quinta-feira, 28 de abril de 2011

Edição: a cereja do bolo


Não se enganem que ficar sentado numa cadeira diante de uma ilha de edição ou apenas de olho no computador mexendo ali e acola é fácil e relaxante. É estressante, disso não tenha dúvida. O editor é um privilegiado, é verdade, mesmo assim a responsabilidade é enorme.

Tudo aquilo que você vê publicado nos jornais e nas emissoras de tv passam obrigatoriamente por uma edição. Sites nem falo, não conheço um que passe por um crivo mais exigente, daí se vê o número de erros no jornalismo online.

O bom editor deve ter pleno controle da norma culta da gramática portuguesa e acima de tudo deve lapidar a matéria para que ela fique a mais aprazível possível. Que até o mais simples leitor ou telespectador possa compreendê-la sem dúvida alguma.

Quem se habilita a ser editor prepare-se. Você será odiado por muitos e incompreendido por outros. Só os profissionais mais bem resolvidos na profissão entendem e aceitam a função do editor. O profissional deve excluir os erros de português, as frases sem conexão ou com ideias vazias. Cortando aqui, cortando acolá, ajeitando um termo, tirando, acrescentando, nessa historinha um texto inteiro pode ser refundido - uma humilhação para o escriba.

Dizem que o bom editor tem um excelente texto, pois ele sabe dos caminhos, dos formatos e modos de comunicar com prestreza. Com o tempo, o editor começa a conhecer as manias e os vícios de linguagem, além dos erros aprendidos ou mal adaptados pela faculdade. Ele conhece cada texto sem precisar ver o nome dos autores. Isso no meu entender, não é legal. Para mim, cada matéria tem uma história e conta histórias diferentes, em nada textos do mesmo assunto devem se igualar ou se assemelhar.

Ao editar, o profissional de jornalismo dá um toque final ou refaz a matéria, caso ela precise. Mas não rotulem os editores como super homens ou mulheres maravilhas da perfeição. Eles são passíveis de erro perfeitamente, porém o equívoco dele é mais perceptível, por isso a responsabilidade é gigantesca. Cuidado jovens foquinhas que vislumbram a edição. É vital que eles tenham tido uma boa passagem pela reportagem, ajuda bastante.

P.S.: o post de hoje foi a pedido de uma leitora...Fique a vontade, Natália!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O reizinho voltou


Nunca a expressão "O bom filho a casa torna" caiu tão bem. O retorno de Juninho Pernambucano ao Vasco da Gama representa muito mais que uma simples contratação. Não é qualquer atleta profissional que aceitaria atuar num clube ganhando pouco mais que um salário mínimo. O meia tem garantido no fim do mês o salário de R$ 600, isso mesmo, não faltou zero algum, o blogueiro aqui que vos escreve também se assustou. Puxa, né!!!!

Juninho, de 36 anos, em matéria publicada no G1, disse que retornou ao Gigante da Colina para encerrar sua carreira. Segundo a publicação, o projeto de seu retorno garante um cargo na Diretoria Executiva cruzmaltina. Ele ainda atribui seu retorno à torcida e ao presidente do clube, o maior jogador da história do Vasco, Roberto Dinamite. Até que enfim, dizem os torcedores...rsrsrs.

Mas aí vamos lá....Até agora tocamos de modo bem frio ao assunto. Sem paixões, a vinda de Juninho é benéfica, porém o técnico Ricardo Gomes tem que sacar alguém do atual elenco.

O início do ano pro clube da Cruz de Malta não foi nada legal. Porém, o time começou a se acertar durante o Campeonato Carioca. A ascenção de Bernardo, a melhora física de ÉderLuis e Felipe, além da contratação de Diego Souza, ajudaram na arrumação da casa.

Aí, no meio campo vascaíno disputam vaga Romulo, Felipe Bastos (acho que fica), Eduardo Costa, e o jovem Bernardo. Como Juninho já não é mais nenhum garoto, outro volante tem que ter pulmão e bastante disposição para correr por ele.

Maaasss calma lá. Juninho estava em plena atividade no Quatar. Sempre foi um jogador de categoria e de atuar com fino toque de bola. Nos anos passados, Juninho tinha verdadeiros carregadores de piano a seu dispor como Nasa, Paulo Miranda e até Amaral. Contraste de estilos, né. Acontece. Futebol é equilíbrio, principalmente entre talento e força.

Volta ao país não apenas um jogador diferenciado, mas um profissional à moda antiga. Ordeiro e do bem, Juninho é um jogador de fina estampa e realmente apaixonado pelo Gigante da Colina. O meia traz de volta o prazer de beijar a Cruz de Malta e devolve ao elenco uma vontade a mais para vencer.

Detalhe, o contrato do atleta é fundamentado ainda em ganhos de produção, vitórias, títulos, classificação para a Libertadores, e tudo mais. Cada meta alcançada é mais din din pro bolso dele. Merecidamente.

Juninho é um jogador das antigas, mas não velho ou cansado, é exemplo de postura dentro e fora de campo. honestidade e cordialidade sempre foram suas marcas, além de seu passe preciso e belíssimos gols de falta. Quem não lembra aquele gol contra o River Plate, na Argentina, pela Libertadores da América, de 1998? Bem...são lembranças como essas que ele pretende devolver ao torcedor vascaíno.

Sorte reizinho....

Pra te ter...

Volto ao blog depois de dois dias de falta de criatividade e ausência de tempo. E jornalista sem criatividade é o fim, por favor, né, convenhamos. Mas vamos lá... Meus pensamentos pulsam ou quando estou correndo na praia ou ao volante dirigindo por essas estradas de meu Deus. No carro fico de ouvido ligado no som de Jorge e Mateus, e a cada dia descubro uma música que bate mais fundo.

"Pra ter o seu amor", uma das faixas que mais curto, traz uma viola que já embala nossos ouvidos e nos leva pra longe, bem longe....Claro que cada som tem uma representatividade pras pessoas. Difere bastante e nos leva pra cantos difusos e inimagináveis.

Mas a pergunta é a seguinte. O que você é capaz de fazer para conquistar um grande amor? Por uma ficada, uma transa, um beijo, nós já estamos dispostos a fazer coisas que até Deus duvida, mas daqueles que esquentam nosso coração....aaahhhh....aí vale tudo.

Vale você se conhecer, saber quem você é de fato e se ver com o olhar dela. Saber o que essa pessoa procura em alguém. A segurança, o fascínio, o brilho, a inteligência, tudo aquilo que uma pessoa busca na outra, ofereça pra ela. Mas se respeite, veja seus limites, expanda-os até e lute até quando suas forças não mais existam.

E é justamente nesse momento de total desolação, de abandono e de fim que parece que ele ou ela, seja que caso for, olham diferente para nós. Depois de mobilizarmos céus e terras e diante da possibilidade de perda, é que a pessoa desejada olha pra trás. Ela vai tentar voltar, retomar o sentimento quase perdido, aí entram em cena os exterminadores de 'paixão', o orgulho, a raiva e o amor próprio.

Quando esses camaradas chegam....lascou! Todo um tempo, dias, meses, até anos de dedicação são pensados, repensados e friamente analisados, pena que o 'friamente' entrou no jogo também, pois o amor não é exato. Quando sentimos, não pensamos, apenas sentimos. E pra fazer valer aquele sentimento que nos faz levitar....somos capazes de tudo, mas tudo mesmo.

domingo, 24 de abril de 2011

Por que os homens mentem?


A pergunta paira sob o mesmo mistério “De onde viemos, pra onde vamos?”. É bem por aí... A peça teatral baseada no livro de Luis Fernando Veríssimo – 'As mentiras que os homens contam', leva aos palcos o que o escritor gaúcho colocou em palavras. Eu li o livro e certamente se você ler vai dar muita gargalha, mas se pegar vir alguma semelhança com algumas situações sua, por favor, guarda o segredo.

A peça não chegou nos teatros nordestinos mas não vejo a hora de chegar para me divertir com a encenação da Cia. Nós Mesmos. Muito bom. Mas vale a pergunta. Por que os manos mentem tanto, eis a questão. Bem, se alguém descobrir morre no mesmo momento. O segredo de Estado não deve ser conhecido, muito menos divulgado nem por decreto ou ordem papal.

Pô, não apenas os homens, mas as mulheres também mentem por puro instinto de sobrevivência. Seja por que chegou tarde no trabalho ou por que esqueceu de enviar o relatório pedido pelo chefe. Esqueceu o celular desligado. O pneu do carro furou – essa é velha.

Mentaliza: a bruaca de sua amiga de trabalho chega com um vestido horrível, aí vem logo com aquela pergunta.....”Ficou legal?”.....putz!!!! E aí, ou você mente ou ganha uma inimiga fidigal. Aí você está diante da balança e percebe que as guloseimas a mais te renderam muitos quilinhos extras, aí você mente pra si mesmo: “começo um regime segunda-feira”.

“Bem, meu pênis tem 30 cm”.....é o mentiroso contador de vantagem. Ou se não tem aquele que conta vantagem. “Eu estudo na Ufal de Pernambuco...” – Caso real, eu presenciei. “Eu ganho tantos mil”, quando na verdade o cara nem empregado é. “Eu errei”, ouvir isso de um macho é quase que ver pé de cobra. Enfim, a mentira está empregnada em nossa cultura, em nossa alma e dependemos dela pra continuarmos vivendo. Triste, né? Mas é vero, gente. Qual foi sua mentirinha de hoje? Todo mundo tem uma seleção de pequenas mentiras, mas cabe ao cidadão perceber o limite de tal falta da verdade. Chega, né.

Seja ela benéfica, dolosa, vingativa, maliciosa, de que natureza seja, um dia ela aparece....será?

sábado, 23 de abril de 2011

O esporte do malandro


Sinuca, bilhar, snooker. Aparentemente são idênticos esportes. Mas vamos lá. O bilhar é o nome genérico para os jogos que são realizados em cima de uma mesa com bolas e tacos. A sinuca é justamente um desses jogos, e é a mais difundida no mundo, em particular no Brasil. É aqui nos botecos brasileiros que a sinuca se transforma no esporte oficial do malandro.

A destreza, a firmeza, e o talento em bater na bola são fundamentos básicos para o autêntico malandro. Na mesa de tapete verde são travados duelos onde a concentração e a precisão são decisivos. Mesmo assim, isso não impede que os desafiantes tomem entre uma tacada e outra um gole de uma ‘branquinha’ ou de uma loira gelada.

Existe toda uma técnica para pegar um taco e por meio da bola branca encaçapar as demais bolas coloridas. Primeiro é como apoiar o taco na mão. Alguns usam o polegar erguido para dar sustentação ao taco, outros, o espaço que existe entre o polegar e o indicador. Varia de jogador pra jogador, onde ele sentir mais conforto, dê a tacada – o mais forte possível.

Porém, os jogadores clássicos preferem o jeito, nada de força, ela é necessária as vezes, entretanto na maioria das vezes a jogada exige talento e jeito. Paciência para pensar e arquitetar a jogada têm que existir. Olhar, calcular, mirar, sentir a força do taco, tudo isso conta nos instantes pré-tacada.

A tacada deve ser certa, mas logicamente depende de onde você quer pôr a bola. Se quiser dar um efeito nela e fazer com que ela volte, é preciso dar em cima da bola branca e com força, tirando o taco. Se quiser usar a ignorância, nada de dar na base da bola, sempre no centro e com firmeza.

O esporte praticado em todo o mundo envolve os jogadores, sejam um solitário, duplas ou quartetos, o que importa é se divertir. Ele ajuda a dosar sua paciência, focar em seus objetivos, criar estratégias, além de ser um excelente passatempo, é a marca registrada da boa boemia, da esbórnia e de tudo aquilo que uma boa noite de farra representa.

P.S.: Nem comento os fetiches das mesas de bilhar....huummm aquele tecido verde...hhuummm

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mais do mesmo


Quem cresceu nos infrutíferos anos de 1980, segundo alguns loucos por aí, estão se fartando. Em matéria de cinema, essa geração está esfuziante. Eu me incluo nessa leva e aproveito também para acrescentar o pessoal dos anos de 1970, porém menos entusiasmados pela maturidade. Compreensível...rsrsrsrs!!!!!

Ultimamente com a crise criativa de Hollywood os cineastas estão agora reescrevendo clássicos dos quadrinhos e do próprio cinema. É hora de investir nos remakes e contar diferentemente as fábulas que já conhecemos.

A história tão doce e ingênua da Chapéuzinho Vermelho tem sua odsseia redefinida. ‘A garota da capa vermelha’ chegou nas telonas e mostra que a meiga chapéu curte muito mais que os docinhos da vovó, que o diga o lobo mau.

Na mesma pancada, Thor e Lanterna Verde disputam a atenção dos fãs de HQs. Nem faz muito tempo que o Besouro Verde também chegou e relembrou Bruce Lee – protagonista da primeira versão. Aconteceu o mesmo com o épico de Rapunzel, que nas telas de animação virou ‘Enrolados”. É algo mais do que já conhecemos. Sempre tem uma pitada a mais.

A questão é.... essas histórias todos conhecemos e com a internet, os pivetes também já estão fartos dos enredos originais e pede, anseiam e clamam por algo novo nas grandes telas. Batman, Os Vingadores, Transformers, X-Men, e outros devem voltar as telas para dar sequências ou contar novas histórias.

É lamentável que nem sempre os anseios dos fãs são saciados. A decepção é mais frequente. Mesmo com tamanha tecnologia a nossa disposição é difícil reproduzir nas telonas a fantasia e criatividade dos criadores de antigamente. Quadrinhos, desenhos animados, literatura, nelas tudo é possível, porém nos cinemas é diferente - ainda.

A bondade brota


Nem deveríamos fazer força, nem pensar duas vezes, muito menos olhar de lado, ou quem sabe até escolher o momento. Deveríamos seguir tais preceitos para fazermos o bem. Dê sua vez a uma idosa. Sorria sempre. Espalhe simpatia, sem ser pegajoso ou inconveniente, por favor. Dê um ‘bom dia’ seguido de um sorriso generoso. Todos vão perceber a bondade dentro de seu coração.

Mais jovem tínhamos um grupo em minha cidade, Satuba, que tentava despertar na comunidade algo dessa natureza. Promovíamos sessões de DVD grátis com pipoca para crianças carentes. Corte de cabelo, sopão, doávamos roupas, calçados, brinquedos..hhuuummmm, era uma delícia. Nada pagava a sensação de se fazer o bem.

Mobilizávamos até os comerciantes, porém os ‘mão de vaca’ davam de ombro e nos esnobavam. Não davam importância a causa. Era pouco para nós, dar apenas a força de trabalho e nosso tempo. Mas quando uma criança daquela sorria. Não tinha preço. Tudo era válido.

Uma pena que o cidadão só fica bonzinho no Natal ou na Páscoa. É impressionante como a falsidade ganha contornos de verdade. Calma, lá. Eles apenas rimam, nada mais. Então tente fazer que o amor e a bondade surjam nas pessoas naturalmente. As boas vibrações devem emanar espontaneamente – lógico....pra quem as tem.

Tá bom, tá bom, tá bom...todo mundo tem algo de bom, concordo. Até o longa de animação Meu Malvado Favorito traz isso pra nós. Vamos dar uma chance pra esse povo de coração de pedra deixar extravasar o bem. Eles só precisam de uma chance...mas se eles não aproveitarem...................................dê outra!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O dia em que conheci Brasília


Era um dia ensolarado na capital federal quando eu desembarquei no Aeroporto JK. Lá me esperava um senhor meio estranho de nome Getúlio. Admirador de José Arruda, ex-governador distrital preso por corrupção -, ele dirigia uma antiga pick up Chevrolet. Recepcionado por ele, logo se dispôs a me mostrar Brasília, ou pelo menos parte dela.

Eu já conhecia a capital federal antes, mas nada mais que o Plano Piloto, Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional e só. Mas ai comecei a conhecer algo mais... Fiquei em uma pousada que seu Getúlio mantinha. Logo, logo descobri que este estilo de empreendimento é irregular no Distrito Federal. Maior roubada...

Já andando pelas ruas, vi que morava perto da Torre, ponto turístico do DF, shopping Pátio Brasil – foi minha segunda casa por muito tempo, e de meu local de trabalho, o prédio onde se situa o Escritório de Alagoas em Brasília. Todos os estados mantêm suas representações no DF para abrigar governadores e secretários em suas idas ao Planalto Central.

Vi também que na cidade só se respirava o aniversário da cidade. Mais tarde na Esplanada dos Ministérios era a vez de uma porrada de dupla sertaneja se apresentar, além de Skank, Asa de Águia e Claudia Leitte. Nem fui...sozinho, num lugar que não conhecia ninguém...fazer o que?

Nas semanas seguintes pude conhecer melhor a cidade. Lago Paranuá, ponte JK, Catetinho, outras áreas do Plano Piloto, Catedral Dom Bosco, o trânsito, o frio, os relâmpagos do Cerrado...por aí vai.

A única coisa que me traumatizou de Brasília foi a saudade que sentia de minha terrinha, mas tudo bem. Todo mundo sente. A cidade é linda, tem seus problemas, como todas as demais cidades do planeta. Tem muita oportunidade de emprego e cursos. A moradia é cara, mas a diversão é garantida. O fim de semana é um marasmo. Quem fica por lá, morre de tédio, pois todo mundo volta pra seu estado de origem e dá no que dá.

Recomendo por demais Brasília, e neste 21 de abril, a capital federal completa seus 51 anos, com cara de 20. Visite o lugar, vocês verão muito mais que corruptos e prédios. Brasília é muito maior que tudo isso.