sexta-feira, 30 de abril de 2010

O sol vai brilhar


O sol ainda vai brilhar de novo. Em meio a tantas nebulosidades, desavenças e interperes, não podemos perder a fé. Um dia a gente aprende. Nem que seja como mulher de malandro, que só aprende na base da pancada, machista, né? Também acho.

Mas lembrei-me agora escrevendo esse post de um comentário de uma amiga minha do Piauí, que agora reside em minha ex-casa Brasília. Em um dia desses de escuridão, onde os problemas não eram poucos e a cabeça pra resolvê-los não funcionava, ela leu uma mensagem aqui deste blog e percebeu como esse troço louco funciona.

Precisamos apenas de um empurrão. Assim como um carro velho necessitamos de um solavanco para seguirmos. Quem não tem problemas? Só aqueles que não arriscam, os mortos, os fracassados, ou desiludidos. Mas não queremos isso pra nós. Quero problemas sim, pois apenas com eles crescemos.

Nós só fixamos algo na cabeça e no coração com o sofrimento, ninguém aprende com a felicidade. Só a dor proporciona isso. Mas calma lá, gente, não seremos sádicos ou masoquistas. A hora do sorriso é quando vem aquela nuvem linda num céu azul ofuscante. É quando esses obstáculos acabam. É a bonanza que tanto esperamos. Um dia ela vem. Nem o sofrimento é eterno.

Dias melhores sempre vêm. Basta esperar. Tenham fé.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lamúrias de um guerreiro


Se algum historiador tivesse acesso a um diário de algum guerreiro medieval, o que vocês acham que encontraríamos escrito? Certamente os relatos de suas batalhas, conquistas, dissabores e glórias intermináveis. Porém, podemos aqui pincelar algumas de suas melancolias.

“Estou cansado. Farto de batalhas diárias, de decepções constantes e de brigas sem fim. Cansei-me de perder amigos de outrora. Não vejo mais a luz do céu, ou a beleza de uma flor ao desabrochar precocemente numa manhã de domingo.
Faltam-me forças para empunhar minha espada. Minha couraça já não é mais tão sólida. Meus dentes cerrados, escondem meu sorriso, que há tempos não o apresento. Meu olhar vermelho não enxerga beleza nas coisas. Só vê maldade e escuridão.
Nos homens, não confio. Meus ombros caídos por levar pesadas armas não dispõem da mesma disposição. Minhas costas, repletas de apunhaladas vis, não têm mais espaço nem para uma derradeira apunhalada de falsos companheiros.
Olho aos céus, peço a proteção e a clemência divina, porém como um castigo celestial, minha batalha não termina. Meu campo de batalha é perene, e os inimigos não cessam. Pedras e lanças se revezam em meu peito. Meu escudo, já com o peso de 300 homens, não consigo carregá-lo.

Creio que estou morto, só não acordei para tal realidade nefasta. Meu rei foi deposto. Meu comandante perdeu o controle de meus companheiros de luta, e quando vejo meus guerreiros na frente de batalha, deparo-me só com um punhado de bravos gentios. Alguns que chego a contar nos dedos ainda que me restam. Aponto e admiro como decepam a cabeça do inimigo. Nem a força colossal daqueles que ainda estão de pé, me motiva.

Movo-me ainda para conduzir meu corpo falido a um campo verdejante, onde posso encostar minha carcaça. Em mim, nem a esperança tem espaço. Meu coração pedrou. Minha alma não é mais minha. É daqueles que eu matei e deixei no meio do caminho. Minha batalha não tem mais bandeira.

Meus sonhos secaram. Não existem. Meu amor, se foi. Morreu. Assim como meus filhos e netos, que jamais tive, nem terei. Acamparam em mim não mais saudades, e sim trevas.

Sou um guerreio cansado, sem amanhã, sem ontem. Apenas o agora me importa. Entego-me”.
Deve ser mais ou menos isso.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ninguém mesmo?

Realmente ninguém merece chefe chato e inoperante. Não há ser humano que mereça cerveja quente, dia antes de prova, ou TPM. Tá pra nascer quem suporte dia chuvoso, trânsito lento, pneu furado, e mulher burra. Nem nossos inimigos são merecedores de fossa estourada, calote ou aquele espirro indesejado na sua cara. É criminoso então aquele toque no tornozelo, furão no olho, e tapa na cara.

Ninguém merece aquele fora na dança, carne sem sal, fila de banco ou um dia sem internet. Ninguém suporta dormir em aeroporto, atraso de vôo e poltrona apertada. Há coisa pior que mulher fria, chegar atrasado em reunião, ou levar aquela topada na rua? Não, não há.

Não desejo pra ninguém sogra chata, viagem longa, dormir no chão, ou esperar pra entrar na pelada. Ninguém merece atendente de telemarketing ou mesmo aquelas musiquinhas chatas que ouvimos, impressora sem papel ou caneta sem tinta.

Ignorância então, já foi. Ninguém merece mesmo. Professor prolixo, advogado enrrolão, corretor esperto demais, e policial corrupto, ta no mesmo patamar. Taxista? Cruzcão...

A temida solidão, briga em supermercado, procurar vaga em estacionamento, taxa bancária, bola mucha. Um saco, num é. Nem o pior dos salafrários do mundo merece praia no inverno, juros, e ex-namorado ciumento. A lista segue com jornalista sem ler, pisão no pé, comentários em cinema, furões de fila, sapato apertado, camisinha furada e sorvete no chão.

Ninguém de fato merece amigos falsos, sorrisos vazios,tapas nas costas e braços cruzados. Coração partido, lágrimas nos olhos, indiferença, desejos perdidos e sonhos não realizados.

Bem gente, depois de tanta coisa ruim, ou até mesmo engraçadas, dependendo é lógico do nosso dia e de nosso humor, pelo menos um bom descanso merecemos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Faz um pedido


Existe uma diferença enorme em presenciar uma estrela cadente numa cidade e num descampado. Pois na noite desta terça-feira, estava eu voltando para minha casa e para fugir desse trânsito infernal, sempre pego uma estrada no meio de um canavial. Já conheço o caminho e sei cada curva, cada buraco, só não estava preparado para ver fenômeno tão belo.

Surge um clarão na noite escura que, em primeiro momento, me assustou. Era uma estrela cadente caindo no meio do mato. Não havia mero ponto de luz para disputar com sua luminosidade. Lindo, simplesmente hipnotizante.

Imaginem então uma estrela caindo do céu, diante de um céu negro. Apenas o luar esboçava lumiar o mar que tinha deixado pra trás.

Claro que de na realidade sabemos que estrelas não andam caindo do céu. A ciência explica que são apenas meteoritos – pequenos fragmentos que chegam na terra. As pedrinhas, por mais que diminutas, ao entrar em nossa atmosfera queimam e ganham luz própria.

E como é da crendice popular, fiz meu pedido na hora. O que pedi? Fica pra mim....

Conexão de volta

Quem sai pra balada, curte um esporte radical, informações legais e descontraídas pode comemorar por que está de volta a televisão alagoana o seu companheiro de fim de semana. O programa Conexão está de volta, na Rede Record, canal 11.

Todos os domingos, aquele povo que saiu pra um show, foi entrevistado, azarou muito, fez o que não devia e foi pego pelas câmeras....bem...pode conferir a partir das 11h.

O programa já é tradição na tv alagoana, voltando no comando único da colega Bárbara Santiago, o Conexão vem repaginado, com novos quadros, novas atrações, enfim. A nova equipe tem como missão 'apenas' dar continuidade e respaldar a fama do programa de ir até onde Deus e os artistas duvidam....aff. Ouvimos muito: "Vocês estão por aqui, nossa senhora".

É ouvimos por que eu também fiz parte de uma das formações do programa. E com muito orgulho fiz parte dessa família que até hoje deixa saudades. Fico agora apenas na torcida e desejando que dê tudo certo para Bárbara.

Sucesso...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Flagrantes no Sertão






Dia de quê?


Que dia foi ontem? Poucos se lembram, né. Creio que apenas a garotada do ensino fundamental se tocou que há 510 anos chegava por essas bandas um português que ia dar o que falar. Não tenho dúvida que nem Cabral tinha noção do que estava descobrindo. Tanto é que nem muito tempo ele ficou por essas bandas.

Mal sabia o portuga a bendita terra que descobrira. Uma cambada de índios se amontoavam nas praias para avistar tamanho monstrengos, seres esquisitos aqueles estrangeiros. Tirando as epidemias, choques de costumes, e o natural desconforto – por um lado um monte de homem vestido até a alma num calor de rachar o cucuruto; do outro, um monte de índia pelada e os desbravadores secos por um corpo quentinho.

Mas não era bem assim não. Tá certo que o Brasil tinha acabado de nascer, mas também não era a zona que é hoje. Pô, pra colocar o pé fora do barco tinha que ter coragem. Os navegadores passavam meses no mar. Eles ficavam fracos, doentes, subnutridos, e lá na praia tinha um monte de índio, em sua maioria hostil e doidos pra encarcar uma lança ou flecha venenosa nos guris de além-mar.

Quando algum dos corajosos descia da nau, levava um pau dos nativos e por isso que as caravelas portuguesas nem ficavam muito em suas colônias então "recém-conquistadas". Coisa nenhuma!!!
E aproveitando o Dia do Índio, pois essa semana nem semana do Descobrimento era, e sim, Semana do Índio, pode um negócio desses? Quem pensa lá que a malandragem do brasileiro vem da malemolência negra...está enganado às tampas.
Tá certo que os índios eram enganados com aqueles trecos todos, espelhos, colares, escova, pentes, mas não foi por muito tempo. Não é da cultura indígena acumular bens, e então os carinhas não tinham por quê ficar com aquele monte de porcaria, e pra conquistar o apoio irrestrito dos nativos, os desbravadores ofereciam aliança militar com algumas tribos indígenas. Pimba...e assim eles começavam a ganhar a simpatia e o temor dos que aqui viviam.
Claro gente, é claro. Antes dos portugueses chegarem vocês achavam que não tinha movimento por aqui? Homi...era território de ninguém. Guerras e mais guerras entre as tribos. É mole ou quer mais?
Depois de fazer aquele lobby com os caciques, o branco português, agora jesuíta ainda teve que purificar o índio brasileiro. Mas não vão lá pensar que era pra ensinar o latim e a religião católica....não, não. A maior luta dos padres era deixar os índios sóbrios! Isso mesmo, sóbrios, sãos, limpos mesmo.

Já ouviram falar aquele tipo de bêbados chatos? Pois bem, eram os índios. Grande parte dos engenhos de açúcar eram construídos próximos às tribos. Devido logicamente à mão de obra indígena. Entretanto, nos engenhos eram produzidos aguardente e vinhos. E então era aquele porre.
Eles entornavam como ninguém e incomodavam tanto quanto. Os caras bebiam e iam mexer com os jesuítas. Eles se comportavam como qualquer maguaceiro pentelho: brigava, fazia arruaça, tirava onda com a mulher alheia, enfim, era um carnaval.
Pois é Cabral, é apenas o começo do país que você descobriu!!! Aff '

quinta-feira, 22 de abril de 2010

É agua pro povo, minha gente


"No sertão, a água ganha proporções de importância como em nenhum outro lugar do mundo". As palavras do governador Teotonio Vilela em Major Isidoro, na quarta-feira, 21, ilustram perfeitamente o que um morador do Semi-Árido já conhece. Para nós aqui do litoral e grandes capitais é quase imperceptível a volumosa quantidade de água que temos. Mas basta faltar água em sua casa por algumas horas que sentimos o peso de sua ausência. Imagine por dias, meses.


O governador estava lá entregando cisternas para esse povo tão acostumado à aridez, porém me deparei com seu Paulo Cabral. Uma figura muito simpática que nada mais, nada menos, andava 2 km em busca do açude mais próximo. Quando não tinha condições mesmo de andar, ele morria na faca cega do carroceiro que cobrava por litro de água trazida. Em média eram R$ 10, por semana. Imagine só. Isso quer dizer 10 litros de água, pra beber, tomar banho, cozinhar.


É dureza que jamais conheceríamos e rezemos para que não conhecemos. Ainda bem que seu Paulo, assim como outras mil famílias pode agora contar com uma cisterna em sua casinha. Penar? Jamais. Os 16 mil litros que cabem na cisterna duram um ano inteiro. E logo pra ele que mora com mulher e três filhas. "Agora tá bom", diz o acanhado sertanejo.

Seu Neguinho e a força verde


Depois de mais uma viagem pelo interior alagoano, nem sei bem por onde começo. Mas vamos lá.


Ainda era noite quando sai de casa na quarta-feira, 21. Eu e minha equipe pegamos a estrada pelas 4h e o conversa dentro do carro era constante, até pra não deixar o sono nos vencer nas primeiras horas do feriado de Tiradentes. Dia de folga para a maioria dos mortais, porém o camarada aqui pegou no pesado, no bom sentido é claro.


Com destino ao município de Poço das Trincheiras fomos lá cobrir algumas ações do governo. Lá chegando, conheci mais uma figura. Daquelas....bem. O nome dele é Cícero da Cruz Silva, mas nem chegue em Poço chamando por esse nome que ninguém vai te dizer nada. A alcunha do rapaz é Neguinho de Paulo Tandaia. É que ele reside no povoado chamado Paulo Tandaia.


No local do evento, em frente existia uma plantação de palma forrageira. Uma belezura diriam os especialistas. Ao nos encaminharmos para a propriedade, seu neguinho vem tropecando. Ele manca por que tem suas duas pernas amputadas, e usa duas próteses para se movimentar.


Em primeiro momento eu não sabia, só soube por seus filhos falaram.


No pé da porteira, já avistando a imensidão verde da palma, seu neguinho me abordou com todo o respeito e humildade que o sertanejo tem. Sempre ao fim da frase ele aplicava um 'sim, senhor' ou 'não, senhor'. E ao me aproximar da vegetação, seu neguinho prontamente deu um pulo na cerca que poucos com duas pernas autênticas dariam. Pense numa pôpa, como se diz...rsrsrs.


Seu Neguinho é exemplo na região de cultivo de palma forrageira em modo adensado. É um sistema de plantação que dá mais resultados, em pouco tempo de plantação. Ele se encaixa perfeitamente na imagem que fazemos do sertanejo bravo e forte.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

3D é o bicho...




A primeira vez realmente a gente nunca esquece. De fato! E ainda mais quando essa primeira vez nos proporciona sensações indescritíveis. Calma gente, calmaê, não falo nada libidinoso. Só estou dando voz ao que muitos alagoanos estão sentindo nos últimos 15 dias. É que finalmente na capital alagoana chegou uma franquia de cinemas que dispõe de imagem tridimensional, o popular 3D.

Gente, as filas são intermináveis. O glamoroso Avatar e Toy Story 3 são os longas que iniciaram os alagoanos no fantástico mundo 3D. Até as sessões que adentram madrugada a fora são concorridíssimas.
Mas venhamos e convenhamos...é algo assim extraordinário. A beleza, a nitidez, a quantidade de cores, é hipnótico. E claro, o filme ajuda. Assisti neste domingo Avatar, de James Cameron. O cara acertou a mão. Ele demora pra fazer um filme, mas quando o faz....deu no que deu. Só a academia de Hollywood não percebeu isso. Mas tudo bem, tem desculpa, a interpretação dos humanóides azuis não chega perto do quase documentário Guerra ao Terror (que para mim é quase um filme comum de Sessão da Tarde).

Os smurfs, ou melhor, os Na’vi, povo da floresta de Pandora, apresentado no filme apresentam na tela um mundo estupendo. A diversidade de cores, sons, bichos exóticos salta os olhos e da tela também. A magia da fotografia do filme nos prende diante do que vemos. E ainda mais quando é 3D.

A saga apaixonante e apaixonada de James Cameron dá uma pequena patada na doutrina imperialista americana. Percebi até um ‘quê’ de Titanic no azulado Avatar: sua trilha incidental. Aquela musiquinha que fica sempre no fundo, como um ruidoso, mas suave, “BG”.
A música tem uma suavidade, uma leveza, muito do que as cenas românticas entre Rose e Jack encenavam no convés de Titanic. Mas é inegável, gente, a criatividade assustadora em criar um mundo tão esplendidamente fascinante. Cores que você vai demorar a ver novamente, ou jamais vai conferir na vida vão te desbocar.

E ainda chamo a atenção para o jogo interessante que é ter seu avatar, um corpo à sua semelhança que age em outro terreno, outro campo. Ele pode fazer tudo que você gostaria de fazer ou de ser. Assim sonhos poderiam ser realizados, desejos, quereres alcançados, mas o pior é quando o seu sonho de avatar dorme e sua realidade ressurge. E aí?

É bem o que vivemos na web. Somos muito o que queríamos ser, mas não somos no mundo real. Criamos um simulacro perfeito ao nosso gosto, mas e quando desligamos esse sonho, o que fica? Bem...são questionamentos demais para um filme apenas!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ah...sei lá, deu vontade de escrever

Como todo bom canceriano, quando estou triste me fecho. Resigno em minha concha e nada lá me atinge. Mas não preciso me entristecer para me isolar e me permitir um canto só. Prefiro assim para não magoar ou estressar ninguém. Mas nem sempre a tristeza é o motivo de minha introspecção. Motivo, motivo para estar triste não tenho. Dou graças por ainda dispor de pai e mãe, namorada, amigos, emprego, saúde e tudo que faz um homem feliz.

Não é preciso muito para tirar o sorriso do rosto. Por vezes um gesto, uma palavra, um olhar. O trabalho, isso sim tem uma capacidade extrema de me tirar do sério. Sou criterioso e beiro ao perfeccionismo chato e pragmático.

Mas curto também aquele momento só, aquele que ficamos pensando na vida. É quando nos pegando sorrindo, sérios, chega até a marejar os olhos. Sem motivo algum pensamos num passado, planejamos o futuro e nos imaginando fazendo milhões de coisas. Uma estrada vazia nos ajuda nesses pensamentos. Liga o som alto, cantarola, ou canta alto mesmo para espantar seus males infinitos e não admitidos. Isso faz um bem....vocês não têm noção.

Por isso aviso aos navegantes mais presentes que sou mesmo assim. Não uso aquela máxima terrível dos tempos de chumbo (Ame-o ou deixo-o), por que não me dou tal luxo. Gosto de todos os que me rodeiam, encorajo meus inimigos, desafio aqueles que quero bem, aposto no futuro, rio do passado, questiono a exatidão, obedeço meu coração e meu instinto.

Outro dia, uma amiga minha me apresentou umas pistas de como agem os cancerianos. Nunca me vi tão bem representado ou descrito. Sou tão de lua, quanto qualquer outro carangueijo. Já em outra oportunidade, uma amiga de trabalho só me chamava de carangueijo, justamente por isso. Todas as características do cancerianos estão em mim e de modo maiúsculo.

Sou passional, sou emotivo, família, cortês (odeio), até não me suporto às vezes, mas fazer o quê? Viver sem mim, não posso. Paciência.....Que Deus me abençoe e àqueles que me cercam.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Deu uma vontade de dançar (Não com o Clooney, claro)


É madrugada. Sem sono me levanto da cama e vou à cozinha petiscar algo. Ainda meio melancólico por ter assistido o longa ‘Amor Sem Escalas’, ouço da rua uma canção. É um hit da Ivete Sangalo, ‘Agora eu já sei’, cantado como um bolero. Bem ao estilo brega comum em teclado e voz, mas muito gostoso de dançar.

Dois pra lá, dois pra cá, bem ritmado, acabo me envolvendo com a música e cantarolando. Chego até a embalar alguns passos. Fecho o olho em busca de alguma parceira invisível no meio de uma cozinha vazia.

Lembro de uma cena do filme. Quando os personagens de George Clooney e Vera Farmiga dançam apaixonadamente uma canção. Como é gostoso dançar agarradinho. Como é bom sentir a pele de sua parceira. O calor. A respiração ofegante. O bailar do corpo. A sintonia que não deixa um desgrudar do outro. Estupendo.

A direção do filme é de Jason Reitman – o mesmo de Juno, daí se explica a veia emocional da película. Clooney está perfeito.

Até a canção do filme nos remete um pouco ao peso enfadonho da melancolia. Sad Brad Smith canta Help Yoursef – algo como salve a si mesmo. É bem o que o filme mostra. Um executivo que vive viajando, sem rumo e sem família, acaba descobrindo que precisa e muito de um pé quente pra aquecê-lo durante a noite, e claro rever tudo que ele entende por vida. Desde a convivência com suas duas irmãs, chefe, e amigos de trabalho. Apenas uma novata o põe no caminho.

O cara não era fácil, não se entrega assim tão, tão. A cada aeroporto ele tinha um agradinho esperando ele. Porém, o executivo encontrou uma versão de saias dele próprio. Tão fria e impessoal como ele, o personagem de Vera Farmiga acende uma chama apagada no gélido coração do sujeito.

Mas assim como na arte é na vida, já desarmado, sem medos ou enganos, o marmanjo vai inventar de se entregar pra moçoila. Quando ele percebe que está de quatro pela dama aí...bem....Vocês não acharam que eu iria contar o final? Kkkkk, sem chance. Assistam.
Cada um tira o que lhe for necessário de filmes, livros, enfim, do que for. Lições aprendemos todos os dias, e devemos interpretá-las ao seu modo, erradas ou não, você as perceberão em seguida. Temos que cuidar de nós, amigos. Enxerguem os sinais.

Então gente...quando no meio da noite. Estiverem zanzando pela casa, e por um acaso, ouvirem uma música legal. Dancem. Curtam. Deixem levar pelas ondas músicas. Usem a imaginação. A vida é só uma, minha gente. Vivam....

Num reino nem tão distante...


Em um reino onde seu líder maior percebe disputas internas, qual o melhor caminho a seguir? Algum súdito então deveria alertar a este rei que sua própria corte é a maior responsável pela baixa aceitação de suas ações na região comandada por ele.

Por anos um grupo liderou os conselhos dados ao tal rei. Não vendo resultado de suas medidas, o rei insatisfeito substitui peças e criou novas alternativas para evitar que seu governo caísse.

Um de seus maiores conselheiros, um forasteiro que nada sabe da realidade local, banca de intocável. E bem ao modo de Rasputin, enfeitiça e envenena os demais conselheiros. Mas o cenário poderia ser pior, caso uma outra parte do alto comando da corte não se manifestasse diante de tamanhos desmandos.

Foram formados então dois exércitos fiéis aos seus líderes, porém todos eles submissos e simpáticos aos olhares do rei. Diante deste fogo cruzado o chefe maior do reino vê-se perdido. Confuso, mas não esquecendo sua sapiência, ele tenta observar e analisar cada integrante de seu elenco de confiança. Seu comportamento e atitudes são analisados.

Peões ou réles soldados desta guerra interna sentem-se perdidos, pois mesmo leais aos seus gurus, eles não queriam desapontar os outros caciques do palácio do poder. Portanto, o que poderia ser uma autêntica távola redonda, onde ninguém é senhor de ninguém, e os poderes são uníssonos, a vaidade e a obsessão desfiguraram os anseios e os objetivos dos conselheiros mais próximos do rei.

Nesta guerra na verdade, quem sai perdendo é o povo e por tabela, logicamente, é o rei. Pois vê seus subordinados numa disputa sem sentido e vazia. O que fazer? Apenas o rei pode então tomar sua suprema decisão. Os plebeus aguardam apenas por uma decisão urgente para que o tempo não consuma por completo o legado do rei. E jogue seu nome na lama da discórdia e do esquecimento.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dedo sujo

Só para não dizer que não estamos de olho. É impressionante como os projetos alagoanos de empreendedorismo de uma hora pra outra começaram a ser brecados por órgãos federais.

Começou com a intervenção do Ibama, por meio de um relatório 'tosco', que impede um empreendimento que poderia gerar quase 4 mil empregos. Curiosamente, um empreendimento semelhante, como a construção do aeroporto de Maragogi, litoral Norte do estado, onde os institutos de proteção do meio ambiente tanto de Alagoas como o de Pernambuco - IMA e Impe, estão acompanhado o processo normalmente. E por que será que a construção do Estaleiro Eisa, na região de Coruripe, litoral Sul, ganhou a atenção do órgão de proteção do meio ambiente federal?

Desta vez é o Ministério Público Federal que está de olho na obra de construção de um Shopping, na baixa Maceió, região de Ipioca. É cômico. O atual Shopping Maceió - antigo Iguatemi - foi erguido em um terreno de mangue. E nada foi feito na época.

Entidades de comércio e da industria, Ministério Público Estadual, governo do Estado e demais representações sociais começam a se manifestar contra esses impedimentos - que quando legais, são sim necessários e vitais para a defesa do meio ambiente. O receio e medo é que o dedo sujo político de alguns 'maus alagoanos' não permitam que a mácula da miséria continua em Alagoas.

Abram o olho.....

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia do Beijo????


Cara, o brasileiro não tem o que inventar mesmo. Cá estou eu ouvindo rádio e vem a locutora com uma história de Dia do Beijo. É isso mesmo, foi o dia inteiro essa ladainha de beijo pra lá, beijo pra cá. Os solteiros de plantão ficaram ouriçados com a abertura de uma nova cantada pra cima da sua paquera. Tipo: "Vê só, hoje é o Dia do Beijo e queria ganhar o meu...". Terrível, né. Essa seria apenas uma das cantadas fajutas que poderiam pipocar por aí.


Beijar é bom! Bom demais, disso todo mundo sabe. Aí você vai pra balada, pra uma micareta, um show, e fica sedento por um alvo (Sinto que já escrevi sobre isso nesse blog). Só iria dar aquela sugestão: Beijai-vos uns aos outros minha gente!!!!


Vale beijo de pinguim, de língua, de canto de boca (com gosto de quero mais), no nariz, de respeito (na testa), no corpo, beijo desemtupidor de pia, na mão, na orelha, fica a seu critério. Beijem...

Brasília 50 anos


Em 2009, cheguei na capital federal do país com dois pensamentos: “o que eu to fazendo aqui?” e “que saudade é essa”. Fui com uma missão, resolver o problema das coberturas jornalísticas do governador Teotonio Vilela Filho. Naqueles dias, era o gargalo da comunicação alagoana. As informações rolavam soltas sobre a nossa terrinha e nada era divulgado, ou se era, muito mal.

Fixei uma equipe, que até hoje faz a cobertura de mídia alagoana em Brasília. O tempo que passei lá serviu para conhecer gente. Ver como se comporta a imprensa nacional nos corredores do poder. Como os nordestinos são tratados pelos conterrâneos. Que coisa, viu. Ninguém merece.
Mas desci do avião no dia de festa mesmo. Na noite do dia 21 de abril, em pleno eixo monumental, na esplanada dos ministérios, Jota Quest, Claudia Leite, Paralamas do Sucesso, e um monte de dupla sertaneja animavam centenas de pessoas.

E eu? Em outros tempos eu estaria era lá na folia, mas eu estava cabisbaixo e triste. Longe de casa, sem conhecer ninguém, sozinho e acuado, não sabia eu que me esperava no Planalto Central. Alguns poucos amigos, experiência, novos lugares, história, enfim. De um todo foi legal para conhecer.

E para este ano, tinha ouvido um monte de promessas. Tipo shows faraônicos como U2, Madonna, Ivete, enfim. Os cofres públicos estavam até com medo de tamanha espera. Claro, é uma capital federal, um marco na história da engenharia mundial. Tinha tudo isso envolvido, mas enfim. Pra estragar a festa, Arruda vai e faz o que fez. Putzzz...

Mas a festa não pode parar. Já foram confirmadas as presenças de Bruno e Marrone, Nx Zero, e Luan Santana, e Dani Mercury estará à frente das atrações como mestre de cerimônias.
Pois é, Brasília em 50 anos de história, merecia bem mais.


O governador em exercício, Wilson Lima, reconhece o peso de estar comandando os destinos de uma cidade tão linda e importante. Mas são os próximos 50 anos é que devemos pensar, pois de exemplo mesmo.....

segunda-feira, 12 de abril de 2010

De volta às letras

Quase uma semana longe do blog é um martírio para qualquer blogueiro, porém este fim de semana me encheu de vontade para voltar às palavras. Foi no domingo que prestei exame para um concurso público – o do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Confesso que não me dediquei como se esforça um vestibulando. Não estudei rios de letras, regras, verbetes, gramáticas e não queimei as pestanas como fazem os costumeiros concurseiros habituais.

Fui com a cara e com a coragem mesmo. Mas inevitavelmente senti-me novamente como um estudante comum. Lembrei dos tempos que era um vestibulando ainda imaginando uma promissora carreira jurídica, mas o convite de um grande amigo me puxou para o mundo jornalístico e me salvou do mundo pernóstico das jurisprudências, recursos e sentenças.

Ao entrar no local da prova, aquele monte de professores, ainda dando forças e energias positivas para os seus alunos impregna o ambiente com aquele ar de ‘será que vai?’ Engoli seco, a mão começou a suar, mas deveria passar a maior tranqüilidade possível.

O conversê antecipando a prova é de praxe. A expectativa começa a acelerar o coração. As batidas são mais rápidas e os concorrentes começam a tomar acento na sala. Das cinco horas pré-definidas, fiquei quatro. Apostei nos conhecimentos que ainda possuo, se não foi suficiente, enfim, paciência. Tentei. E gostei do resultado pessoal, não fiz feio. Pensei que estava mais enferrujado.

O resultado sinceramente pouco importa. A sensação de pegar novamente na caneta esferográfica e preencher completamente a resposta supostamente certa é bem legal. Rejuvenesce. Incentiva e fortalece para novas batalhas.

Estamos aí....

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia do Canetinha - para o alto e avante


Não, não, hoje não é o Dia do Canetinha – um estimado e destemperado apresentador de televisão alagoano. Hoje a categoria jornalística comemora seu dia. Eita, mas será que pelo menos isso ainda temos? Por favor, senhor Gilmar Mendes, ao menos nos permita a comemoração. Mas comemorar o que, né? Temos sim gente....


Em fóruns, msns, sites, Orkut, enfim, em todo lugar só via parabéns, parabéns e parabéns. Pô, somos testemunhas da história. Nós ajudamos a contar a história de nossa gente, do país, do mundo, da nossa terrinha. Isso um cozinheiro não pode fazer (ou pode?). Não sei.

Por mais que tenhamos chefes malas, pautas desgraçadas, realidades pesadas e revoltantes, nós é que temos bater no peito e dizer que nos orgulhamos do que fazemos. Fazemos com prazer, tesão e honra. Quando isso acabar em um jornalista, lascou. Mude de profissão, pois o resultado será catastrófico.

E outra. Orgulho-me sim de ainda ter essa gana, tara de acertar e querer que outros acertem. Sou perfeccionista, e isso me deixa chato, ao ponto de insuportabilidade. Mas é que quero acertar, fazer com que a informação chegue o mais próximo de sua funcionalidade maior: o bem-estar social.

Utopia? Alguns escrevem apenas para falar mal de sei lá quem, outros escrevem e nem sabe lá o que colocaram no papel. Afff, eles sabem – ou não – o poder que eles têm na ponta da caneta. Tal magnitude de poderio coça os dedos da gente, porém poucos sabem dosar e utilizar da melhor maneira possível.

Vendo alguns mestres perdidos por aí, assimilo aos poucos e destilo aquilo que é melhor para o meu aprendizado. É assim que tem que ser...joguem fora os erros de terceiros, aprendam com eles, e fiquem com o melhor.

Parabéns canetinhas de todo o país, e do mundo (por que não?). Lembrem-se sempre...em qualquer lugar que estejamos, nossos patrões são os cidadãos, é o povo, a sociedade. Sabendo disso....o resto é saco.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um bom dia faz bem

Quando você acorda, o que você gosta de ouvir? Certamente você, caro leitor, teria um outro dia quando ouvisse um afável "bom dia". E se esse "bom dia" fosse acompanhado de um largo sorriso e um forte abraço. Você estaria pronto para qualquer problema que ao decorrer do dia poderia aparecer.

Nem todo dia podemos ser contemplados com tamanha demonstração de carinho, porém mesmo assim devemos tirar de onde for energia para tocar o dia. Problemas, todos nós temos, poder de contorná-los e resolvê-los também temos, só precisamos descobrir.

Por outro lado, quando estamos meio tristonhos, ouvir de alguém uma demonstração de carinho já levanta o astral. De qualquer pessoa, mesmo quando não esperamos. Por vezes, recebemos uma palavra de carinho de onde menos esperamos. Doce surpresa!

O céu lá fora está azul e ensolarado como um dia de pleno verão, porém quando não recebemos um carinho, um aconchego, um sinal de amor daqueles que esperamos...já foi! Ficamos pesados, com o coração negro e nebuloso. Dá logo aquele nó na garganta, aquele vazio, surgem dúvidas. Vocês concordam? Cada um reage a sua maneira.

Falar é sempre bom, gente. Demonstrar carinho é salutar e faz bem pra gente. Pai, mãe, irmão, amigos, namorada ou namorado, qualquer um. Não deixe de dizer que gosta, que acha aquela pessoa legal. Um elogio, nooooooosssssssaaaaaaa, o poder de melhorar o dia de uma pessoa é descomunal. Aproveitem. Façam o bem! Espalhem alegria, melhorem o dia de alguém.

sábado, 3 de abril de 2010

Museu dos esportes


Certo dia fui fazer uma pauta sobre as obras do maior estádio de Alagoas, o Rei Pelé, mais conhecido pelo povão como Trapichão, por se situar no bairro do Trapiche da Barra, na capital alagoana. Bem, além de me abismar com o tamanho abandono que a arena esportiva estava, fiquei orgulhoso com a grandiosidade da obra que está sendo feita.

Conheço um dos membros da equipe de engenharia que é responsável pela obra, e ele me disse como tudo está sendo conduzido, não como antigamente, onde apenas reparos e arranjos eram feitos para tapiar a sociedade. "Agora é reforma pra valer", disse ele.
Apenas de areia, isso mesmo areia, foram extraídos das colunas do estádio quase 13 toneladas. Segundo ele, uma tragédia semelhante ao Estádio da Fonte Nova, na Bahia, onde duas vítimas faleceram e outras sete ficaram feridas caíram da arquibancada rachada, poderia acontecer em Alagoas.

Mas o que gostaria de comentar mesmo era a riqueza do tão celebrado Museu dos Esportes do estádio. Estrelas do particular mundo da bola alagoano estão presentes em seu hall da fama. E claro, figuras do futebol nacional também deixaram sua marca.

Figuras como Pelé e Tostão já deixaram sua marca no museu, como as camisas que ambos jogaram em partidas diferentes realizadas no Trapichão. Porém, tirando os medalhões boleiros do sudeste, o museu me chamou a atenção pela história contada dos campeonatos alagoanos de outrora.
Craques alagoanos da bola como Soarestes, Paranhos, Zé Preta, Jorge da Sorte, Joãozinho Paulista, Roberval Davino, Roberto de Menezes, Roberto Mendes, Capeta, Déda, todos deixaram lá suas marcas e lembranças, a lista é grande e de qualidade. Não é por que eles não tiveram seus nomes gritados por cronistas do eixo Rio-São Paulo, que eles não entendiam do traquejo futebolístico. Jamais...


Então, você que é alagoano e é chegado a uma redonda, dê uma passada lá e confira o que Alagoas tem de melhor no esporte n.º 1 do mundo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Não é pra qualquer um...

A cada dia tenho o prazer e a decepção de conhecer as nuances do jornalismo. O prazer que desfruto é de poder perceber o quanto podemos melhorar a vida das pessoas com a informação que passamos para a sociedade. Até por que somos apenas meros transmissores da história. Noticiamos aquilo que vemos, porém, tem muito coleguinha por aí que fala mais do que vê, ou até o que não vê.

Faltam a esses colegas a réles instrução acadêmica da ética e do respeito ao cidadão. Tudo bem ,tudo bem, ética e respeito aprendemos no berço, aprendemos em casa. É esse fél que somos obrigados a engolir diariamente com profissionais de comunicação sensacionalistas e conhecimento algum transmite informações erradas e ainda tentam descredenciar os legítimos.

Ora, ora, a coincidência é que a maioria desses colegas não tiveram a oportunidade de passarem por uma banca universitária. Agora, convenhamos, igualmente conheço inúmeros profissionais que não sentaram na academia e hoje atuam com a probidade esperada de um profissional de comunicação.

Nem festeje, caro professorzinho aí do outro lado (Você sabe quem, nem adianta comentar que não vou ler), não é todo dia que nascem Armandos Nogueiras, ou qualquer outra estrela do jornalismo sem diploma. Não mesmo. Não é para qualquer um escrever e transmitir informação. É necessário muito mais do que manejo com verbetes e palavras. É preciso senso moral e ético.

Sempre quando vou cobrir alguma pauta na rua, deparo-me com jovens estagiários ou focas ávidos por dedilhar num teclado a notícia do dia. Uma pena. Muitos deles nem sabem a manchete do jornal matutino. Alguns não sabem quem são os pré-candidatos à presidência, não conhecem os nomes dos deputados, prefeitos, autoridades, juízes, desembargadores, enfim. Não lêem.

Isso me preocupa e dá até medo de imaginar um futuro nas mãos de pessoas assim. A informação é básica, é norteadora e decide caminhos. Portanto, não é qualquer zé mané que pode sentar e fazer um texto jornalístico. Outro texto pode, mas jornalístico, não!!!!

Portanto, caro professor, se o sonho do senhor é ser jornalista....é melhor ficar com o quadro negro. Pois, não é pra qualquer um meu amigo....(E já sabe...nem adianta responder...rsrsrsrs)

De volta Maragogi


Santidade e barriga cheia

Fé, chocolate, descanso, praia e barriga cheia. Tudo isso cabe nesse feriadão pascoal. Ninguém esquece dos ovos de páscoa, mas a galera por vezes deixa se desperceber do sofrimento de Cristo a quase 2 mil anos atrás. A mesa farta, que me faz lembrar sempre dos banquetes da casa de minha avó, faz-me voltar ao passado tão nostálgico.

Como é de costume aqui no Nordeste, só podemos comer peixe nesse período. Antigamente, as mulheres só usavam negro durante a quaresma. Procissões, promessas e demais juras são pagas e feitas em períodos santos como tais.

Correm o país inteiro as manifestações que celebram a morte do Filho de Deus. Cada um a sua mania e tradição, seja por penitência ou regozijo, o brasileiro não deixa sua fé de lado, porém a gula também não é esquecida. Gente...como se come bem!!!! É camarão, peixe em posta, pirão, arroz no coco, brêdo, feijão em calda....hummmmm, deu água na boca.

O calor da família dá um tempero bem especial a um feriadão como esse, portanto aos cristãos de boa vontade, excelentes dias de festejos e rezas, até aos incrédulos também. Paz para todos