segunda-feira, 29 de junho de 2009

Luz no fim do túnel

Segue texto publicado na Agência Brasil sobre uma possível reviravolta na decisão do STF. Confiram...

Brasília, 27/06/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse à Agência Brasil que é possível o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão sobre a dispensa de diploma de curso superior para a prática jornalística. Segundo ele, isso poderia ser feito de duas maneiras: por embargo de declaração ou por meio de uma ação embasada em novos fundamentos.

"O STF não considerou que há, na imprensa, espaço para os articulistas, e que a liberdade de expressão não estava tolhida da legislação brasileira, até porque 42% dos profissionais que produzem conteúdo não são jornalistas", disse.

Britto argumenta que a "confusão" do STF sobre o que o seja a profissão de jornalista possibilita a utilização de um instrumento jurídico chamado embargo de declaração. "Esse tipo de instrumento pode ser utilizado quando são identificados pontos omissos, erros ou contradições durante o processo", explica.

"No caso, o embargo de declaração estaria relacionado aos pontos omissos, porque não foi observado que os colaboradores já têm espaço previsto para a manifestação de pensamento. Ao analisar esse ponto omisso, o resultado do julgamento poderia ter sido outro", disse o presidente da OAB.

Segundo Britto, há, ainda, a possibilidade de uma outra ação impetrada apresentar novos fundamentos que convençam os ministros a mudar de opinião. "A liberdade de expressão não é comprometida pelo diploma", disse. "E não há exclusividade para os jornalistas no que se refere a manifestação do pensamento", afirmou. (Agência Brasil).

sábado, 27 de junho de 2009

Cancerianos uni-vos


A temporada de comemorações para os cancerianos começou. Li num livro certa vez que o nativo de câncer é o príncipe encantado do Zodíaco. Não é pra se encher não meu camarada.É que em tempos de cachorras, pitboys, playboyzinhos e patricinhas, essa imagem do carinha bonzinho em cima de um cavalo branco está em extinção. Quer dizer, esse personagem morreu.

Nós cancerianos somos assim, amáveis, carentes, caseiros, boa praça, família, respeitadores (até demais), estamos sempre ali pra agradar, mas nem sempre recebemos esse carinho como moeda de troca. O canceriano é romântico, melancólico, e como uma amiga minha nos descreveu certa vez, ele consegue como um passe de mágica virar o jogo a seu favor como ninguém faz.

O nativo de câncer é emotivo, presa fácil, sentimental, acredita no que você diz por que confia muito nos outros. Beira a ingenuidade. Mas com todas essas características meigas e singelas, aconselho: não pise no calo de um carangueijo. Nem queira conhecer a ira de um. Como ele é sensível até demais, isso vale também para o rancor. O canceriano guarda, ele é vingativo e espera sua oportunidade. Na espreita.

O canceriano não é burro ele é metódico e perfeccionista. Ele é estratégico, não lento. Ele analisa a fundo as suas possibilidades e suas potencialidades, portanto cuidado, nunca subestime um carangueijo. Somos intuitivos, e vivemos com profundidade os sentimenos, sejam de dor ou amor.

Outra amiga minha adorava falar das artmanhas do nosso signo, seja do primeiro ou segundo decanato. Calma, explico. A galera que nasceu nos primeiros dias sob a regência de câncer, é do primeiro decanato, essa leva tem traços ainda do povo de gêmeos. Já os que nasceram no final do período canceriano, tem lá suas características mais assemelhadas aos leoninos.

Vendo assim, os cancerianos que ficam no centro desse calendário Zodíaco, são os que tem a essência do signo do carangueijo. Marcados por um signo de água somos regidos pela lua. Astro mais belo não há. E assim como ela somos misteriosos, quando queremos ser. Somos carismáticos, carinhosos, o amor e a gentileza em pessoa.

Então gente, quando se deparar com um canceriano, cuidado com ele, zele por ele. Seja cortês e amigo, pois dele receberá tudo e mais um pouco que um bom amante, um bom amigo e um excelente companheiro pode dar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Em mesa de bar


Qual o lugar onde você pode falar o que quiser sem ser repreendido por ninguém? Qual a arena de discussão que todo mundo pode se engalfinhar, mas termina sempre tudo bem? Onde começam e terminam relacionamentos, pessoas se conhecem, grupos comemoram, reuniões acontecem e todos são iguais? Toda essa zorra não acontece em tribunal algum, caso o caro leitor pense. Essa celeuma de eventos acontece sempre na mesa de bar. Sim, claro, como não?

É lá onde debatemos a essência humana, o sexo dos anjos, fofocamos, dizemos quem é bom ou ruim, mesmo essa pessoa estando ou não...rsrsr. No mais, é o local mais democrático que conheço. É a praia do jornalista. Lá a categoria pode fumar, beber, comer, conversar, xingar Deus e o mundo. Tecer comentários sobre política, economia, futebol, mulheres, homens, gays, o que seja. É o lugar.
É na mesa do bar que ficamos ao lado das pessoas que gostamos. Brindamos vitórias e amargamos derrotas, bebemos então para esquecer mágoas e lamúrias. Sentados num boteco descobrimos como somos carentes, pois é ao lado de amigos e sob o sutil efeito do álcool que confessamos amores eternos, desabafamos segredos mortais, confabulamos planos maquiavélicos e negociamos a própria alma ou até outras coisas, se for o caso.

Entre os nossos estamos desarmados, despidos de qualquer couraça protetora, e encostados na mesa movimentada dos bares da vida olhamos para um futuro incerto. Sofremos por antecipação, mas também comemoramos primaveras e verões em aniversários diversos, até a festa de boneca entra no embalo.

Poetas usam o ambiente inebriante dos botecos para compôr suas canções e poemas apaixonados. Turmas e mais turmas de artistas se aproveitam da fumaça branca dos bares para devanear histórias e sonhos impossíveis de um olimpo perfeito aqui na terra.

Ainda entram as crítivas aos governos, aos políticos e todo tipo de injúria nunca emitida publicamente aos representantes do "povo"....soa até como brincadeira. Mas é assim mesmo, é na mesa do bar que nos tornamos bravos, ricos e amigos de todos. Perceba.

As vozes podem até ficar mais exaltadas mais não por raiva ou ira, mas devido ao som alto. Já que nessa rinha, não há revolta que faça separar verdadeiros amigos que compartilham de goles e goles de uma cerveja bem gelada. Há apenas estampidos de ódio, picos apenas; nada que um forte abraço e o esbravejo de alguns palavrões não curem.

Assim é o cotidiano de bares e botecos de nosso país. É o lugar de paz, papo, bebida, amor, comida, ideologias de copo, planos, frustrações, comemorações, idas e vindas...É o bar nosso de cada dia. Viva a boemia, como diria Nelson Gonçalves.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tope o som e divirta-se


Esse mundo da música é meio louco mesmo, né. Não se explica certos fenômenos. Existe muita coisa ruim tocando nas rádios, barzinhos, web, e demais difusores. Mas o que diz se a música é boa ou não? É a letra, a melodia, o swing, se ela tira você do lugar, se ela mexe com seu coração, o que determina a qualidade musical? Juro que não sei, pois os rótulos estão por aí e são usados aleatoriamente sem métrica alguma.

Por exemplo, a banda baiana Timbalada tornou pública a canção "Ninar você", que muitos “intelectuais” musicais torciam o nariz ao ouvir. Quando Caetano Veloso cantou a mesma música anos depois...putz! Era um deleite. Ninguém nada falava!! É apenas um exemplo bôbo.

Tá certo que existe música pra tudo e pra toda hora. Você não vai escutar um Plácido Domingo em uma festa de 15 anos. Portanto, vamos ouvir e curtir o que quiser, na hora certa. Eu nunca tive problema quanto a isso. Gosto de forró, MPB, funk, pop rock, românticas, sertanejo, passo por todos os estilos bem. Sei entrar e sair em cada lugar que tocar esses ritmos.

Não me envergonho e defendo até. Aí o camarada do outro lado pode citar as músicas de duplo sentido erótico. São umas lástimas eu reconheço. Mas por outro lado, existe pérolas na MPB, e na música mundial que se equivalem. Todo estilo, toda banda, existe uma produção proveitosa, seja de que ponto de vista for.

A exemplo do Forró, que atualmente eletrônico é tão massacrado. É um dos segmentos que mais fatura no país. De cara feia mais da metade do Brasil se entorta no tocar de uma sanfona. É quem nunca sentiu o gosto doce de uma mulher apertando seu corpo junto ao dela bailando ao som de uma boa canção forrozeira.

Sim sim, existem forrózinhos com uma letra pra se ouvir. Procure que se acha, porém sou adepto do tempo aéreo do forró. Onde as letras da compositora cearense Rita de Cássia eram predominantes nas grandes bandas do gênero. Onde não apenas o amor, desilusões, sertão, vaquejada e demais títulos sertanejos tomavam conta das ondas radiofônicas de Norte a Sul.

Cresci ouvindo o som gostoso da sanfona e da zabumba espalhando alegria por aí. Ia de canto a canto nesse estado em busca de um bom arrasta-pé. Quanta saudade. Mas hoje são outros tempos. O sentimentalismo no pé-de-serra deu lugar ao forró reggae, ao estilo do Raí, do Saia Rodada. Mas atualmente quem toma conta do espetáculo é o casal Xandy e Solange, leia-se Aviões do Forró.

A banda mistura melodias do sertanejo sulista com o nosso ritmo. Eles arrastam multidões pelo Sertão a fora. Mal gosto? Não creio. Divirto-me ouvindo esse tipo de música. E se vierem me dizer que isso é mal gosto, que seja. Prefiro morrer no mal gosto a morrer de tédio e impáfia. Vez por outra é bom meter o pé na jaca.

É necessário acabar com a discriminação. Até na música os rótulos devem cair. Muita gente aí fez muita coisa deplorável, mas também tem seus ouros. Abram os ouvidos, aumentem o som, e dançem, dançem como se ninguém estivesse vendo. Assim é viver, é curtir. E viva a diversidade musical...o que seria de nós sem ela???

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Chegou a hora de dizer adeus....


Olhando para a minha sala de pós-graduação neste sábado, 20, onde tivemos nosso último contato antes de concluir o curso com a apresentação do TCC, em setembro, bateu a melancolia. Fiquei em uma cadeira de frente pra turma, onde podia observar cada colega. Viajei no tempo. Em cada rosto e sorriso me levava para um passado muito próximo. Grandes momentos vivemos, sensações, frustrações, colegas que ficaram para trás. Passagens de nossas vidas que compartilhamos com esses personagens efêmeros, outros nem tão passageiros assim.

São os novos amigos que se transformaram parte de nossas vidas. Cada qual que me aproximei deixou em mim uma mensagem, uma lição. Alguns que conheci ainda nos tempos de Ufal, e apenas cumprimentava de longe, hoje paro, converso, compartilho amizade.

Sorrisos, lágrimas, sol, chuva, iguatemi, almoços, bares e fotos. São apenas algumas marcas que cicatrizaram este período tão legal, que não só somou o conhecimento adquirido no curso, mas engordou a minha lista de amigos nessa vida. E que amigos, cada figura tão pitoresca...

As resenhas de Fabiana, Polly, Dani Cabraíba, e Leila animaram a turma e descontraíram cada aula massante que tivemos. A eloquência e experiência de Saulo tornou o curso mais aprazível. Juan e sua vontade de vida serviu de exemplo - companheirão. Lá também descobri um parceiro para toda hora: Lelo, cara de competência sem igual, tornou-se um amigo-brother.

Uma turma tão heterogênea ainda nos brindou com o carinho de Edna com todos. Seus presentes não premiavam apenas os professores, mas também lembravam em nós como é bom cortejar os amigos. Por outro lado, convivemos com o silêncio sábio de Rafaela, Sérgio, Drailton, que eram calados mas quando provocados manifestavam a inteligência e precisão de comentários que sempre lhes foi peculiar.

Ah, como esquecer ainda as trapalhadas e intervenções inusitadas de Clau. A inteligência e o perfeccionismo de Roberta. Os "contra" de Roberto. A fidelidade entre Sidléia, Keciane, Alane e Carla, sempre unas. A gana de Teresinha. O talento de Cris. Os atrasos de Mariana. O sono constante de Ana Paula, ô amiga adoro tu. As piadas de Wagner. O desenvolvimento de Gabi, que chegou caladinha, e terminou o curso como uma das que mais intervem nas aulas. Parabéns galeguinha. Como esquecer a identidade e personalidade de Hertha. A timidez de Simone, enfim, cada um com seu cada um.

E nesse bolo temos também: Vilcéia, Liliane, Advaldo, Amanda, Thaysa, Alessandra, Fernando. Não podemos deixar de lado amigos que ficaram no meio do caminho como Jorge, Juliana, Gleide, Andreza, Marcel (figuraça). Quanta saudade já bate. Só em puxar pela memória, o coração aperta. Os momentos pulam do ontem e retornam com força.

Pô, quem não lembra da festinha na casa de Juan, na casa da Amanda, nos bares como Escritório, Casa da Mofada, e Cação. A janela de Johari. As aulas de Carlinhos. Os almoços animados no shopping, as caronas. Eita coisa boa...

O objetivo foi alcançado à contento. Cada um contribuiu com a evolução do outro. O crescimento foi mútuo. A cada encontro uma surpresa. Entre professores malucos e ninfomaníacos, loucos, caladões, garanhões, gente boa, outros nem tanto, todos nós sobrevivemos. Ufa, foi difícil. Conflitos, discussões, términos de namoros, início de outros, flertes, paqueras, amizades que se fortaleceram e tornaram-se inquebráveis.

A cada novo encontro tínhamos a missão de atrair cada vez mais adeptos de um grupo grande e conciso. Não fracassamos. As panelinhas existem e sempre assim serão. Mas o carinho e respeito entre elas prevalece. E em virtude disso, a saudade já bate a porta. Mas assim como aconteceu com nossos amigos de infância, colégio, faculdade, os amigos da pós-graduação têm espaço reservado em nosso coração. Ficam os mais importantes. O tempo se encarrega de nos unir ou nos separar.

Amigos, valeu por tudo, e sempre nos encontraremos pelas esquinas da vida. Até lá e se cuidem...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ainda ecoa por aí


É muita revolta. A mais recente decisão do STF, leia-se Gilmar Mendes e seus colegas, é um verdadeiro retrocesso do ponto de vista da qualidade da informação. Um estimado leitor do blog, um tal de Mário respondeu-me um textinho apoiando a decisão do Supremo. Coitado. Sr. Mário, por favor, eu quis dizer ao senhor que abra a boca apenas quando saber o que está falando. A realidade brasileira é muito distante da que o sr. transcreveu, portanto fique na sua e cale-se.

É óbvio! Está muito claro, como poderemos ter uma informação de qualidade com a não exigência do diploma? Muitos intelectuais são altamente capacitados para desempenharem suas respectivas funções. Respeito, entretanto se ter a responsabilidade de escrever, respeitar as limitações de um lead. Ouvir as partes envolvidas em uma matéria, ter compromisso com o cidadão. Ter noção de organização das ideias e pensamentos. Enfim, é todo um trabalho que não é todo pensador que tem tal capacidade.

Não há argumento plausível que favoreça essa causa da não obrigatoriedade do curso superior para jornalismo. É um ultraje.

A liberdade de expressão no país não esteve ameaçada ou arranhada durante esses anos. Mas a atribuição de informar e transmitir uma comunicação de qualidade, séria e responsável, é daqueles que passaram pelas bancas da academia e sabem por "a" mais "b" as consequências de uma notícia passada erroneamente.

É uma linha tênue demais. Uma vírgula posta em lugar errado, uma palavra mal colocada, tudo isso muda a história das pessoas. Muda o sentido completamente. Tratamos da vida das pessoas, seu cotidiano, tudo que intere no dia a dia das pessoas. Entenda Mendes, entenda...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Repúdio geral


É com muito pesar e preocupação que escrevo hoje esse post. Até por que agora escrever fica algo meio difícil para nós jornalistas. Por oito votos a um o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Estimados leitores, sabe o que isso significa? O empresariado agora tem todas as armas para demitir os profissionais por formação para não pagar o piso salarial, e assim contratar qualquer mané para escrever baboseiras sem fim.

É isso mesmo galerinha...a pisada foi fortíssima. Como se não bastasse o "respeitável" sr. ministro Gilmar Mendes comparou a profissão de jornalista a profissões como culinarista, cozinheiro, ou corte e costura, empregos que não exigem formação profissional. Vê se pode...realmente gente que fdp.

A exceção do ministro Marco Aurélio que defendeu a exigência do diploma, pois entender que o jornalista para ser de fato um jornalista deve sim passar pelos bancos da universidade para ter ética e competência para comunicar à sociedade. Gente se com o diploma já é difícil tirar profissionais competentes no mercado, imagem sem essa determinação...nossa senhora! Deus nos acuda.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Histórias de festas juninas


Num certo dia de junho de um ano qualquer de minha adolescência estava louco para ir à São Miguel dos Campos. Lá a noite seria daquelas para entrar na história. Todo mundo tava indo pra lá, porém eram tempos difíceis. Eu não tinha carro, dependia dos outros, e nem tinha carteira de motorista. ÓÓÓ meu pai que tempo tenebroso de minha vida...complicado.

Mas de todo modo nunca deixei de ir as festas por causa desse entrave. Como todo inverno alagoano, era uma noite chuvosa, úmida e fria. A banda que estava animando os festejos juninos em São Miguel não me lembro, mas tenho certeza que era muito boa. Maaaassssssss, também tinha outro motivo para ir ao forró.

Tinha que ter mulher no meio, é óbvio. Mas isso é história do passado. A história que conto é sobre a ida a festa. Que noite. Lá pras 22h estava esperando um colega meu sair da casa da namorada. Ele tinha um fusquinha 86 amarelado (a cor já estava gasta) que nos levava para todo lugar. Bem....se ele nos deixava na mão algumas vezes, isso não conta! Nesta bendita noite onde as meninas estavam nos esperando, tínhamos que arranjar um jeito de ir pra lá.

A chuva começou a cair e pesada. O fusca estava caolho, pois um dos faróis queimou. O vidro do passageiro não podia fechar, pois alguém tinha que tentar enchergar a estrada lá fora. A visibilidade era quase zero. Eu tinha que pegar uma flanela para passar no vidro, já que o pára-brisa embaçava que era uma beleza. Os freios já gastos só pegavam depois da terceira pisada no pedal. Era o perigo ambulante. Ah, ainda tinha mais, a roda estava travando quando esquentava demais..."por sorte" estava chovendo...rsrsrs.

Os pingos d'água cada vez mais fortes não deixavam agente ver nem um palmo em nossa frente e apenas com um feixe de luz pegamos a estrada a quase 40km/h. Muitas risadas, coração na mão, olhos bem, bem, muito bem abertos chegamos ao nosso destino e curtimos a noite inteira o arrasta pé.

Como voltamos? Esperamos o sol raiar! E mais uma história pra contar pros netos. Só não façam isso de novo garotos...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O paraíso é aqui


Som tropicalista de Gilberto Gil ao fundo, brisa fresca, cervejinha gelada, areia branquinha, marzão lindo bem verdinho na sua frente, e seu amor do lado! Bem, essa descrição poderia ser fácil, fácil do paraíso, mas esse cenário celestial desfrutei em Japaratinga. Bom demais...pense numa sensação de tranquilidade. Problemas? Tenho muitos....e quem não tem? Nesse momento não tinha espaço para eles em minha cabeça.

De quebra ainda uma deliciosa cocada no mel para abrir os trabalhos, seguida de uma suculenta lagosta com macaxeira bem crocante, noooooooooosssssssssaaaaaaaaaaa. É de abrir qualquer apetite. Até o paladar foi saciado.

Com Heverlane e a divertidíssima prima dela, Claudia Cordeiro, visitamos a pousada Vila de Taipa. A pousada é um aconchego só. Recomendo. Se o altíssimo baixasse em Japaratinga certamente Ele iria se hospedar por lá. Detalhes em artesanato local, acabamento perfeito, ofurô, pétalas de rosas, enfim, cada espaço foi devidamente aproveitado e ocupado com um deleite para nossos olhos.

Fomos dois dias conferir essa beleza que é Japaratinga, e sempre que voltar ao Litoral Norte alagoano, vou pôr meus pés naquele pedaço de paraíso. Aaaaaaahhhhhhhhhhhh outra coisa....naquela região muitos turistas falavam maravilhas da praia de Carneiros (PE). Por curiosidade fui conferir.

Gente...sinceramente, quem achou aquela praia bonita é por que não conhece as praias alagoanas. Caros leitores, se algum de vocês for conferir vá com din din no bolso. Só para entrar os bares, que não permitem você entrar por outro lugar da praia, cobram em média R$ 50 de consumação mínima, ou melhor só para entrar.

Absurdo! Uma piscina natural que parece piada, areia parece de lagoa. Lástima. Pobres coitados que se fascinam com Carneiros. Além do mais que só para você chegar é uma via crucius. Barro, lama, buracos, solavancos, é o mínimo. Ufa...muito ruim. Fico com as praias de meu estado, e com a propriedade bairrista assino em baixo e digo que praia como as nossas não há.

sábado, 13 de junho de 2009

Qualidade jornalística


Diariamente leio diversas matérias jornalísticas, seja em sites, jornais, blogs e demais disseminadores da notícia escrita espalhados por aí. E a cada texto que acompanho me preocupo cada dia mais com o futuro da informação. Ou melhor, como a notícia está sendo transmitida.

Reconhecemos que nossa língua pátria é praticamente um código secreto. A última flor do lácio é para muitos apenas um detalhe quando se pretende escrever. Tratando desse modo o português, nenhuma mensagem será entendida como se realmente espera.

Nós jornalistas devemos nos preocupar com isso sim. Pois se trata da nossa ferramenta de trabalho. Muitos se perdem em reportagens sem fim, e sem objetividade. Não há nexo, não há sentido nas orações. E olhe quando existe uma pontuação que se entenda algo. Alguns profissionais, que se autodenominam jornalistas, não sabem se quer usar crase, que sá, entender concordância verbo-nominal.

Para outro segmento da categoria, a reforma ortográfica da língua portuguesa foi um alívio pois não sabia realmente pontuar. Mas os pecados ainda acontecem e são mais recorrentes que o leitor imagina.

Todos os dias, na redação da Imprensa Oficial do Estado, a Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas, como conhecem os canetinhas alagoanos, em média são 30, 40 textos, ou pelo menos resquícios de textos. Pois alguns são tão deprimentes que a própria língua desconhece algum adjetivo para denominar.

Os editores da Secom quebram a cabeça para dar algum sentido as informações que eles pretendem passar. Um detalhe que vale ressaltar é que os textos ruins não são exclusividade dos focas, não mesmo, jornalistas talhados na profissão também escorregam e dão seus vacilos diários.

Sabemos muito bem que a academia não faz o profissional, é o próprio aluno que se molda. Claro, as condições não são ideais, mas o acadêmico é que deve ir em busca de um melhor aprendizado. Ir à biblioteca, conversas com professores e com os profissionais, seminários, fóruns, e demais arenas de discussão são fundamentais para formar um bom jornalista.

Caros leitores, é a informação que vamos ler em alguns anos que está em risco.Como vamos entender? Imagem só....o ano é 2015, centenas de faculdades borbulhando pelas cidades, os jornais, sites e emissoras de rádio e televisão abarrotadas de profissionais, o desemprego jornalístico chega a índices alarmantes. Mas o que se vê são textos pobres, informações desconexas, tudo por que os salários ficaram irrisórios, e os colegas que se submetem aos seus patrões viram lacaios subvalorizados.

É uma visão ufanisticamente deprimente de futuro, pois nem sempre os melhores ocupam os cargos mais privilegiados. O mundo é cão. Mas voltando para os nossos textinhos, nossos amigos jornalistas não sabem o poder que tem uma segunda leitura. Tanto os focas, quanto os mais experientes necessitam desse exercício.

Ler novamente sua obra é fundamental. No meio da construção do texto desviamos o pensamento, é natural, mas retornar e finalizar é mais que fundamental. Observar a colocação de uma vírgula, ver seus próprios vícios. Pôr um termo que mais se adequa. Pedir para outra pessoa ler é igualmente viável. Pontuação, concordância, ortografia, isso, ortografia...pasmem, alguns colegas de caneta na mão não sabem utilizar. São profissionais e profissionais, assim caminha a humanidade. Os profissionais devem ter o respeito e o carinho para as pessoas para qual escrevemos. É por causa deles que temos emprego. Pensem nisso!!!!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Heverlane


O ser humano teima em tentar entender a vontade divina. Nessa aventura, o homem trilha caminhos que na verdade ele nem deveria se preocupar, até por que é o caminho de Deus mesmo, e ele não o deve temer. Foi assim que Ele colocou uma pessoa em meu caminho.

Sem esperar, em um momento tão inusitado o criador do Universo me presenteou com uma pessoa mais do que especial. A língua portuguesa ainda não inventou um superlativo para definir tamanha surpresa. Ela apareceu quando eu menos esperava, já estava solteiro a um tempo, mas de um todo ela já me conhecia, sabia meus passos e os acontecimentos dos meses que antecederam esse reencontro.

Nos encontramos pela primeira vez em 2002, em um encontro de jornalistas, em Ipioca, Maceió. Não, não foi amor a primeira vista. E muito menos foi um conto de fadas. Fiquei paquerando ela sim, mas nada sério. Ela nunca que iria perceber alguém como eu.

Os anos nos separaram, e como o mundo dá voltas (ainda bem), um capricho celeste nos colocou em contato através desses bate-papos instantâneos. Pensando agora, não lembro bem como foi essa aproximação. Mas foi gradual, lenta e fomos nos conhecendo.

Em momentos turbulentos ela se mostrou uma confidente. Sabia de algumas coisas sim, um flerte seria um ultraje pra mim. Tinha receio de sua reação. Mas aconteceu, meio que sem querer querendo. Até que um dia fiquei olhando pra ela, e senti algo diferente. Um bem-querer, uma vontade de estar junto, porém algo me impedia. O pudor fraterno da amizade me segurava.

Mas foi a minha ida para trabalhar em Brasília que ajudou e despertou ainda mais essa vontade. Nos dias que anteciparam a viagem, ela se traduzia no único motivo de não ir à capital federal. Relutei, confesso que tentei não me apaixonar. Lutei. Não podia às vésperas de uma viagem tão importante me enlaçar com alguém. Foi inevitável e em vão.

Quando percebi já estava inebriado de sentimento. Não escondi. O receio de demonstrar para ela persistiu por algum tempo ainda. Até por que ela sempre se mostrou altiva, séria, um tanto "na dela" até demais. Meus traumas me alertavam, mas não surtia efeito. Os nossos encontros diários já traduziam esse sentimento lindo e grandioso surgindo.

Por isso que digo que Deus meteu o dedo nessa história. Brasília não deu certo. Estava lá em corpo, mas a parte mais importante de meu corpo estava aqui. Era ela que queria ao meu lado. As noites frias e solitárias no Cerrado ajudaram muito a aumentar esse sentimento. Ele cresceu.

E como se não bastasse, essa pessoa tinha que nascer no dia dos namorados. Dia 12 de junho ela aniversaria mais um ano de vida aqui entre nós, e o melhor, o primeiro ao meu lado. É nesse dia onde os enamorados trocam carinhos, afagos e juras de amor que deixo claro o meu sentimento por ela.

O bem-querer, o gostar, o amar, poetas tentam descrever esse fenômeno que acomete o homem. Palavras, versos e sonetos esboçam o que acontec conosco. Em vão. Nem mil vocábulos podem traduzir. Até por que traduzir o que é divido não é nossa atribuição. Devemos sentir e aproveitar. Nossa passagem por aqui é tão breve, e quando nos vemos flexados pelo cupido devemos deixar fluir.

Deus é pai mesmo, e Ele é a paz que precisamos, mas para auxiliá-lo Ele manda pra nosso caminho uma pessoa como essa. Ela nos corrige, nos acerta, nos fascina e nos seduz de um modo tão singelo que não desejamos mais algo na vida.

E não quero. Quero essa pessoa ao meu lado. E que Deus me permita permanecer com ela por toda a eternidade dela. Assim seja. Obrigado meu pai por me permitir desfrutar da presença dela comigo. Ah, o nome dela? Ela se chama Heverlane Carlos, simples assim.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Presentes e surpresas


Aproximando-se o dia dos namorados - amanhã, pô - e paira no ar aquela pergunta na cabeça de todos os enamorados: o que presentear? É natural, só sabemos presentear nós mesmos. Até as pessoas mais próximas ficamos na dúvida o que dar para elas. Acontece, não se assuste.

Nestes casos é iniciada a corrida aos shoppings, lojas e afins. Mesmo sem saber o que escolher, os olhos correm as pratelheiras e vitrines em busca de algo que agrade a pessoa amada. Ou pelo menos, nesses instantes de dúvida extrema, procuramos nesses singelos objetos a representação dela ou dele. Devemo enchergar no presente uma forte ligação com a companheira. Que seja cômico, romântico, ou apenas uma lembrança, ela deve ter a marca, o registro dessa relação.

Alguns desesperados procuram os amigos mais chegados para dar aqueles toques salvadores. Outros recorrem as amigas da garota. Ela que conhece todos os trejeitos da sua parceira. Coisas que nem você sabe. Vale a ajuda. Entretanto, existe ainda o carinha que já sabe bem o que quer. Tá tudo na cachola, pensado e tramado. É um previnido. Ele ganha suas respostas sem fazer perguntas, apenas colhe informação aleatórias com um aqui e outro acolá.

Com esses fragmentos ele constroi o presente que ele desejar, e é óbvio que a amada vai tentar acertar no chute sua empreitada. Não se assuste se ela ficar com raiva em alguns momentos. Mas em seguida, você será muito bem recompensado. Não tenha dúvida.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Herois da resistência ou da teimosia mesmo


Ainda quando era estudante de jornalismo fiz uma crônica sobre o futebol alagoano. Mas ele cai como uma luva para os representantes do futebol periférico do melhor futebol do mundo. Ou melhor, os times de segundo e terceiro escalão. Naqueles tempos das cadeiras universitárias, relatei a intrépida vitória do até então desconhecido ASA de Arapiraca ganhara na Copa do Brasil, do campeão daTaça Libertadores da América e todo-podereso Palmeiras.

O trauma fica até hoje para os palmeirenses já que o fato ocorreu na casa do porco, em plena São Paulo, no Palestra Itália. Lembrou? Pois aconteceu.

Venho aqui por que o governo do Estado, assim como em outras ocasiões, está apoiando os clubes alagoanos na disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol nas séries C e D. CRB, ASA e CSA estão recebendo ajuda financeira do Estado para pelo menos movimentar os estádios alagoanos após o Campeonato Alagoano.

Só o futebol mesmo. Qual outro esporte poderia proporcionar um duelo tão inimiginável entre Davi e Golias? Onde um clube com a estrutura do Palmeiras, folha salarial e demais vantagens sobre um clube do interior de Alagoas? Lugar nenhum do mundo acontece fato similar. O futebol tem mil e uma histórias semelhantes a essa. O CSA já ganhou do Vasco, em pleno São Januário. O mesmo CSA desbancou o poderoso Santos este ano na Copa do Brasil. Coisa de maluco.

Não se explica, se curte. Apenas os deuses do futebol sabem explicar tamanha incoerência. Mas é legal, não estou reclamando, é muito bom. Dá a surpresa ao espetáculo, não é meticuloso e pragmático como os esportes americanos onde sempre dá a lógica e a justiça. É chato.

Portanto esse maravilhoso esporte, tido como o mais praticado do mundo, é o melhor mesmo. Não há igual. Os herois da resistência continuam por aí. Eles aprontam a cada dia. Muitos dizem para eles fecharem e pedirem as contas, coisa alguma. Assim não teria graça. O que seria então do pior time do mundo, o Ibis de Pernambuco? Sem chance. Que continue o espetáculo, e a teimosia e traquinagem dos aventureiros da bola continue.
O medo que dá é esse dinheiro que o governo do Estado está fornecendo aos cofres dos clubes seja bem utilizado. Muita gente chega junto dos pobres clubes apenas para sugar e se notabilizar para a carreira política. Uma pena. Mas estamos de olho. Resultados já!!!

Velha infância em segundos


Com as chuvas que caíram em Maceió na semana passada vi uma cena que me chamou a atenção na rua. Parado no sinal, água castigando a capital alagoana, todo mundo preocupado com queda de barreiras, rádio dando flashes dos locais de risco e a Defesa Civil mobilizada. Pode-se dizer um inferno molhado. Maceió não pode ver um pingo d'água.

Em meio ao caos aquático, e alheios a tudo isso, percebi duas crianças brincando numa poça de água na rua. A chuva caindo impiedosa e eles nem aí pra nada. Aí você pergunta caro leitor, onde anda a mãe desses meninos? Os pirralhos eram a personificação da felicidade. Uma alegria tamanha que arrancou o meu sorriso. E despertou minha inveja.

Eu indo pro trabalho, a cidade em calamidade pública e os garotos brincando como se ali fosse seu parque aquático particular. Lembro em mim de como é fácil ser feliz quando se é criança. Nós adultos precisamos trabalhar, ganhar dinheiro, carro, casa, festas, shows, contas, estudo, tudo para ter uma vida mais confortável. Para eles, a vida se resumia num poça de água na rua.

Como era bom sair correndo ao meio de um temporal, sair por aí sem preocupação maior ou qualquer preocupação. Como éramos felizes. Nosso estresse era saber onde, como e com o que brincaríamos no dia seguinte. Não estávamos nem aí para quem era o presidente, se o dólar caiu, ou se a Petrobras aumentou o combustível. Necas. Nada disso importava.

Quanta saudade. E depois de tanta animação na rua. Voltar pra casa ensopado, ou se suor ou de chuva. Era aquele sarrabujo pra dentro de casa...rsrsrrsrs "vai pro banheiro, menino" ...rsrsrs. Jogar bola no meio da rua descalço. Chupar picolé até a língua ficar vermelhona. Ter apenas o refrigerante como néctar dos Deuses. Vídeo game era o vício. Correr, pular, brincar, polícia e ladrão.

Infância muito legal, legal mesmo. Quanta saudade bateu em mim naquele momento no carro parado no sinal. Um filme passou em minha cabeça. E certamente minha viagem no tempo mexeu e se resumiu na lição do dia. Assim como a infância foi efêmera. O hoje é mais instântaneo ainda. Vamos aproveitar gente. Curta o momento, brinque. Sorria sempre. Dê aquela gargalhada. Dê vida ao seu corpo, dançe, movimente-se. Pois mais na frente você vai precisar dele e ele pode vacilar.

A nossa velha infância pode não voltar mais, mas podemos trazer ela de vez em quando. Para o nosso bem é o nosso cano de escape. Fuja um pouco. E como diz a canção que Vanessa da Mata canta, tome um banho de chuva...é bom de vez em quando!!!! Mas lembre-se, como você não tem a resistência de uma criança, tome uma vitamina C depois.....

domingo, 7 de junho de 2009

O melhor amigo do homem, agora na telinha


Uma das minhas paixões que não tinha registrado aqui no blog é minha fascinação por cinema. A telona me atrai desde pequeno. Assisto filmes aos montes, anteriormente alugava entre cinco a doze filmes para assistir num fim de semana. Obsessão. Hoje tenho mais o que fazer, mas a paixão pela sétima arte continua.

Neste domingo, finalmente assisti "Marley e Eu". Tava muito a fim de conferir esse longa, pois todo mundo falava que era emocionante, mas precisava ver para sentir o que esse filme poderia me adicionar. E foi muito bom.

Quem nunca teve um cão quando criança? Eu amo cachorro, e quem teve o seu sabe o que é isso. Pô, é um amor quase filial. Você pode estar puto da vida, vindo de um dia duro de trabalho, mas o cara quando te vê, vem pra cima de você, todo bobão, animado como se fosse a última vez que te visse.

Ele não sabe se você é rico, pobre, está sujo ou limpo. Ele não está nem aí. Ele quer é brincar com você, te fazer bem. Para alguns solitários, ele, o cão, é a pessoa que te faz sentir especial, único e vital para ele. Digo por mim, não que eu seja um hermitão, mas sempre tive cão e sei o que somos pra eles.

Quando passava dias sem vir em casa, viajando ou chegando tarde mesmo, quando ele me via, meu irmão, era um aperreio, uma empolgação incontrolável. É uma injeção de alegria que ganhamos, algo inexplicável. Aquela carinha de pidão olhando pra gente...coisa que não se explica. É sentimento fraternal, ligação que se acaba apenas quando um morre. Passei por isso já duas vezes.

Meu primeiro cãozinho foi um pequinês mistuado com pastor alemão, mickey. Ele me acompanhou dos sete aos 17 anos. Mickey era uma resenha, lutou muito, forte como só ele. Aqui em casa aparecia muito sapo no quintal, ele mordia e o leite venenoso do sapo contaminava ele. Mas ele sempre se safava. Até que a idade foi mortal com ele. Nesse dia vi como é perder alguém tão próximo. A morte é implacável e cruel.

Recuperei-me com uma figuraça, Faruk, um fila brasileiro garanhão que tem filho espalhado por todo interior aí a fora. Companheiro demais, grandão, bagunceiro, e chegou em casa com uma responsa, derrubar a saudade que o mickey deixou. Difícil. Cara, quando aquele tamanhão de cachorro vinha correndo com a língua de fora pra abraçar a gente, naquela animação, putz....ninguém segurava.

Como era bom..ai ai ai. Uma pena, Faruk faleceu em agosto do ano passado. Senti muito. Fiquei mal por alguns dias com certeza. Chorei, claro, não vou negar. Mas ver a imagem da força dele se esvaindo, pra mim foi o fim. Tristeza na essência. Até minha mãe não queria saber de cachorro mais. Foi quando abortou aqui em casa, um pequenino e destrambelhado dog alemão. Batizei ele como Obama.

Obama é bestão, amigão também, grande, tem um olhar de meninão mesmo, quando chego em casa, ele fica me olhando doido pra brincar, mas já é tarde e tenho que dormir. É uma presença amiga que me enche de vida, sentimentos que apenas a fidelidade canina é capaz de proporcionar. Adoro cachorro, sou afixionado por eles, pelo companheiro e por sua lealdade.

Portanto quem curte cão e o que ele pode proporcionar, assista. É muito bom. O filme mexe com você e te ensina que não apenas os humanos modificam sua vida, mas os melhores amigos do homem não tem esse apelido a toa...confiram!!!

sábado, 6 de junho de 2009

A solidariedade do povo do sertão


Fui fazer a cobertura jornalística de entrega de cisternas no mês de março, se não me falhe a memória. Santana do Ipanema, povoado do Óleo, só de barro era uns 18 km saindo de sede do município. Depois de muita poeira, solavancos, sol e muito calor, como lhe é peculiar o Sertão alagoano, chegamos a localidade.

Lá me deparo com a realidade do pobre sertanejo que vive unicamente da escassez e a limitude de recursos básicos para a sobrevivência humana. Uma das beneficiadas do programa do governo federal, com parceria do Estado, dona Genira Carvalho, recebeu nossa equipe de braços, e pelo visto de coração aberto também.

A sofrida sertaneja fora abandonada pelo marido alcoolatra. Sozinha ela cuida de sete filhos, mais dois cunhados à tira colo, como se não bastasse. A guerreira Genira andava um bom pedaço de chão para conseguir um mísero balde de água. Bem, para quem conhece o Sertão sabe que qualquer andar de légua já serve como purgatório aqui na terra.

O calor escaldante, a fome, a distância, o peso do balde. Tudo isso só aumentava o sofrimento dessa pobre senhora de coração bom. Zelosa por sua moradia, d. Genira sempre deixou a casa bem arrumada, e não deixou os seus desamparados. "O estudo é tudo, por isso quero que meus filhos estudem para que eles não passem o que eu passei, e ainda passo", lições de uma mestra.

Após mostrar sua pequenina propriedade onde planta feijão, macaxeira e demais, nossa equipe foi embora. Com fome, eu, meu repórter fotográfico, Tércio Cappello, e o motorista Franklin, fomos comprar bolachas na simples vendinha da localidade.

Quando estávamos a traçar os secos biscoitos, um pivete veio me puxar pela calça. "Moço, a senhora ali tá chamando de novo", disse o pimpolho raquítico. Bem, pensei eu que dona Genira tinha esquecido algo para acrescentar na matéria. Fomos então....Quando passamos a porta da senhora nos deparamos com um digno banquete dos Deuses.

Dona Genira nos apresentou uma refeição farta e de encher os olhos: galinha cabidela, manteiga de garrafa, feijão da horta, arroz, farinha do Sertão, huuuuuuuuuuuummmmmmm. Descrever o sabor daquela galinha seria injusto com o paladar. Não seria tão fiel. Era tudo feito com tamanho carinho que fiquei sem ação.

A lágrima rolou. Olhei para Tércio e Franklin, ambos estavam tão embasbacados quanto eu. Eu me emocionei e disse que não era preciso a imensurável demonstração de aprazividade. Fiquei chocado. Uma pessoa com tantas dificuldades, gente simples, dona Genira dá muito duro para criar sua ninhada e mais dois encostos, e mesmo assim tem forças para receber três estranhos em casa e ofertar-lhes o melhor que tem.

Não vejo esse tipo de coisa em lugar nenhum do mundo. É muito desapego e humanismo. É dar realmente sem olhar quem seja. Solidariedade com o próximo, mesmo sem imaginar que o verá novamente. Para nós foi a maior apresentação de humanidade que já tínhamos testemunado. Chorei pelo coração imenso que d. Genira nos apresentou.

Em tempos de correria, frieza, indiferença, individualismo e desumanidade, ela mostrou que longe das grandes cidades existe solidariedade, existe paixão pelo outro. Por onde passo conto essa história e orgulho-me a cada dia de ser nordestino e alagoano. Dona Genira é apenas um exemplo do que temos por aí. Uma pessoa com amor, receptividade e carinho pra dar e vender.

Saímos saciados por sua comida deliciosa e original, mas também saímos com uma lição de solidariedade, e muita gratidão no coração. Pois realmente estávamos com bastante fome. Nosso motorista Franklin repetiu umas três vezes, suando como se fosse morrer. Mas é justificável devido as nossas necessidades no momento. Muita fome...rsrsrsrs. Ah, se eu comi muito, bem...sem comentários, comi sim e bem demais. Tércio não passou em branco e também aprovou o tempero de nossa anfitriã.

Lições demais para um dia apenas. Voltamos na estrada com o coração apertado, pois não sabíamos se ela teria aquela refeição no dia seguinte. Pedi a Deus que a protegesse ainda mais, pois apenas Ele para acolher esse povo tão sofrido do Sertão, mas que mesmo assim resiste e é forte.
Força que sentimos de perto. É a força singela do ser humano, que mesmo penando, ri para a necessidade e se entrega para Deus com a esperança que tudo vai dar certo. E vai dar sim, pois Deus não abandona os bons de coração. E dona Genira demonstrou que tem uma alma de santa, que se doa e não pede nada em troca. Bondade não é para todos..Deus continue abençoando. Amém.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Timidez pra quê?


A maioria dos homens sofre de um mal que se maximiza na puberdade e dependendo de seu desenrolar pode o acompanhar durante sua vida inteira: Timidez! Tudo bem, tudo bem, a timidez não atinge apenas o sexo masculino, mas aqui nessa arena de debate queria externar apenas alguns efeitos desse sentimento em determinadas situações.

As mulheres sempre se desenvolveram psico e socialmente muito antes dos meninos. Já no jardim de infância se ouve muito: "vai menino, oxi, tá com medo é?"O restante da garotada provocando e evidente caçoando do retraído projeto de rapagão. E por aí vai...o pivete cresce com medo até de papear com mulher.

Um exemplo clássico é no vale tudo da noite por aí. O camarada só chega na mina depois de uns gorós. Geralmente, o carinha sempre passa do ponto e já chega na vítima com aquele bafo de bode. Sem chance, ná gatas!!! Enfim, acontece. O medo de um fora é tamanho que causa paralisia. O malandro fica inerte. Não sai do lugar. Coitado...

Antigamente tinha um colega meu que não era um príncipe, mas sua lista de conquistas era respeitada na cidade. Todo mundo perguntava qual a arma infalível que ele usava. Era a boa e velha lábia. O cara derrubava até avião. Mas esses tempos passaram para nosso heroi.

A timidez pode ser definida como um desconforto, ou até mesmo uma inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e até profissinais. Imagine só, uma sensação que te impede de realizar seus mais profundos desejos...noooooooossssssssaaaaaaaa. Coisa nenhuma! Bola pra frente.

Ela até pode nos petrificar, tirar nosso poder de ação, mas jamais pode nos limitar. Chega a ser covardia conosco. Ela não pode esconder nosso desejo, não podemos temer. Devemos dar asas ao nosso ímpeto, e seguir em frente. Assumir as consequências e dar a cara a bater. Bote fé. Vá em frente. Chame a menina pra dançar, mostre firmeza, mas com delicadez e deixe bem claro o que quer. Seja cavalheiro. Se não rolar, passe a vez.

Devemos sorrir pra esse sentimento e tirá-lo de nosso caminho. Nada pode ficar entre nós e nossa felicidade. Tome jeito e se aprume. Timidez...tô fora. Admito que já fui muito tímido, hoje não sou um exemplo de desinibição, mas dou meu jeito. Aprendi na pancada, aprenda também camarada!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Onde estará o amor...?????


Venho aqui perguntar aos caros leitores compromissados, onde vocês encontraram seus respectivos companheiros ou companheiras? Muitos podem responder que se conheceram na infância, no colégio, na faculdade, no cursinho, enfim. Qualquer espaço aprazível para um conhecer cotidiano.

Os romances podem surgir ainda ali com o vizinho do lado, ou até mesmo aquela gatinha da outra rua, e ainda aquela que você só vê na missa no domingo, que mora do outro lado da cidade. Galera pode ser qualquer pessoa. E outra, como todos sabem, em qualquer lugar.

O assunto surgiu devido a descrença de uma amiga em encontrar um novo amor. Que pode até nem ser definitivo, mas que venha. Ele vem é claro. Não há coração de pedra que suporte um rampante amoroso. O medroso e dolorido coração magoado não suporta um flerte bem feito. O cortejar diário, ou semanal. Aquela paquera que você apenas vê nas festinhas de fim de semana e abala seu coraçãozinho, pode ser ela.

Nem vem que não tem, aos machistas amigos meus, perdoem-me. Quem é que não balança quando vê sua paquera, duvido, que atire a primeira pedra quem não sentiu. Até os machistas de plantão devem dar o braço a torcer.

Como canta o Frejat, o seu amor pode estar numa fila de cinema, numa mesa de bar, em qualquer lugar. Pode ser sua melhor amiga, seu colega de trabalho, o conhecido de um amigo seu, o camarada que passa por você todos os dias, qualquer um. Não devemos é fechar nossos caminhos, é necessário estarmos dispostos e livres para amar.

E seja quem for, onde for. Amem, cuidem, tratem bem. Não dispensem oportunidade de cortejar um bem-querer. Sejam amantes amados, amem, curtam, aproveitem. Tenham seu coração aberto para conhecer novas caras. Se permitam. E já que estamos às vésperas de mais um dia dos namorados peguem a onda e caçem, deixem que te caçem também. Vivam...aproveitem, o amor de vocês pode estar ali na esquina!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sedução e trabalho - não se misturam(ou não devem)


Sucesso profissional: todo mundo quer, agora o que as pessoas fazem para chegar lá é o segredo. Uns utilizam o caminho mais longo, o trabalho árduo e o talento. Mas de todos é o mais justo e sensato deixar esses elementos nos condizerem pelos caminhos da honra e da paz de espírito.
No jornalismo, assim como em outras profissões, alguns colegas usam os caminhos tortuosos para chegar onde querem. “Para chegar onde quero faço qualquer coisa”, ouvi essa frase de uma jornalista que precisou fazer muito mais que pautas para chegar ao estrelato. Esses casos não se restrigem a televisão, estão em todo lugar.

Informações sigilosas de alcova tem valor ignóbil e desleal. Manipular os tolos por meio das curvas de um corpinho bonito é muito fácil. Isso serve também para os rapazolas que aproveitam as chances deixadas por chefes mais alegres. O fato a se protestar é utilizar como escada profissional a altura de uma cama.

Isso não podemos combater. Nunca vai acabar. Mas estamos atentos. No fundo, no fundo sabemos quem tem talento ou não para segurar uma caneta e se dizer jornalista de corpo de alma. Cochichamos a boca miúda sobre os casos escusos, os segredos contidos e as injustiças veladas.

Dessas pessoas tenho pena. Pois os corpinhos de boneca logo vão; apenas o talento conserva os postos. Claro, temos que reconhecer que inteligências essas figuras têm de sobra. A esperteza para manipular, criar fábulas e conchavos articuladores é uma arte. Enlaçar entre as pernas os homens ou mulheres certos requer destreza.

A escada para o sucesso é curvelínea tanto como o corpo de muitas colegas de profissão que temos, porém o futuro é cruel e devastador. Em lugares pequenos e provincianos, as notícias são ligeiras e chegam a todos os ouvidos. Ou seja, cedo ou tarde a notícia se espalha, seja como fofoca ou como notícia comprovada. Algumas jovens já entram na profissão com essa missão: conseguir o ápice por meio do prazer. Cuidado amigas jornalistas, advogadas, engenheiras, vendedoras, ou seja lá o que profissão for. O castigo é duro e sagaz. Pode durar alguns anos, mas as trevas podem perdurar por anos mais. Abram o olho colegas...