quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vida dura

Demorei pra escrever esse post, mas não esqueci. Segunda-feira estive em Arapiraca, capital do Agreste alagoano, e fazendo essas coberturas jornalísticas no interior vemos como nós, jornalistas, sofremos em meio as dificuldades. Tanto no Agreste, quanto no Sertão, ou em qualquer outra parte do estado, a maior dificuldade é encontrar os endereços que acontecem os eventos.

Já fui bater em lugarejos tão longíncuos que pensei ter saído de Alagoas. Localidades afastadas cerca de 13, 21, 18 km longe da civilização - isso de carro, imaginem à pé. Sem contar nos nomes curiosos: Baixa da Mãe Joana, Pai Mané, Pé Leve, Brasília.... a lista é grande.

Se não é o calor já conhecido do Sertão, é lama que dificulta o acesso. A orientação na região é apenas pelo boca a boca. O jeito é parar quem passa na estrada de barro, seja de burro, bicicleta, a pé, vale tudo, locomoção é com o povo sertanejo, a moto hoje substitui o burro aí já viu. Eles andam e muito, a resistência do sertanejo é conhecida país a fora, que sá motorizados.

Agora não se iludam, não vão na história do 'bem ali'. Tudo pra eles é bem ali....vá com disposição de andar e sem reclamar, pois não adianta. Tanto estresse só pra chegar só é relevado com muito bom humor e diversão à parte. É fotografo se atracando com o pessoal do apoio, reencontros, muita piada, papo com colegas de trabalho, fofocas, busca insana por comida, novos amigos - pois sem eles somos órfãos longe de casa -, tudo aquilo que faça-nos esquecer um pouco da árdua labuta.

Mas tenham certeza, quando virem uma notícia vinda do Norte, Sul, Agreste, Sertão, saiba que ela foi construída com muito afinco e sofrimento, na base da confiança da fonte em nós jornalistas. Neste caso, louvores aos nossos amigos correspondentes nestas regiões que diariamente enfrentam suor e poeira em nome da informação e do leitor que aguarda nossas notícias. Parabéns...

Nenhum comentário:

Postar um comentário