domingo, 26 de junho de 2011

Dançando coladinho por aí


Forrozeiro é forrozeiro os 365 dias do ano. Sem trégua. Pode achar ruim, caro leitor que não curte dançar agarradinho ao som da sanfona. Adoro forró e pronto! Sou do tipo que engata duas, três músicas seguidas. Que curte sentir o cheiro de sua parceira no cangote mesmo. É o suor descendo no rosto e os corpos juntos, colados.

Corria esse estado em busca de um fóle tocando. Atalaia, Viçosa, Capela, Pilar, União dos Palmares, Murici, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e São Miguel dos Campos eram meus redutos. Baixando antigos sucessos de Baby Som e Cara Véia trouxeram passagens memoráveis dessas viagens em busca de diversão.

Noites e noites, seja levando fora ou não, a gente se divertia. Quando se encontrava um par leve e que realmente sabia dançar, rodávamos o salão todo. Encerávamos o chão e o cansaço não chegava. Bons tempos!

Dos enlatados novos não curto todos. Dos autênticos trios de sanfoneiros, que despertam a cada junho, sou fã logicamente. Sou adepto do forró raiz, pé de serra, chamegado. De 1992 à pouco mais que 2006, ainda se existia resquícios de um forró de qualidade. Respeito todas as bandas, mas prefiro as composições ainda da décade de 1990. Ainda se falava do matuto, do sertanejo, do amor e suas nuances. Hoje, está tudo muito deturpado. Sinto saudades daquele tempo...

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