quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Depois do BBB....


Não seria eu se não comentasse a minissérie Brado Retumbante. Pô, galera, deixa Bigo Brother Brasil de lado, assiste quem quer e pronto. O legal é que depois você conhece depois como nossa política funciona. Mesmo que de forma metafórica, você é provocado a conhecer mais a história desse país.

O ator Domingos Montagner, que dá vida ao presidente Paulo Ventura, ex-deputado que é obrigado a assumir a Presidência, por uma fatalidade do destino, lembra o caso de Ranieiri Mazzilli. Presidente da Câmara em 1961 e 1964, o advogado paulista foi obrigado a assumir o comando do país em dois momentos. O primeiro na ausência do presidente Jânio Quadros e de seu vice, João Goulart - entre 25 de agosto e 8 de setembro de 1961; e 2 de abril de 1964 até abril de 1964.

Outro detalhe curioso é a veia 'cafa' do presidente Paulo Ventura. Aí ele pode estar incorporando o boêmio Juscelino Kubitschek ou o boa pinta Jango. Pegadores de marca maior, atletas de alcova natos. Bem, não lembro de algum presidente da República que tenha sofrido atentando à bala, por favor, professores de plantão me ajudem e me corrrijam, por favor.

Ele também se vestiu de Fernando Henrique Cardoso ao criar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Deu uma de Lula, a quase ingnorar o lobby dos livros escolares e esquerdistas ganhando rios de dinheiro com a confecção de didáticos. E ainda voltou no passado. Paulo Ventura esteve na pele de Rodrigues Alves, quando exército estrangeiro invadiu o território que hoje é o Acre. O Brasil ainda se deparou com mesma problemática diplomática durante a Guerra do Paraguai. Aí foi um imperador, não um presidente.

As demais nuances só poderiam ser descobertas com a quebra do sigilo dos presidentes. Por outro lado, alguns personagens da trama podem ser encaixados na vida política nacional real e de hoje. Aquele senador bem ao estilo "Al Capone", bem "Don Corleone" e com 50 anos de carreira política.....só se "Honoráveis Bandidos" pudessem confirmar as suspeitas. E Maria Fernanda Cândido não perde nem um pouco para a mais gata primeira dama do Brasil, Tereza Goulart (mulher de Jango).

Não se enganem. O jogo político na real é bem mais sujo. Tem gente sim que vive de fofoca, picuinha e malversação do erário público. Existem aqueles contratados apenas para confeccionar dossiês. Há aqueles que corrompem, batem nas costas, porém te rasgam até a alma. Contem também com a turma do contra mesmo, os xiitas que o chamam de 'nobre colega' e o abominam. É a política cada vez mais presente e mais imitona da vida real.Se liguem, eles existem e querem o seu mal. Matam, roubam, mentem, riem, denigrem e aí estão.

A sociedade nada faz, pois prefere ficar em casa enchendo o bucho e fazendo corrente na net ao invés de protestar. Bem, redes sociais é bem mais que isso. Aff, Cristo.

Sim, claro....Parabéns ao Ricardo Waddington pela direção e pela iniciativa da Globo. Parabéns mesmo, show.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Arrume



Um dos mandamentos do blogueiro é escrever o que você sente. Desabafar e por pra fora o que te incomoda, aquilo que tá te aperreando mesmo. E graças a Deus, nada está tirando meu sossego este ano. Tirando questões pessoais e profissionais devidamente contornáveis e que não o caso comentar, no mais tá tudo 'oraite'. Porém, para não perder o pique e a inspiração escrevo - como sempre - para servir de testemunho a terceiros.

Em recente entrevista que fiz com a numeróloga Yolando Holanda fui apresentado ao mundo da Numerologia. Brinquei com o assunto até alterando minha assinatura profissional, mas o lance é sério. Porém, peguei a sacada destes diversos segmentos que buscam o equilíbrio, a paz, a harmonia do ser humano para alcançar a felicidade.

Seja a numerologia, a religião católica, espiritismo, umbanda, tarô, cartas, seja lá que doutrina for. Elas buscam apenas o equilíbrio, a organização da sua vida. De um modo ou de outro, utilizando caminhos difusos e complexos elas acabam dando num só lugar: a paz. Logicamente, não vou aqui cair no mérito de discutir bons e maus adeptos. Isso em todo lugar tem independente de credo, raça, gênero ou seja lá o que for.

No outro post sobre o misticismo não me aprofundei sobre os dogmas e confesso que sou cético sobre os dizeres da numerologia, mesmo assim curto conhecer e poder falar sobre tal. Porém, ficam os conselhos que muitos podem aproveitar. Começe arrumando suas gavetas. Ajeite sua vida, preze pela paz, não pelo embate direto. Fique de bem consigo.

Sem querer, querendo este início de ano tem sido assim pra mim: estabelecer novo laços,refazer antigos e criar ainda mais vínculos. Até antigas inimizades estão sendo repensadas, aguardando apenas a hora de buscar a conciliação.

Viver em paz é melhor....arrume sua vida.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Idas e vindas



Na madruga de terça pra quarta fui ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Pôxa, é um dos locais que não é tão legal de se frequentar, né. Nisso eu insiro terminais de ônibus, estação de trem, enfim. Tudo é chegada e partida. De certo que a chegada é uma alegria, só, o retorno e tal, tudo remete boas lembranças. Porém, a partida, putzzzz, sem guardar trocadilhos é um parto mesmo.

Na espera de minha prima carioca, fiquei na praça de alimentação relembrando as minhas partidas para a terra candanga. Chororô é pouco. Solidão é foda, lasca com a gente. E saber que dentro de algumas horas você vai ter a companhia apenas do vazio, pronto. É um aperto só.

Testemunhei despedidas horríveis de amigos, parentes, familiares que por motivos óbvios saiam em prantos do saguão do aeroporto. Sem querer, vi uma grande amiga minha se despedindo de seu marido. Como dói. Ver a tristeza alheia, identificar aquela lágrima caindo sem pena dos olhos avermelhados, marejados de dor é um suplício só.

Vi-me ali também. Despedindo-me dos meus...é de partir coração mesmo. Mas não vou mentir que deu vontade de viajar de novo...rsrsrs

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Conviver




Desde que o mundo é mundo, o homem vai se reunir em grupos, círculos, panelinhas. Não há como ser diferente. Você entra em uma sala de aula hoje e amanhã já encontra alguém para trocar figurinhas. E por aí, vamos indo e formamos nosso grupo. Agora, imagem em uma cidade, vá além, num município pequeno do interior.

Sou um adulto prestes a completar 32 anos e sei bem como isso funciona. Entre tantos e tantos grupos permeie pelos mais heterogêneos. Nunca guardei muito lugar. Jamais fui de esquentar banco. Me encontrava entre os playboys, os 'sem frescura', os boleiros, religiosos, estudiosos, CDFs, pegadores, responsáveis, ahhhh, foram tantos que não era possível traçar um perfil definitivo de maus grupos. O porém é que recentemente rotularam em minha pequena cidade - Satuba, região metropolitana da capital Maceió - um grupo de jovens.

Eles vestem a camisa - ou colocaram neles - a alcunha de "Ricaria". Uma paródia a playboys, mas ao contrário do significado genérico, eles são garotos e garotas. Gente de bem, que aparentemente curtem o bom da vida. Farras, bebida, diversão, curtição, tudo que todos os garotos e garotas adoram, porém em se tratando de uma cidade do interior, ganha proporções diferenciadas.

Em lugares onde a desigualdade social é gritante, e o exibicionismo, as aparências prevalecem, essas distorções ganham ênfase. Esta semana, soube que uma garota tinha se referido a mim como membro dessa pseudo fraternidade. Bem, cômico achei, sem ofensa, claro. Mas é por que jamais me fixei em grupos, turmas, sempre fui de todas e ao mesmo nunca as tive permanentemente. Sempre entrei e sai com simpatia e carinho. Como as tenho até hoje dentro de mim.

Sempre andei desde os mais pobres até os mais garbosos e foi com estes contrastes que aprendi a ser gente. Por favor, povo, sem críticas ou revanchismo, as palavras que aqui escrevo são de paz e de algazarra mesmo. Só para descontrair. Sendo ou não "Ricaria", o que importa é aprender, curtir, conviver e seguir, pois se ficar o resto da vida com um povo só, me poupe, nada irá assimilar de diferente. Fica a dica.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Poder



De fato estou demorando mais postar aqui em meu pequeno espaço de desabafo. É que tenho tentado colher histórias e experiências realmente legais para compartilhar com vocês. E esta semana aconteceu algo além das minhas quatro páginas diárias do jornal Tribuna Independente (www.tribunahoje.com). Quis mostrar por meio de uma matéria como e porquê políticos buscam no misticismo uma fonte de conselhos, orientações e ademais.

Pode parecer loucura, maluquice, doidice mesmo brincar com a política deste modo. Não é a primeira vez que abordo a política de um modo diferente nas páginas dos jornais. Busco o além dos escândalos, dos números, das pretensões, dos planos eleitorais. Quero mostrar ao meu leitor que política pode ser menos chato, mais empolgante e lógico, mais interessante para se ler.

Fujo das pautas corriqueiras, quero uma nova política nos jornais. Por isso também sou adepto de trocar o nome de editoria de 'Política' por 'Poder', como funciona em outros periódicos do país. Abrangendo todos os assuntos que a atual seção de 'Política' cobre, mas com outra nomenclatura. Pois bem, vamos aos fatos.

Para construir a tal matéria sobre o ocultismo na política, fui então em busca de algum representante do candomblé - tão marginalizado e ao mesmo tempo é para onde mais os políticos têm recorrido ao longos dos anos. Leia-se Lula, Eduardo Paes, Cesar Maia, Collor, ACM, Sarney, entre outros. Minha primeira tentativa não foi legal. Um tal de Pai Rafael não atendeu bem minha ligação, certamente ele deve ter entendido outra coisa, e não apenas que gostaria de um pitaco para a construção da matéria.

Continuei correndo e acabei tendo a sorte de achar Pai Tony. Um competente, profissional, cortês e carismático Pai de Santo. Culto e de fala mansa, ele me recebeu em sua residência e conversou tudo sobre o assunto. Uma assumidade inconteste. Pai Tony me revelou os segredos do candomblé em Alagoas, curiosidades, abriu seu coração - o agradeço até hoje pela confiança -, enfim. Saí de lá fascinado por esse mundo que até então temia e olhava desconfiado.

Entretanto, o que viria depois era que me assustaria. Visitei a numeróloga Yolanda Holanda (http://www.yhonumerologa.com/). Outra excelência de pessoa que tive a sorte de conversar por um bom tempo. Para explicar a numerologia ela me usou como exemplo. E funcionou bem até demais. Ela fez um estudo numerológico de mim. Pegou meu nome, minha data de nascimento e mostrou o que sou, o que fui, e o que posso ser. E isso me custou arrepios, suspiros, respiração forte, e lágrimas. Não pude me conter e emocionei-me sobre o que ouvi e o que ela me provou sobre mim.

Cético como vocês, caros leitores, resolvi mergulhar nesse mundo místico para tentar conhecer e poder falar como tudo isso funciona. E me surpreendi. Escrevi uma matéria, pelo menos seu início, com gosto, o final foi mais nas coxas, em virtude de meu deadline no jornal. Quem puder ler, compre a edição deste domingo, 8, do Tribuna Independente. Espero que gostem.

Ahhh, o que levei disso tudo? Como tudo no mundo há o caminho do bem e do mal. As religiões e demais vertentes clericais, ceitas, seja o que for, elas querem - ou deveriam - o equílibrio, a paz, sabedoria, a ascenção. Foi isso que vi, que senti. Sou testemunha. Aconselho a fazerem o mesmo. Antes de comentar, conheçam, tirem suas conclusões e falem. Absorva o melhor.