quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Treze anos de impunidade

Nesta quarta-feira, 28 de outubro, Alagoas comemora mais um aniversário de uma triste história. Em 1996, era morto o tributarista da Secretaria da Fazenda de Alagoas, Sílvio Viana. Treze anos após sua morte, a bandeira de luta por um serviço público honesto ainda não foi tirada do mastro dos sonhos.

Segundo as investigações, foram dez balas de uma rajada de uma submetralhadora 9 milímetros que vitimou Viana, na noite deste fatídico dia para a sociedade alagoana. O tributarista estava à frente de cobranças milionárias a usineiros alagoanos, e em virtude da pressão efetuada contra estes poderosos, Sílvio Viana tombou.

O empresário João Lyra é apontado pelas investigações como o principal suspeito de ter mandado matar o tributarista. Em entrevista concedida a revista Istoé, em 2006, uma das testemunhas chaves do caso, o ex-policial militar Garibalde Alves, aponta sem titubear o nome do usineiro.

Porém, apenas o coronel Manoel Francisco Cavalcante, apontado como chefe da Gangue Fardada - esquadrão da morte utilizado por poderosos em Alagoas, durante a década de 90 - está preso pelo crime, e de fato se tornou um arquivo vivo do crime organizado no estado.

Se foi Lyra ou não o autor intelectual da morte do fiscal, o nosso dever como cidadãos alagoanos é não deixar morrer o ímpeto e o sonho de uma Alagoas limpa de corruptos e valentões. É um sonho distante, mas o ideal plantado por Sílvio Viana não pode e não deve morrer com ele.

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