sábado, 31 de dezembro de 2011

Noite de Ano Novo




É uma noite diferente, um momento especial, um instante único. Não tem lá a mesma carga emocional que a noite natalina, pois tem outro aspecto. No Natal ficamos com aquele sensação de fraternidade, é aquele clima família, ceia e tal. Já o Réveillon tem outro apelo.

Vocês viram aquele filme, recém-lançado, Noite de Fim de Ano? Pois bem. O diretor Gary Marshall trouxe o romantismo que a noite da virada nos traz. Em primeiro lugar, quando você tá lá vendo o estourar dos fogos de artifício passa um filme em sua cabeça. Tudo aquilo que você fez de bom, as coisas que deixou em aberto, aquelas pendências que 2012 pode resolver. Bate aquele arrependimento do que por mil motivos não te fez bem. Aquela amizade perdida. A mágoa que vem. O choro que chega na goela e volta. O olhar marejado que insiste em trazer de volta quem já se foi.

Réveillon é forte. Nos derruba. Dá aquela vontade de chorar, de ficar só, de abraçar quem está do lado. Você pode até nem conhecer quem é, mas a vontade - que não se confunda com carência em demasia - é mais forte. Não tem como fugir, bate aquela reflexão básica. Damos oportunidade para estranhos se aproximarem, de te conhecer, começar de novo. Se permitir que um novo ano possa começar de fato com um novo amanhã - seja ao lado de um ex-estranho ou um novo velho conhecido, vai lá advinhar. Essa vida apronta tanto com a gente, aff.

Quem sabe entre um gole e outro, após deixar pais e mães em casa, bem depois da meia-noite, numa dessas festas de Réveillon você encontre um motivo a mais para sorrir. Cuidado apenas com as escolhas, pois sua noite branca de virada, pode fazer seu 2012 um pesadelo.

No mais, a última noite do ano é isso. É perdão, é pensamento bom na cabeça, é choro, é paz de espírito, é coração pesado de sentimento, é oração, prece, é olhar no horizonte e falar sozinho, ver o céu pipocando em luz e clamar a Deus dias melhores. A emoção não é pouco não. Tirando nosso aniversário é a noite que mais tem a capacidade de emocionar, de tirar lágrimas.

Mesmo aquela falta de esperança por um ano ruim, pode virar. É o divisor de água, do tempo. Pessoas se unem por sentir o mesmo sentimento. O abandono por exemplo. A carência, ou até mesmo o desejo de fazer coisa boa...vale é o momento, ora. É a noite mágica que tudo pode mudar. Decisiva. Já pensou fazer a contagem regressiva aguardando um beijo? Fazer a virada transando até...quando um passa a seu modo. Mas, por favor, nada de depressão. Eu mesmo começei 2011 num hospital com meu sobrinho passando mal....rsrsrs. Claro, claro, ele tá bem!

Aproveite gente, é tempo sim de renovar as esperanças, fazer mais, dar-se mais, amar e perdoar mais. É por isso que se chama Ano Novo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O ano do "não"




Acabou! O ano do 'não' teve seu fim. Qual é a primeira palavra que ouvimos quando erramos, além do "pôxa, cara", ou do "fudeu", ahh, ainda tem o "tu é muito idiota mesmo", é o "não". E esse ano errei bastante. Mas o legal é que aprendi com os deslizes. Ganhei força, experiência, caminho novo. Foi assim que 2011 aconteceu. Um caminho de longos 365 dias de verdades reveladas, máscaras caidas e laços rompidos. Um ano qualquer, eu diria. Não! Foi o ano do amadurecimento, da confirmação.

O saldo? Jamais pode ficar negativo, por mais que seja, em momento algum você deve admitir que ele é real. Trate logo então de reverter isso. Portanto, em meu balanço já tiro logo, conheci pessoas maravilhosas, ganhei novos aliados, minha lista de inimigos deve ter aumentado. Ou pelo menos, tive essa constatação. Porém, nessa mesma proporção cresce o tamanho da lista de conhecidos, colegas, a de amigos em ritmo menor continua ascendendo. E contando....

2011 foi um ano de lágrimas, de cara amarrada, tristonha, decepcionada, mas também de seriedade e muito trabalho. De começar do zero. Erguer a cabeça. Virei 'hominho' como se diz, ganhei o respeito de minha categoria como profissional consolidado. Na surdina, orgulho-me de meu trabalho dia após dia. E nesse mesmo estilo construo um novo estilo de ser. Quieto, astuto, estratégico, frio, metódico, racional, contido, discreto. Não mais o passional que sai de cena aos poucos. É duro de acreditar, né. Pois é, um dia se aprende.

Entes queridos se foram, amigos de primeira hora se distanciaram - por força do tempo cotidiano. Saudades aumentam. Corpo fala, pede mais descanso, rugas percebidas, cabelos brancos, descoberta da paciência como aliada, perseverar, acreditar, fechar os olhos e saber que amigos existem e eles podem ajudar, sim.

Conselho? Cansei de dá-los.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011




Eu tenho a força de um guerreiro que ama, que usa o sentimento como arma principal. Aquele que sente, sofre, chora, cai, mas que na mesma proporção suporta, absorve, aprende e se sobrepõe. Tira forças de onde não se existe. Contraria as apostas mais incontestes. E sorri para seu algozes.

Nem eu sabia que tinha tamanho poder, todavia tive uma confirmação. Ele só emana quando somos testados. E em forma de prova ele aparece, quando menos imaginamos e da maneira mais estranha. De forma natural acabamos encarando nosso maior medo e com a indeferença e segurança que Deus nos dá, aquilo some e nos torna seres de um serenidade invejável.

De certo que tais momentos de pico exigem de nosso corpo muito, muito mais de nossa psiquê, do nosso sistema nervoso, do nosso clima. Podemos aparentemente estarmos intactos, mas por dentro ficamos exaustos da batalha que acabamos de enfrentar. Eu vi a cara feia do perigo e sorri pra ela. Não falo aqui do flagelo da morte, mas de moléstia similar, a chaga do medo, que nos mata por dentro. Nos torna impotentes e incapazes de darmos o passo seguinte, sem imaginarmos um novo encontro.

É hora de superar e o momento presente demonstrou isso. Aquilo que mais secretamente tememos um dia sempre acontece, sempre vem, e não se enganem. Para fugirmos, temos que lutar, enfrentar e não fraquejar. Mostrar o quanto você é bom. Apresentar seu valor e sua honra. Exibir retidão, altivez, orgulho até. Orgulho de estar diante de seus maiores óbices e não tremer, fraquejar ou recuar.

Sou sim a lâmina mais cortante de um samurai rasgando o que havia de mal e ruim dentro de mim. Isso mesmo. Não é erro. Estava eu lutando contra mim mesmo. Contra meus erros, meu orgulho, minha impáfia, meus medos, fantasmas e decepções. Hoje lutei contra tudo isso. Sai destroçado, detonado, mas vivo, com o íntimo às migalhas, mas creio que em frangalhos deixei a percepção alhei sobre mim.

Não admiti, mas por um lado era necessário tal retorno, reencontro para passar uma borracha em vagas impressões e equívocos. Valeu por mostrar que tudo tem um fim - doloroso - mas um fim. Não queria que fosse como tal, mas assim quis Deus sabe quem. Serviu de lição para mim e para aqueles que querem meu mal. E para mostrar que a alma de um guerreiro que ama é imortal. Tão perene quanto a sede que tiverem de me derrubarem.

Não, mil vezes não. Não sou um pavão egocentrista ou um narciso travestido de jornalista, não. De rótulos, basta. Sou um jovem, procurando um lugar ao sol, que quer apenas paz e tranquilidade para seguir seu rumo. A cada dia ponho um tijolo nessa edificação que um dia será meu castelo de suor e lágrima. Nas paredes desse castelo ponho apenas fotos de meus amigos, não as cabeças expostas de meus inimigos, pois deles quero apenas a atenção e o respeito. A atenção para verem e sentirem do que sou capaz, não para dar troco ou vendeta barata. Não, definitivamente não. Chega de guerra, de luta, ódio ou rancor. O respeito quero de todos, não só de meus aliados e rivais. Mas esse, nós só o temos se fizermos por onde merecermos.

Certamente, hoje vou dormir com orgulho de mim. Tiro o peso de minha armadura por hora, mas sei que a guerra não acaba quando um só quer. Não sei da sede de discórdia do oponente, porém apenas sob a proteção do manto de Maria e com as forças da espada de São Jorge sigo meu caminho. Amanhã tem mais!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Quero é natal todo dia....ora essa




É inevitável não pensar e não perguntar. Por que não seguir com esse sentimento de fraternidade, bondade durante todo o ano? Por que não dizer que gosta, que curte, que admira diariamente? Me digam o motivo que impedem se demonstrar o afeto o bem querer todo dia? Distribuir abraços, beijos, amor a todo momento? A gente recebe mensagens de pessoas que nem pensávamos que existiam mais. Gente que passa o ano inteiro sem ao menos trocar um 'oi' e repentinamente o amor aflora em forma de poucas letras em curtos períodos digitalizados.

Tá certo que essa certa magia que paira no ar muda as pessoas pelo menos durante esses dias natalinos. Não se explica, não se sabe ao certo como funciona isso, mas é assim. Um certo clima de sonho, de paz, de singeleza. Falamos com desconhecidos, reencontramos e perdoamos desafetos. Confraternizamos com velhos e bons amigos. É legal, né. Tem gente que não curte, normal. Eu confesso que já aproveitei mais a data, gostei muito, hoje nem tanto. Cada um tem seu motivo para adorar ou odiar o Natal.

Entretanto, gostando ou não, assim como no Ano Novo - e como todo dia - aproveito para fazer uma oração especial. Essa prece é dedicada aqueles que se preocupam comigo e com quem eu me preocupo e quero bem. Mulher, pai, mãe, irmãos, sobrinhos, sogros, tios, amigos mais próximos. Pra mim, todo dia é dia de pedir, agradecer, sorrir e abraçar. Mesmo sem motivos aparentes, aprendi a ter fé, pois até as coisas ruins passam e a situação vira quando você menos esperar.É só esperar.

Ai você vê nas redes sociais aqueles votos de felicidade bem genéricos. São práticos, é verdade, mas essa praticidade tira o charme a atençaõ dispensada a pessoa que você se identifica, que gosta. Prefiro algo direcionado, particular, íntimo mesmo. É mais no clima da data, mais humano eu diria.

De boa, prefiro as poucas mensagens de particulares, porém sinceras. Ou seja, é o bom e velho, 'poucos e bons'. Que tal gente, fazer do clima natalino algo constante, heim? Seria legal. Seria....Se não dê asas a sua sinceridade e deixe de lado o social mundano. Então....quando te disserem "Feliz Natal", responda, "Vai te lascar, falso". Calma, calma, calma, extremista? Ranzina? Cabuloso? Pode até ser, mas certamente você se contem em dizer isso para algumas pessoas, certo? Pois bem, deixa quieto. Foi apenas uma sugestão....deixa pra lá. Bom Natal.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O começo do fim?



O começo do fim? A crise dos 30 anos continuou em 2011. Geralmente nas pessoas ela dura 365 dias, mas a minha seguiu. E se agravou. Neste calorento dezembro senti novamente o peso da mudança dos anos que carrego comigo. Os tempos não são mais os mesmos e essa comprovação veio em dois momentos.

Durante a confraternização das turmas contemporâneas dos tempos de universidade, onde pelo menos quatro, cinco turmas eram reunidas num mega encontro, gente de Jornalismo, Relações Públicas. Todo aquele povo que conviveu entre os anos de 1999 à 2004 na Ufal. Uns mais outros menos, porém, até bem pouco tempo guardamos carinho um pelo outro. Não vejo mais assim.

Antes priorizávamos esse encontro que só acontecia uma vez ao ano. Este ano, a adesão foi pequena, porém não menos divertida, garanto. E falo com autenticidade, sem demagogia. O outro momento que atestou esses novos tempos foi um foto cabal que registrou e até deve ter constrangido quem a viu nas redes sociais. Onde num lindo domingo de um ano qualquer, nos reunimos na mesma Praia de Guaxuma.

Deparei-me com a verdade jogada na cara há anos atrás, quando o ainda ingênuo Eduardo - eu, na época nem usava o atual 'Cadu' - ouviu de um amigo seu de turma de colégio que após os dias de convivência em sala de aula aquelas amizades se fragmentaria como cinzas. Dito e feito. É natural até. A lei da vida. Lutei durante todos esses anos para não confirmar tal lei natural. Relaxei. Cerco-me apenas por pelo menos cinco pessoas que confio a vida. Antigamente esse número era bem maior. Numeroso e do mesmo modo, hostil e perigoso. Só eu não via, mas a maturidade vieram para tirar a venda de meus olhos e trazer a cor de meu coração velho. Hoje tenho um coração cinza, frio, gélido e sim, insensível. Não mais como antes.

Tolerância? Muito pouca. Faço apenas o que me faz bem e com o mínimo de esforço. Gosto bem mais de mim e não ligo mais para a indiferença alheia. Se não gosta de mim? Paciência. Sem eles ou com eles, viverei bem. Garanto.

É muita bobagem, sinceramente!

Eu já vi muita bobagem circulando na internet e com a disseminação das redes sociais a situação piorou. O preocupante é que piorou assustadoramente devido a falta de informação, bom senso ou noção do ridículo mesmo. Quando não é algum sulista disseminando o ódio aos nordestinos é algum idiota qualquer dando asa a sua mente doentia e criminosa.

Fiquei assustado com o tamanho da cretinice que estão espalhando pelo Facebook e pelo Twitter. Uma campanha para o retorno do ex-secretário de Segurança Pública, coronel Amaral, o anjo da morte. Piada, né. E olhe, vi comentários de homens que fazem segurança pública referendando seu retorno. Só se for para aumentar o banho de sangue que já estamos vivendo.

Os argumentos são os mais esdruxulos que já vi. "Na época dele, só morria bandido", "bandido bom é bandido morto", "bandido só faz fama da fronteira pra lá". Bem, vamos lá. Primeiro, quem é que vai dizer quem é o bandido pra ele trucidar? O bandido pode ser você que está lendo, caso você tenha a infelicidade de passar na frente de algum parente dele na fila de algum banco, ou simplesmente algum protegido do anjo da morte não goste de você. Ou ainda, se algum político for e disser que você que está lendo é o bandido - um cidadão de bem, com emprego, pai de família, honesto probo e sem ficha na polícia, mas e ele indicar que você é bandido, danou-se, você o é e pronto.

Os índices de criminalidade eram outros, de fato, eram menores, hoje são bem maiores, lógico. Hoje temos drogas, crack, fuzis com traficantes, e tudo que os últimos 20 anos deram para a criminalidade. Será que se um tirano entrar para comandar a Defesa Social o problema seria resolvido? Teríamos mais corpos para recolher e mais vítimas para chorar. A via não é essa.

Atitudes devem ser tomadas e já! Porém, não acredito que esta guerra não se ganha com mais fogo, com acirramento. É algo muito maior e abrangente. Complexo demais para se entender e até para se colocar agora. Mais mil homens na Polícia Civil e Militar não resolveria, pois a cada dia um traficante alicia mais um, mais dez, mais cem para o mundo das drogas. Não tenho a solução para a segurança pública.

É necessário fazer algo, sim, urgentemente, mas algo bem pensando, planejado e perene. Um sanguinário no comando não resolverá nada. Compreendo que a maioria esmagadora que usa as redes sociais são desprovidas de inteligência suficiente e bom senso para perceberem o poder do que se posta num perfil. Elas não têm essa dimensão. Vêem algo interessante, algo que algém pode achar graça, entender como divertido e cômico e assim retuitar e/ou compartilhar. Besteira. Está sendo tão idiota quanto o que cometeu a gafe.

A saída, o que sugere os países mais desenvolvidos, é investir massissamente em educação, porém esse resultado só apareceria daqui a 50, 60, 70 anos. Onde uma sociedade letrada, mais civilizada tomaria as rédeas. Hoje somos vítimas da falta de investimentos de sucessivos anos de sucateamento da saúde, educação e demais. Onde o Estado era inchado com funcionários para o nada, por cabide de emprego, do fazer nada e do equílibrio profissional, sem empreendedorismo e do conformismo.

O que é preciso pra dançar



Huuuummmm como é bom dançar. Deixar o salão limpinho, limpinho, só rodando, girando com seu par pra cima e pra baixo. Seja de rostinho colado, corpo juntinho, enfim. Todas as danças que se é pra estar bem perto um do outro exige uma habilidade que se consegue com o tempo. Alguns já nascem com ela e como é bom praticar. Veja pelo lado bom, serve até como lubrificante social. O cara que dança bem é mais solto, desinibido, confiante e astuto. Ele tem facilidade em fazer amizade com o sexo oposto. Sabe entrar e sabe sair de um fora com elegância e simpatia. É sim! A quantidade de vezes que ele o fez e recebeu já o deu pós-graduação na área.

O bom forrozeiro tem que ter um bom ginado nos quadros, deixar ele leve para conduzir a sua parceira. Entre as danças de salão deve ser a mais fácil de se aprender. Um pra lá, outro pra cá, dois pra lá, dois pra cá, não esquecendo do molejo da cintura, já garante uma boa noite de forró. A dança exige de você praticidade, portanto, tenha coragem e tente aprender.

Vamos ao tango. Putz...meu maior desafio. Exige muita concentração na marcação dos passos. Sincronia do casal é primordial. Porém, é muito, muito mais sensual. Ele é bem complexo, todavia procure um bom professor de dança para te ensinar os passos. Claro que você não vai exercitar suas qualidades no tango por aí em qualquer lugar. Aproveita quando for a Buenos Ayres e assim você cortejar uma bela argentina.

Salsa! Bem, aí o camarada tem que ter mola ao invés de uma coluna cervical. É o top da dança na minha opinião. Além de grande habilidade e mobilidade corporal, o cidadão tem que levar a dançarina e ter força pra segurar o tranco. A sensualidade também está presente, porém como ela combina mais com gente de sangue quente, latino, já viu. É fogo na roupa. Improvisar é a ordem.

Chegamos ao bolero. Esse é pra quem quer seduzir, cortejar, se dar bem. Ele tem o olho no olho, gestos suaves, delicados e bem tranquilos. A palavra é delicadeza. Nesse contexto da dança ainda tem a dança de gafieira, o zouk. Mas nada se compara ao pegar sua companheira envolver seu braço direito na base se suas costas, apertar suavemente, porém com firmeza, mostrando que você é que conduz, tem o controle e ela pode se sentir segura, pois ela não vai cair e nem tão cedo sair de suas garras.

Nada se compara ao bailar de rosto coladinho, bem devagar, ao som de uma música suave, bem embalada. O tempo voa que nem sente. O corpo se aquece com o calor do outro. Cada movimento é acompanhado em uma sitonia deliciosa e delicada. Você nada mais quer, ou melhor, implora para que a música não termine. Aí você viaja. Não está mais lá. Você transporta-a para outra dimensão, outra panorama de sensação, onde jamais irá sentir algo semelhante. Experimente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Noticiar ou não noticiar, eis a questão!

A situação é a seguinte, se ficar o bicho pega, se correr o bicho! Usamos a expressão quando nos deparamos com uma sinuca de bico, quase sem solução. Pois bem, assim estão aqueles que vivem na capital alagoana. Maceió não apenas está ganhando status de metrópole com a chegada de novas empresas, indústria e tudo mais, que até o crime está mudando para status das maiores capitais do Sudeste brasileiro. Por mais que o governador vá as emissoras de rádio e Tv, para dizer que está tudo bem, não adianta, a sensação de segurança não permanece, não se firma. Do mesmo modo se o secretário de Defesa Social, Dário Cesar, igualmente o fizer, assim como o vice-governador José Thomaz Nonô, enfim. A tropa de choque do governo estadual não vai conseguir tranquilizar o povo. É contra o real, o palpável e o que acontece. É aí onde entramos na presença da mídia e seu paradoxo inato. A imprensa noticia o que acontece na sociedade em seu dia a dia. Essa seria sua missão romântica e fria, mas de modo prático, não é bem assim que funciona. Segundo o governo, o panorama se configura da seguinte maneira. Lembram do filme 'Cidade de Deus', quando o Zé Pequeno descobre o poder da mídia e pede para que Buscapé continua tirando fotos e mais fotos dele e seu bando. Bem, a mídia fomentou a birra entre grupos rivais e o embate se acirrou. Bem, em Alagoas estamos nesse patamar. E a imprensa tem sua parcela de culpa nisso. Será mesmo? Ora, ora, quando você posta em qualquer site de notícia uma matéria sobre morte, sangue, acidente, roubo, tragédia, enfim, os acessos bombam. É impressionante a queda do povo por assuntos assim. Neste caso, o site vive destes acessos, tanto é que existe veículos que se alimentam da banalidade do crime. Vivem dos corpos, do sangue e da desgraça alheia. Porém, os bandidos reais aqui em Alagoas acordaram pra essa vantagem e agora queimam ônibus e fazem arrastões para protestar e chamar a atenção. Enfraquecer o Estado e pressionar pelo afrouxamento do combate. Pois bem, se isso funciona ou não, a sociedade está sentindo o calor do fogo dos ônibus e está suando na carreira que estão levando dos bandidos. Dizer por exemplo que não houve arrastão no centro comercial da capital, no domingo, no máximo é acreditar desacreditando não se sabe em quem. Os testemunhos são divergentes e de fontes seguras -não sei até que ponto. Uns dizem que viram as armas em punho em uma loja de aviamentos. Outros disseram que foi apenas um tumulto cometido por um baderneiro. Aí dizem que teve tiroteio e tem até gente internado no Hospital Geral. Entretanto, num Boletim de Ocorrência foi confeccionado. O serviço de 190 da polícia está ficando louco com o tamanho de ligações dando conta de supostos arrastões ou ameaças que estão pipocando na cidade. Voltamo à barbarie? Anarquia? Em quem acreditar, em quem confiar? Fica difícil responder tais perguntas. E ainda cabe outra pergunta. Cabe esconder notícia? Renegar os acontecimentos? E os interesses em jogo. A Associção dos Lojistas emitiu nota, foi à mídia dizer que não houve arrastão, quando um outro grupo de lojistas disse que houve sim. Imaginem a tragédia - agora econômica - que se confirmado realmente os arrastões no Centro. Noooouuusssaaaa, ninguém indo mais fazer suas compras, se liguem no caos que seria para os lojistas? Reforçar a segurança ou não dar página pra 'bandido', como já pediram. É Alagoas realmente está ganhando outro status no país, eu acho até que deveria se nominar esse novo panorama, pois é um neologismo, já que as coisas mais inusitadas só acontecem aqui. A justiça manda prender e o legislativo diz..."aqui não, nenêm". Você rouba R$ 300 milhões e está solto, mas nem quero dizer quem rouba um lata de leite Ninho. Aff, quase pena de morte.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O amigo imaginário


Sábios são os pequenos, que encontram em seus amigos imaginários a segurança de seus segredos, o desapego da concorrência de outros amigos, a falta de ciúme, a inocência, o companheirismo, o não-abandono, e a indiferença. Quem tem um amigo imaginário jamais vai se decepcionar com ele, ou vai se surpreender com uma falta grava dele contigo.

O amigo imaginário é sua companhia de todas as horas. Com ele você chora sem reclamar. Não tem tempo ruim, dia ruim ou avançar da hora. Com o amigo oculto você fala com ele em qualquer ocasião. Ele pega em sua mão e te incentiva, motiva e põe pra frente. O amigo imaginário fala contigo no bar, no cinema, na praia ou na balada. Com ele perto não há medo. Há proteção, afeto e as coisas ruins não chegam a ti.

Com eles não estamos sozinhos, brincamos, confessamos, suplicamos, até gritamos. Ao lado do amigo imaginário não temos medo do escuro, do amanhã ou do perigo, ele sempre estará conosco. Ele não finge que não vê, ou não ouvi, com ele não tem essa de ignorar.

Ele sempre vai falar contigo no MSN, no Face e vai deixar recadinhos no Twitter. É um amigo imaginário moderno e presente. Loucura, né! Pois é, é uma crítica singela àqueles que deixam a amizade esfriar. Aqueles que imitam estátua e fazem de conta que você não existe. Pessoas que dividiram segredos, momentos e dias intermináveis, mas hoje não trocam nem um 'oi'.

É quando você olha para sua lista de amizades e não sabe pra onde apontar ou até recorrer mesmo numa tarde de sol ou numa noite de lua sem ter muito o que fazer. Um 'alô', 'tô vivo', não tira dinheiro ou pedaço de ninguém. Tá certo que vivemos num mundo frenético por tempo, atenção e milhões de ocupações, mas jamais deixemos que isso apague nosso passado, nossa história.

Resgate sua amizade, ponha o papo em dia. Não deixe que um amigo imaginário seja mais presente em sua vida que os 'amigos' que um dia você teve.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meia Noite em Maceió


No último fim de semana conferi o tão falado "Meia noite em Paris", de Woody Allen. Há uns três meses aproximadamente só se falava nesse bendito, porém deixei ele sair do circuito pra vê-lo na penumbra de casa mesmo. Quem conhece a obra de Allen sabe o teor de 'viagem' que ele põe em seus filmes, antes só restrito a Nova Iorque, agora ele ampliou seu território imaginário a bela Paris, e o melhor, a Cidade Luz dos anos de 1920.

Allen põe o engraçado Owen Wilson num papel querendo ser sério, sabe. Mas ele não conseguiu pelo visto. Mas pro filme até que colou legal. Outros que se sobressaem é a gatíssima e mais escultural como nunca, Rachel McAdams. Perguntei-me se não era a Scarlett Yonhansson - musa do cineasta. Mas as curvas e a loirice fez jus a substituição. Ah tá, a primeira dama da França, Carla Bruni, deu o ar da graça numa participação especial.

O personagem de Owen após uma cana fenomenal descobriu que se estivesse num certo ponto da cidade, ele poderia viajar no tempo e viver tudo aquilo que sempre quis, ao lado das pessoas que sempre desejou. Moral da história, comentada até mesmo pelo personagem, é que ele encontrou um meio de fugir de sua realidade enfadonha, triste, frustrada para se encontrar com uma realidade ufanista, mas bastante sonhada.

No filme, nostalgia é isso é se mudar para um lugar - geralmente o passado - onde ele imaginava ser feliz, estar melhor do que o hoje. Será que é isso mesmo? Muitas pessoas usam esse artifício para fugir de suas angústias, seus fantasmas, suas lamúrias. Mas, como se sabe, os pesadelos não se resolvem driblando-os, eles permanecem lá quando voltamos.

E pro personagem Owen Wilson piora tudo, quando ele retorna ao mundo real, as coisas pioram. A tendência é essa. Ai vem a galera com aquela máxima..."sonhar pode!". Pode, mas volte, encare o que tem pela frente. Dê a sua existência um sentido, um motivo pelo qual lutar, viver. Há algo mais chato, mais morto, do que ter seus objetivos vazios, superados, furados?

O personagem do filme buscava esse sentido novamente e o encontrou do modo mais inusitado, como é a vida mesmo. A gente acaba achando - não sei o que - da maneira mais inusitada e inesperada. Tem gente já lamentando que não tem um "Meia Noite em Maceió".....rsrsrs.

As herdeiras de madame de Bovary


Vamos combinar, na lata, mulher quando se reúne pra papear, jogar conversa fora, é bem pior que homem. Polêmico, né! Elas podem nem admitir, mas no fundo, no fundo, elas reconhecem.

O homem quando senta, por exemplo, na mesa de bar, fala de carro, política, futebol, e lógico, mulher. Já as donzelas, bem, as moçoilas vão bem além, conversam sobre sexo, bolsas, sexo, sapatos, sexo, gatinhos, sexo, roupas, sexo, falam mal das inimigas, sexo... - que maldade a minha, querendo polemizar logo numa segunda-feira, meu Deus!!!

Pôxa, vamos aos fatos. Pode pegar as revistas voltadas para o público feminino e vejam as capas. De dez capas, dez tem aquelas dicas: "20 dicas para satifazer seu homem na cama", "Como deixar de ser frígida", "Simpatias para amarrar seu homem", e a clássica, "Como chegar ao orgasmo" ou ainda "Descubra seu ponto G".

A repressão social contra a libido feminina obviamente sufocou elas por séculos. Demonstrar que a colega tem desejo, curte e adora sexo era sinal de vagabundagem, libertinagem e sodommia. Inimaginável há 50 anos atrás no país e até hoje em locais como a nossa Alagoas. Até agora...se a menina disser, na altura de seus 20 e poucos, "eu gozei", pronto, é o fim do mundo. E ainda, se associar os seguintes termos: "eu peguei", "sexo sem compromisso", "fiquei com dois", e alguns outros termos proibidos, já viu, ela vai ser rotulada como a nova madame de Bouvary.

Hoje em dia a mulher é mais liberal sexualmente falando, tanto quanto o homem moderno. Muitas falam abertamente se o pinto do cara é pequeno, se ele tem bunda mucha ou só dá uma. Entre elas, tudo vale. Não é pornografia. É liberalismo mesmo. E isso é bom, sim! É cabeça aberta. Sem as amarras sociais do puritanismo falso e retrógrado.

Parabéns, meninas...e sem medo...falem mais. Sem pudor, mas, calma nessa hora. Equilíbrio e prudência sempre. Vê lá, heim, vê lá....

sábado, 3 de dezembro de 2011

Vamos assistir um filminho


Fiquei de comentar isso há um tempo, mas só agora tô podendo escrever sobre a falta de criatividade hollywoodiana. Nos últimos dois meses chegaram no circuito comercial três filmes com o mesmo tema: sexo sem compromisso já! Amizade Colorida (Mila Kunis e Justin Timberlake), Sexo Sem Compromisso (Natalie Portman e Ashton Kutcher) e Amor de Outras Drogras (Jake Gyllenhal e Anne Hathaway) figuram nas telonas cenas tórridas de pegação sem qualquer pudor.

O "pega e não se apega" esteve bem presente nestes filmes, porém eles parecem que querem dar uma lição aos pegadores de plantão. Um sempre acaba se apaixonando e arruinando a relação sem compromisso. Eu vi os três filmes e pude perceber. Ashton, por favor, deixe de atuar, Natalie Portman e Anne Hathaway, continuam maravilhosas - em todos os sentidos, e Mila Kunis, de boa, põe silicone aí você detona Angelina Jolie.

Nem a atuação pode ser levada em consideração. Não teve aquela cena e tal digna de uma indicação oscariana. Longe disso. Os filmes mandam o recado: pegue, transe, faça o que for, mas não se apegue, mas se for se apegar.....bem....aí é de cada um. Como varia de caso a caso, só o par pode sentir se seu parceiro é digno de uma chance e mudar de status civil.

Os filmes são ideias para assistir com alguém que você quer se chegar. Já pensou, você chegar pra gatinha e soltar: "Topa assistir Sexo Sem Compromisso?", "Você quer passar aqui em casa pra ver um filminho. Qual é? Ah, é o Amizade Colorida"....Tentador, né! Dica pra hoje....

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ahhhhh, a polítca, ai ai ai


Mais uma semana bem movimentada do ponto de vista político. E os prefeitos e ex-prefeitos foram o motivo de minha correria durante a semana. No começo dela, o ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Morais ganha um habeas corpus e alcança sua liberdade após quase dez anos preso, sem ter ao menos direito a um julgamento ou a marcação de um deles. Para quem não se lembra, Morais responde por participação em, pelo menos, quatro homicídios.

Por outro lado, o prefeito preso de Traipu, Marcos Santos, ganha mais uma ação do Ministério Público para sua coleção de crimes. Gosto de lembrar o que o promotor Luiz Tenório disse há pouco tempo atrás. "Tudo que é de irregularidade no serviço público foi cometido na gestão de Marcos Santos em Traipu". Maravilha.

Os dois casos são sui generis no país. A eles somam figuras como Cícero Cavalcante, em São Luiz do Quitunde, e outros mais que respondem diversos processos criminais e de outras naturezas. São gestores que são manchados na justiça, porém em se candidatando em qualquer cargo público, ganham uma vantagem, se não ganharem o pleito de lavada em suas regiões.

Para nós que estamos de fora parece absurdo um político envolvido em morte, roubo, assaltos, falcatruas das mais absurdas, serem endeusados em seus municípios. Pode até funcionar o "roubar, mas fazer", atribuido supostamente ao deputado paulista Paulo Maluf, também idolatrado em certas partes da capital paulista.

Esta semana termina então com dois exemplos que fogem a essa regra covarde. Tive o prazer de entrevistar o ex-prefeito de Maceió, João Sampaio. Sem passar banha ou qualquer tipo de bajulação, vi diante de mim um homem com a mente tranquila, sem pesos na consciência, reconhecido por sua probidade e respeito ao próximo.

De conversa boa, Sampaio e eu fizemos de um bom papo uma entrevista que deu gosto de fazer. Do mesmo modo, Djalma Falcão. Outra figura folclórica da história de Alagoas. Porém, em virtude de horário, não tive o prazer de entrevistá-lo, a missão ficou para meu colega Victor Avner. Mas me deleitei com a força das coloações do ex-prefeito.

Vendo as fotos da entrevista, senti-me próximo dele. Conversei com ele por telefone e do outro lado da linha, sua voz chegava ao meu ouvido, lenta, rouca, mas altiva - como sempre foi. Ambos, Sampaio e Falcão passaram para mim a receita para que um homem público seja lembrado pela eternidade. Respeito, retidão, paixão pelo que faz e acima de tudo, honestidade.