terça-feira, 5 de abril de 2011

Paixão bandida


Quem nunca teve uma paixão assim meio que safada, sem futuro, sem rumo e incontrolável? Seja na adolescência, vida adulta ou até mesmo no fim da vida pra dar aquele 'grand finale' em sua existência, todos nós que temos uma vida amorosa a zelar possuímos lembranças picantes para contar.

Não é pernicioso, muito menos pecaminoso aceitar uma 'tara' por alguém. Realizar tal desejo, agonia ou vontade é salutar, engrandecedor até, faz muito bem pra nosso ego. Geralmente essa 'tara' se transforma nisso, numa paixão platônica e incompreendida. Ela é secreta e rotulada por todos como imoral. Mas que se dane, o que importa mesmo é aquele momento ali de voracidade, inconsequência e apetite.

A paixão bandida é aquela que te maltrata. Tapas e beijos são apenas alguns dos ingredientes desse caldeirão quente e prestes a explodir quando os olhares se cruzam. Funciona bem como o nosso time do coração, nós amamos o desgraçado até debaixo d'água, mas o famigerado insiste em escurraçar nosso amor.

O seu rolinho proibido pode ser impossível, ordinário, sem vergonha, mas só vai valer de verdade quando ele pôr água na sua boca, fizer suas mãos tremerem, e num olhar apenas faça vocês voaem um no outro. É como se soltasse num quarto escuro quatro loucos com uma faca cada: o fim é inesperado.

O sangue ferve. A tensão em ser pego é o catalisador da paixão. A lenha que ateia fogo nessa relação é isso, a liberdade e ao mesmo tempo o paradoxo da procura eterna. Nem sempre se estará junto, porém a saudade ajuda a queimar a pele de desejo por aquele pé quentinho ao seu lado.

Conheci um caso certa vez que o camarada fazia o tipo bad boy, a donzela era a menininha patricinha intocável -até então. Em condições normais de temperatura e pressão, esses dois seres jamais poderiam se atracar por ai. Mas como tudo é pra contrariar mesmo, eles formaram o casal mais controverso que já tive notícia. Ele se meteu em diversos delitos, ela foi a faculdade, e continuou tendo aquele arranca-rabo ordinário com o sujeito. Nem a proibição de pai ou mãe foram suficientes para terminar com o relacionamento. Em vão, brigas, discussões, castigos, nada...tudo só fez aumentar a libido do casal proibido.

Porém, como toda paixão...um dia ela acabou. Deixou apenas lembranças, desejos saciados e aquele gostinho de quero mais e aquela mordidinha no lábio quando eles se lembram dos momentos de pegação.

P.S.: Hoje, ele está em liberdade condicional - solteiro, e ela está separada do primeiro marido, acompanhada de seu filho de 5 anos. Sinal de fumaça à vista? Será que o fogo pode reacender? Uuuuuiiii

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