segunda-feira, 7 de março de 2011

Crônicas carnavalescas III: se retirando


Assim como já fui um folião, também descansei as folias de momo em retiros religiosos. Lá pelos meus 13, 14 anos fui quase um coroinha. Era de ir a missa todo domingo, lia o evangelho e tudo, além de frequentar a catequese e quase ensinar aos colegas mais jovens. Foi nesse período, em um carnaval que tive uma das minhas experiências mais marcantes quando o assunto é falar com Deus.

Como jornalista, amante da vida e da esbórnia, não sou tão herege assim, naquele ano retomei laços de amizade com uma grande amiga. Isso aconteceu diante de uma roda de oração, sob a orientação do seminarista. Foi uma emoção que até hoje jamais senti igual. Algo me empurrou pra diante de uma árvore artificial, onde colocaríamos fogo, simbolizando as sarças em fogo. Ela e eu no ajoelhamos e rezando caimos em pranto diante das palavras do seminarista. Era algo tão forte dentro de nós, uma sensação que não há palavras para descrever. Sem chance...

A outra experiência não foi tão legal. Já foi mais recentemente onde para acompanhar minha namorada fui a um retiro carnavalesco evangélico. As brincadeiras eram interessantes, os cânticos também, mas quando você não combina com a doutrina alardeada, não tem jeito. Respeito até hoje, entretanto tenhos posições divergentes. Uma pena...mas valeu pela companhia, lógico.

Cada um segue o caminho mais conveniente nos dias de Carnaval. Você deve ir pra onde o coração se sentir mais a vontade. Seja em retiro ou na libertinagem propriamente dita, o que vale é ser feliz. Tá acabando...hoje já é segunda. Ahhh, e quem opitar por um retiro espiritual...por favor, rezem por nós!

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