quinta-feira, 24 de março de 2011

Crônica jornalística nº 976.875.456


O que um jornalista vive em um dia, uma pessoa comum não se surpreende em uma vida. Na boa, vamos combinar que depois do tinhoso em pessoa e dos advogados, o profissional de jornalismo é a raça mais xingada da galáxia. Tudo por serem incompreendidos e trabalharem com algo que ninguém está muito habituado a manejar: a verdade.

Tudo bem que a ‘verdade’ é aquela que você ouve ou é obrigado a escrever. Mas a labuta é árdua e injusta. Vê só...você entrevista a autoridade, sabe que o camarada não é lá nenhum matemático, não é chegado à números, ele vai e solta a informação, um dado qualquer. Primeiro, você é obrigado a desconfiar. A suspeita só se abstrai quando o técnico mesmo, a autoridade no assunto confirma a informação.

Ok! Ótimo, mas a apuração não é lá uma característica suigeneris dos jornalistas. Era pra ser eu sei, mas sob a justificativa de informar com velocidade a ânsia pelo imediatismo, o erro aparece.

Outra situação é quando você ouve o cidadão falando, grava ele verborragindo, tem a convicção do que ele falou, aí chega no dia seguinte ele lê nos jornais sua fala e diz: “Eu não falei isso, foi erro do jornalista”. A ira toma conta do jornalista. Dá aquela vontade de soltar os cachorros, maaaasss ele tem contas a pagar e o juízo bate.

Essa relação de incompreensão mútua existe desde a primeira decaptação de escriba na antiguidade. “Eu não falei isso”, foi a última coisa que o ancestral dos canetinhas ouviu.

E assim seguimos a vida. Portanto a cada notícia que você ler em sites, jornais e afins...saiba que o caminho entre perguntar, falar, ouvir e escrever é mais longo e sinuoso do que você imagina.

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