domingo, 17 de janeiro de 2010

Arte alagoana


Até o dia 24 de janeiro, no Centro de Convenções de Maceió, turistas e nativos podem conferir o que Alagoas tem de melhor quando o assunto é artesanato e afins. A Artnor 2010 traz muito mais que a habitual alagoanidade que sentimos nas letras de Djavan, no som de Hermeto Pascoal e na arte de quase anônimos como Dona Clarrisse, rendeira de mão cheia, ou de Dona Irinéia, escultora de União dos Palmares. A maior feira do estado fascina por sua organização e pela beleza de cada stand. Se não fosse por um estacionamento tão caro, seria perfeito. Mas faz parte do show.

Muito longe da aridez do Semi-árido, e do amarelo deste Sertão, os temas da Artnor se espalham por cada diversidade que Alagoas tem a oferecer. Cada espaço da feira tem um tema específico, e a riqueza de detalhes pula aos olhos dos visitantes. Estive na feira neste domingo e adorei o que vi.

No salão Memórias, o interior das antigas casas provincianas do estado voltaram do passado. O piso ornamentado em tijolos de barro e uma luminária com pequenas cabaças chamaram a atenção do ambiente. De quebra as cadeiras rústicas em madeira de lei se revezavam com grandes potes de barros se destacando no espaço destinado ao mergulho na história alagoana.

O salão das matas apresentou as rendas, brincos, filés, e demais ornamentos confeccionados em palha e outros materiais artesanais. E assim vai....

Após a apresentação do coral A Barca, o alagoano sem dúvida sentiu-se mais orgulhoso em ter essa terra linda como chão. As canções estilizadas de Djavan e Gonzagão lembraram para muitos que ser nordestino é sinônimo de alegria, superação, fé e beleza. Não apenas por que fomos abençoados pelas belezas naturais que aqui conhecemos. Não apenas por isso, mas pela beleza e talento de nosso povo.

A cada stand vemos esse talento que todo alagoano tem. Reconhecemos a dignidade e o dom de cada um nos trabalhos apresentados. A excelente receptividade. Aquele sorriso no rosto. A simpatia tão característica do conterrâneo de Aurélio Buarque de Holanda.

Bem, mas uma conversa a parte é a praça de alimentação. O aroma, o gosto, e as misturas que Alagoas tem, estão expostas nos quiosques. Preparem a língua, sintam o sabor, abram o coração e a alma. Sintam o que o nosso estado tem de melhor.

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