quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dia a dia


Quando dou essa sumida daqui do blog é que tô imprimindo um ritmo violento. É na rua ouvindo gente, telefonando, levando fora, sentindo o calor do momento, sofrendo, bufando, pegando ar, coluna doendo, ombros pétridos, nuca tensa, pense.....uma agonia sem tamanho! Ufa...!

Sob certo olhar essa correria nos faz bem. Torna-se nosso termômetro. E a cada dia percebemos que o buraco é bem mais embaixo. No dia a dia mostramos do que somos capazes de suportar e de superar.

Estou fazendo um novo material especial e nesse novo trabalho tenho que ouvir pediatras. A maré quando não está pra peixe, não tem jeito. Tentei, pelo menos, dez profissionais na área para apenas falar na matéria...em vão. Quando um não podia falar resolvendo problemas familiares, os demais estavam viajando indo para um congresso. Gente, na boa. Ou a profissão tá dando muito din din, ou é a desculpa mais utilizada no meio médico.

Meu prazo está rolando e o tempo encurtando. Minha esperança é que o único profissional que me deu um pé de esperança possa mesmo me receber até a sexta-feira maldita. Pois bem, acontece. Começei a permear entre os grotões desta cidade sentindo a barra que é conviver com lixo, miséria, violência e medo. Nas favelas e grotas que entrei, o que vi foi desconfiança, receio e muito pudor ao falar comigo.

Mas a cada pessoa que conversava e mostrava a que vinha, as armas internas se desfaziam, o sorriso era mais fácil e o olhar era dentro do meu olho. Como é bom ganhar a confiança alheia. Sentir o pé firme no chão, saber onde se está pisando. A cada viela, beco, esquina e escada, crianças risonhas desconfiadas seguiam a mim, e o repórter fotográfico Sandro Lima, loucas por saber o motivo de minha presença. Quando eu falava, entrevistada, trocava uma ideia com meus personagens, era uma coisa. Sentia-me um extraterrestre. Coisas da vida.

Foco nesse meu trabalho para esquecer um pouco de meu cotidiano conturbado. Falecimento de tia, guerra espiritual, sonhos horripilantes, assustadores e alarmantes. Como sobreviver a isso tudo? A gente vai seguindo. Recomendaram-me ler duas vezes por dia o Salmo 91. É ele que me acalenta e é por meio de orações e preces que me sinto mais forte e limpo. Pois bem, amanhã é outro dia.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Novos ares nos canteiros de obras


Matéria publicada na edição de domingo na Tribuna Independente:

Em 1979, quando o compositor Zé Geraldo cantou pela primeira vez a canção Cidadão, ele retratava a realidade de um operário angustiado, desvalorizado e cheio de pesar. Mesmo ajudando na construção de sonhos alheios, a música apresentava o desdém e o preconceito social com o trabalhador da construção civil. Eram tempos difíceis, dias de trabalhadores carregados em pau de arara e de refeições feitas no chão ‘queimando panela’.

As mesmas pessoas que eram o pilar do crescimento nacional da segunda metade do século XX morriam como moscas em acidentes de trabalho. Aqueles que sobreviviam, faleciam por dentro sempre antes do fim do mês quando o irrisório salário acabava. Atualmente a situação é outra, reconhecem os operários, a remuneração é melhor, a segurança aumentou e hoje são valorizados e caçados dentro do mercado ainda em expansão.

Para conhecer e compreender essa virada de mesa a reportagem da Tribuna Independente foi às ruas, ou melhor, foi ao canteiro de obras para ver e conhecer testemunhos da pujança do segmento e a sintonia que foi erguida ao longo dos anos com empregador e empregado para o bem comum.

De acordo com o Sindicato da Construção Civil de São Paulo cerca de 86,2 mil trabalhadores foram empregados no primeiro trimestre de 2011, em todo o país, aplicando sua força de trabalho na construção do sonho brasileiro da casa própria. No Nordeste, o crescimento da absorção de mão de obra na construção civil subiu 0,09%, nos primeiros três meses deste ano. Em Alagoas, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Renda aposta que 1.000 homens são aproveitados por ano no setor. “Hoje são 40 mil trabalhadores atuando na construção civil alagoana”, atesta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção do Estado de Alagoas, Manoel Januário Filho.

A realidade deste exército braçal crescente no país mudou em virtude das obras dos governos federal e estadual, além da movimentação para a Copa do Mundo e Olimpíadas. A demanda de trabalho aumentou e ainda a facilidade de crédito e taxas de juros menores fizeram com que fosse aberta a temporada de caça a trabalhadores da construção civil. ‘Mandando no pedaço’, eles conseguiram exigir junto ao empresariado dias melhores na labuta. “Somos nós (trabalhadores) que contribuímos com a riqueza dos empresários”, comenta o presidente do sindicato proletário.

Lembrando dos tempos onde se ‘roia o osso’, o engenheiro civil, Flávio Alves Lima, que atua há 25 anos no mercado, diz que antigamente os trabalhadores eram transportados em ‘paus de arara’ e os operários desempenhavam suas funções sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), hoje obrigatórios pela Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18), que rege a proteção da integridade física do operário em seu local de trabalho. “Eles trabalhavam com sandálias e camisetas comuns”, lembra.

Hoje, o responsável pelo canteiro de obras da Reurbanização da Orla Marítima de Cruz das Almas, em Maceió, Phablo Ferreira, explica que a empresa fornece, orienta e exige que os seus 40 funcionários fichados usem os equipamentos de segurança. “Cada servente, pedreiro, armador, encanador, todos eles usam capacetes, botas de couro ou de plástico, fardamento, óculos de proteção, luvas, e a empresa (Telesil Engenharia Ltda) cede protetor solar também. Eles são conscientes disso e utilizam sem problema”, confirma Ferreira.

A Telesil Engenharia Ltda., por exemplo, emprega cerca de 1.000 funcionários na capital – tirando as obras do interior, que oscilam de tamanho, como explica Phablo, esse mesmo quantitativo de pessoal há 25 anos, lembra o engenheiro Flávio Lima, comia apenas fubá com charque no café da manhã, e no almoço feijão com bucho, o cardápio da noite repetia uma das duas refeições. “Agora, cada obra dispõe obrigatoriamente de um refeitório para a refeição balanceada oferecida pela empresa”, diz o engenheiro.

Novos sonhos

Januário Filho salienta que cada avanço alcançado é um estímulo para buscar novos, até 1996, nem contracheques recebíamos, agora já dispomos dele. “Nossa meta é ganhar a participação nos lucros das empresas, além de uma assistência maior à família do trabalhador”, explica. Na concretização deste caminho, o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Alagoas (Sinduscon) e a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL) estão conseguindo bons resultados.

Membro da atual Diretoria do Sinduscon e vice-presidente da Ademi, Ronald Vasco, atuando há 29 anos, apresenta uma série de ações que promovem a responsabilidade social nas 50 empresas associadas, inclusive na dele a V2 Construtora. “Fornecemos gratuitamente palestras sobre alcoolismo, drogas, dengue, acidentes de trabalho, distribuímos material escolar para os filhos dos trabalhadores, levamos vacinação, tratamento dentário e oftalmológico, entretenimento e cultura, além dos cursos de qualificação profissional voltado para a construção civil”, lembrou.

Calyne Almeida, psicóloga e coordenadora de Responsabilidade Social da Ademi, reforça o discurso da mudança de paradigma de que o operário da construção civil hoje motivado, ele sente-se valorizado e aposta em seu crescimento pessoal. “Conheço casos de pessoas que não querem ser pedreiros mais e procuram se qualificar para serem engenheiros e futuros mestres de obras. A tendência é permanecer no setor e crescer”, ressaltou.

Vasco destacou ainda que cerca de 50% das construtoras do mercado alagoano atualmente praticam a responsabilidade social dentro de seus canteiros de obras. “E as que não o fazem, querem fazer”, falou. Reflexo deste movimento é a baixa incidência de representações e ações contra empresas do ramo no Ministério Público do Trabalho. A procuradora regional do Trabalho, Rosemeire Lopes Lobo, explicou que por meio de uma fiscalização mais rígida e uma evolução de consciência social dos empresários e dos próprios trabalhadores o número de ações é muito baixo. “O que temos hoje são ações para adequação do meio ambiente de trabalho, falhas que as empresas têm um período para corrigirem e assim o fazem sem maiores problemas”, disse.

A procuradora salientou que há uma conscientização maior de todas as partes, pois já existe a NR 18, que regulamenta a segurança no trabalho e o Ministério Público do Trabalho fiscaliza e monitora. “Em 2010, fizemos uma ação dirigida nesse sentido e ficamos contentes com o que vimos”, afirmou. Como não acontecem problemas de maiores magnitudes, as arestas que existem entre trabalhador e empregador, são a respeito de verbas trabalhistas não debitadas pelas empresas ou no dia certo ou no valor acertado. “Isso é mínimo e acontece pouco”, explicou. O sindicato da categoria registra cerca de 15 ações em menos de seis meses reivindicando correções deste tipo.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil realiza de 15 em 15 dias vistorias nos canteiros de obras do interior do estado e diariamente monitora os da capital para mapear a situação do trabalhador.

O trabalhador não é mais aquele

Dentro do perfil do empregado na construção civil, ele geralmente mora na periferia da capital, e não concluiu o ensino médio. Januário Filho confirma que 90% dos trabalhadores que atuam no segmento não concluíram o ensino fundamental. “São predominantemente homens, porém as mulheres já estão se tornando comuns nas obras”, disse o presidente do sindicado da categoria.

“Apenas em uma obra da Odebrecht aqui em Alagoas, 30 mulheres estão atuando”, confessou. Em União dos Palmares, quase 30 mulheres trabalham diuturnamente para agilizar a entrega das casas aos desabrigados das enchentes de 2010. “A mulher é mais cuidadosa em serviços de rejunte de azulejos, por exemplo”, reafirmou Januário. A mudança de gênero no canteiro de obras aumentou 65%, em 2010, diz o Ministério do Trabalho.


A remuneração dos trabalhadores também é outra. Flávio Lima recorda de tempos onde, pedreiros ganham R$ 5 em uma ‘empreitada’ e fica feliz. Agora um mestre de obra ganha em média R$ 1.283,96, com o reajuste aprovado para a categoria trabalhadora do setor (9%), esse mesmo mestre pode chegar a R$ 1.425,57, em três meses. Do mesmo jeito um servente de pedreiro que está tabelado pela categoria ganhando R$ 570,00; o pedreiro, R$ 853,89, segundo números do sindicato. Phablo Ferreira diz que tem pedreiro de ‘mão cheia’ com carro e três casas de aluguel que recebe em bons meses R$ 10.000,00. “Quem é bom e até quem não é, tem emprego garantido”.

Feliz com a nova profissão, o ex-técnico em refrigeração, Antonio Maciel, 30, diz que não se arrepende em ter trocado seu ofício antigo pela função de servente. “Atuo há cinco meses nesta empresa que estou agora. Recebo no dia certo, tenho proteção no trabalho e estou realizado”, frisou. Do mesmo jeito está radiante o pintor Sebastião de Souza Santos Filho, 34, ex-servente já cresceu na função e quer mais. “Estou há três anos atuando como pintor, trabalho não me falta, caso eu saia da empresa que estou”, completou.


Muitas categorias não dispõem deste tipo de acolhimento, citou o engenheiro Flávio Lima. Ele comparou com o tratamento dado a um simples vendedor de loja, onde lhe é negado um espaço específico para almoço, além de uma alimentação balanceada, e garantias trabalhistas.

“Muitos vendedores trabalham feriados e fins de semana em regime de banco de horas, por um salário mínimo, alimentam-se em cantos da loja e muito mais. Em algumas empresas que atuam com participação nos lucros, mensalmente você tem aumento e caso conclua seu serviço, recebe em casa e descansando, com plano médico e dentário e todos os direitos trabalhistas assegurados”, finalizou.

domingo, 26 de junho de 2011

Dançando coladinho por aí


Forrozeiro é forrozeiro os 365 dias do ano. Sem trégua. Pode achar ruim, caro leitor que não curte dançar agarradinho ao som da sanfona. Adoro forró e pronto! Sou do tipo que engata duas, três músicas seguidas. Que curte sentir o cheiro de sua parceira no cangote mesmo. É o suor descendo no rosto e os corpos juntos, colados.

Corria esse estado em busca de um fóle tocando. Atalaia, Viçosa, Capela, Pilar, União dos Palmares, Murici, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e São Miguel dos Campos eram meus redutos. Baixando antigos sucessos de Baby Som e Cara Véia trouxeram passagens memoráveis dessas viagens em busca de diversão.

Noites e noites, seja levando fora ou não, a gente se divertia. Quando se encontrava um par leve e que realmente sabia dançar, rodávamos o salão todo. Encerávamos o chão e o cansaço não chegava. Bons tempos!

Dos enlatados novos não curto todos. Dos autênticos trios de sanfoneiros, que despertam a cada junho, sou fã logicamente. Sou adepto do forró raiz, pé de serra, chamegado. De 1992 à pouco mais que 2006, ainda se existia resquícios de um forró de qualidade. Respeito todas as bandas, mas prefiro as composições ainda da décade de 1990. Ainda se falava do matuto, do sertanejo, do amor e suas nuances. Hoje, está tudo muito deturpado. Sinto saudades daquele tempo...

sábado, 25 de junho de 2011

Vai com Deus


Todos os dias nordestinos deixam sua terra para colher dias melhores no Sudeste. Sonham, lutam, trabalham, sofrem. A dor da distância de seus entes queridos é enorme, porém a vontade de vencer na vida é ainda maior. Poder dar momentos de felicidades, um futuro digno para seus rebentos e encher de orgulho os seus parentes. Foi com esses desejos, anseios e metas que Maidi Porfírio da Silva pegou o primeiro voo para o Rio de Janeiro no início dos anos de 1980.

Seu primeiro filho, Mozart Júnior, já era nascido. Janaína, a mais nova, era quase uma recém-nascida. Maidi, esbelta, linda, corajosa e impetuosa foi abandonada pelo seu marido. Pois então, estava ela na Cidade Maravilhosa penando e sofrendo. Como se não bastasse o sofrimento de criar dois filhos, praticamente sozinha, ainda tinha que labutar e driblar o aperto do peito por estar numa terra distante e sem sua base familiar.

É quando chega no pagode, literalmente, um portuga muito gente fina e cheio de ginga. Gutti. O luso já tinha a alma carioca e com a lábia dos nativos de tanto insistir conseguiu conquistar a alagoana de corpo de violão. Se casaram, não tiveram filhos, mas aos poucos começaram a colher frutos. Casa própria, emprego, e os garotos crescendo. Nooouuussssaaa, como foram felizes.

Depois de várias visitas à sua terra natal, aqui nas Alagoas, Maidi apresenta a figuraça que Gutti é. Ganhou também a família da moça com uma bandana na cabeça e uma sede por cerveja típico da família alagoana. Cansado de ver meus primos, mãe e irmão indo ao Rio ver as maravilhas que a Guanabara podem proporcionar, fui embora.

Só em 2008 tive tempo e coragem para visitar o Rio de Janeiro. Porém, o que gostaria de contar aqui foi uma passagem que vive com dona Maidi. Já diagnosticada com um câncer nos ossos e ainda em quimioterapia, fui visitá-la na Curicica, em Preguiça, Jacarépaguá, lugar de gente simples, humilde. Não importava. Minha relação com Maidi transcendia tudo isso. Seu carinho, seu sorriso revigorante passava pra mim uma vontade de viver que poucas vezes tinha visto.

Na Taquara, em Jacarépaguá, existe o Lar de Frei Luiz. Espaço católico-espírita, se é que existe isso, mas era algo assim. Todas as terças-feiras, Maidi e um grupo de amigos ia para receber e fazer orações. O local é mágico, encrostado na mata, a energia positiva que se sente é qualquer coisa de fenomenal. E foi lá, eu Maidi recebia ânimo, paz e conforto. Fui aconselhado e visitar uma das salas de orações. Limpei-me. Senti-me leve. Em uma sala escura, com pontos luminosos vermelhos, só sentia preces e rezas quase que silenciosas. O local é reduto de artistas, famosos que buscam paz interior e um pouco de alento.

Retornei a minha terra com a alma mais leve e pura. Porém, infelizmente a luz que acalentava o coração atormentado e cansado de Maidi não foi suficiente, ou melhor, a luz apenas a aproximou mais de Deus. Tudo por que o Altíssimo só quer gente boa perto Dele. Não se enganem, pessoal, é isso mesmo. A alma caridosa e calma de Maidi foi levada neste sábado. O sofrimento quase desesperador provocado pelo câncer terminou.

Maidi seguiu deste plano para nos observar de lá de cima. Deixou Janaina com um filhinho na barriga e o Júnior, pronto para viver de fato a vida. Sem contar no ostracismo que Gutti se afundou nos últimos momentos. O sofrimento de Maidi parece que passou para o peito de Gutti. A simpatia e alegria, marcas registradas do patrício, deu lugar a uma dor sem fim. Como todos os outros parentes e familiares alagoanos estão sentindo hoje.

Não apenas como admirador, sobrinho e grande torcedor por sua luta, peço pela última vez minha tia, sua benção......

Desconfiar, sempre?


Nunca mais tinha comentado sobre filmes, porém um recente me provocou e quase me convidou pra escrever sobre ele. "Malu de bicicleta". Bem, o título não é lá essas coisas, mas o filme leva a gente a pensar. Quem nunca desconfiou até da sombra? Serei mais específico! A história do filme se desenrola ao redor de um galinha nato. Aquele pegador de marca maior que não esquenta lugar e deixa um rastro de corações estraçalhados por onde passa. Esse é o personagem de Marcelo Serrado, pois bem. Nunca se apaixona, pega geral e nada de se apegar.

Até que ele se depara com uma suposta versão sua só que de saias. É quando entra na trama a gatíssima Fernanda de Freitas - aquela que é a cara da Deborah Secco. Ele, claro, deu em cima, pegou, mas algo diferente surgiu. Pimba...se lascou! Apaixonou. Só que o garanhão não sabia onde estava se metendo, e esse mundo desconhecido é um terreno minado para o dom juan.

Aqueles que um dia foram o 'cancão de fogo', o 'pipoco do trovão', sabem os caminhos, macetes e desculpas que o cafa dá. Bem, a moça dava as mesmas pistas, mas nada a se confirmar que ela também era uma predadora de homens. A imaginação do camarada, agora curado, maquinava sempre nesse sentido: o da desconfiança. Ele então começa a duvidar das amizades da sua respectiva. Persegue. Olha torto. De fato, o dia da caça, outro do caçador. Ele então tinha virado uma presa, mas pego apenas por sua cabeça, até então.

Ameaçado, o ex-cafa contra-ataca e busca sua redenção com a melhor amiga dela, até então odiada por ele. Putzzzz, que erro! O resto do filme não vou contar. A moral da história é que nem tudo que imaginamos se concretiza. Principalmente quando se envolve paixão e sentimento. Jamais saberemos o que esse troço que bate em nosso peito é capaz de fazer - seja conosco com apenas com nossa cabeçinha. Cuidado!

Votos de confiança, dormir com um olho aberto e o outro fechado, são incompatíveis, né vero? Pois então, escolha sua posição, analise seu panorama, não se precipite. Vá com calma.Os achismos nos levam a caminhos sem volta. Eles magoam, ferem e geralmente deixam marcas que não saram. Mais uma vez, cuidado...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

É hoje!!!!


Hoje não tem jeito, ninguém escapa. Até aqueles que não curtem os festejos juninos sentem o clima que paira no ar. Seja por meio do cardápio, aquele cheirinho gostoso de milho cozinhado, ou pelo sabor da canjica e demais quitutes. Os arraiás estarão lotados, dança, animação e alegria prometem ir até o dia raiar. E logo no inverno brasileiro onde as noites são mais longas, prepare-se, vá ao arrasta-pé com um bom calçado, vá bem agasalhado e preparado para uma noite longa.

É nesta véspera do Dia de São João que você também pode conferir a belezas quase que acrobática e teatral das quadrilhas juninas. Magia, cor,brilho, sorrisos e muito forró. Tudo junto só faz com que o espetáculo dos ritmados dançarinos engradeça muito mais essa noite.

Pena que com o céu chuvoso do jeito que está não poderemos fazer o que o velho Gonzagão sempre canta: "Olha pro céu, meu amor, veja como ele está lindo...." Ai, ai, ai...como é bom. Esse clima friozinho, propício pra se ficar agarradinho, tomando aquele vinho, uma caninha, dançando bem juntinho, dois pra lá, dois pra cá...nnnoooouusssaaa, tem melhor? Tem não, gente. Só o Nordeste mesmo pra proporcionar tanto.

Aahhhh, putz, já ia esquecendo o saco que são aquelas bombinhas e bombas, estalos bebés, traques. Sustos e abusos se tornam comuns com esses desagradáveis personagens das festas juninas. Mas enfim, seja onde for aproveitem bem essa noite, dancem,comam, cuidado com a manguaça e com a estrada, o mês ainda não acabou.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A hora da bala e do voto


Tá chegando uma das temporadas mais perigosas para o alagoano - como se houvesse uma MAIS perigosa. Há sim! O período das eleições municipais estão aí, daqui a um ano, vamos estar respirando ares diferentes e conflituosos. São nas eleições municipais que nossos interesses mais diretos estão sendo testados e em jogo constante.

Os problemas mais próximos de nós são mais fáceis de serem lembrados, são mais sucetíveis e nos interessamos mais de imediato. O buraco de sua rua, o calçamento, a água, enfim, algo que precisamos diariamente. Além do mais, em cidades como as alagoanas onde o nível de desenvolvimento econômico é irrisório, a maioria da população economicamente ativa é empregada no serviço público, ou mais precisamente, na prefeitura.

Empregos em todo lugar do mundo rende voto e por isso, o povo mata e morre. Que o diga as famílias de Fernando Aldo, Célio Barateiro, Jacob Ferro, Beto Campanha. Eles são ícones dos crimes de pistolagem que envolveram interesses políticos nas eleições municipais em seus respectivos municípios.

São nestes dias de tensão pré-eleitoral que surgem mártires, mortos por fogo amigo para que sua coligação provoque pena e revolta e detone a coligação alheia; além dos assassinatos para eliminação direta de oponentes, simples e sumária.

Desde a execução fria e politiqueira do beato franciscano, Antonio Fernandes de Amorim, em Palmeira dos Índios, nos idos dos anos 50, a bala tem comido solta nos interiores deste estado. Mais antes tivemos os Malta, no Sertão, os Calheiros, em Flexeiras e Murici, os Tenório, em Chã Preta e Pindoba, os Fidélis, os Ferro, em Minador do Negrão, e mais outras diversas tradicionais famílias políticas que vez por outra se envolvem ou já se envolveram em ocasiões de conflito.

Além logicamente, de casos menos expressivos que acontecem à luz do dia ou na penumbra da noite cotidianamente. Os mandantes, como é praxe em Alagoas, estão soltos, sendo eleitos, roubam, furtam, enganam, extorquem, e com o poder da grana e da chibata seus feudos eleitorais são perpetuados e nada há o que se fazer.

Saber se mais sangue será derramado em nossas cidades ninguém sabe, mas é quase certo que a disputa pelo voto seja mais uma vez motivo de muito tiro, desavenças familiares e agonia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Contra o 'vale-tudo', o "Todo-poderoso"

"Os fins justificam os meios", assim ficou conhecida a maior lição de Nicolau Maquiavel. Idolatrado por muitos políticos e demais pessoas que postulam sempre se dar bem na vida. Não foi bem assim que o pensador queria que seus ensinamentos na política fossem compreendidos, mas ficou para a história o 'vale-tudo' para se dar e assim rebaixar os demais.

O jogo sujo, baixo e inescrupuloso saiu da política para as demais áreas da convivência humana. A mesquinharia, a maldade, a falsidade, tudo que é ruim existe desde que o mundo é mundo. Elas são até necessárias, pois para existir o bem é necessário o mal. Será mesmo?

Pois bem, como sabemos as faces do mal assumem traços que até desconhecemos, até que um dia você se depara com elas. Aqueles que um dia dividiram convivência com vc, hoje podem ser seus maiores inimigos e os mais perigosos. Pela ingenuidade que por ventura possamos ter, é o canal de entrada para esses males.

Tem gente que usa de um tudo para causar as trevas em sua vida. Te desestabilizam, te perseguem, enganam, mentem, criam uma imagem caricata de ti, até literalmente fazerem sua caveira. E não tenham dúvida, até sua própria morte eles podem encomendar...a quem? A ele mesmo que vocês estão pensando. Terrível, né. Mas acontece.

Além de enfrentar o revanchismo alheio, hoje me deparo com algo muito pior. A ameaça mudou de tom e de patamar. Atualmente tenho que me defender até de coisas que não se pega, males abstratos, sinistros e perigosos. A luta se tornou espiritual. Pessoas que desejam o meu mal terminaram por utilizar os métodos mais vis e covardes que se pode imaginar.

Em uma recente corrente de oração, uma das presentes se assustou com uma 'presença' em meu carro. A tal 'rezadeira' disse que foi uma pessoa que me odeia muito é que quer 'acabar comigo'. A religiosa disse que não sabe como algo de trágico ainda não aconteceu comigo. Enfim...como eu tinha abandonado minhas orações recentemente, fui alvo fácil. Graças a Deus, nada de ruim me atingiu até o momento. Meus protetores são fortes realmente, até por que mais forte que Deus ninguém, né vero.

E aos meus inimigos, peço apenas que Deus tenha piedade deles, além de conforto pra alma, pois paz nenhuma, felicidade qualquer se consegue com a derrocada alheia. Não mesmo. E como eu escrevo cada post para uma lição, por favor, se apeguem sempre em Deus. Rezem bastante. Os maléficos estão por toda parte e se fingem de próximos para causar um estrago ainda maior em nós. Atenção e cuidado!

Deus está comigo!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um pouco de revolta

Qual a maior realização do repórter? A resposta que vem na mente da maioria dos jornalistas é quando a sua informação faz um bem a terceiros. Geralmente aos menos afortunados, desprotegidos pelo Estado e aqueles que vivem à margem da sociedade. Creio que a maior realização do profissional é essa, fazer o bem, incorporar a utilidade pública, ser o arauto da verdade, e blá blá blá. Pode ser um sonho de um jovem e iniciante repórter, mas é essa utopia que deveria nos nortear por toda carreira profissional de um comunicador.

Em tom de desabafo mesmo lamento os tempos que vivemos. Hoje, abrimos jornais e demos aquela olhada nos sites noticiosos e diariamente vemos matérias denunciantes, escandalos, pessoas presas, figurões por trás das grades. Foi o tempo em que figurar nas páginas de Polícia era algo vexatório. As 'pulseiras de prata' viraram artigo de adereço de políticos, empresários e demais pessoas 'importantes'.

Vendo o Fantástico, da Tv Globo, ontem, fiquei ainda mais indignado. As operadoras de internet banda larga entram no hall de reclamações do Procon. Nenhuma novidade. Elas engrossam uma fila que tem um monte de empresa que não respeita e nunca vão respeitar o Código do Consumidor. A galera não respeita a Constituição Federal, que sá, Código Penal, Civil, ou qualquer dogma que norteie o convívio humano nesse país.

Uma denúncia hoje publicada, por exemplo, só fica viva por no máximo dois, três dias. E nada é feito pelas autoridades. E nisso insiro Executivo, Legislativo e Judiciário, em todas as instâncias, municipal, estadual e federal. É emitida uma nota explicativa dando um verdadeiro 'H' e pronto. Lascou! E isso assusta. Em um país que nem o presidente manda de fato e de direito, o que esperar de respeito as leis e o que é certo?

Pode parecer um post devanista, sonhador e abstrato. Ser decente é de cada um. Deveria ser uma condição básica do ser humano, mas infelizmente não é. Sei que como a Coca Cola diz: Os bons são maioria; mas eles precisam aparecer e tomar conta do pedaço sem se infectar com o sistema em vigência.

Os planos de saúde judiam de nós, telefonia dão um tapa na cara da gente, médicos nos desrespeitam na Emergência, governos nos enrrolam com o burocracês, e por aí vai. Aí vamos chamar por quem? Nem Deus dá jeito. A impunidade está gritando mais alto. Ninguém tem medo de mais nada, muito menos pudor ou vergonha.

Minhas palavras logicamente não vão surtir efeito algum. Minha revolta não fede, nem cheira. Como também a revolta dos outros 180 milhões de brasileiros. Acho que tá bom de revolta por hoje. Assim termino esse post inócuo e sem finalidade.....rsrsrs

domingo, 19 de junho de 2011

Morte e vida, Salgadinho


Matéria publicada na edição deste domingo da Tribuna Independente.

Quem viu o riacho Salgadinho em seus tenros tempos da primeira metade do século XX, chora pela condição de imundice alcançada por ele hoje

“A gente pegava sardinha, traira, camarão piatã, camurupim, gaiamum, a água era limpa e cristalina”. Lendo essa descrição poderíamos pensar num rio forte, pujante, cheia de vida, pois bem. A narrativa é de seu Carlos Santos, 71 anos, morador desde sempre do riacho Salgadinho. É com pesar que o atual marceneiro, que na infância conseguiu tirar seu sustento do riacho e mesmo na tenra idade, conheceu a bonança do Salgadinho vivendo de perto os melhores dias daquele foi o riacho da integração de Maceió.

A reportagem da Tribuna Independente ouviu especialistas, ex e atuais moradores sobre as condições do riacho Salgadinho, ou Reginaldo, como queiram, e os sentimentos eram os mesmos: bucolismo, nostalgia e lamento. Antigos e atuais moradores olham para o que sobrou do riacho e só recordam dos áureos tempos onde pescavam-se peixes, camarão e brincava-se de bola às margens dele. Mas veio o progresso desordenado e varreu o azul clarinho do riacho que marcou a vida de muitos que por ali tiveram os melhores anos de sua vida.

Cada personagem deu vazão a emoção e trouxeram à tona um saudosismo de tempos que não retrocedem. Dias em que o Vale do Reginaldo era uma mata virgem, de onde surgia um rio caudaloso, de águas límpidas, cristalinas e refrescantes, pedida ideal das tardes quentes do verão maceioense.

Ainda jovem, por volta de seus 12, 13 anos, o engenheiro Vinícius Maia Nobre já perambulava pela região. “Meu pai tinha um sítio que começava nas proximidades da atual avenida Fernandes Lima e seguia até a mata do Vale do Reginaldo. De lá eu seguia até a foz do rio perto do bairro do Poço”, saudosamente recorda.

Do mesmo modo é o testemunho de seu Carlos Santos, nascido na rua dos Coqueiros, nas proximidades do Salgadinho. Ele ainda reside nas imediações do riacho, ao lado da atual sede do Ministério Público Estadual (MPE). A simpatia de seu Carlos expõe lembranças de uma juventude vivida nos sítios do entorno do riacho, sempre ajudando a mãe, que era lavadeira. “Eu sempre ia pegar água potável da Cacimba do Braga (seria hoje em frente ao prédio do MPE). Era nessa mesma água que a gente pegava peixe, camarão, caranguejo”, puxou pela memória.

O jornalista Ricardo Mota recorda em post de seu blog, publicado em novembro de 2010, que o riacho era o alívio para os jovens peladeiros que ali jogavam aquele ‘rachinha’ de fim de tarde. A crônica em tom de uma gostosa melancolia traduz o sentimento de muitos que por ali viveram. Confira um trecho: “O melhor ‘gramado’, entretanto, ficava exatamente na foz do riacho, quando a maré secava. A bola corria rente ao chão e possibilitava, aos de melhor domínio, seu show particular. Depois? Um mergulho ali mesmo, ou no marzão logo em frente, para comemorar a vitória ou lavar a alma da sofrida derrota”.

Outro saudoso que engrossa o coro dos que viveram aqueles tempos de harmonia foi o médico e escritor Luiz Nogueira. “Fui morador da região quando menino, e seguia o curso do rio a pé até chegar ao antigo Cine Plaza para assistir as sessões de desenho animado. Eram dias felizes”, declarou.

Olhando pela perspectiva histórica da cidade, o riacho Salgadinho sofreu o mesmo processo de degradação que as grandes cidades do mundo cometeram com os rios que as cortam. A partir de 1850, o desenvolvimento econômico de Maceió forçou a cidade a criar novas edificações, e claro, sem saneamento básico.

De acordo com o mestre em História pela Ufal, professor Marcelo Góes, os registros da capital alagoana, dos idos de 1860, mostram uma Maceió em evolução ascendente do ponto de vista do desenvolvimento social, comparado a grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte na época.

A região do bairro do Poço, e por tabela os arredores do riacho Salgadinho, tornou-se uma localidade de habitações populares. “Não existia saneamento básico em Maceió. Todas as tubulações sanitárias conduziam os dejetos sempre para o mar, rios e a lagoa. O maior condutor sanitário daqueles tempos era o riacho Salgadinho”, lembra o professor.

O engenheiro Vinícius Maia Nobre explica também que além dos esgotos canalizados ou não, que caiam e caem até hoje no riacho, a bacia do rio foi constantemente impermeabilizada pelas construções e pavimentações de ruas, contribuíram para a morte do Salgadinho.

“Quando o (rio) Reginaldo começa a sofrer a influência das marés nas imediações da antiga Rodoviária, suas águas tornam-se salobras e muda de nome para Salgadinho”, explica a origem do nome o engenheiro. Os rios do hemisfério Sul têm a tendência de descer na direção Sul, o riacho não fugiu a regra. “O Salgadinho passava por trás da atual Escola Técnica (atual Ifal), passava pela ponte férrea, margeando a Praça Sinimbu, sob a ponte dos Fonsecas (que existe a estrutura até hoje), corre por trás do Clube Fênix e do Museu Théo Brandão”, recorda Maia Nobre.

O destino final original do riacho era onde está instalada a Loja Americanas, em direção à praia do Sobral. Na década de 1940, o governador Silvestre Péricles sofre pressão por parte dos vizinhos do Salgadinho devido a grande quantidade de dejetos que ia e viam de acordo com a maré. Começava o processo de desvio do curso original, e canalização do rio para o que é atualmente.

Porém, Maia Nobre conta que a natureza deu seu recado no inverno de 1949, mais precisamente no dia 19 de maio, quando uma verdadeira tromba d’água varreu o antigo leito do rio e o novo também. “Até o farol, que ficava no topo da ladeira da Catedral ficou desaprumado”, lembra. Os relatos contam que a recém criada ponte da Avenida, foi arrancada pela força da água.

O engenheiro explica que é possível acabar com a poluição no Salgadinho. Seriam necessários cerca de R$ 250 milhões em investimentos para criar coletores laterais, em ambas as margens para recolher o esgoto alheio e remetê-lo para o Emissário Submarino. “Nosso emissário – projeto dele – completa 20 anos com 75% de ociosidade. Não construíram redes coletoras para encaminhar o esgoto da cidade até agora”, lamenta Maia Nobre.

Indagada se existia algum projeto efetivo de despoluição do riacho Salgadinho, a Secretaria de Estado da Infraestrutura e o Instituto do Meio Ambiente disseram que a competência para solucionar o problema é da Prefeitura Municipal de Maceió. À respeito, o secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Ivan Bergson, destacou que a Prefeitura está engajada em despoluir o Salgadinho. “O maior problema do riacho Salgadinho é a falta de educação ambiental na região. E estamos trabalhando nesse sentido”, destacou o secretário. De forma prática, o secretário informou que a prefeitura está trabalhando no sentido de automatizar as bombas elevatórias que estão posicionadas já próximo da foz. “Após o processo de educação ambiental, iremos fazer o tamponamento das fossas e bueiros clandestinos que caem no riacho.

O Ministério Público Estadual informou que existe uma ação civil pública já ajuizada pelo Ministério Público Federal para a despoluição do Salgadinho. “Como se trata de um rio que deságua no mar, a solução é de competência federal”, esclareceu o promotor Alberto Fonseca.

Cansado de ver através dos anos a morte lenta do riacho, seu Carlos ao ser informado sobre as possíveis soluções para despoluir o Salgadinho respira fundo e solta uma descrença presente em sua expressão: “Hoje nem sapo vive aqui. Dá uma tristeza só, faz pena ver esse rio assim. E não acredito que tenha jeito”.

Com o mesmo pesar, o engenheiro Vinícius Maia Nobre, Ricardo Mota e demais antigos moradores que encerro a matéria destacando o enfadonho fim deste que já foi o rio da integração da capital, fazendo a alegria de jovens e garotos, servindo de sobrevivência para muitos e orgulho para outros tantos. Existe solução para o problema, requer investimentos e tempo, tempo que apenas a natureza pode dar, mas a mão do homem pode contribuir, no sentido de dar as ferramentas necessárias de despoluição. Estaremos vivos para ver as límpidas águas do riacho Salgadinho? Creio que não...