sexta-feira, 10 de junho de 2011

Naquela igreja....


Eu já fui a alguns casamentos naquela histórica igreja do bairro de Jaraguá, em Maceió. E conversando com o escritor e médico Luiz Nogueira, ele me revelou que a Igreja de Nossa Senhora Mãe do Povo, fundada pelo lusitano José Martins, tem um fato histórico pitoresco e macabro.

Quem olha para a nave da igreja, jamais poderia imaginar que ali é um lugar de um suicídio. Isso mesmo, vejamos. Com a abdicação de Dom Pedro I, o juiz de Paz, Francisco Ignácio da Fonseca Galvão, assinou um ultimato endereçado aos presidentes das províncias brasileiras. O Visconde da Praia Grande, então presidente da província, ficou sabendo que todo mundo que era funcionário do Estado, seja civil ou militar, de origem portuguesa teriam que 'pegar o beco'.

É isso mesmo. O 'pediu pra sair' do fanfarrão Pedro I criou uma revolta nacionalista em todo país. E segundo o escritor, em Maceió não foi diferente. A praia da Avenida e do Sobral eram tomadas por patrícios loucos por voltar as terras de além mar. Uma verdadeira temporada de caça foi aberta contra os portugueses.

Todos os portugueses ficaram associados a ingerência administrativa de Pedro I. Bobagem,né. Os jornais da época pegavam pesado com o então imperador. Nesse embalo, José Martins, o fundador da igreja de Nossa Senhora Mão do Povo, não conseguiu embarcar nos diversos navios que atracavam as pressas na encosta maceioense.

Martins então acoado pelas tropas nacionalistas, enforcou-se no altar da igreja que ele fundou. Portanto, agora quando você for a uma missa naquela igreja ou até mesmo a um casamento, fique esperto se vir algo balançando em cima do altar, não se engane, é José Martins dando o ar da graça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário