sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tempos de foca


Aaaaaaaaaaahhhhhhhhh, o jornalismo! São diversas as emoções que pode nos proporcionar. Trabalhamos com a notícia, palavra, mas não há como não envolver sentimento e emoção. Tratamos com vidas. Gente em jogo.

O Profissão Repórter, da Rede Globo, exibido na última terça-feira (27), puxou de minha memória uma fase que guardo com muito carinho. Tempos de estagiário - quem nunca teve que atire a primeira pedra.

O início da vida de jornalista sempre é dureza pra qualquer profissional. O gelo do batismo de fogo é quebrado, ou melhor, derretido, no cotidiano. Dia a dia, o foquinha é lapidado. A cada pauta aprendemos os caminhos, lidamos com as mancadas. Os erros, os 'foras' nos ditam. Penamos pelo que perguntamos, ou na hora errada, ou quando denuncia que o foca tá mais perdido que cego em tiroteio. Ou até mesmo por orgulho, não perguntamos. Besta! Perde a matéria.

As dicas do experiente Caco Barcellos me fez lembrar de como o estagiário de Tv pena. Não que os demais também não padeçam desse mal. O problema é que os de Tv estão com a cara pra bater. Eles se expõem mais.

Foi na Tv que criei a coragem, a cara de pau, e paciência. Saber o que perguntar, na hora certa, como questionar, conduzir uma entrevista. É nessa fase que aprendemos (nem todos), como tirar de nossos entrevistados, para não dizer vítimas, o que nós queremos ouvir.

Outra! Não adianta dar uma de arauto da verdade e defensor ideológico do preto ou branco. Devemos ser políticos. Exercer a política da boa convivência. Você pode ser o petista mais xiita, mas por vezes poderá trabalhar para um tucano. Nunca se sabe.

Era enquanto estagiário que eu engolia o acanhamento, por ser um simples estagiário. Até por que quando o entrevistado sabia que você era um foca, ele já se contorcia e se achava desmerecido. Mesmo assim é necessário demonstrar firmeza e profissionalismo e dizer..."é agora!".

Perder o momento da imagem é fatal. O repórter de texto consegue meios de apurar e buscar a matéria em seguida, já a imagem não. Ela não volta. Por outro lado, o texto é um exercício de estratégia. Ver bem. Conhecer os personagens que estão em sua volta. Entender e ler, ler muito, muito mesmo. Só assim se consegue uma base para se escrever bem.

Foi o início. E foi bom demais...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como se faz uma campanha....


Pelas Terras dos Marechais a corrida eleitoral ainda está nos seus primeiros 100 metros. Ainda muito ‘chôcha’, candidatos ainda estão se conhecendo, testando, e (pasmem!) decidindo para que palanque vão. Mesmo após as convenções, os candidatos estudam estratégias, lêem pesquisas, avaliam perdas e danos, enfim...o xadrez eleitoral não se fechou completamente. Pior para o eleitor que não sabe pra onde começar a apontar.

As campanhas já estão nas ruas da capital. Carros plotados e adesivados começam a florescer nas ruas. As belas modelos iniciam suas colagens de botons (quem é ousado em dizer não?).

Caminhadas e carreatas começaram no interior. É a massa política efervescendo mais uma vez. Os amantes da política se excitam, vibram com o calor das ruas. Eles esperam por isso de dois em dois anos. E de fato, quem já participou de um pleito, fica doido pelo próximo.

Mas convenhamos, o que é preciso para um candidato colar na cabeça da galera? Os marqueteiros de plantão brotam por aí e dão fórmulas inúmeras. Não tem lá uma equação formada e exata. Tudo influencia. Ano, situação, dia a dia, acontecimentos inesperados. Enfim...nunca se sabe. Os segredos já não são tão segredos em período eleitoral.

Não vou aqui discutir o candidato. Se ele tem boa aceitação, é do mal ou do bem, branco, preto, pobre, rico, velho. É necessário ter carisma. Ser sociável. Ser leve. Bom de papo (condição básica). Ter um passado probo (pedir demais, né). Ter planos de governo (ninguém liga muito). Ah, um bom jingle ajuda. Ele gruda na mente. Aprendemos por osmose.

Mas vou entrar em meu meio: na comunicação. Cobrir uma eleição estadual em um lugar como Alagoas requer uma atenção toda especial. Estratégia e planejamento. Nada de correria. Duas equipes de jornalistas: dois repórteres de texto e dois fotógrafos, correndo desimbestados do Litoral ao Sertão.

Claro, uma terceira equipe é sempre bem-vinda, caso exista algum evento fora de hora, ou inesperado. Cada equipe, um jornalista disposto a tudo. Comer (nem sempre), dormir onde der, e sem medo de motoristas loucos. Mas o primordial: percepção. É fundamental um camarada antenado. Se aprender a leitura labial, ajuda bastante. Os bajulas, as modelos, e a galera da imagem, raramente vão deixar você chegar perto de seu assessorado.

Saiba como ele pensa. O entenda. Leia sua cartilha e comece a prevê-lo. Um olhar pode dizer tudo. Terminado um evento, permaneça dentro do carro (de cabine e carroceria – carros de imprensa de campanha só devem ser veículos grandes). Digite seu material o quanto antes para enviar à base.

E é na base que a magia acontece. As articulações feitas durante todo o dia funcionam aí. É uma notinha, um colunista que recebe seu texto, sua foto, sua informação. Preferivelmente sempre antes das 18h. Dá tempo para o camarada jogar seu material no lixo ou não. Agilidade e qualidade são fundamentais.

É necessário organização. Seu candidato vai visitar dez municípios no dia...perfeito! Cada equipe faz cinco cidades, sempre alternando. Converse com o povo. Chegue cedo na cidade. Conheça o local. Ouça os mais velhos. Sinta o termômetro sobre seu assessorado. Prepare o terreno. Prefeitos e vereadores são importantes, porém o povo é que sabe onde acontece o voto, onde se precisa mais.

Seja direto, objetivo, não perca tempo flertando com menininhas. Os fotógrafos fazem a festa e são bastante exigidos. O povo não pode ver um flash. Em caminhadas e carreatas, nunca fique na multidão. Esteja à frente do pilotão da frente...rsrsrs. Fique atento a gestos, olhares. Assim pode surgir uma foto que pode decidir um pleito. O repórter fotográfico e você devem ser um só.

Loucuras, estampidos, arroubos, não servem. Despendem energia e são desnecessários. Mais do que nunca as estratégias de Shun Tzu são bem vindas. É a Arte da Guerra à serviço da democracia.

Fernando Collor xinga jornalista da IstoÉ e diz que vai "meter a mão na sua cara".

Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) ligou para a redação da sucursal de Brasília (DF) da revista IstoÉ, na tarde desta quinta-feira (29), e ameaçou esbofetear o jornalista Hugo Marques por conta de uma nota na edição de 21 de julho sobre o pedido de impugnação da candidatura do político alagoano.

"Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho da puta", vociferou Fernando Collor após explicar ao repórter o motivo de sua ligação.

Em entrevista ao Portal IMPRENSA, Marques declarou que, ao constatar o teor da ligação, desligou o telefone imediatamente. "Eu não queria ouvir insultos e nem responder. Fico preocupado dele tentar arrancar alguma agressividade minha. Se eu criar um conflito com ele, fico impedido de cobrir. Então não falei nada", contou.

Sobre o fundamento das ameaças do ex-presidente - que concorre ao governo de Alagoas -, Marques pontuou que os dados sobre a candidatura de Collor estão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Ele tem que convencer a Justiça Eleitoral, não a mim".

Marques afirmou que não irá se manifestar contra Collor, tampouco acionar entidades de classe, mas pontuou ser "lamentável" a atitude do ex-presidente "em um regime democrático". "Não tenho nada contra ele, mas é lamentável que um sujeito desses ligue para uma redação e ameace uma pessoa. Ele poderia ter mais cautela, poderia respeitar os direitos humanos".

De acordo com o repórter, Collor estaria desgostoso com a revista por conta de outras matérias em que o político é citado. Sobretudo a respeito de uma entrevista com sua ex-mulher, Rosane Malta, em que é indicado como sonegador de impostos.

A respeito de um eventual encontro com o ex-presidente, Marques disse não estar temeroso. "Sou faixa roxa de Karatê (risos)", afirmou. "Estou há 22 anos denunciando bandidos de peso pesado e essa deve ser a décima ameaça, e isso não me intimida", finalizou.

A reportagem tentou contato com o diretório nacional e regional do PTB e com a coordenação de campanha de Collor e não obteve retorno. A assessoria de imprensa de seu gabinete no Senado declarou que não tem relação com as atividades do senador fora de seu mandato, e por isso não poderia se pronunciar.

P.S.: Coisa feia.....e aí, alagoanos, querem esse senhor governando nosso estado?

terça-feira, 27 de julho de 2010

O ébrio


Prefiro a melancolia do bêbado do botequim à arrogância dos bêbados de chiques bares dos mais badalados pontos das capitais brasileiras. Existe algo de sincero no que a sabedoria etílica demonstra nesses momentos que não mais serão lembrados no dia seguinte. Mesa de bar até que é mais confortável (e animado) do que um divã. Tá certo que você conta toda sua vida a um estranho profissional que estudou pra entender o incompreensível. Já na liberdade dos bares, apenas amigos sentam-se ao seu lado para filosofar.

Não vão julgar os bêbados, pois gênios como Vinícius de Moraes, eram chegados numa pinga. Há quem diga que suas melhores composições sugiram numa maguaça só. E os poetas? Enebriados não apenas pelo álcool ou pelo devastador absinto, e logicamente com um dor de cutuvelo sem fim, produziram ícones do romantismo mundial.

Gente, como já se sabe, o que o álcool não faz, nada mais fará. Quando o mancebo vai soltar o xaveco pra garota, ele pega logo um copo cheio de algo que tenha álcool, seja o que for. “Abre-te guela que lá vai ela”, assim ele diz. A coragem surge na proporção que o frescor vai descendo a garganta.

É lá na mesa do bar que o mundo decide seu destino. Mulher, futebol, negócios, política, e a vida alheia são os assuntos que fazem a roda. Até Vicente Celestino, em sua canção ébrio, colocou o tema em questão. Reginaldo Rossi, altamente conhecido pelo seu hábito de cantar meladaço, tem como seu sucesso mor: garçom!

Nelson Gonçalves em seu auge era o senhor dos boêmios. Zeca Pagodinho herdou a alcunha. Não larga a cerva. Ultimamente até que não, a saúde precisa de atenção, caro sambista. Lula nem cito....Garrincha deu um ponto final em sua carreira e vida por causa da maldita.

E por aí vai...Pelo amor de Deus, não cá estou incitando o alcoolismo ou a esbórnia desenfreada por meio do álcool. Jamais. Quem nunca tomou um porri, ora? Levante a mão quem não tem história de uma cachaça bem tomada. Quando comemoramos? Fazemos o que? Bebemoramos!!!

Até por que quem não bebe, não tem história, num é verdade?

Sorrir e seguir....


Num marasmo de criatividade, busco minha inspiração textual em histórias alheias. Livros e filmes são minhas fontes favoritas, quando não acesso minha memória para desenterrar personagens e causos.

Desta vez assistindo o filme O Amor Acontece, com Aaron Eckhart e Jennifer Aniston, resolvi tecer sobre a lição que o longa traz à tona. Aprendemos desde cedo cair e levantar. É assim nosso aprendizado. Embora saibamos que não é tão fácil assim.

A película passa uma mensagem que no fundo, no fundo, sabemos como agir em momentos em que o pranto e o pesar impedem nosso ‘seguir a vida’. O personagem de Aaron é um escritor de sucesso que tem como best seller um livro que ilustra sua superação à dor de ter perdido sua esposa em um acidente automobilístico.

A tragédia é enorme, monstruosa, e quando a comparamos com nossos problemas diários, os nossos se tornam tão insignificantes. São essa rusgas diárias que tiram nossa paz, nosso sossego. Por alguns momentos esquecemos de como é mais fácil sorrir.

Nós temos aquela mania de baixarmos a cabeça na primeira topada. Dói, né. Sei como é. Mas entendamos, galera, nada que é bom de verdade vem fácil. Temos que penar, até mesmo para justificar seu valor e o doce sabor da vitória suada.

Voltando ao filme, o personagem principal chove no molhado: “a vida nos surpreende com muitos limões (azedos como eles só), porém devemos juntarmos e fazermos uma boa limonada. Eu ainda acrescento ou trecho: “junto cada pedra que aparece em meu caminho para fazer meu castelo no final”- aff!!!, péssimo. Soa muito infantil e piegas. Mas a tabuada é a mesma.

Devemos sentir, refletir, sorrir, rir (e muito) e seguir. É assim mesmo. Não tem segredo. É tão simples que o ser humano insiste em complicar. Muitos podem não admitir, mas quem não precisa de um apoio, uma mão? Quanta arrogância não aceitar isso.

A mágoa pode até não ter sido curada, mas não podemos ficar parados sentados, chorando pelo leite derramado. Então, tire essa cara feia e alargue esse sorrisão. Pelo menos dois minutos por dia. Tente. Dedique-se ao sorriso. Exercite. Isso vai se tornar recorrente. E o melhor, é contagioso.

Você vai passar adiante. Eu prometo. Esqueça seu aperreio (todos têm), contas (também), broncas (affff), o que for....sorria!!! É psicológico. Vai ajudar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vergonha

É o mínimo que esses crápulas deveriam sentir. Refiro-me aqueles que de fato roubaram produtos de doação para as famílias atingidas pelas enchentes em Alagoas. Seria criminoso sendo apenas pessoas comuns usurpando o pouco de quem perdeu tudo, mas o agravante vexatório é que se trata de bombeiros.

Quem lá poderia imaginar tamanha cretinice. Só fico com maior pesar ainda quando não sinto uma revolta generalizada da população. Assim como aconteceu com os envolvidos no esquema Taturana, onde deputados estaduais embolsaram mais de R$ 500 milhões do erário, tudo parece que foi esquecido.

A mesma aminésia acometeu a sociedade, pois todos parecem que o escândalo Guabiru nunca existiu. Prefeitos assaltando o leite de crianças. Pasmem. Ninguém se recorda mais.

É mais uma lástima na recente história alagoana. Resta ainda uma nesga de esperança de punição para os envolvidos. Seja que patente for, eles merecem penar. Pois o sofrimento das pessoas das 28 cidades alagoanas atingidas certamente é imensuravelmente maior que o que eles podem ter.

Se o despreparo e o amadorismo vestiram a honrosa farda dos bombeiros, as vítimas não querem saber. Não interessa. É imperdoável. Será meu Deus que o brasileiro é inatamente corrupto. O jeitinho brasileiro quer sempre se sobressair? Não acredito. As pessoas de bem devem se posicionar. E não se omitir. Fingir que nada aconteceu é ilícito semelhante.

Para o bem de Alagoas, este caso não deve ficar impune.

Guerra no Twitter


As eleições 2010 têm uma nova arena de debate e de briga mesmo. Todo mundo percebeu o poder do Twitter (só não eu)! E por meio de seus perfis, escritos por eles ou não, os candidatos começam a proferir suas ideologias e suas ilusões para enganar os menos informados.

Verdadeiros drops dos programas eleitorais gratuitos o Twitter ganhou o espaço de rinha de briga mesmo. Quem quiser falar, que fale o que quiser, mas também pode ler o que não quer. O candidato a vice-presidente pela chapa do tucano José Serra, o deputado federal Índio da Costa foi penalizado com multa pelo TSE. É apenas o começo, mas de multa em multa, o PT e Dilma já tem aos montes...

A legislação eleitoral é a mesma de outras eleições, porém sua luz na aplicabilidade é que está iluminando mais. Os juristas eleitorais estão mais vivos e não estão deixando passar nada.

Pelas bandas caetés, tem candidato prometendo fazer maravilhas em Alagoas, mas só não diz como. Diz apenas que vai fazer contra tudo e contra todos. Para ele será que não vale a Lei de Responsabilidade Fiscal? Convênios com o governo federal? Para um bom leitor, alguém mais atento, percebe o que há por trás das palavras fáceis que todo mundo quer ler.O mundo de fantasias prometido por muitos não há impedimentos.

Tudo que couber em 140 caracteres tá valendo....xingar mãe, dedo no olho, golpe baixo, valem também!!!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Saudosismo ou funcionalidade


Mais uma vez as novas mídias tomaram conta do debate sadio e proveitoso do Observatório da Imprensa. A tema principal foi a morte da versão impressa do tradicional Jornal do Brasil. Seria o princípio do fim do jornal impresso como conhecemos? Disso não sei, e creio que ninguém sabe também. Os amantes do folhear não morreram, mas será que eles perduram por mais quantas gerações? Questões como essas foram interessantemente levantadas.

Ficaram as perguntas: com o fim dos jornais impressos, quem vai dissecar as informações do dia? Blogs jornalísticos, Tv, ou o próprio jornalismo on line não têm espaço para isso. Realmente o jornalismo virtual trouxe para o debate uma meninada boa, quer dizer, nem tão boa assim. A garotada forçou uma comunicação “por alto”, sem aprofundamento, pois o detalhamento não importa para eles. É tudo muito rápido e constante, mas sem conteúdo.

Antigamente, como lembrou o professor Alberto Dines, os jornais se degladiavam nas bancas de jornais com ideais, manchetes, notícias. Hoje, existe uma guerra publicitária, maquiada e superficial. É o marketing que dita as regras.

Nesses tempos os grandes jornais debatiam a informação, apenas a informação. Eram jornalistas de fato ‘brigando’ por meio de idéias. Não eram celebridades em capa ou fazendo matérias, fofocas, ou a vida alheia. Era quando o leitor era informado. E só. Função única e inata do jornalista.

Ok, ok, ok, o jornalista também opina, mas ele igualmente tem uma carga emocional, cultural e ideológica que pode influenciar o pensamento alheio. Ele tem seus interesses, e podem ser escusos, por que não? Isso é perigoso. A sociedade ainda não está preparada para discernir o texto tendencioso, da informação crua e propriamente dita.

Já por sua vez, o veículo digital permite o comentário, mas são nesses comentários identificamos a precária cultura do povo brasileiro. Mas não é culpa dele, e sim do Estado que não fornece a educação necessária para munir o cidadão de inteligência cidadã.

O on line chegou pra ficar e também trouxe a dúvida: como ele se sustentará? Até por que a notícia tem um preço e o preço dos anúncios não acompanha o valor do profissional. A sustentabilidade e o retorno não são ainda garantidos. Já um ponto para o virtual é que a sociedade não pode mais esperar por uma novidade em 24 horas, com uma nova edição do jornal. Hoje esse prazo diminui para segundos. Não há como.

O jornalismo de amanhã é incerto. As pessoas que vão ler jornal ou acompanhar notícias de amanhã é ainda mais imprevisível. Não há espaços para grandes reportagens, informações apuradas, elucidação dos fatos, esclarecimentos. Não sabemos a qualidade dos jornalistas que vem pela frente. É jogar as fichas e rezar para Gutemberg...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Como vc ganha um amigo?


Imagine se todo mundo obedecesse aquela máxima de não falar com estranhos....não teríamos amigos. Imagine os pequenos no jardim de infância. Todos mudinhos, sem falar com ninguém. Claro que estou exagerando, mas vale a pergunta, como fazemos amizade? Como ela surge? O que faz ela crescer, ou ainda, o que acaba com ela.

Inicialmente nos aproximamos das pessoas por afinidade de hábitos, gostos, pensamentos, enfim. Sentamos perto na sala e já trocamos um papo. Quando percebemos o perfil do sujeito, ou evitamos ou nos afinizamos ainda mais. O que acontece é que no dia a dia uma amizade cresce. Ela se fortalece por meio de atos, gestos, palavras, apoio. Ela deve ser regada diariamente. Zelada como uma planta mesmo. É uma simples atenção. Um cuidado especial. Detalhes. Aquilo que tira de nós aquele olhar de surpresa, aquele sorriso maroto no canto da boca.

É quando surge uma parceria. Um laço invisível é criado. E a cada instante ele ganha mais fios fortificantes. É num abraço que damos, numa lágrima que enxugamos, uma mão estendida. Um sorriso amigo. São milhões as maneiras que podemos fazer com que o bolo da amizade cresça sem parar.

Amizade real não pede nada em troca. Não chegamos pra pessoa apenas quando precisamos. Nos preocupamos. Estamos presentes. Junto e misturado. De fato para o que der e vier, e não apenas quando nos convir.

Aí já viu, gente. São inseparáveis. Todo lugar é lugar. Seja onde for e fazendo que seja, tudo é motivo para um encontro. A presença nos faz bem. Ela é capaz de tranquilizar, apaziguar, dar um sorriso.

Na mesma proporção, e as vezes com a mesma dedicação, uma amizade pode ruir. A decepção! O peso de um retorno que não vem é doloroso. Corta o coração com uma bárbara violência. Ela não sara. Uma vez perdida a confiança, o afeto, não se volta atrás.

Mas quando a amizade é autêntica, pura, de coração, ela dura o tempo de uma eternidade. Distância, tempo, casamentos, filhos, nada é capaz de finalizá-la. Por mais que um telefonema seja raro, um encontro, ou até mesmo uma menção, ficam na memória os momentos felizes. É pra sempre.

Então pessoal, divirtam-se com os falsos amigos e dêem o devido valor apenas aqueles que te dão o valor merecido e gostoso de se sentir.Ahhh, e não deixem de falar com estranhos. Quem sabe um deles pode se tornar um de seus melhores amigos...pensem nisso!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Foto de aniversário

Já se perguntaram por que recebemos os parabéns ao completarmos idade nova? Parece assim: "parabéns por ter vivido mais um ano"...Ufa!!! E quem venha mais outro. Bom ou ruim, conseguimos superar as adversidades e as alegrias também. Como nem sempre estamos a sós, nossos companheiros de batalha geralmente estão ao nosso lado nesse momento de nova primavera.

Como diz a música Fotografia, cantada pelo carioca Leoni, nas fotos desses aniversários ilustradas por sorrisos e palmas, aparecem os laços invisíveis que existem entre essas pessoas. Por trás destes momentos tão marcantes, existem histórias e mais histórias legais, outras nem tanto. Mas como temos memória seletiva, lembramos apenas das coisas boas de se lembrar. É fato, gente, sem chance. Nem vem..

A cada velinha que ganhamos no bolo, temos mais dessas educativas histórias. E como nossa cultura premia os mais experientes, minha premiação vem em forma de gente. Comigo guardo pessoas que por um dia posaram ao meu lado em fotos que nem sei por onde andam. Algumas foram rasgadas, queimadas, mofaram, mas ficaram em nossa cabeçinha. Outros nem precisaram de registro para marcar. Ficou a boa presença. E é isso que devemo cultivar.

Não importa se vamos colher o que plantamos de bom. De certo que diversas ervas daninhas estão espalhadas nesse campo, que não é de centeio, mas bem cuidado, pode ficar tão bonito quanto.

Nesta verborragia de sentimentos que uma cara leitora me confidenciou a admiração pela coragem em demonstrar meus sentimentos, aviso que não é pra qualquer um. Ela bem sabe que abrir o peito, dar a cara a bater é para os fortes, por mais que ele se assemelhe a um frágil. Ledo engano. Jamais subestime.

Seja por meio de letras ou imagens, não podemos fugir daquilo que nos é concernente. Quem já viu fugir da própria sombra? É vestir a carapuça. O jargão do ame-o ou deixo-o tá no bolo. Através de meus textos, já me conhecem. E esse blog foi feito pra isso. Apresentar-me, mostrar meu posicionamento sobre os assuntos e ponto final.

Voltando aos parabéns, contei escrevi tais frases para resumir que plantamos o que colhemos na mais réles definição popular. Este ano completei 30 anos. Pouco, né...rsrsrs, mas entre milhões de experiências com amigos mil, comemorei com um punhado de mão de amigos.

Quem foi acostumado a arregimentar centenas em festas épicas, satisfaço-me hoje com os meus. "Os chegados" eu prefiro. São eles que chamo para minha foto....

quarta-feira, 14 de julho de 2010

14 de julho, finalmente

Antigamente, eu acordava ouvindo a Xuxa cantando: "Parabéns, parabéns, hoje é seu dia que dia mais feliz, parabéns...". Era um alvoroço só. O sorriso pulava da boca e eu já pulava da cama para curtir cada segundo de meu dia.

Hoje, a ansiedade não foi diferente, só que sem Xuxa. Aguardo tudo de melhor para esse dia tão esperado. Sei que vou me emocionar, rir muito, e vou me decepcionar também, confesso. Massss, não importa....que venha mais um 14 de julho!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

De novo....


Com um horário um pouco mais vago por esses dias, começei a praticar o ócio. E nessa inércia, fiz uma limpeza em meu orkut. Tirei um monte de gente que nem fedia, nem cheirava, mas sem querer acabei viajando no tempo. Amigos que fizemos num passado distante, outros nem tanto. Mas que guardo o mesmo carinho até hoje.


Acho que é por isso que os cancerianos sentem a emoção em sua maior essência. Aproveitamos o sentimento de forma maiúscula. Foi inevitável ficar com o coração apertado. Emocionei-me sim. Sou mantega derretida mesmo. A saudade bateu.


Foram pessoas que em algum momento nessa vida ajudaram-me a sorrir, a chorar, a erguer a cabeça. A melancolia é forte por que entre novos e velhos parceiros, os momentos foram inesquecíveis, e não há como não relembrar cada passagem. Pô, e logo eu que tenho uma memória razoável...rsrsrs.


Sinto saudade, mas não por não curtir o presente. De maneira alguma. São momentos diferentes. Pessoas e situações distintas. Amo minha situação. Assim como tenho apreço ainda maior pelo meu passado. Meus interiores, viagens, amigos e dias infindáveis por aí a fora.


Outros haverão certamente, e a cada aniversário que se passe, espero sentir o mesmo sentimento gostoso. Não sinto dor, sinto apenas aquele aperto intenso, aquela lágrima que mareja o olhar, mas teima em cair. Não choramos apenas pela dor física, nem emocional. Choramos também pelo bem que proporcionamos a terceiros. E pelo que ainda podemos apresentar de bom pela frente. De certo que as lágrimas não são as melhores maneiras de demonstrar felicidade. Vai lá entender, gente...

sábado, 10 de julho de 2010

De repente 30?


Quando se é criança todo mundo quer logo crescer. Ficar grande pra poder fazer tudo. Ir aos lugares sem pedir a mãe ou pai. Dirigir. Chegar tarde. Festas, baladas, beber. Fazer tudo que pode e o que não pode. Quando conseguimos então as façanhas sonhadas na infância, chega a estabilidade e novos desejos tomam seu lugar. Vestibular, faculdade, trabalho, dinheiro, são alguns dos anseios que permeiam o campo dos sonhos de todos nós. Mas quando chegamos aos 30, o que queremos?

Certamente ao alcançar 30 anos, a mulher ou o homem, querem concretizar planos. Chegou a hora do 'vamo vê'. Acabou a fase melancólica dos sonhos, do planejar, é chegado o tempo de executar. Atingimos a maturidade e quando não realizamos nossos planejamentos infantis, ou juvenis, já batem as primeiras frustrações da vida adulta. É ruim e dói, como dói.

Sentimos que nosso corpo não é mais o mesmo. O fôlego demora. Mas sabemos os atalhos. A cabeça pensa melhor. Somos mais experientes. Mais vividos, ainda com a carinha de 20 e poucos. Porém, temos menos tempo. Temos que curtir mais, mesmo com uma pressão maior. A responsabilidade ganha mais um peso: a idade.

Com 30 anos ainda podemos apreciar a vida sob o olhar de um jovem, porém com as ideias de um trintão. Um querer mais apurado, um gosto mais refinado e direto. Sem firulas. Até por que, já passamos por muita historinha nessa vida e sabemos o meio e o fim de todas. Não existem mais surpresas. Entendemos de tudo um pouco. Nem vem pra cima da gente...somos vacinados.

Se os 30 assustam? Até que não. A idade vem carregada de misticismo. É mais uma passagem de fase. Assim como os 15 anos para as mulheres. É onde os homens viram de fato homens de verdade. Os barbados ganham finalmente as obrigações e definições de macho. Calma, gente sem preconceitos. É apenas modo de falar. É um rito de passagem, nada mais.

As comemorações são menos divertidas, mais sérias e comportadas. Não queremos perder mais tempo com futilidades. Queremos o prazer direto, sem lero-lero. Apenas aqueles que nos importam mesmo valem algo pra nós. Os 'nossos' têm preferência para estar conosco. Aquilo que nos faz bem, fica no primeiro lugar da fila.

Fora aos desconfiados, os inimigos, os conhecidos. Até por que, a essa altura da vida porque tê-los? Se tiver interesse na amizade de alguém, chame ela pra si e a conheça de verdade. Para os trintões, o tempo é vital. Cada vez mais entendemos que devemos dedicar nosso tempo ao que nos faz bem, mais jovens e úteis. Só assim permanecemos vivos e com menos idade.

É isso que queremos. Aos chegarmos aos 30 anos de idade, queríamos ter 17, 20, 25 anos. Desejamos ter um pouco a síndrome de Benjamim Button. Só um pouquinho, pois o corpo envelhece. O tempo passa. Mas não olhe pra trás, deixa o passado pra lá. O bom de completar 30 anos é que o futuro pode ainda nos reservar algo novo e bom. Como se acabaram as surpresas, a vida não se dá por vencida e sempre nos apronta algo.

Esperamos assim.....!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como fazer uma festa?


Não é tão simples quanto parece. Se o fosse, não tinha gente ganhando muito din din por aí organizando a algazarra dos outros.


Antes de tudo você deve saber que tipo de festa você deseja fazer. Desde o mais despretencioso pega na rua, aquele que você tá em casa, assim sem fazer nada, vê um uisquinho dando vacilo, abre ele, pega um queijo, um somzinho ambiente, um parceiro passa na rua, já chega, enfim, por aí vai. Só nesse breve relato, você deve estar preparado com gelo, copo de uísque, prato descartável pra patroa não dar zuada pra lavar tarde da noite. Música legal. É um aparato, mas é verdade.

Vamos lá. Focando no tipo de festa que você queira. Veja o período, manhã, tarde ou noite. Pela manhã certamente a esbórnia entra por tarde a fora, mas dependendo dos companheiros, ela não chega a noite. Por outro lado, festa a noite, ela dificilmente amanhece o dia. Em ambos os casos, os heróis vão direto pra cama ou pro soro no hospital.
Festas matutinas você gasta mais. Tu és obrigado a fornecer um tiragosto que sustente bem, além logicamente de um almoço bem legal. O ideal é um churrasco, mas revezando com carne branca, linguiça, salsicha (com molho é legal), caldinhos, e petiscos prontos como salgadinhos, amendoins (comuns e japonês),frios diversos.

Já a noite, o cardápio deve ser mais leve pra não parecer festa de subúrbio. Salgados e frios é uma boa pedida. Tem gente que arrisca no churrasco também. Funciona se o churrasqueiro for ágil e bem preparado. Pois a carne esfria mais rapidamente. Se liguem: carne e linguiça enchem bem. Feijoada é uma legal. No supermercado já existem sacos prontos com os ingredientes. Vale a pena.


Outro detalhe fundamental. A lista de comes e bebes é diretamente ligada às pessoas que vão. Se for uma festa de solteirões, adolescentes, estudantes em geral....equilibre o número de homens e mulheres. Logicamente, como a proporção mundial favorece as donzelas, o camarada deve favorecer o sexo frágil. Óbvio.


Mulheres em sua maioria consomem menos que os homens. Tá certo que atualmente, elas estão sendo um páreo duro quando o assunto é bebida alcoólica. A proporção em média, é assim. Um homem que bebe regularmente, ingere por festa dez latinhas de cerva por festa. Mas aconselho trabalhar com garrafas, pois uma garrafa enche quatro copos de quatro pessoas. Sendo que uma latinha é tomada de assalto por um marmanjo apenas. É preju.


As nossas parceiras são muito chegadas a uma bebida quente, portanto não economize em vodkas, cachaças, sucos, açúcar, limão e gelo. Daí a criatividade delas é que conduz a cachaçada.
É importante. Varie nas bebidas. Ofereça cerveja, uísque, aguardente, refrigerante, tudo, só não veneno, mas você, por favor, não faça a burrice de misturar. Não, seu fígado não é totalflex. Sua ressaca no dia seguinte será gigantesca.

O som também é um fator primordial para o sucesso de sua farrinha. Se for pra azarar a mulherada, coloque um forrózinho pra dançar juntinho. Se não souber ou ela também não, besteira, finja que sabe e ofereça uma aula grátis. Assim você pode ter a única oportunidade de falar pertinho do ouvido dela e tentar um beijo no cangote, sem ser ousado. Um pagodezinho também surte o mesmo efeito. Arrisque.

No mais gente, a animação é que deve dar o tom da festa. Um grupo legal. Amigos e amigas, casais. Histórias pra recordar, risos e diversão a valer. Curtam que tipo de festa for, por que a vida em si já é uma celebração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Repúdio total

Uma matéria do JC on line, de Pernambuco, causou indignação na mídia nordestina, e aos sãos de todo país. A matéria relatava a abertura de uma comunidade na rede de relacionamentos Orkut onde era fomentado o ódio aos nordestinos. E em um dos fóruns, os participantes da comunidade caçoavam da tragédia das chuvas nos estados de Pernambuco e Alagoas.

Isso é nojento, ridículo, insano, vergonhoso, para não dizer outras palavras de baixo tom. Em alguns posts, eles diziam que os 'cabeçudos' morreram por que não sabiam nadar. É muito absurdo.

O mais assustador é que o conteúdo altamente xenófobo ilustrava um temor de haver uma grande migração de desabrigados para os estados do Sudeste brasileiro. Quanta ignorância, meu pai.

Mais uma vez, o ser humano é capaz de patrocinar as mais disparantes atitudes. Desde o primeiro momento das chuvas destruindo cidades e vidas, o povo brasileiro, como um todo, tem contribuído com donativos e mensagens de solidariedade. Por outro lado, nefastamente pessoas acéfalas cometem impropérios de tal magnitude hostilizando os flagelados.

Caramba...o que seria do país sem os nordestinos. Sem sua força. Sem sua perseverança. Relesmente digo que quem construiu os arranhas-céus das grandes cidades brasileiras foi o suor de nordestinos. A pobreza, a violência, a favelização, elas não acontecem por culpa deles. A mazela existe em decorrência da péssima distribuição de renda brasileira. E certamente, o nordestino não tem nada com isso, aliás, até tem, ele é sempre o prejudicado.

Se existiu no passado, e ainda há uma caminhada em busca de sustento e oportunidades no Sudeste do país, aí são outros quinhentos. É sobrevivência. Se assim não o fosse. Todos ainda estaríamos na Mãe África. É todo um estudo geopolítico que poderíamos debater aqui.

Vim apenas apresentar meu repúdio e meu lamento por ainda existir gente assim. Tão ridículas quanto os nazistas de Hitler ou os fascitas de Mussollini. Parabéns povo brasileiro....parabéns

Pouquíssimos...


Roberto Carlos cantava que queria ter um milhão de amigos. Hoje, o Rei da MPB iria desejar algo maior. Seria bem como a Claudinha Leitte canta em seu novo hit “Famosa”. Um milhão se seguidores no Twitter já é um bom começo. Um, dois, três perfis no Orkut, Facebook, Flicker, o que tiver de rede de relacionamento seria um sucesso. Além é claro de um MSN infinito de ‘amigos’. Mas não, não vale a pena tudo isso.


Do que vale essa imensidão de gente, se ao desligar o computador você olha ao lado e necas? Ou até mesmo passeando por aí, indo a um bar, uma praia, um cinema, mais sozinho que órfão em Dias das Mães. Nada tem cor, né.

O que vale é que na realidade podemos contar de mesmo com apenas alguns poucos A-M-I-G-O-S. Eles cabendo nos dedos de sua mão, é um excelente sinal. Confiança fraternal e de sangue você só pode ter com poucos. Não esbanje sorrisos e tapinhas nas costas de meio mundo. Claro, um sorriso é sempre bem-vindo e é um sinal de cortesia e educação, que fique claro.

O que quero dizer é que nem todo mundo merece nosso carinho, nosso afago, nossa atenção. Aperto de mão firme, o sorriso de quando encontramos algo legal, uma presença que faz bem. Não, não. Não se iludam. O mundo é cão e as máscaras caem diariamente.

Por mais que ofereçamos nossos corações abertos e por situações, ingênuos, as surpresas acontecem. Elas pesam. Doem. Sangram. Chega dá aquela vontade de dar ‘o troco’, em vão. É inútil. Perda de tempo. Deixa que a própria vida se encarrega de fazer seu trabalho.

Cultive seus poucos, mas tenha a certeza que eles são seus. A gente sente isso. A sintonia é direta, limpa e positiva. Quando estamos longe, seja em distância ou em tempo, o sentimento, o respeito, o carinho, eles persistem. Jamais morrem. Prestem atenção.

Agradeça a Deus por você ter seus amigos fiéis ao seu lado. Aqueles que sempre estiveram contigo. Seja em que situação for. Os que enxugaram suas lágrimas. Que te apoiaram nas dúvidas. Vá por eliminação. Eles vão aparecer.

Amigos de copo, de momento, de interesse, surgem aos montes. Os filtre. Queira o melhor pra você. Seja exigente. Escolha realmente, a família que você desejar, pois é o que eles são. Nem Roberto Carlos, nem Claudinha, prefiro meus poucos amigos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Une, dune, tê

Entre gritinhos e dando um verdadeiro drible na lotação do cinema, consegui assistir mais um capítulo da saga Crespúsculo: Eclipse. O filme segue o típico enredo dos filmes que agradam a molecada. Promessas insanas e românticas. Os sonhos que você pensava em ter e realizar, o público vê na tela.

A até então trilogia Crepúsculo chega ao seu terceiro filme com o romance entre Edward, Bela e Jacob. A obra de Stephenie Meyer promete ainda mais dois filmes, onde o último livro Amanhecer, será dividido em dois longas. Até Drew Barrymore foi sondada para dirigir Lua Nova – ela não sabe o que perdeu.

A cada palavra melosa que saia da boca do vampirinho era aquele “Aaaaaahhhhhhhhhhhhh” na sessão. O negócio piorava quando a Bela se emputecia com moleza do Edward, e então ela corria para as garras do lobinho. Nunca aquela música baiana caiu tão bem: “Eu sou o lobo mau, au, au, au....vou te comer, vou te comer....”, o resto vocês devem saber.

O roteiro em si não tem lá muita surpresa, chega a ser lógico. Porém, vale o ingresso pra conferir como vai terminar essa novela de quem vai ficar com moçoila. É briga pelo coração (ou diria pescoço) desde a primeira cena do primeiro filme, até a disputa velada entre os marmanjos do filme atual. Em Eclipse, a pendenga se acirra e ganha ares de comédia. Muito bom.

“Quero ficar com você pro resto da minha vida...”, “Não penso nas conseqüências....”, os diálogos eram bem juvenis mesmo. Tudo aquilo que a juventude deseja e pensa. A eternidade está aí pra eles. Até por que estamos falando de vampiros e lobisomens, o que você queria?

Apesar da obviedade, o filme é recordista mundial de bilheteria, apenas na estreia. E no último domingo, quando fui assistir, aff...só vi lotação semelhante, em Titanic ou Avatar. Resta aguardar o próximo capítulo da saga. Que venha...

A voz do 'Polvo' é a voz de Deus....rsrsrs


Cara, não podia perder o trocadilho do jornalista Thiago Leifert, da Tv Globo....o tal de polvo acertou de novo...Só a foto que não é essa.

Estamos de olho


Que a classe política brasileira é a pior do mundo, disso todo mundo já sabe. É chover no molhado. Porém, a cada dia eles se superam, e da pior maneira possível. Como se não bastassem as mazelas já existentes no território alagoano, os nossos representantes pioram o cenário de calamidade.

As chuvas que devastaram 28 cidades alagoanas, arrasaram ainda a vida de milhares de conterrâneos, e despertaram em outros o pior sentimento que o ser humano pode manifestar. Muitos políticos tentam, até agora, se locupletar com o sofrimento alheio.
Vamos às explicações. Tem gestor municipal que está estocando cestas básicas, ou ainda, diz que quem está fornecendo a ajuda é ele próprio, e não cidadãos de outros lugares de Alagoas e do país, sem contar o auxílio da União ou do Estado. Isso estamos citando apenas neste momento de caos. Pois os candidatos também não estão perdendo tempo e colocaram o pé na lama, onde nunca pisaram. Nem solidários eles foram à dor dos flagelados. Só foram munidos de fotógrafos para posar bem na foto e fazer cara de triste.
A barbárie continua mesmo antes e depois das chuvas. Tem um prefeito do maior município do interior do estado que recusou um convênio de R$ 50 milhões para recuperação dos hospitais da cidade. E agora, banca de herói dos demais. Ele foi a uma reunião que encaminhou os destinos das cidades destruídas com uma cara mais limpa do que bunda de nenêm. Será que ele se arrependeu e decidiu ajudar o próximo? Duvido muito.
O governo do Estado em 2009 criou um programa social que fornece um suplemento nutricional para gestantes em vulnerabilidade social. Aquelas futuras mamães que não tem lá as condições de se alimentar bem e nutrir satisfatoriamente seu neném, recebem uma cesta nutricional com aveia, feijão, arroz, farinha, farinha láctea, óleo e demais ingredientes.

A iniciativa é do governo alagoano, porém tem prefeitura que chega pra pobre coitada e diz que a cesta está sendo dada pelo prefeito ou pelo presidente Lula. O problema não é nem esconder o pai da ação, mas sim ludibriar o povo.

Voltando à lamentável situação dos municípios atingidos pelas águas, tem gestor municipal fazendo planos com os recursos. Tem empreiteira que já está de olho rezando aos céus...Mas os Ministérios Público Federal e Estadual estão de olho ainda mais aberto. Fiquem espertos e tomem vergonha na cara.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Continuem doando, pessoal


O que acontece quando o órgão da comunicação oficial do Estado é deixado para trás? Isso vale em qualquer ente da Federação. Em qualquer organização, seja ela pública ou privada, a comunicação deve ser ouvida sempre, mesmo que a posição dela não seja acatada, mas omitir, jamais. Sempre quando isso acontece, o resultado é falha na comunicação. Erro. Ação equivocada em sua maioria. E o pior: a sociedade percebe.


Desde o fim de semana, a Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros emitiu uma nota, no mínimo infeliz. Tal nota pedia que os cidadãos solidários, como eles só, parassem com as doações de donativos. Pode um negócio desse? A reação da mídia foi uma só. Não me recordo de um veículo ter divulgado tal notícia, por mais escabrosa que seja. Enfim, de tanto insistir, ela foi divulgada nesta terça. Resultado: bomba.


Como pedir para a população do país inteiro parar de doar, seja que utensílio for. Se há um excedente de donativos, ora, encaminhe-os para outros que necessitem. Aproveitem o momento de solidariedade. Existem abrigos, asilos, enfim, casas de adoção, entidades que vivem de doações permanetemente.


Acertadamente, membros do governo estadual deram um verdadeiro puxão de orelha e corrigiram a informação. Doações sempre são bem-vindas, principalmente para ajudar os mais necessitados. E o que dizer daqueles que nada tem, e o pouco que tinham perderam na cheia?


Portanto, continuem doando...vamos lá. Procure a Defesa Civil em qualquer estado brasileiro. E doe, ajude....

Abre-te guéla que lá vai ela....


Hummmm, essa foto aí que inicia o post chega dá água na boca! Aos amantes da boa cachaça, ela é primorosa. Apreciar uma boa cachaça se assemelha à arte dos enólogos que tratam um bom vinho como um diamante raro. Ver um filete de aguardente tomar conta de um copo de forma graciosa, cremosa, é um deleite para um bom apreciador de aguardente.

A autêntica cachaça tirada de um alambique de qualidade, e se possível conservada em barris de carvalho, não sai cortando sua garganta. Ela refresca, esquenta seu corpo, desce suave. O resultado da fermentação e por consequência destilação da garapa ou do caldo da cana-de-açúcar tornou-se um verdadeiro folclore brasileiro.


Em minha viagem mais recente à Belo Horizonte trouxe diversas 'branquinhas' na bagagem. Até a tal da Penisilina, atual campeã do concurso de São João Del Rey, interior mineiro, veio no embalo. Antigamente, pedia a um colega meu caminhoneiro, trazer a mais autêntica pinga mineira. Era um deleite. Em minha casa conservo até um modesto bar com alguns exemplares bem legais. Tem até aquelas ‘apuradas’ que ficam envelhecendo embaixo da terra, até chegar a hora de degustá-las. Bom demais....

O artesanato vai além e existe até verdadeiros mestres que colocam frutas, pimentas e demais coisinhas dentro de uma garrafa lotada de cachaça da mais pura estirpe. Eu já vi até cobras dentro das garrafas!!!!

A água-que-o-passarinho-não-bebe, branquinha, mata-bicho, sete-virtudes, bagaceira, enfim...os nomes são diversos pelo país a fora, e os paladares também. Curtam. Fica apenas a dica para aqueles se aventuram em uns goles a mais. Alerta: nunca misture com outras bebidas alcoólicas. O dia seguinte não será dos melhores.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E julho começou


Cara, parece que foi ontem o réveillon. Nessa historinha, foi embora, carnaval, páscoa, Copa (para nós), São João, enfim. Chegou o único mês do ano que não tem feriado, nem paralisação. Ainda bem...em algum mês temos que dar dias de serviços completos. Mas não é bem por aí, a nossa conversa. Estamos no mês mais romântico do ano, o mês dos cancerianos.

Na verdade, desde o dia 22 de junho, um monte de carangueijos estão comemorando, ou não, uma nova primavera. Comemorando ou não, por que canceriano é um bicho difícil de tanger, minha gente. Não é por que ele só anda de lado, é por que o nativo do signo é meio que de lua - Literalmente. Oscila muito seu humor. Derrete-se como ninguém. São românticos até dizer basta.

Isso pra não dizer o lado caseiro. Eles adoram ficar em sua concha. Protegidos são uns doces. Mas como todo bom carangueijo, não mexa com um deles. As patas ágeis e ligeiras ferem e muito. As caras de bom moço ou moça, funcionam. Mas não temam, por favor, em sua maioria os nativos dos signos de água são adestráveis. E câncer, então...nem se fala. Parecem aqueles cachorrinhos que ao passar a mão na cabeça, eles se deitam e se esbaldam no chão.

Particularmente, bate aquela depressão. Por isso que lanço a campanha...chega logo agosto!!! No mais...que passe julho...

Desejo


Qual o sentimento mais poderoso do mundo? Tá na cara que é o desejo. Para os românticos e afins, é o amor, mas é muito meloso, né verdade. Enfim, o desejo tem a cor da paixão, da pele, da carne. Vermelho. É a cor que te vem a cabeça. Mas não podemos pensar apenas esse sentimento como algo ligado ao erotismo.


O desejo move o mundo. Seja pro lado ruim ou bom. É o desejo de se dar bem na vida que fez com o que o mundo inventasse esse desgramado de capitalismo. E o resto da história conhecemos bem. É o desejo que nos levanta. Nos incentiva a seguir sempre.

É o desejo por conforto, poder, dinheiro, seja o que for, que nos faz trabalhar dia após dia. Nos matamos por míseros centavos. E cada suor tem um valor sem igual. Quando pensamos muito em alguém, desejamos estar com ela sempre.

A busca de um beijo doce e molhado, é o desejo mor entre os apaixonados.

A quase obsessão por melhores resultados, matar um leão por dia, driblar seu chefe para se sobressair. Tudo tem como justificativa o desejo de ser melhor, maior, ser reconhecido.

Desejar não é tudo! Ficar esperando esse seu anseio vir é babaquice. Tem que correr atrás malandro. Persista. Até que não tenha mais perspectiva alguma. Lute! Insista. Dê vazão ao seu mais banal desejo. Saceie-se. Fique com o gosto de quero mais sempre. Alimente seu desejo até que não o queira mais. Permita isso ao seu corpo, à sua alma.

Sinta apenas o doce mel do alcance de seu desejo. Cuspa fora o amargo gosto do fel do ‘não consegui’....Não deixe que isso aconteça. Deseje.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A vida continua....


Certamente todos nós sabemos o que queremos quando temos uma enorme decepção. O amor de sua vida vai se casar; você perdeu o emprego; bateu com o carro; foi traído, enfim. Em cada situação como essa ficamos sem chão, sem ar, sem fôlego e não conseguimos ver o dia de amanhã. Agora imaginem, 180 milhões de brasileiros com essa mesma sensação amarga na boca. Foi o que a derrota da Seleção provocou.

Gente é um saco, para onde você for o assunto é esse: a eliminação brasileira da Copa do Mundo. Não é pra menos, a confiança dos brasileiros era alta. Não diria que beirava a arrogância por que a desconfiança sempre rondou o scratch formado por Dunga.

A ira e o destempero de Dunga com a mídia esportiva contribuiu e muito para o fomento de uma insatisfação geral e quase irrestrita. A não convocação de estrelas como Adriano, Ganso, Neymar e Ronaldinho Gaúcho fez crescer uma revolta nacional e um 'quê' de desconfiança.

Agora não adianta culpar a ou b. Se Felipe Melo foi o responsável, se Júlio Cesar falhou...pouco importa. Já foi!!!! A Seleção era sim limitada. Kaká estava em crescente recuperação física, sem ele, o time era acéfalo. Robinho com lampejos de genialidade inconstantes. Elano teve má sorte. A segurança de Gilberto Silva, Lúcio, Juan e Maicon não foi o bastante. E só...os demais demonstravam descontrole psicológico, nervosismo, inexperiência.

Não adianta....agora só em 2014. Agora é esquecer. As eleições vão ajudar a nos distrair. E mais uma vez...vamos mudar de assunto...rsrsrsr