhas e os lambe lambe.

Os trabalhos já podem ser inscritos no Sindicato dos Jornalistas de Alagoas. Corra, meu filho...

A solenidade de premiação acontece no Espaço Pierre Chalita, em Jaraguá, no dia 28 de novembro próximo. Sem dúvida a festa mais esperada do ano!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sexta-feira, quase 13

Faltou apenas o dia ser 13 para essa sexta-feira ser ainda mais enfadonha....Quase nada deu certo.

Esperança de dias melhores, mais acertos, menos aperreios, mais sorriso, menos tensão!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Até quando?


Até quando teremos um povo com tamanha ignorância? A resposta é simples. No dia em que os governantes investirem realmente em educação. Será quando todo um povo gostará de traçar livros e beber do conhecimento de um mundão que temos a conhecer. Bem, esse sonho quase impossível seria possível apenas em 50 anos quando o modo de encarar a educação mudasse hoje. Mas pelo visto, mais 50 vamos esperar por essa alteração de mentalidade.

As pessoas torcem pra dar algo errado. Vibram quando algum projeto legal dá com os burros n'água. As aves de rapina bombardeiam as ideias interessantes com olho gordo. Nossa senhora, cruz cão. Digo isso por que vejo por aí a fora, não apenas em Alagoas, mas em outros estados da federação, projetos que estão em plena execução, mas não são manchete.

No Paraná, mais da metade das escolas públicas já estão ligadas a internet, e de modo bem barato, quando Estado e municípios compartilham custos e os benefícios são as crianças tendo a interatividade como aliada no aprendizado.No Amazonas, tem biblioteca itinerante subindo e descendo o rio. Putz. Em Alagoas, investimentos na educação estão chegando, obras, empresas, gente com dinheiro no bolso, mesmo com a crise batendo na porta.

São fatos que se alastram por aí, mas ninguém vê, ou melhor, ninguém quer ver. A própria mídia só noticia se o governo, seja ele, municipal ou estadual, investe no veículo de comunicação. Certa vez ouvi de um editor meu que noticiar coisa boa de políticos não vende nada, pois se eles estão fazendo o bem, é mais que a obrigação deles. Concordo com ele, porém, quando esse benefício atinge e interfere centenas de pessoas, as páginas de jornais deveriam abrir espaço, pelo menos.

Até por que as páginas de jornais devem sim cobrar e exigir melhores condições de vida para se ganhar o pão. Mas elas não devem ser utilizadas como mecanismo de chantagem, para pedir verba ou dinheiro mesmo, ali na lata. Ai ai ai, que prática nojenta. Mas existe, e tá aí.

A Tv Alagoas por exemplo, ex-afiliada da Band, e depois SBT, em Alagoas, por anos e anos de ingerência da família que controla a emissora, perdeu anunciantes preciosos, e por isso vendeu seus horários para uma igreja evangélica qualquer. Essa venda de espaço quebrou contrato com o SBT. Fazendo com que a emissora de Sílvio Santos fosse à justiça reclamar quebra de contrato.E eles agora estão culpando o governo do Estado por se submeterem a isso.

Vergonha. Vamos nos deparar com esse tipo de coisa por muitos anos. A falta de educação, a leiguice, a ignorância dá nisso. O ser humano fica mais frágil, está mais exposto. Ficar a mercê de estelionatários, espertalhões e calhordas. Utilizando-se até da fé, eles roubam, compram terrenos no céu e mansões com seu dinheiro na praia.

A falta de leitura resulta nisso. Caos, desinformação, faz a gente cometer injustiças. É por isso que existem Bolsa Família, Bolsa Pobreza, Vale Gás, Leite, o que for. O povo é comprado. E ele mesmo se vende por não ter mais a quem recorrer. É uma lástima.

Quando a educação é negada acontece isso também. Esmolas, prostituição, assaltos. Até a falta simples de cortesia ao se pedir 'licença', furar fila, enganar, driblar, dar aquele jeitinho sujo, que o brasileiro adora dar é a ausência de cultura. Tudo isso é falta de livro nas escolas. Mas não se engane, não é uma tradição de Lula, FHC, Collor; não. É coisa de Dom Manoel, Dom Pedro I, é desde lá. Faz tempo. Até por que manejar gado sem instrução é mais fácil.

O povo sem o livro debaixo do braço é mais influenciável. É o poder da informação minha gente. A nova guerra é essa. Pela palavra, pela informação. Se preparem, fiquem em seus bankers, arrumem suas trincheiras. A guerra começou. A munição serão as letras, as páginas, os verbetes e as frases.

Vamos ler mais minha gente, se não será a primeira vítima a tombar.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O império contra ataca


Depois de uma aparente trégua de matérias, Record e Globo dão continuidade ao seu embate pelo posto de número um no país. Agora o campo de batalha é a web. Para concorrer com o portal de notícias do grupo Roberto Marinho, o G1, a Record anunciou investimento de R$ 100 milhões para construção do R7, portal de notícias do grupo de Edir Macedo.

O portal, que estreia neste domingo, 27, vai contar com pelo menos 300 profissionais, sendo que 150 são jornalistas. A alimentação de notícias do R7 será com conteúdo exclusivo das bases de Brasília, São Paulo, e Rio de Janeiro.

Só de blogueiros o portal selecionou figuras como Rubens Ewald Filho falando de cinema, claro; Oscar Schmidt, para o esporte; e demais contratados da emissora como Brito Jr., Celso Freitas, Ana Paula Padrão e a mais nova jornalista do time, Rosana Hermann. Hermann fechou nesta terça-feira, 22. E para quem não se lembra dela, Rosana fazia par com Leão Lobo, num programa vespertino na Band a pouco mais de um ano.

Querido Leitor é o blog pessoal de Rosana Hermann, confira, é bem legal. Ele ganhou o prêmio BOBs Awards concedido pela Deutsche Welle como o melhor Blog de Língua Portuguesa. Uuuuuuuuuiiiiiii poderosa.

Voltando a guerra entre as emissoras, o pessoal de conteúdo do R7 promete que de inovações o site será lotado. Veremos. Só espero que nessa guerra entre os grupos de comunicação, saia algo legal para o público. É a expectativa.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Lamentável


Teoricamente quando estamos numa profissão dois motivos nos levam a escolher tal labuta. Ou damos voz a nossa vocação ou somos forçados à seguí-la, de um modo ou de outro, seja por força da família ou por obrigação financeira. Em ambas as alternativas não quer dizer que ao seguir a escolha, tenhamos sucesso nela, e muito menos ainda dizer que a executaremos com excelência.

Convivo com jornalistas que atuam em assessoria de imprensa de órgãos e secretarias estaduais de Alagoas. Diariamente leio dezenas de textos da produção dos estimados jornalistas. E a cada dia me decepciono mais com a qualidade dos jornalistas que estão no mercado alagoano. Um estado que já produziu ícones da comunicação como Freitas Neto, Denis Agra, Márcio Canuto, e Claudio Humberto, por exemplo, hoje se depara com uma produção muito longe do ideal.

É lamentável. Sem paixões e sem necessidade de fazer média com ninguém, tenho vergonha de admitir que a qualidade do profissional que Alagoas dispõe atualmente é pífia. Existem sim exceções que se sobressaem e salvam a honrosa imprensa alagoana. A culpa não ponho nas cadeiras da academia, não. É o interesse pessoal de cada estudante, que futuramente vai atuar profissionalmente com uma base ridícula.

Se atualmente são formados 300 jornalistas, pelos menos, chuto dizer que em média menos de 20% salvam a safra. Podemos até atribuir as poucas oportunidades de mercado, mas em compensação os postos ocupados por jornalistas profissionais com longa carreira são subutilizados. Então não sei a que atribuir tamanha tragédia.

Por exemplo, testemunhei casos essa semana que me indignaram pelo total descompromisso com o jornalismo. Digo: quando recebemos uma pauta, ela é sagrada, devemos seguir e fazê-la para realizarmos nossa maior missão, informar, comunicar. Mas um determinado colega, abandonou seu posto, pois segundo ele, tinha um compromisso mais importante e deixou um assunto de apelo social importantíssimo sem nenhum colega por perto e sem qualquer aviso posterior. Ou seja, ninguém ia noticiá-lo.

A próxima acontece muito na estrutura de governos. Evento com a participação de diversas secretarias. Geralmente diversos assessores de imprensa estão presentes. Um se confia no outro para fazer a matéria para relatar o evento. Resultado: um espera pelo outro, e o outro espera pelo um.....já viu onde vai dar. Necas de texto.

Não há um respeito com o cidadão que aguarda para saber o que está acontecendo. Não um compromisso. Não há matéria. Desculpas e mais desculpas nós ouvimos todos os dias. Assessoria de imprensa é compromisso sim, com o seu patrão, mas acima de tudo com o cidadão. Pois tal informação pode e vai influenciar em sua vida a partir do que se está escrevendo.

Os problemas não param por aí. Os textos criados pelos assessores são lastimáveis. Sem informações concisas, textos mortos, cansativos, longos, truncados, sem foco e sem brilho. A edição trabalha e muito para dar um 'up' nestes textos. Os ditos 'jornalistas' nem se dão o trabalho de observar como ficou o texto após a edição. Olhar para ao menos ver onde errou e corrigir, para não persistir no equívoco.

É uma pena. Ainda bem que alguns poucos ainda realizam um trabalho legal e louvável. Tem um zelo pelo próprio nome, e querem a cada dia fazer mais e melhor. Esses não merecem o trofeu 'caneta quebrada'....terrível!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Outros caminhos e histórias difusas


Ontem meu primo Ewerton, vulgo Pêl, me ligou para tomar uns goles na casa dele. Esse simples gesto me jogou para tempos remotos dos anos 90 e início dos 2000. Era um período de muita ferveção, muitas festas, bebedeiras e curtição. Também sou filho de Deus e tenho muitas histórias para contar.

Claro, aqui não poderia contar cada trecho, cada episódio, cada dia. Mas a gente pode se divertir com alguns casos. Nossa turma sempre andou pelos municípios de Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Pilar, Atalaia, Rio Largo, Marechal Deodoro, Viçosa, Capela, Cajueiro e São Miguel dos Campos.

Em cada cidade dessa batíamos ponto e fizemos muitos amigos. Bons tempos. Para quem lê esse post pode estar pensando que o motivo de tamanha nostalgia era mulher, cachaça e liberdade. De modo algum, muito longe disso, e tudo isso é muito pequeno diante do sentimento que sinto quando lembro desses anos aéreos.

Amizade, companheirismo, olhos brilhando, sorrisos, apertos e abraços. Entre idas e vindas, desacordos, desavenças, lágrimas até, tudo isso pode dizer como era gostosa nossa relação. Éramos jovens demais, alguns com pouquíssima formação educacional, mas não nos diferenciávamos por isso. Éramos e ainda somos amigos. Apenas tomamos caminhos diferentes. Temos novos sonhos, e metas distintas de vida.

Antigamente, saiam dois, três, quatro carros de Satuba para ganhar o interior alagoano. Para onde tinha festa, estávamos lá. Nos divertindo e divertindo também. Fizemos amizades por todos esses lugares que passamos. Até hoje temos presença e marcas que não apagam.

Ao contrário do que dizem que amizade de mesa de bar não leva ninguém a lugar nenhum, as companhias de tantas tardes e noites de sábados duram até os dias de hoje. As tardes de domingo regadas à cervejadas e recordações da noite de balada, eram de lei.

Lembro de um bloco de carnaval fora de época que fomos acompanhar em Anadia. Onde um folclórico amigo nosso, o Mamão, uma criança enorme de 30 e poucos anos, 200 e outros quilos distribuídos em 1,85m, nos acompanhou no maior percurso de blocos que eu já vi. Mas o peso de Mamão o cansou mais cedo que nós. Também pudera, né.

Foi quando que avistei Mamão sentado num sofá, postado numa calçada de uma casa qualquer. Muito hilário, o nosso colega tinha cansado e a dona de casa muito gentil disse que numa tinha visto um homem tão grande assim, e ao invés de oferecer um simples banquinho, ofereceu o sofá de sua humilde casa.

A senhora solidária fez seus magricelos filhotes colocarem na porta de casa o sofá para o grande visitante descansar. Foi resenha pra mais de uma semana. E como é a praxe de Mamão, ele dizia.... “Vocês vão ver”.

Como se não bastasse, naquele dia eu fui confundido com um fazendeiro local, putz. Maluquice. Dois senhores e mais uma senhora, me pararam na rua dizendo que tinham ido na minha casa um dia antes e tinha bebido comigo e meu pai. Vê se pode. Enfim. Claro, então o álcool ainda tava fazendo efeito nos confusos anadienses.

Eles juravam que eu era o tal fazendeiro. Perguntavam aonde estava minha esposa, e por onde andava minha aliança. Fiquei até com medo com tamanha semelhança descrita por eles. Fui salvo por minha amiga Lidiane Andrade, que disse que estava acontecendo um grande engano, que eu era casado com ela, enfim.

Depois de despistar o trio bebum, ainda olhava para trás pensando que era maluquice da cabeça deles. Eu, heim...tem louco pra tudo. Essas foram apenas duas histórias de um domingo na companhia desses amigos que estão longe na convivência, mas andam comigo para onde eu for, pois estão em minha memória e em meu coração.

domingo, 20 de setembro de 2009

Ninguém merece....

Com fim do diploma, curso promete formar jornalista em 45 horas

Reprodução do Comunique-se.com.br (Sérgio Matsuura - RJ)

“Diploma não é necessário. Para trabalhar como Jornalista, faça um curso rápido”. É dessa maneira que a empresa Cursos 24 Horas anuncia treinamento para pessoas interessadas em trabalhar com jornalismo na Internet. Com custo de R$ 40 e duração de 45 horas, o curso promete formar “um Cyber Repórter de sucesso”.

“A queda da obrigatoriedade do diploma continua incentivando o surgimento de maus profissionais. Depois dos concursos sem exigência do diploma, agora há um site na internet oferecendo um curso completo de jornalismo online em apenas 45 horas, ou seja, menos de dois dias corridos. Um verdadeiro curso caça-níqueis”, manifestou o Sindicato dos Jornalistas do Ceará em seu site.

O supervisor de atendimento da empresa, Luiz Henrique Campos, defende o curso, afirmando que os alunos formados “têm todas as condições para trabalhar com jornalismo online”.

Campos explica que a duração de 45 horas é apenas uma estimativa, que varia de acordo com o interesse do aluno. Diz ainda que existe um professor disponível para tirar todas as dúvidas e ressalta a facilidade do curso totalmente online, que pode ser feito em qualquer horário, de qualquer lugar.

Sobre a qualidade, afirma que o curso existe desde 2003 e existem ex-alunos trabalhando na área. "Principalmente agora que não precisa mais do diploma”.

Fica a pergunta...Que tipo de profissionais se formam neste período? Responde Gilmar Mendes....

Conquistador com conteúdo


Antigamente, um humorista perguntava: "Você acha que é bonito ser feio?". Soava piadista num é. Mas segundo o ator José Mayer, o protagonista na Novela Viver a Vida, da Globo, as mulheres, ou pelo menos um seleto grupo delas, está em busca de conteúdo e não beleza. Mayer disse em entrevista que a beleza é subjetiva, pois o homem feio com conteúdo torna-se muito mais interessante que muitos galãs por aí.

Concordo com a mensagem do garanhão das novelas de Manoel Carlos. Lá nos anos 90, conheci um cara que atendia pelo nome de Charles. O camarada nunca foi um exemplo de beleza. Nunca teve braço forte, peitoral definido, cabelo liso e sorriso elegante. Não, não. Charles era cangalha (pernas arqueadas), tinha um narigão, bebum, magro como um palito, falastrão. Aí era sua arma. Ele falava pelos cutuvelos. Tinha uma lábia envolvente. E nesse conversê, ele listou as meninas mais desejadas do Vale do Paraíba, em Alagoas.

Ele fugia daquele perfil do playboy comum. O sem cabeça, sem inteligência, mas tinha dinheiro, carro do ano, que o pai pagava, irresponsável e tinha desprezo pelas mulheres. Charles não era assim. Ele tinha prazer em cortejar as meninas, sem adornos fúteis, ele fazia com quê a menina se sentisse como uma rainha. Com papo, ele chegava em qualquer alcova.

Pois é, Charles era o cara. Hoje não sei mais por onde Charles anda. A última vez que tive notícias dele foi a um ano. Soube que ele voltou a morar com a família no interior da Bahia.

Voltando para o exemplo de José Mayer, nós podemos analisar que ele é a típica vítima da fama. O ator José Mayer é casado há 34 anos com a mesma mulher. Ou seja, é um monógamo convicto e muito satisfeito. Muito diferente dos personagens pegadores do ator. Mas mesmo com o leve peso da fidelidade nas costas, o ator aconselha mesmo assim. "Para o homem que quer ser sedutor, o primeiro passo é melhorar seu conteúdo mental", disse.

Claro esse conselho serve apenas para mulheres de verdade. E não para periguetes aventureiras que se vislumbram com chave de carro, dinheiro, cerveja e status passageiro. Isso não é mulher, é pedaço de carne. E fim.

Bem, não sou nenhum personagem de Mayer, me identifico mais com o próprio ator o José mesmo. Já fui solteiro sim, e dei meus pulos, e não sinto falta de ninguém em minha lista seleta. Espero e acredito piamente que cheguei ao meu final. E como o nosso protagonista de Manoel Carlos, sou um monógamo convicto e muito satisfeito.

Mesmo assim, vale o recado. Colegas solteiros, vão ler, vão exercitar seu intelectuo. Faz bem também.Inspirem-se em no bom e velho Giacomo Casanova, que viveu entre 1725 e 1798. O cara era escritor e pegador nas horas vagas, bem...aí é outra história!!!!! Confiram a história dele no filme Casanova, onde o finado Heather Ledger o personificou. Bom filme

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que o sonho nos dizem?


Antes de qualquer coisa, por favor gente, nem sempre o que sonhamos deve ser interpretado ao pé da letra. Tipo você sonhou morrendo afogado, quer dizer morte certa! Nada disso. Os sonhos na verdade são uma forma que nosso inconsciente tem de entrar em contato conosco, e tal diálogo é composto completamente de metáforas.


Portanto, se você aí que já sonhou alguma vez fazendo sexo com alguém conhecido, um vizinho, o colega de trabalho, enfim, qualquer transeunte, não quer dizer que você tem interesse no cidadão. Segundo o diretor da Associação Mundial de Sexologia (WAS - World Association for Sexology), Oswaldo Rodrigues Júnior, em entrevista ao Portal Ig, ele diz que, a maior parte das pessoas levam os sonhos eróticos por meio de uma conotação exclusivamente sexual, quando na verdade não o é.


Só existe este tipo de conotação se o camarada ou a donzela estiver realmente focada nisso. Oswaldo Júnior afirma ainda que nem mesmo sonhos recorrentes com sexo querem dizer sempre a mesma coisa. Ele acredita que o que deve ser analisado é o seu momento presente, o que te levou a sonhar desse jeito. Pode até ser um problema de saúde com a pessoa, pois o sexo, muitas vezes quer dizer saúde.


Outra dúvida é que se eu sonho com fulana quer dizer que quero transar com ela. Balela. Segundo Rodrigues, o inconsciente seleciona elementos em sua mente para “montar” o cenário de seu sonho de forma randômica: “Se você sonhou que estava fazendo sexo com a sua irmã isso não afirma que você tem atração por ela".


Mais aí surge um problema. Como lembrar exatamente dos sonhos. O especialista em sonhos recomenda dormir com um caderinho ao lado, para anotar seus devaneios e saber mais ou menos como decifrá-los. Contar para alguém também ajuda, pois contando, você monta uma história, constroe um enredo.


E se você sonhar com uma pessoa e for muito próxima a ela, fale e discuta, juntos vocês até poderão resolver a questão. Para interpretar seu sonho, se afaste dele, o veja com frieza e sem os ânimos e calor que o sonho envolva. Seja detalhista, observe a situação, o cenário. Roupas e móveis fazem a maior diferença.
Sonhar faz muito bem, ajuda a regular a mente e elaborar as emoções. É legal. E como já se diz, sonhar não custa nada...portanto...sonhe!!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sucesso é relativo


Assim diz o 59º segredo das pessoas de sucesso, do livro 100 Segredos das Pessoas de Sucesso, do psicólogo e cientista social, David Niven. A obra destaca características e atitudes de pessoas que, por exemplo, chegaram ao sucesso profissional aos 20 anos, e por tabela, outras que conseguiram seu primeiro milhão com 30.

Como todos nós sabemos, cada um tem seu objetivo na vida, sua meta, seu desejo de se dar bem. Nem sempre o sucesso se traduz em fama e dinheiro. O êxtase, seja ele, profissional, ou não, é diretamente ligado a nossa paz de espírito, nossa harmonia, nosso prazer em fazer o que gostamos.

Aí é quando fazemos aquela pergunta: no que fazemos, estamos nos saindo bem? Quando nos questionamos nesse sentido sempre pegamos um ponto de referência. Se nos comparamos com alguém que está a baixo de nós em termos de produtividade, qualidade, experiência, enfim, estamos bem na fita. Somos bem sucedidos.

Mas do outro lado, quando vemos colegas que alcançaram metas mais gloriosas, somos os fracassados. Nossa visão de sucesso depende disso, em quem nos baseamos? É tudo ponto de vista. A chave do sucesso é virarmos esse jogo à nosso favor.

A positividade e nossa altivez nos levam pra frente. Até quando desempregados devemos perceber o lado bom dessa decepção de estar fora do mercado. Novos horizontes, oportunidades inéditas, um novo caminho a seguir.

É como diz o tal David Niven, nossas referências têm um peso tão grande em nossa percepção de sucesso ou fracasso, quanto as nossas realizações. Por isso que acrescento mais a essa dica do estudioso Niven. Aliás, parafraseando o que ele mesmo diz, agora no primeiro segredo dos exitosos: A competência começa quando nos sentimos competentes.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Novo tempero

Feriado no meio da semana em Alagoas. Dia 16 de setembro é Emancipação Política de Alagoas. Data que os alagoanos festejam o desligamento do estado vizinho pernambucano. Aí já viu. Como é no meio de semana ninguém viaja. Todo mundo fica criando raízes em casa, ou lotando o shopping. Putz.....loucura, nossa senhora!!!

Hoje apenas aproveitei para exercitar meus dotes culinários. Fiz, claro com o apoio logístico de Heverlane, um camarão com um molho, noooooooooooooosssssssssssssaaaaaaaaaaaaaa! Acompanhado ainda de batata frita bem crocante, um arroz branco bem macio. Tempero legal, verdura, creme de leite! Maravilha.

Nada como um dia em casa para ensaiar nossos dotes. Experimente você também aprender algo de diferente e crie um novo hobby. Assim a gente fica até mais interessante para nosso parceiro. Tenta..

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O segundo na Trindade


Vi um vídeo na web onde Maria Bethânia declamava o Poema do Menino Jesus, de Fernando Pessoa. Que lindo, como se não bastasse a união terna entre a voz singular da cantora baiana, a graça do poeta português fascina, encanta e hipnotiza.

O poema conta como seria se o Menino Jesus tivesse fugido do Céu. Como seria isso nos dias de hoje? Prefiro ficar com as palavras de Pessoa. Onde descreve como seria o Prodígio na terra.

Andando, brincando, sorrindo como uma criança humana comum. Fazendo travessuras, aprendendo, e fazendo até proveito de seu pouco conhecimento celestial, onde o Menino Jesus, ao saber das mancadas da humanidade, iria rir daqueles que são líderes, reis, chefes. Ele iria gargalhar com tamanha burrice dos nossos líderes terrenos. E se entristecer com as mazelas humanas, guerras e fome.

Mas como Fernando Pessoa tão perfeitamente conta, deixa-nos com essas impressões utópicas. Pois caso o Menino Jesus em pessoa caísse entre nós, seria mais um garoto de rua. Um escorraçado, humilhado e sem esperança. De nada valeria seu passado de Filho de Deus.

O jovem Jesus seria mais um nas esquinas, sem futuro, sem caminho ou rumo. Para fugir da fome, ele iria se entregar à cola de sapateiro, em seguida, o fumo era fácil. O crack então seria ainda mais ligeiro, pois com o corpo frágil e debilitado pela subnutrição, logo morreria, e mais uma vez, o segundo na Trindade Divina, padeceria diante de nossos pecados.

Prefiro então ficar no panorama paradisíaco e sereno de Pessoa. Onde acolhemos o Prodígio, o tratamos como tal, pois o ser humano não deve diferenciar seus semelhantes. Devemos tratar, dar carinho, e fazer adormecer aqueles que precisam. Não o fazemos diariamente tal procedimento, enfim, é uma pena.

Mas de todo modo, podemos sonhar e dormir para realizar tal sonho. Acolher, contar histórias, dar descanso ao seu hóspede. Para que em retribuição, o Filho de Deus, onde quer que esteja, ou no Céu ou na Terra, acolha suas dores e possa fazer de nossos sonhos a realidade que possamos pegar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pedro II em Alagoas


Se tem um assunto que me instiga e me fascina, é história. E quando sentimos a história chegar perto de nós, é que nos transportamos para os tempos passados. Em outubro próximo completam-se 150 anos da visita do imperador Dom Pedro II ao baixo São Francisco alagoano.
Foi em outubro de 1859, que o intrépido imperador, já com 34 anos, navegou com a imperatriz Teresa Cristina. O jovem imperador passou por cidades como Penedo, Porto Real do Colégio, Piaçabuçu, São Braz, Traipu, Pão de Açúcar, Piranhas e Delmiro Gouveia.

O que se sabe é que Pedro II não lá puxou muito o seu intelectuo do pai, mas o espírito aventureiro sim. Segundinho, se assim podemos chamá-lo, viajou boa parte da viagem em lombo de burro. O imperador brasileiro relatou em seu diário de bordo todas as belezas naturais da região com uma riqueza de detalhes impressionante.
Ele ainda de próprio punho desenhou parte do relevo da calha do rio e das pequenas cabanas ribeirinhas, que futuramente dariam origem às cidades que hoje margeiam o São Francisco alagoano.

Toda essa riqueza de detalhes virou livro. "Viagens pelo Brasil - Bahia, Sergipe e Alagoas - 1859" foi organizado pelo professor Lourenço Lacombe (Título original data de 1959 - Diário de Viagem ao Norte do Brasil). Segundo o relato da obra, Dom Pedro II passou dez dias em terras alagoanas.

Até hoje existem registrados da passagem da comitiva imperial nas cidades de Penedo, Pão de Açúcar, Piranhas e Delmiro Gouveia. A descrição de detalhes é tão rica que chega a criar em nossa frente um quadro do cenário que ele presenciou. Muitas lendas também cercam essa visita. Como por exemplo, que ele deixara um herdeiro de uma aventura ligeira, e outra, que existe hoje na região de Traipu, um tipo de renda que leva o nome da imperatriz. Lendas, e lendas.

Em Pão de Açúcar, o monarca tupininquim pernoitou nos dias 17 e 22 de outubro de 1859. E em seu diário de viagem, depositado no Museu Imperial, Dom Pedro II tece elogios à vila: "A vista do Pão de Açúcar é bonita".

De forma objetiva, o imperador queria com essa viagem conhecer o povo ribeirinho de perto e ainda construir um linha férra na região para ligar o baixo e o médio São Francisco. Pedro II pretendia também incentivar as navegações no rio, principalmente as expedições de exploração para fomentar o desenvolvimento das localidades.
Na viagem, o casal imperial manifestou o gosto sempre destacado pela cultura e pela música. Hábitos esses não lá muito admirados por Pedro I. Comparo sempre ambos por serem tão diferentes em certos aspectos. O proclamador da independência era mimado, garanhão, irresponsável, bonachão como Dom João, mas articulador e astuto.

Por sua vez, Pedro II, desde jovem encontrou na política sua veia. Letrado e culto, muitos diziam que foi uns dos primeiros políticos com ideias republicanas. Sempre foi a frente de seu tempo. E seu gosto refinado por música boa foi posto à prova na viagem, quando em sua chegada em Penedo, o sacristão tocou horrivelmente, disse o imperador no livro, uma canção sacra, irritando-o.

Encerrando a viagem à Alagoas, em 8 de dezembro de 1859, Pedro II e Teresa Cristina admiram um hino, de autoria de Ildefonso de Paula Mesquita Cerqueira, cantado pelo então estudante Clarêncio Lucindo da Silva Jucá, acompanhado pela Banda Marcial do Corpo de Polícia. É a história presente aqui pertinho de nós alagoanos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Mal


Dia após dia vemos em jornais, televisão e demais meios de comunicação, o terror que está espalhado pelas ruas. Estudiosos ou não apontam a banalidade da violência como grande fator do caios social. Até por que não precisa ser um estudioso social para entender e saber como o mal ganha proporções assustadoras diariamente.

Assaltos, assassinatos, sequestros, crimes nefastos. É a banalidade do mal que toma conta da sociedade. Hoje passamos por um defunto na rua, olhamos, viramos os ‘beiços’ e seguimos nosso rumo. E como acontecem essas explosões de maldades?

Não há um motivo. Tem gente que mata em legítima defesa. Uma mulher que mata para não ser estuprada. Um homem que rouba para alimentar a faminta família. Até na Bíblia, Abraão ia matar seu filho à pedido de Deus. Até hoje fanáticos se explodem em nome de Alá.

Psicopatas estão travestidos de pseudointelectuais, professores, jornalistas, políticos, promotores, juristas, pessoas comuns. Basta um motivo, uma causa, um ‘on’ para acionar o instinto maléfico que há em cada um. Aquela história do anjinho e do diabinho um num ombro, outro no oposto.

O mal passa a ter justificativa, uma origem, um por quê. Todos nós temos o bem e o mal dentro de nós, mas o senso social não permite que o afloremos. Será que esse mal que vemos por aí nas ruas começou com a singela maça de Eva, começou então com a queda do anjo infiel? São perguntas demais, para pouquíssimas respostas.

Não é o diabo que nos faz odiar, matar, xingar, roubar, torturar os outros. Bem, os evangélicos dizem que são encostos, más influências, espíritos, que seja. Mas o dedo que aperta o gatilho para matar, o adulto que molesta, o assaltante que rouba, sãos esses impulsos humanos que devem ser condenados e punidos.

E passando pelo pressuposto que o mal está espalhado e disseminado de forma congênita na sociedade, Deus que é o seu oposto, está perdendo a jogada. Rezo diariamente para que essa realidade mude, pois quando Deus não existe, tudo é permitido. Acho que foi Dostoievsky que disse isso, enfim. Concordo com o cara.

Não podemos nos apegar ingenuamente nos dogmas clericais e dizer que ser bom basta. É necessário passar adiante, mas com punições exemplares aos diabinhos na terrenos, para isso existe a justiça mundana. A justiça divina tem o tempo dela, e age ao modo dela. E é esse medo, a espada da justiça dos homens e dos céus que o carinha deve temer.

Não é também suplantar o medo por si só, ele nos avisa. E como não queremos nada de ruim para nós - até os malvados não desejam as sombras – os exemplos para quem faz o mal devem ser disseminados. Ah, tem a impunidade, né. É mesmo vivemos no Brasil, que pena.

Mas tenho certeza, assim como a Terra é redonda, a punição chega. Ela vem a galope. Devagar, mas sempre chega. Um dia chega. Por que sem a punição o ser humano não enxerga o que é certo e errado. Sabemos hoje o que é certo, por que foram instituídas leis e regras de convivência social para respeitar nossos limites e dos outros.

Portanto, defenda-se do mal. Faça o bem. Reze, mas peça bastante proteção para não ser obrigado a usar o mal para se defender. Os horrores vemos todos os dias. Estão por aí. Clame por Deus, por que de fato eles não sabem o que fazem.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Marajá



Navegando na internet ontem, achei uma matéria super interessante. No site do Extra, do Rio de Janeiro, jornal popular do Grupo Globo, uma matéria me chamou a atenção. Em 1993, a extinta emissora de Televisão Manchate estava produzindo uma novela que abalaria a sociedade brasileira da época. O Marajá, de José Louzeiro, contaria de forma divertida e caricata a ascenção do então presidente Fernando Collor de Mello.

E como um exemplar caso de censura prévia, o ex-presidente mexeu os pauzinhos e impediu a exibição do folhetim poucas horas antes dele ir ao ar. Em seguida, misteriosamente, as fitas que continham as cenas das novela desapareceram da emissora. Mas o autor, José Louzeiro, está preparando um livro sobre os bastidores da trama e promete contar tudinho.

Segundo conta o autor, até o departamento comercial da extinta Manchete ajudou a boicotar a novela. Louzeiro diz que nem autores ou até mesmo o diretor Marcos Schetman(Caminho das Índias/ Globo 2009) foram consultados pela emissora.


Só para se ter uma ideia do que a trama poderia mostrar para todo o país, a chamada da novela era a cena de uma enfermeira levando numa bandeja de prata, supositórios com cocaína para o ex-presidente. Por aí já se sabe o que viria....uuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiii

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

La Cucaracha na Terra do Sol

Hoje venho aqui para contar uma história inusitada. Era setembro de 2002, e estava em Natal (RN). Participei de um Seminário de Jornalismo patrocinado pela Petrobras. Era minha segunda vez na capital potiguar ,e já conhecia um pouco o desenho da cidade e o povo acolhedor do Rio Grande do Norte.

Além de mim, um grupo de colegas, ainda estudantes de jornalismo, também participou do evento. E em uma das noites de folga fomos passear por Natal. Pegamos o van que tínhamos alugado em Maceió e fomos badalar. Infelizmente era um dia de semana, e poucas opções estavam disponíveis naquele momento, foi então que pedi pra parar o veículo, e perguntei a um taxista como chegar a um local legal pra se divertir. Ele deu a dica...

O camarada me indicou uma casa de shows em Ponta Negra, bairro onde estávamos hospedados. Foi então que achamos o local, muito distinto por sinal, um restaurante muito sofisticado. O nome era La Cucaracha, mas aparentava fechado também. Como cicerone desci novamente e perguntei a um leão de chácara na porta, ele disse que o movimento naquela noite era lá embaixo. Estranho!!!

Enfim, curiosos descemos algumas escadas, muitas escadas, e nos deparamos com uma porta negra enorme. Uns três grandões, que nem cabiam no terno que estavam vestidos organizavam o trânsito de bellíssimas mulheres e alguns marmanjos. A língua falada entre alguns não era o português, e as meninas da nossa delegação já assustadas, queriam conhecer o ambiente, para paquerar os gringos.

Um colega nosso até gritou e disse que queria desconto por ter levado meninas novas, as da nossa delegação....rsrsrsr, graças a Deus as meninas levaram na brincadeira. Ufa, conseguimos entrar.

Ao entrar no recinto, se percebia um local legal para se divertir. Nada de vulgar ou pernicioso. Só alguns estrangeiros dançando de modo engraçado. As moças eram comportadas e de alta linha, até que dois amigos nossos metidos a garanhões foram abordar uma loira de cintura fina e pernas longas.

Os camaradas voltaram com a cara estranha, pois a garota de nome Sílvia, deu seu preço na lata dos caras...R$ 80. "Só para dançar", disse a loira. Os dois estavam numa séria disputa. Enquanto isso as nossas companheiras se recolheram e foram embora. A disputa entre a dupla continuou, mas sem sucesso, pois um dos nossos tentou flertar com ela e esboçou uma aproximação de amostra grátis. Sem chance.

E eu nisso tudo? Eu fiquei tomando minha draft e dançando na pista. Fechei os olhos e começei a dançar o pancadão na pista. Bem, a noite foi muito divertida e valeu a pena as risadas. Isso rendeu até o nosso retorno pra Maceió, meus companheiros ainda fizeram uma festa ao estilo do La Cucaracha para arrecadar fundos para a formatura deles.

Eu não participei. Mas recomendo. Natal é linda, o seminário foi muito bom, aprendi bastante, mas um conselho, antes de perguntar aos taxistas por um local legal pra ir, por favor, saibam perguntar!!!! Evite constrangimentos divertidos como esses.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como surge um mito


Em 2003 fiz minha despedida dos eventos estudantis no Encontro Regional de Comunicação (Erecom), realizado em João Pessoa, Paraíba. O que adorava nesses eventos era a integração feita entre as turmas das mais diversas bimbocas do país, e claro, as divertidas histórias que lá surgiam. Bem, então vou aqui contar a história de um mito.

Quem foi à Jampa naquele encontro de estudantes, sabe do que vou falar. No primeiro dia de Erecom, tanto os marmanjos quanto as moçoilas estão em fase de aproximação e conhecimento. Vendo onde cada um está pisando para curtir de boa. Porém, existia um personagem que em menos de quatro horas já tava na pegação.

Um camarada estava de papo no colchão do alojamento onde outros amigos estavam igualmente instalados. E uma aluna sai da sala para bater papo no corredor da faculdade onde estávamos hospedados. Não deu nem três minutos e a colega retornou à sala, testemunhando a abordagem rápida e sem chance de tangenciamento do fulano. Ela vai e para escandalizar o lugar, solta um estrondoso "Ai meu Deus.....Já??!!! É um fenômeno!!!

Surgia então uma lenda. Essa história do garanhão pegador velocista se espalhou pela faculdade. Apelidado de fenômeno, a história correu a boca e os ouvidos dos participantes do Erecom '03. Todo mundo queria saber quem era o fenômeno e sua vítima seguinte. As histórias começavam a surgir. Disseram que o tal fenômeno tinha feito sua segunda e terceira vítima, indo para o show da banda de rock que se apresentou no encontro.

E assim a saga beijoqueira do cara era construída no imaginário estudantil. A minha delegação é que fazia ainda mais o mito crescer, eles espalharam a história que o potro galanteador estava precisando de proteção. Gente, choveu preservativo no colchão do cara! Nossa senhora, não tem noção de como era divertido.

Até que a rádio da faculdade fez uma enquete para saber quais as preferências sexuais do sujeito, suas vítimas, e lugares. Até um fenômeno falso foi dar entrevista, mas foi desmascarado em seguida. E o número de donzolas supostamente assedidadas pelo cara aumentava. Era cada história...meu Deus, o que a mente de estudante é capaz de pensar...rsrsr!

Até um jornal feito no Erecom contou a fábula fenomenal do paladino da pegação. Entrevista, dicas do arremate, estratégias, chavecos, tudo que é preciso para ficar com a desejada. Muito divertido. Foi o assunto do Erecom ' 03.

O fato mais hilário foi quando duas cearenses invadiram o quarto da delegação alagoana e queriam por que queriam saber quem era o tal fenômeno. Elas estavam trêbadas e queriam ter uma experiência com o mito formado naquele encontro. Quase deu confusão, pois a respectiva fixa do carinha pegou ar e queria partir pra cima, se não fosse a turma do deixa disso, teríamos sangue...rsrsrr

Mas de um modo geral, foi muito divertido. A história do amante andante movimentou o Erecom daquele ano e deixou marcas no imaginário da galera. Aí o caro leitor vem e pergunta, quem finalmente era o fenômeno? Bem, como existe um pacto estudantil que diz: "o que acontece após a fronteira, fica por lá...", não podemos divulgar a identidade do cidadão.

Uma pena.......fica pra próxima!!! A foto acima foi tirada no quarto da delegação de Alagoas, local de atuação do fenômeno.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Entre flashes e lembranças


Neste feriadão conferi as festividades do cinquentenário do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas. E olhando pros lados revivi os momentos mais importantes de minha vida: os anos dourados da universidade. Vi figuras que em tempos de academia eram aqueles malas irremediáveis. Vi também companhias agradabillíssimas que se tornaram malas, mas todos super bem-vindos. Por que o mala que me refiro, são aquelas malas que levamos a todos os lugares, e junto delas vão nossas lembranças, nossos projetos, nossas almas.

Em cada olhar, cada abraço, amizades e momentos vinham à tona. Homéricos debates por ideologias e bandeiras com ideias falidas. Pactos de sangue, amizades passageiras e máscaras que caíram ao decorrer do mercado de trabalho. Adoro essas viagens no tempo, e hoje me coloco nessas comparações de postura e ideias.

É muito bom e extremamente salutar fazer essa reflexão. Amigos que hoje estão fazendo um excelente papel profissionalmente, como eram nos tempos universitários? Bem diferentes, posso adiantar a resposta. Mas não entendam como algo ruim, de modo algum. O tempo nos fez amadurecer. Certamente somos bem melhores que antes, sem dúvida alguma.

Aos sonhos que tínhamos enquanto estudantes com ou sem causa, ou foram derrubados pela frieza selvagem do mercado, ou simplesmente foram esclarecidos com o tempo. Sonhos alguns, mortos pelo fatalismo da realidade, insistem em retornar em busca de fôlego. Mas sem a mesma força. Vejo colegas de profissão desiludidos com a profissão, mas não da vida, e isso é o que vale!

É dentro dos flashes que passaram em minha cabeça, sentado naquele auditório neste sábado, que vi como nós éramos felizes, e ainda o somos. Sou extremamente feliz com minha escolha de vida. Faço o que gosto, e ainda sou pago por isso, mal, mas sou pago. E o mesmo brilho que vi no espelho quando passei no vestibular, uma dia depois de minha aprovação, pretendo alimentá-lo pelos próximos anos de labuta.

E se depender de mim, vou incentivar meus colegas e transmitir o mesmo amor que sinto por ser jornalista por formação. A todos aqueles que me acompanham desde lá trás, o meu obrigado por me ensinarem diariamente e aprender com os erros e acertos, e aos que ainda virão....aaahhhhhhh, deixa que depois eu conto pra eles.

domingo, 6 de setembro de 2009

50 anos de jornalismo

Neste fim de semana o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas completa 50 anos de atuação e combatividade. São cinco décadas de exemplo para as demais entidades da classe no país a fora. Foi em Alagoas que foi instituído o primeiro prêmio aos profissionais de comunicação no sentido de contemplar os maiores trabalhos jornalísticos no ano. Mas isso não tem peso algum quando colocamos na balança a qualidade do jornalismo alagoano.

Fazer jornalismo no Brasil não é fácil, e tentar fazê-lo com dignidade em Alagoas é ainda mais difícil. Na Terra dos Marechais, onde coronéis continuam mandando, a comunicação ainda é dosada e pensada conforme eles querem. Os coronéis de antigamente utilizavam apenas o poder da bala e do chicote para fazer valer sua vontade. Hoje, além da força, a palavra ganha status de balas com igual poder destrutivo.

Os currais eleitorais foram aumetados a proporções de municípios e regiões inteiras. Até onde alcançam as ondas do rádio e da televisão, os novos caciques da comunicação mandam seu recado de alienação. Eles seguem a risca o ensinamento do mago da comunicação brasileira, Assis Chateaubriand.

"Se quiser escrever a sua opinião tenha um jornal", disse o fundador do Diário e Associados. Bem, foi mais ou menos isso que ele disse em um bate boca com seu subordinado, o então repórter Rubem Braga.

O convidado especial para a festa do cinquentenário do Sindjor-AL, Domingos Meirelles falou um pouco de sua trajetória jornalística e deixou um recado para os profissionais da comunicação de Alagoas e estudantes que pretendem futuramente usar a caneta como instrumento de trabalho.

Segundo Meirelles, o jornalista deve encontrar um lado, mas não aquela coisa de defender um ideal, uma ideia, uma bandeira, que defenda até. Mas o segredo segundo o jornalista é, criar uma trajetória, honrrosa, e por favor, proba e reta, se possível. Algo que se possa orgulhar.

Domingos Meirelles disse que é possível sim fazer um trabalho jornalístico de qualidade onde quer que se atue. Seja no âmbito privado ou público, basta apenas ter talento e senso crítico; a comunicação permite aflorar sua qualidade.

Ele contou uma breve história onde como repórter de impresso no Rio de Janeiro entrevistou um coronel do DOI - CODI, aparelho de repressão do Estado nos tempos de chumbo da ditadura militar. Ninguém queria entrevistar o famigerado, conhecido por sua brutalidade e desumanidade com seus amotinados.

Meirelles começou a exaltar de forma superficial o oficial, foi quando que o entrevistador ganhou a confiança do entrevistado. Aí foi sopa no mel. Ele falou tudo e muito mais de suas ideias de violência e atrocidades. Tudo foi muito bem explicado e publicado no jornal, e pasmem, com a aceitação do coronel carrasco. Resultado, o oficial nunca foi promovido a nada depois disso, e Meirelles conseguiu emplacar a entrevista no jornal na íntegra, em plena ditadura, driblando a censura.

Moral da história, basta ter talento e jogo de cintura para driblar as imposições do regime vigente, leia-se, linha editorial. Meirelles é a favor do diploma e mesmo sendo um profissional não diplomado, acredita que não é inconcebível um profissional que mexe com os destinos de um povo, não passe pelas bancas da academia. Definitivamente....

....assino embaixo meu nobre! E viva à Freitas Neto e Denis Agra. O jornalismo alagoano agradece!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O mais belo luar do mundo


Indo diretamente para o ano da graça de nosso senhor de 2006, recordo-me quando cobria a corrida governamental alagoana. Naqueles tempos minha casa era o Sertão. Indo pra cima e pra baixo, poeira, sol, luar, frio, solidão, buzinaços e tapinhas nas costas eram minhas companhias. Mas remeto-me aos meus pensamentos naqueles dias de conflitos.

Lembro-me das noites mais brilhantes que vi na vida. Jamais vi estrelas tão grandes e reluzentes. E naqueles tempos um turbilhão de pensamentos me ocupava. Não apenas a disputa política, mas minha briga interna. Meus desejos, meus planos e objetivos, além das incertezas dali pra frente.

Nunca tinha visto cenário tão belo. Nas viagens onde só nos restava o silêncio da estrada, planava em meus pensamentos, mas por vezes pela pressa, ia na carroceria mesmo da caminhonete admirando o panorama que me chamava à contemplá-lo. Era o meu momento de paz. Conversava com os astros. A lua, as nuves ainda brancas, destacavam-se no negro céu do Sertão.

Já as estrelas eram os adornos que enfeitavam minha noite triste e geralmente cansada. Sinto saudades desse tempo. Lembro de dias como que estive no município de Feira Grande, alto Sertão alagoano. Lá vi o real significado da expressão noite clara. A noite virou dia não apenas pela quantidade de faróis dos carros que disputavam espaço na estreita pista sertaneja, mas também pela briga luminosa entre as estrelas, os faróis, e a lua cheia a dispontar no crespúsculo.

O caminho da estrada principal para se chegar a Feira Grande dura uns 13 km a 15 km. Agora imagine o sol fumegante do Sertão caindo e os faróis dos automóveis disputando espaço com o brilho luminoso da lua, e ainda o pontos brilhantes no céu chamavam meus olhos para um duelo desleal e magnífico. Na verdade eram pontos de luz que se perdiam no breu da noite. Um lindo espetáculo que nunca saiu da minha cabeça.

Na carroceria da caminhonete contemplava esse visual e refletia sobre os mais diversos assuntos. Já não estava ali, já não era eu. Pensava em futuro, na vida, coisas que todo mundo pensa, nos mais diversos instantes dessa nossa trajetória. Mas é aquela paz do vazio, do nada, que nos faz pensar e pesar nossas atitudes e caminhos que tomamos.

Por vezes é no silêncio do nada que conseguimos enxergar melhor nossos erros e focar mais em nossos alvos. Talvez precisamos mais de concentração e foco no que queremos. É assim, mirando em nossas metas que chegamos longe, até mesmo onde nem imaginávamos chegar. Que assim permaneça. Sinto falta da paz da imensidão sertaneja, e do seu esmagador céu negro, mas não preciso dele para saber o que quero.

Do mais belo luar do mundo, guardo os momentos da brisa fria afagando meu rosto e me enchendo de vida e plenitude. É a paz e inércia que todos querem. A tranquilidade que apenas é interrompida pelo sossegado cantar dos grilos e pelo rasgar das aves da noite. Ai que saudades do Sertão...pense mais, porém haja mais, com a ajuda sábia da escuridão, reflita sobre seus caminhos. São neles que ou estaremos sob a luz da lua ou perdido nas trevas do nada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Por que Collor?


O 30º presidente brasileiro, o primeiro civil eleito pelo voto direto no país, após a ditadura militar, esse seria a lavada de alma do povo brasileiro, a grande chance de esquecer os anos de ferro. Até aí tudo bem. Uma pessoa comum. Empresário do ramo da comunicação, filho de um senador da República, polêmico e assassino. Aí já começa a complicar.

Esse foi o cara que por meio de um plano econômico, confiscou sua poupança, abriu o mercado nacional para as importações, e deu o ponta pé inicial de um processo de desestatização, ou melhor, começou a privatizar as empresas do Estado.

Olhando cada medida dessa por diversos ângulos, você encontra um ponto de vista até que positivo, mas vindo dele.....uuuuuuuuuiiiiiiiii. Dá medo! Aliás, quem o conhece bem, o teme. Não por ele ser violento, mas por seu temperamento publicamente sem controle e sem limites. Esse é um pouco do Fernando Affonso Collor de Mello. Um carioca erradicado na Terra dos Marechais que foi criado entre um livro da propaganda nazista de Hitler, e entre os problemáticos jovens filhos do poder carioca e brasiliense.

Collor foi criado para ser o que é. Vindo de uma família extremamente problemática e envolvida até a cabeça com escândalos e histórias mil, ele não fugiu às raízes. O senador da República por Alagoas tem em sua biografia páginas escritas com pulso firme, porém elameado de vergonha para a sociedade que o colocou lá. Cruz cão, meu pai!!!!

O então presidente da República, Collor de Mello, renunciou ao cargo com sérias e contundentes acusações de corrupção, sem falar o nepotismo, pois foi ele quem colocou Zélia Cardoso de Melo, sua prima, na Fazenda, e até agora ministro do Supremo, Marco Aurélio de Mello, lá, são apenas exemplos toscos.

Pelo insucesso de suas ações, entrou para a história política brasileira como o único presidente tupininquim deposto por ameaça de impeachment. Teve seus direitos políticos cassados por oito anos. E foi responsável pela maior manifestação popular desde as Diretas Já.

Com ira de Collor, milhões e milhões de jovens foram às ruas em 1992 para depor o presidente supostamente gatuno. A pressão no Congresso Nacional foi tamanha que não resistiu ao conclame popular. Por todos esses anos, ele ficou num ostracismo total. Recluso, ele se fortaleceu, saiu da mída e voltou com força máxima em 2006, quando por uma bobeira e arrogância do ex-governador Ronaldo Lessa, que já se considerava senador, deixou Collor ganhar uma eleição com apenas um mês de disputa.

O caçador de marajás, como ficou conhecido, foi também governador de Alagoas, e prefeito de Maceió, muito jovem. E foi na Terra Caeté que se reforçou politicamente. Foi um fenômeno. Após a morte de seu pai, senador Arnon de Mello, responsável pelo único tiroteio da história do Congresso Nacional, dentro da casa legislativa, Collor ganhou asas. Só pra não ficar implícito, Arno de Mello tentou matar seu maior adversário político, o também ex-governador e senador alagoano como ele, Silvestre Péricles, e acertou fatalmente o senador José Kairala, em plena sessão ordinária do Congresso.

Vixe maria, ave maria, ave maria, ave maria....Collor tem essas raízes. Quando presidente da República, veio apenas uma vez ao seu berço político, e com seu topete de sempre, nem deu valor aos descamisados alagoanos, que tanto o amam. Mas o segredo mora aí....Por que o amam?

Se você perguntar a qualquer alagoano que tem o mínimo de acesso a jornais, informações, cultura, enfim, caso alguém pergunte o que Collor fez de bom para a sociedade, o que poderíamos ouvir? Bem, eu mesmo já fiz essa pergunta a muita gente, e sempre ouvi uma pausa seguida de um silêncio sepulcral.

Em reportagem publicada no Valor Econômico, o repórter Caio Junqueira narra sua incursão ao município de Roteito, onde ele conseguiu a monstruosa votação de mais de 86% de votação, enquanto candidato ao Senado Federal. A cidade não tem nada de obra dele, enquanto político. Não há nada, nenhum resquício de sua mão pública. Ou será que o povo votou pela cara dele?

Não entendo a tamanha aceitação dele nas ruas. Os episódios recentes no Senado Federal mostraram um pouco de seu jeitão. Aquela face desfigurada pelo ódio apresentou ao Brasil o Collor que poucos conhecem. E os cidadãos em sã consciência sabem do que ele é capaz.

Claro não posso negar. Ele é inteligentíssimo, estratégico e astuto. Gestos, olhares, postura e palavras são desferidas com precisão cirúrgica e muito bem pensadas. Seu acordo com a Globo, em 1989, aquele bendita edição que a emissora dos Marinho fez, nossa senhora, golpe de mestre. A baixaria que ele é capaz de fazer, humilhando o então candidato Lula. Ai ai ai, Deus me livre.

Dá arrepios imaginar esse homem governando novamente meu Estado. Tudo de podre e ruim voltaria a circular por Alagoas. Basta.

Quer saber um pouco mais dessa figura....leiam Operação Morcego Negro. Vocês vão saber quando ele fechou um andar inteiro do Hospital de Base de Brasília, devido a uma overdose de droga...enfim!!! Leiam e tirem suas dúvidas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tempo,tempo, tempo


Quem determinou que o tempo deve separar e definir passos, metas e planos? Quem? Deus? Acho que não. Até por que é tudo no tempo Dele, como se diz; e ninguém mais sabe como é medido esse distanciamento.

Finalmente ao assistir o longa O Curioso Caso de Benjamin Button percebi algo que precisamos enxergar nos outros para termos a comprovação que é real e palpável. O tempo na verdade não existe, ele é tão irrisório, tão irrelevante, quando se deseja algo fortemente e com fé, basta querer para alcançar. A nossa vontade de viver deve se sobrepor a tudo, ao tempo, as interperes, aos dias, semanas e anos.

Temos que realizar tudo aquilo que tivermos vontade, uma nova língua. Conheça gente diferente para te contar coisas diferentes, modos diferentes de ver o mundo e outros. Devemos conhecer lugares inesquecíveis, para esquecer logo quando chegarmos em outro porto tão memorável quanto. Temos que viver, sentirmos vivos, mesmo com a pela enrrugada, acima do peso, com bafo, feios, arrumados, prontos....temos que sentir sangue nas veias.

É tão bom sair por aí sem destino, estufar o peito pro vento e deixar que o tempo leve de nós o marasmo diário. Ponha a mão pra fora do carro numa estrada deserta e deixe-a planar. Devemos, vez por outra, lembrarmos dos amigos mais distantes, e ligar pra eles, saber como eles andam. Recordar o que aprendemos com eles, e curtir cada gargalhada que tivemos, reviver piadas, contar histórias, ver como os anos passaram. Perdoar. Abraçar. Acolher. Seguir.

Divertir-se com o que gostaríamos de ser quando crescêssemos. Rir muito e rir de nossos desejos mais contidos, e quem sabe até realizá-los. Ser o que você quiser ser. Dançar como se ninguém estivesse olhando. Ouvir música alta e mandar o mundo explodir. Ahhhhh, rir alto. Gargalhar até ficar sem ar. Beber, por que não, ficar alto, divertido.

Não há limite de tempo para isso. Comece hoje, quando você quiser, pode até ser amanhã, mas não terá mais o saboroso gosto da espontaneidade. Você não é assim, mas tem vontade de ser? Ora, mude, quem manda em você é você mesmo. Você faz as regras. Mude ou seja você mesmo pro resto da vida.

Seja seu maior brinquedo, seu maior prazer e divertimento. Só não deixem que te façam de bobo. Nesse mesmo pensamento positivista espero que você, caro leitor, possa ter oportunidade de ver coisas que te impressionem. Espero que prove sabores que nunca provou, e sinta na pele sensações que nunca proverá novamente, só para dizer que sentiu.

Orgulhe-se de você. E se até essa altura da vida você olhou para trás e disse que não foi o bastante, mude, vire o jogo, seja mais forte, mais alegre e positivo; e claro, tenha ainda mais energias para começar tudo de novo. Faça bem a você meso. E repito, não há idade para recomeçar.


Essa é a magia do cinema, ele desperta em nós, os mais diversos sentimentos. Cabe a nós aproveitarmos esse sentimento da melhor maneira possível. Fica mais uma vez a mensagem.Permita-se, divirta-se.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Conselho

Dedicação e empenho. São características de todo funcionário padrão em qualquer setor produtivo, seja no ramo privado ou público. É fato que nem sempre há um reconhecimento devido ao trabalho desempenhado com amor, compromisso e identificação, que vez por outra algum maluco vai, faz e chama a responsa pra si.

Isso se chama decepção! Infelizmente, ela acontece e nem manda recado. A fidelidade quase canina tem repercuções nefastas. Os ouros são pouquíssimos e na maioria das vezes efêmeros até demais. O profissionalismo deve falar sempre mais alto, e a frieza de um aperto de mão, é vital para se sobrepor ao affair de um abraço falso.

Não digo que a cortesia deve ser descartada, mas o distancionamento deve ser lei nesses relacionamentos profissionais. Envolver-se com ideologia, identificação e demais sentimentos que possam comprometer, nunca foi nem será de bom tom, é uma faca afiadíssima nas duas extremidades. Sempre nos cortamos com a bendita.

O tom do post é de aconselhamento para evitar frustrações e possíveis topadas neste caminho sinuoso que é a nossa trajetória profissional. Até o arrependimento pode chegar, e virá à galope, com a velocidade de um trovão. Mas virá e fincará raízes revoltosas. Recheadas de sentimentos e pensamentos de injustiça e ira. Não é bom.

Mas não se deve fraquejar. A competência tem lugar em qualquer segmento profissional. Os bons têm espaço sempre, seja onde for. A ânsia do profissional em busca de um dedo indicador para ajudar a trabalhar às vezes nos cega. E nos leva a lugares frios e sombrios. Enfim, é aconselhável ficar de olho aberto e analisar muito bem o mercado para não cair em uma gelada.

Devemos nos espelhar nas prostitutas. Elas são frias, diretas, objetivas e não desejam vínculos laçivos duradouros com seus clientes. O sucesso através do gozo é garantido, ou dinheiro de volta na hora.

Espalhem o conselho.