domingo, 31 de outubro de 2010

O dia depois de amanhã

Por toda Alagoas fogos estouram no céu, buzinaços, alegria, festa e tudo que os vencedores têm direito. As Eleições de 2010 entraram para a história. Não apenas por eleger a primeira presidente do país. Mas em especial, em Alagoas vemos um cenário de ufa!!!

Não vejo derrotados, não vejo vencidos. A emoção está à flor da pele. Neste momento assisto o primeiro pronuciamento de Dilma Rousseff, e imagino o primeiro pronunciamento de meu governador eleito Teotonio Vilela Filho. Gostaria de estar no calor da festa, mas não sou de festas homéricas, curtição e badalações. Chato isso, né? Pois bem...mas explico.

Sou homem de batalha, emoção, gana e luta. Gosto de pressão, tempo curto, prazos apertados. Adoro sentir o sangue pulsando nas veias, o palpitar e o sentimentos caustrofóbicos que angustiam a qualquer um. Confesso que na apuração das urnas tremi. Senti angústia, medo até. Mas eu gosto. Quem não gosta...???

Reconheço que hoje os festejos tomam conta. Somos merecedores, precisamos dessa pausa de regozijo, mas sei também que a partir de amanhã temos nossos votos e compromissos de trabalho renovados.

Os problemas continuam, os sobressaltos se tornam maiores, e nossa vontade de acertar é ainda maior. Trabalho todo dia, o dia todo para levar informação, notícias que possam fazer o dia a dia de todos melhor. Não sou apenas um assessor de imprensa do Estado, considero-me um jornalista com o compromisso com a informação, com o bem, para o melhor. Portanto não se enganem, nem o direitismo, nem o esquerdismo me deturpam. Visto a camisa do bem, daquilo que sei que é o melhor para a sociedade. Se não o é, se erro, paciência. Não defendo verdade eternas. Quero e aprendo todo dia, para se ao errar, no dia seguinte acerto.

É por isso que ao amanhecer neste segunda-feira, volto-me novamente para minha labuta diária de acertar, aprender, errar, e cobrar. E reitero, agora os palanques acabaram. O que passou, passou...

sábado, 30 de outubro de 2010

Agente duplo - teu fim tá próximo


"Meu nome é Trai, Traira". Assim poderia se autodominar o popular agente duplo. Quem é fã da obra Ian Fleming e ao menos vê filmes de espião sabe como terminam aquele camarada que quer agradar lá e cá.

O agente duplo se acha o espertão. Pensa que abafa. Imagina que ninguém fica sabendo de suas armações. Mais cedo ou mais tarde, ele deixa escapar uma pista, um sinal, algo que entregue seu joguinho sujo.

Mas não é qualquer um que pode ser o famigerado come lá e come cá. Ele tem que ter cara de pau, total falta de escrúpulos, honra zerada, cara lisa e ainda por cima não merece confiança de seu ninguém - óbvio.

o fim deles, todos sabemos....

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Entre cassinos e palladinos


Comprei um CD MP3 com um bocado de forrós antigos. Perdoe, gente, como disse uma colega minha certa vez, ninguém pode ser intelectual o dia inteiro, dêem um desconto! Enfim....o lance é que andando pra cima e pra baixo fico escutando as canções, que naquele tempo, eram canções, sim! Não o que rola hoje...sem comentários.

Cada clássico de Mastruz com Leite, Magníficos, Limão com Mel, Baby Som, Eliane, Mel com Terra, João Bandeira, Rita de Cássia, Rabo de Saia, e similares, remete a um show específico, um lugar, uma cidade que visitei. Em especial, recordei de dois lugares que batia ponto.

O Cassino Pilarense, na cidade de Pilar, e o Palladinos, em Capela. Só precisava chegar num sábado que a pivetada ficava ouriçada pra dançar aquele forró. Antigamente era algo muito mais romântico. Você pra chamar alguém pra dançar era um autêntico romance. Um processo de conquista, aquilo de olhar, mirar, seduzir já antes do toque dos corpos.

Lembrei ainda das vaquejadas no antigo Clube do Vaqueiro de Maceió (Cluvama), onde hoje é um colégio na avenida Menino Marcelo, na Serraria. Como o mundo era ingênuo e tudo era mais simples....épicos shows eu fui ali. Bom demais. Só quem tá na faixa dos 30 e poucos é que recordam daquele tempo.

E o palhação da Serraria e do Sanatório? Que disputa, heim? A cada ano eram atrações de peso. Patricinhas e os playbas se revezavam. Os homens sempre com camisas de botão listradas, por vezes com botas ou com mocassins...ahhh detalhe...a meia tinha que ser branca. Putz....destoava, né Glorinha Kallil, pois assim era. Passou, passou, passou...rsrsrs

As meninas...hummm nem lembro o que elas vestiam....(e precisa lembrar? rsrsrs).

O fato é que cantarolando um bom e velho forrózinho antigo, podemos viajar no tempo e na lembrança de tempos que não voltam mais.

Você esperaria o amor?


É quando estou deitado na minha cama que os pensamentos vem e vão. Minhas reflexões do dia pipocam em minha cachola. Então vou assistir meus filminhos para relaxar. Esta noite assisti "O Amor nos tempos do cólera", de Mike Newell, inspirado no romance de Gabriel Garcia Marquez.

O filme é uma típica e melosa história de amor. Bem aos moldes dos arrebatadores enredos românticos de outrora. Tem personagem que conta sua própria história, moço romântico, donzela apaixonada, pai bravo, e moças loucas para casar. Sem contar o enlace, como sempre, impossível. Os caminhos dos personagens de Javier Bardem (excelente atuação, como sempre) e Giovanna Mezzogiorno não se cruzam, porém o amor do jovem mancebo é inquieto e poético.

Cartas e cartas, bem ao estilo ingênuo e bucólico, ambos declaram amor eterno e blá, blá, blá...

O texto de Marquez é primoroso. Aaaaahhhh, como eu invejo os poetas. O fino trato com as palavras, o manejo com a emoção, a exposição dos sentimentos mais profundos, a angústia, a dor, a melancolia. Eita povo que curte sofrer...

Posso estar equivocado, mas descobri em Gabriel Garcia Marquez um 'quê' de Eça de Queiroz. Pelo menos nessa obra, o amor, ou pelo menos, a existência dele é reconhecida pela negação, pelo fora, pela dor, sacrifício. A dura pureza do amor no século XIX.

Mas nem tudo é tão doce. O personagem de Bardem, antes doce e tímido, torna-se galanteador e insaciável atleta de alcova, tudo alcançado pela justificativa de esquecer sua 'rainha coroada', como ele diz no filme.

A dor do amor não correspondido foi sublimado nas ruas e camas. Múltiplos amores surgiam, os anos de passaram, e regados a muito suor e sexo, o amor de acalmou dentro do peito. Nem mil mulheres o fizeram esquecer seu infante sentimento.

Mas a pergunta que fazemos assistindo o filme é: quanto tempo você esperaria pelo amor de sua vida?

A resposta.....assista!

P.S.:De quebra o filme ainda traz um desempenho primoroso de Fernanda Montenegro, e a rouca e suave voz de Shakira.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Já agendado e agendando


Nem terminamos o mês de outubro e já ouvimos os sinos do Natal latejando ao fundo. E como em todo ano, as pessoas são tomadas pelo sentimento da saudade e bate aquela vontade de reunir todo mundo. Galera do trabalho, escola, faculdade, todo mundo fica no pé e outro pra organizar e instigar o restante do povo pra confraternização do ano.

Nesta terça-feira, 27, fechamos mais um encontro, agora é a vez do povo da minha turma de pós-graduação. A confra da galera vai rolar no dia 5 de novembro. É o mesmo tom dos encontros do povo de colégio, porém a galera não tá tão desatualizada. E as surpresas não serão tão escabrosas.

Ah, vai, por favor, gente, se pudéssemos só colocaríamos em nossa frente pessoas que nos fazem bem. Por isso que necessitamos de um tempo com nossos amigos. Agora é mãos a obra para definir a bebedeira da turma do trabalho...haja festa!

Cerque-se dos bons...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Encontro de turma, você terá o seu


Encontro de ex-alunos deve ser tudo igual, né. O papo rodei mais ou menos pelos jargões:"E aí, o que andas fazendo da vida?", "Já casou?", "Quantos filhos vc teve?",...por aí. É quase sempre isso, até por que velhos amigos se preocupam e nada mais natural que uma atualização dos babados.

Na semana que passou encontrei minha turma de colégio. Bem, não é bem assim, eu fui mais um agregado no encontro. Isso por que no ano em que conclui o ensino médio, 1997, o colégio tinha quatro turmas (A, B, C e D). Eu era da turma "A", e o encontro que estive presente era da galera da turma "C".

Naqueles tempos, como em qualquer outro, existem turmas que se simpatizam, outras que nem tanto. Era o caso das turmas "A" e "C" contra as "B" e "D". O embate era entre dos CDFs e os 'nem aí pra nada', era assim que se configurava. "A" e "C", os nerds, e "B" e "D", as turmas da bagunça....falando a verdade, vai...era assim mesmo.

Passando essa fase, voltamos para o encontro. Gente, eu já tinha ouvido que quer um espelho bom, encontre um velho amigo. Daí você saberá se você está bem ou não. Pôxa, meus amigos estão ótimos graças a Deus. Uns com filhos, outros com uma penca de filhos, alguns casados, descasados, e ademais descasados com uma penca de filhos....rsrsrs. É uma confusão só.

Mas digaê como funciona. Todo encontro parece ser igual, mas acaba não sendo pelas surpresas que temos, das novas afinidades que descobrimos, pois não somos nem de longe o que éramos nos tempos juvenis da escola.

Rimos muito, nos surpreendemos bastante, lembramos daqueles tempos que ainda tinhamos fôlego de atleta, nossos sonhos ainda eram limitados e ingênuos. Mas venhamos e convenhamos, no encontro nosso percebi uma outra coisa que me chamou a atenção.

Passou em minha cabeça a história de cada um. Os momentos legais, os tristes, as birras, as brigas, as juras de amizade eterna, as tardes, noites e manhãs que passamos. Chegaram os anos, nossa pele tá menos firme, nossos traços mais fortes, a barriga cresceu, os cabelos diminuíram, as decepções aconteceram, mas teve uma coisa que não cessou entre eles: o brilho de cada sorriso.

Vi cada rosto e senti que apesar de alguns escorregões e lágrimas, eles persistiram e seguiram. Que bom, fico feliz. E que a cada novo encontro da turma, possamos nos deleitar ainda mais com nossas histórias.

Que venha o próximo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pense no que pedes

Você é feliz no que faz? Bem, se não, dê um jeito pra resolver sua vida, pois ganhando sua bufunfa mensal sem fazer o que curte..não é nada legal. Compreendo que falar esse tipo de coisa num país que a taxa de desemprego ainda é galopante, é um luxo. Alguns podem dizer que faz qualquer negócio pra ter din din no bolso no final do mês. Nem todos.

Tem gente que tem um emprego maravilhoso, e o que seria esse emprego maravilhoso? Muito dinheiro, estabilidade, poder, destaque...a lista de benesses é grande, mas do que adianta tudo isso se você está morto por dentro? Tudo de bom que um ótimo emprego pode te dar, pode vir acompanhado também de mais preocupações, e problemas que o impedem de alcançar a felicidade.

Nós não sabemos o que pedimos, não temos noção. A ganância nos cega. Desejar sucesso, fama, dinheiro e poder, causa suspiros a qualquer um, porém, é fim de carreira. Não é pra qualquer um mesmo. Vou dar um exemplo singular.Em meu trabalho tem uma moça que trabalha no serviço geral. Rose é uma figuraça. Do tipo que não há tempo ruim, ela sempre está de bem com a vida.

Rose faz de um tudo, além de seu serviço habitual, a menina ainda faz serviço de 'girl', tira cópias, compra guloseimas e lanches na rua pro povo do trabalho, sem frescura. Ela ganha pouco, mas deixa bem claro que é feliz. Tem seus poucos pertences, cria um filho de 6 anos, separada do marido, mas não deixa o sorriso sair de seu rosto.

Já outros...são promovidos, passam a ganhar mais. Com isso as cobranças aumentam, o destaque é maior, o prestígio cresce, os amigos aumentam, mas a tranquilidade sumiu, a saúde também. A paz foi embora, o sorriso é cada vez mais raro. Dinheiro nem sempre traz felicidade...ñ mesmo.

Assistam Uma Noite no Museu - parte 2 -, em primeiro momento aqui lendo esse post você pode pensar que não tá em sintonia com o assunto, mas assistam e vejam o que estou falando.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bateu-levou

Quando aos 8 anos chegamos em casa após levarmos uma surra na escola, o que geralmente ouvimos de nossos pais? "Apanhou na escola? Dá próxima vez, apanha aqui e lá...". Eu sei, não é nem um pouco pacifista essa mensagem. Mas acontece. Somos programados para dar e receber. É lei da física, se não me engano é a segunda Lei da Física, para toda força a uma força oposta e igual, ou coisa assim.

No entanto, Dalai Lama me perdoe, mas assim é complicado, é ser santo demais você receber uma bofetada e presentear o camarada com flores. Só pra Cristo mesmo. Confesso que sou muito 'toma-lá, dá-cá', bateu-levou. Seja amável e terá amor, seja indiferente, e terá meu desprezo....por aí vai!

Não é uma característica de cancerianos, mas é infelizmente o que aprendemos da vida. Criamos essa crosta e a casca não sara. A cada mancada alheia...ela ressurge. Portanto, vale como regra de convivência: seja legal....(nem sempre serão legais contigo...mas tá valendo).

O mundo dá voltas....

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Espinhosa relação entre repórter e produção


Uma relação de amor e ódio é a convivência entre pauteiros e repórteres. Bem, para os leigos jornalísticos, o pauteiro, ou produtor, é aquele camarada que alimenta o repórter de informações para que ele faça uma matéria jornalística. Parece fácil, mas não é. A labuta é árdua e por vezes incompreendida pelos bravos repórteres de rua.

Geralmente, o pauteiro deve ser um cara ligado, antenado, esperto e deve saber de tudo que rola por aí. Com a ajuda de sua mágica agenda que deve ter o contato telefônico desde o Criador até o Tinhoso, o produtor deve ser bem relacionado para facilitar o fluxo de informações e assim cavar matérias interessantes para a sociedade.

O repórter sedento pra fazer uma matéria legal, exige o mínimo de orientação da pauta e logicamente aguarda uma história ainda mais legal para contar. Não é difícil muitos repórteres ao lerem suas pautas fazerem aquela carinha meio que sem graça e de desânimo - :( - é normal.

É aí que o bicho pega. É quando o repórter bate na mesa e diz: "que peste de pauta é essa"? A discussão rola nesse nível. Calma, calma, nem sempre é assim, mas pode crer, pessoal. Vi piores. Já vi repórter dando chilique mesmo, tipo amassar a pauta e jogar no produtor. São os ânimos acirrados, gente. Não é fácil.

O sonhador pauteiro, que sonhou toda a matéria na sua cabeçinha, tenha então descrever e explicar pro camarada como a história deve ser construída. Coisa que ele não conseguiu passar para o papel, o produtor vai tentar fazer por gestos mirabolantes...em vão.

Essa é a relação diária entre pauta e reportagem. Você pode até sair de seu local de trabalho com uma ideia na cabeça, mas chegando na pauta o 'norte' pode mudar e aí você cai dentro. Vai pelo seu instinto jornalístico e faz o que 'você' pensa que é o correto. Que pena....esqueci....nessa historinha ainda tem o bendito do editor, que tudo pode mudar....fudeu!!!! rsrsrs

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ô vício bom


Livraria: meu habitat natural, porém péssimo pra meu bolso...aff pareço até menino pequeno em loja de brinquedo. Vendo lá as novidades quatro livros me chamaram atenção. Não decorei bem seus títulos e autores...prefiro comprar e lê-los logo.

Bem....um deles foi sobre a vida do conquistador mongol Gengis Khan. Grande parte de seu legado, segundo o tal livro, ditou o que hoje entendemos por mundo moderno. Bem...o livro explica isso, né. Convencer é outra coisa.

O segundo é sobre encontrar a felicidade à dois.. - foi o livro que comprei pra meu grande amigo Filhão. O terceiro era um deleite para quem curte história. "1822" é de Laurentino Gomes, o mesmo autor de "1808", sobre a chegada da família real portuguesa no Brasil.

O quarto e mais curioso é um livro da capa vermelha, que destaca: Por que os homens traem. Chega a ser engraçado, mas aí li um pouco dele e a obra é baseada em uma pesquisa entre homens e mulheres infieis. O estudo enfatiza os motivos da traição. De acordo com a obra, a traição não está apenas na beleza da amante ou na rotina da vida à dois. Pareceu um livro sério, pô, sem qualquer tipo de brincadeira ou trocadilho, gente.

Prometo e vou lê-lo e passarei um pouco dele pra vocês.

Huuuummmm


Bom voltar às palavras. Elas nos dão a liberdade de viver, pensar e sentir tudo que podemos e até aquilo que nos é proibido. E por que o proibido, o excêntrico nos é tão tentador. Está dentro de cada animal racional. Dentro de todos nós existem demônios que nos levam à tentar, almejar e cobiçar o que não podemos ter.

A sede que toma nosso corpo é tão devastadora como a seca do deserto. As convenções sociais, o pudor, tudo isso foi inventado para o homem ser pudico. Era necessário impor limites para que o planeta não se transformasse numa filial do inferno. Uma verdadeira Gomorra seria instituída sobre a Terra.

Diariamente lutamos contra esse ‘mal’ que toma nosso ser. Por mais poderosa que seja a vontade, reza a Igreja e os bons costumes que devemos resistir. Ser forte não é lá coisa de quem tem carne. O exercício da resistência serve apenas para os eunucos que nada tem a fazer.

A cada morder de lábios, e a cada salivar sinuoso, o íntimo humano se recontor-se suplicando um pouco daquele vício, ainda nem provado. Apenas os santos foram treinados dogmaticamente para confrontar seus desejos mais profundos. Digaê, quem não tá lá seus sacros segredos mais insepultos?

O mais fervoroso seminarista, o mais devoto dos pastores e até a mais beata das irmãs tem dentro de si um animal indomável preso numa jaula. Essa besta é sim bem tranquafeada. Até que um ser qualquer chega com uma chave e solta a fera contida. Controlar? Só os psicólogos devem responder tal indagação. Alimentar ou esquecer para matar por inanição? Não se sabe...

Roteiro de férias


Chegando perto das férias, todo mundo começa a planejar viagens e roteiros diversos. Assim como em 2009, minhas férias terão seu ponta pé inicial em Maragogi. Quem conhece deve ir mais vezes, quem não conhece, visite. Aconselho. Não apenas pela belezas das praias, mas pela posição estratégica da cidade. É o município mais próximo de Pernambuco. De lá você pode seguir viagem para as famosas praias do litoral Sul pernambucano.

Pel visto, farei esse roteiro este ano. Vou abandonar avião e vou cair na estrada. Isso de carro mesmo, vou seguir o litoral nordestino. Começo em Maragogi, sigo para Porto de Galinhas (PE), passo em Recife (PE), mas pego direto, não duro muito tempo. Prossigo viagam para Paraíba, onde revisito João Pessoa e as praias do litoral Sul e Norte.

Próxima parada é Rio Grande do Norte. Lá é Praia de Pipa, Ponta Negra, Morro do Careca e arredores. Lá na ponta....chego no Ceará, onde pretendo ficar mais tempo. Cumbucu, Sobral, Iracema, Jericoacoara, Canoa Quebrada, é beleza pra mais de metro.

Eita Brasilzão...sugestão prôces...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Professores da profissão

Comom ninguém nasce sabendo nada, todos nós precisamos daquele empurrãozinho na vida. Quem não teve aquela professora inesquecível? Tá bom, tá bom, ok, gente, tem sujeito que nem se recorda daquelas que te ensinaram o bê a bá. Puxando menos pela memória vou buscar pessoas que nos ensinam no dia a dia, aquelas que acolhemos como nossos 'padrinhos' profissionais. Elas nos dão experiência, nos enchem de toques, dicas e nos alertam quando estamos prestes a fazer aquela bobagem.

Tenho a sorte de dividir a redação da Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas com feras como Adailson Calheiros, Dárcio Monteiro, Bartolomeu Dresch, José Machado, figuras que viveram a formação do jornalismo alagoano. Fontes da história política de Alagoas, vez por outra, eles contam suas histórias.

Adailson e Dresch contam como era cobrir a editoria de Polícia num Estado onde sua história é manchada com sangue. Outro dia eles contavam a história de uma série de crimes ocorridos na década de 1980, onde crianças estavam desaparecendo no município de Boca da Mata. Aprofundando-se na informação, descobriram que se tratava de crimes de magia negra, onde um pai de santo realizava rituais satânicos com o corpo das crianças.

Por outro lado, Dárcio Monteiro traz a tona os causos políticos caetés. Como no dia que ele e Márcio Canuto foram entrevistar o major Olavo Calheiros. Perigoso e temido na década de 1970, o patriarca, pai do atual senador Renan Calheiros, era figura folclórica da política local. Por uma câmera mau posicionada, Dárcio passou de perder a vida, ameaçado pelo major.

Entre essas e outras, aprendemos cotidianamente como foi o jornalismo em outrora. E é com esses professores que conhecemos o que é certo e o que é errado nessa escola da vida.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jogando contra


O que se pode esperar de um assessor da Imprensa que joga contra seu próprio assessorado? Tipo, ele acha legal seu salário, odeia o que faz, e ainda abomina seu assessorado, não é respeitado pela categoria, enfim, qual o futuro deste profissional? A vida já deu até um alerta a tal jornalista. Foi demitido em outra oportunidade por repassar informações sigilosas de seu ex-assessorado a um periódico. Isso mesmo, vazamento de informações. Onde fica a ética? Vai lá saber...

Nas mesas de bar e congressos por aí ainda tentamos discutir o que é ética jornalística. Ética pra mim não se aprende. Ela vem do berço, é criação, cultura, habitual, inata. Ela faz parte de nosso caráter, da idoneidade do cidadão - caso ele a tenha.

O sonho da enorme maioria dos jornalistas é dar aquele 'furo' - no bom sentido, por favor. E para conseguir dados privilegiados, o camarada vende até a mãe. Ele é capaz de tudo. Cochichos, tapinhas nas costas, olhares tortos, telefonemas escusos, interesses, até onde vale ser assim? Perder a moral, a honra, sujar seu próprio nome e sua história...

"Olha lá o x9..."

Burrice pra cima de mim não...



Ignorante político. Taí um adjetivo que ninguém quer pra si. Os leigos e sem leitura, aqueles que por um motivo ou outro não tiveram acesso à educação podem até se dar o luxo de serem inertes no processo político. O que lamento bastante é ver pessoas com grau de instrução lavarem suas mãos e virarem suas costas para um momento tão importante para o país.

Seja de esquerda ou de direita, a opinião deve existir. Ela de preferência deve vir seguida por argumentos. Algo plausível e consistente. Motivos que o façam votar ou deixar de votar "A" ou "B". Vou além, o formador de opinião, aquele que por obrigação do ofício deveria se municiar com farta leitura, opiniões, posicionamentos ou similares igualmente não deveria se levar pelo senso comum.

Tá certo que política não é do gosto de todo mundo. Entendo que sucessos escandalos, falcatruas, ausência de propostas, e baixarias afasta muita gente do debate teórico-prático, porém não justifica.

O senso comum, em alguns momentos, é construído por factóides e informações desencontradas. Cabe ao formador de opinião por meio de muita leitura, informações extras, papo aqui, papo acolá, com colegas jornalistas, nós acabamos lendo nas entrelinhas. Enchergamos o que cada veículo de comunicação quer mostrar, os interesses, os posicionamentos.

Hoje com a quantidade de blogueiros e colunistas temos novas ferramentas que podem nos ajudar nessa empreitada.

Devemos opinar, dar pitaco, dizer quem é preto, branco e azul. Com embasamento e argumentos devemos lutar por nosso posicionamento e debater com aquilo que o outro tem a oferecer. Quando o outro não tem o que dizer...aí complica. O poder de convencimento deve ser trabalhado. Dizer que vota por votar, por simples simpatia, até que aceito, mas por falta de informação é vergonhoso.

Gente, ainda há tempo...o segundo turno é a oportunidade pra isso. Podemos conhecer melhor nossos candidatos. Veja a história deles, sua trajetória. Faça uma pesquisa particular. Seja curioso. Não se contente....busque

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O poder das mãos


Ufa, finalmente...de volta às letras, de volta ao meu vício. Após feriadão, tensão pelo segundo turno e demais contra tempos do dia a dia, não seria nada ruim uma bela de uma massagem. Quem provou sabe...como é bom ter alguém bulinando em nossas costas, nossa nuca; cafuné já serve.

Mas quem deseja um serviço completo e relaxante, procure um massoterapeuta ou uma clínica de estética bem legal. O camarada parece que foi atropelado pelo sossego. Garanto que você sai outra pessoa.

O poder que aquelas mãos têm é coisa fora do comum. Pense num dinheiro bem gasto....aconselho e recomendo aos estressadinhos de plantão.

Geralmente em uma hora que você passa deitado lá à mercê das massagistas, você vai no céu e volta. Dependendo da mão da moça, você pode até dar um breve cochilo revigorante....excelente pedida para relaxar. Santo remédio!!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O pecado da ingratidão


Quando alguém te estende a mão, te ajuda, o mínimo que se pode esperar de uma pessoa decente é gratidão. Claro, é bom salientar que refiro-me a uma pessoa decente, o contrário nem sei como designar. Para Miguel de Cervantes, a ingratidão é filha da soberba. É uma pena, só quem sabe o poder da ingratidão quem já a sentiu na pele.

A pior punhalada é aquela que vem de onde você menos imagina. É o fogo amigo, é a traição, covardia. São inúmeros os verbetes que o dicionário pode trazer sobre o assunto.

"A ingradião é o mais horrendo de todos os pecados", diz Alexandre Herculano. Já para o célebre Machado de Assis, assim o fala: "A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso". Tal atitude desmascara, apresenta a real face dos demagogos e 'anjos necessitantes' de plantão.

A súplica só lhe é conveniente quando a situação não lhe é favorável. Terrível. Porém, um dia, o veneno volta para seu próprio feiticeiro. Nada pode ser feito. Já se aprendeu. Não cometamos o mesmo erro duas vezes. Caso esteja em sua natureza ajudar, parabéns, mas torço que não seja de sua estirpe errar.

Até Lutero dizia isso na Europa medieval. "Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixa feridas profundas", afirmou o pai do Protestantismo.

E pra finalizar...."Existem três classes de ingratos: os que silenciam diante do favor; os que o cobram e os que se vingam".

"Barão Vermelho"


Não, não é esse Barão Vermelho que me refiro. Quem se entende por gente dos anos de 1980 pra cá certamente já fez essa pergunta: "Quem peste foi esse Barão Vermelho?" A banda que revelou Cazuza e Frejat inspirou seu nome numa figura emblemática da tão longíqua 1ª Guerra Mundial.

O barão Manfred Von Richthofen foi o maior às da aviação de seu tempo. Alemão nazista, o condecorado piloto era dono de uma aeronave que levava medo aos ares da França ocupada pelo julgo nazista. O apelido aconteceu por Manfred pilotar um avião vermelho todo estiloso. Mas ao contrário do que se pode imaginar, o Barão Vermelho além de temido era altamente respeitado por seus adversários.

Manfred respeitava seus inimigos e apenas abatia os aviões inimigos, não matava, curiosamente não dava tiros para matar seus oponentes, apenas para tirá-las do ar. Se eles morressem na queda...enfim...."fatalidade", diria ele. Tal ritual era respeitado pelos demais pilotos, sejam eles ingleses, franceses, e canadenses.

Técnico e metódico morreu desrespeitando um de seus maiores dogmas. Ele sempre atacava à favor do sol, para que os raios de luz encandeassem seus adversário. Jamais incursava sozinho. E foi justamente tal pecado que ele cometeu. Ele perseguiu um avião inimigo - australiano- em terreno dos aliados. Sozinho, o Barão Vermelho após uma frustrada perseguição se viu sob fogo cerrado. Tiros do chão e de outros aviões abateram o mito alemão de apenas 16 anos, em 21 de abril de 1918.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vilões? Até quando?


Quem está acompanhando a novela Passione acompanha o martírio da vilã Clara, que começa a sentir o gostinho de tudo de ruim que a maldita aprontou na novela. Bem, mas aí o autor do folhetim está mostrando que a malvada está se regenerando. Até que ponto isso pode acontecer? Pau que nasce torto realmente nunca se endireita?

Há quem acredite em regeneração. Aprender com os erros é outro desafio perene que devemos aceitar. Até por que todo mundo está sujeito ao erro, nem as máquinas estão livres de saírem da linha. Baixar a cabeça em sinal de humildade e reconhecer o equívoco é honroso, mas não se vê por aí. Não é todo dia que estamos de peito aberto para recebermos aquele:"Tá vendo!!!!"

Apagar a imagem que criamos no imaginário das pessoas é difícil, é um exercício diário de determinação e obstinação.

Um ladrão é capaz de parar de roubar? Uma puta, de dar? Um sacana, de sacanear? No máximo dizem que eles sossegam por um tempo, para mais a frente voltarem aos seus hábitos. É inato. Está instrínseco. Transformar, mudar, corrigir, é quase divino. Você acredita? Um bonzinho pode ficar ruim? Um malvadão pode virar anjinho? Bem.....não sei.

Está na natureza deles. O que dizer da parábola do escorpião que ao ser salvo de um grande incêndio por uma tartaruga, ajudando-o a atravessar um grande lago, o aracnídeo vai e pica fatalmente o solidário animal. Ainda vivo, a pobre tartaruga questiona: por que? O escorpião vai e responde: é a minha natureza, eu sou assim...E aí? depois dessa, o que você acha?

Só ouvi falar que velhos hábitos nunca mudam.....!!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nas lentes da imprensa alagoana

E aí, Tati, ficou legal a foto? Olha pra frente Ednar...rsrsrs

"olho no lancêêêê!!!"

Carla Serqueira (Gazeta de Alagoas) e um pedacinho da Mônica Lima (O Jornal)

Lidia Lemos (Primeira Edição) fora do foco

Encontro de 'fotos': Lula Castel Branco (O Jornal) e Caio (Ascom TJ/AL)

Wellington Santos (Gazeta de Alagoas e Secom/AL) com o palhaço Biribinha

Gilvan Ferreira (Gazeta de Alagoas) é o novo porta estandarte do Pinto....afff

Adailson Calheiros no calor da Praia de Jatiúca - Valtine, o motorista de papagaio de pirata

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Papo profundo


Dizem que os tigras quando estão à beira da morte ficam mais bravos, com o ser humano é diferente. Cada qual tem uma reação diferente, um turbilhão de emoções toma conta e não se sabe mais se o que se sente é revolta, desespero, saudosismo, conformismo, luta pela vida...não se sabe.

Recentemente uma das pessoas mais importantes de minha vida, de um modo indireto, demonstrou tal preocupação. A proximidade e a real possibilidade da morte assusta qualquer um. Entretanto, eu ou você, que gozamos de plena saúde não conhecemos tal ameaça.

É tocante sentir o medo nos olhos de uma pessoa amada. Dá uma sensação de "e agora?". Ao seu modo, ele quis dizer que perdíamos tempo dando importância a muita idiotice. Os supérfulos, o estresse, aborrecimentos, dinheiro, bens, o que importa? Cada palavra tocava como um punhal cravado na espinha. A hipnose de ações e palavras me emudeciam, apenas como uma catenga, balançava a cabeça, e cabisbaixo, deixa os olhos marejados.

Mudo, sem qualquer palavra de incentivo ouvia atento as lamúrias de um ex-boemio, alguém que aprendi a ver sempre com um sorriso no rosto, expressão límpida, viva e sempre de bem com a vida. Não existia tempo ruim. De segunda à segunda era uísque, farras, mulheres, rua, viagens...um bom vivant às antigas.

O resumo de hoje é um homem cansado, pensativo, introspectivo. Seus amigos? Estão morrendo um a um. A vida está levando, não a violência. O corpo está pedindo arrego. A idade avança e com ela levando a tenacidade, o vigor da vida de outrora. A saúde requer maiores cuidados. É o fim chegando. Não se vive pra sempre. Apenas seu legado, sua história.

Aquela conversa, mesmo rápida, não saiu de minha cabeça, tento até disfarçar no dia a dia, mas basta parar para recordar cada palavra. No filme Antes de partir, com Morgan Freeman e Jack Nicholson, os protagonistas sabem que estão prestes a bater as botas e eles aprontam tudo e mais um pouco. É o melhor modo de partir...se serve como conselho, tanto os personagens quanto esse meu inspirador, são unissonos: aproveitem tudo, o que está e o que não está ao seu alcance. Apenas isso. Curtam...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

História pra contar em jogos internos


Qual o melhor lugar para se tirar as desavenças entre jovens alunos? Não, não, se você pensou na saída do colégio para uma briga enganou-se. Todas aquelas birras habituais - não o builling - deveriam se resumir em richas, porém esportivas, e os jogos internos dos colégios, além de integrar os garotos, acirram a ânsia pela vitória. Dá aquela moralzinha. O peito fica inflado de moral.

E são nesses jogos que aprendemos o saboroso gosto da vitória e o amargoso desabor da derrota diante de todos. É inevitável não existir aquela disputa entre Sansão e Golias, onde os pequenos dos anos menores enfrentam os brutamontes dos anos mais avançados.

E foi assim, com esse mesmo temor que em 1996, minha turma, o 2º ano "A" uniu-se com o 2º ano "C", no futebol para acabar com um marasmo de derrotas nos anos anteriores. E chegamos a semi final contra nossos rivais mais próximos, o 2º ano "B". Bola na ponta esquerda, dou um tapa na gorduchinha, e o lateral deles dá um ponta-pé em mim e vou bater na brita ao lado do campo. O lado externo da minha coxa é só sangue, um arranhão bem grande. Porém, conseguimos ganhar e vamos pra final.

Vamos como a grande surpresa, pois ambas as turmas não são conhecidas como atletas, e sim como nerds. Fomos a zebra da competição. Então o time "A" e "C" disputa o título contra o 3º "A". Uuuuuuiiiii, frio na espinha. Parece que foi ontem. Eu via a arrogância dos grandões. "Já chegaram longe demais", diziam seus olhares. Jogo nervoso, disputado palmo a palmo. Após dois tempos de muita movimentação, mais vontade do que técnica - todos estavam exaustos com um dia inteiro de disputa.

Mesmo machucado, com a coxa enfaixada, uma bola sobrou pra mim na esquerda - como sempre na esquerda por que sou canhoto. Estique demais o passe e a bola escapou um pouco. Dei meu último fôlego, e meu último drible, dei um corte no lateral deles, e cruzei pra cabeça da áerea onde estava meu atacante, Veib. Ele deu um corte com a direita e chutou com a esquerda. Não deu pro goleiro, foi no ângulo...

Conquistávamos o inédito título. Jamais uma turma menor tinha ganho um jogo interno do colégio. No mesmo ano, o time do colégio aproveitou mais da metade do time campeão para o time do colégio, na disputa dos Jogos Estaduais das Escolas. Mas como no futebol, aqui se faz, aqui se paga....em outro jogo épico, perdemos o bicampeonato disputando a final contra o 3º ano "B". Eles jogavam com apenas oito jogadores, mas eles conseguiram se multiplicar. Excelente partida....e assim foi mais uma história.