domingo, 3 de janeiro de 2010

Não precisava


Poderia ter ficado sem essa, mas o lançamento de um filme exaltando a hombridade e liderança do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, foi demais. Neste fim de semana fui ao cinema conferir como era mesmo o contar da saga de Lula no cinema.

O filme é baseado na obra da jornalista Denise Paraná, que relata a vida de nosso presidente até ele tomar posse. Mas não é bem assim. Existem trechos no filme que não condizem com o que foi na real, segundo o livro. A lista começa com a cena do parto, onde a cena ganhou ares de uma manjedoura. Alusão ao nascimento de Cristo? Fábio Barreto, diretor do filme, exagerou.

Outra cena romantizada foi quando o pai de Lula, Aristides, vivido pelo excelente Milhem Cortaz bate em Dona Lindu (Glória Pires). Não existe comprovação de que realmente o pequenino Luis barrou o pai de espancar a mãe com palavras. Assim como no episódio em que a professora de Luis tenta adotá-lo por sua pujante inteligência, e a mãe nega daqule jeito. Se não me engano, o pedido aconteceu, porém não naqueles termos.

São trechos do filme que não há um embasamento histórico. Mas que ilustram um Lula como um líder nato desde o berço. Onipotente e perfeito já engatinhando.

Salvando o histórico distorcido do filme inteiramente financiado por empreiteiras e empresas com olho grande nas obras e negócios com o governo federal, Lula não precisava de tamanha encenação para tornar-se um mito.

Por si só ele já o é. Um cara que saiu do nada, rompeu todas as barreiras sociais e discriminatórias para ser um presidente da República, putz...precisa mais? Lula fez muito pelo Brasil, é inegável. Porém, não podemos endeusá-lo. Ele é tão real quanto nós e comete erros, assim como todos cometemos. E que erros...

Não curto lá esse assistencialismo cínico que ele promove como presidente. Bem, Diogo Mainart é que faz esse papel melhor que qualquer um: criticar Lula. Mas assistam o filme e tirem suas conclusões. Mas não custa nada também ler antes de ir......leiam e saibam separar o homem do mito.

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