quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Folga de mim também


Rio de Janeiro, Recife, Aracaju, Curitiba, Maragogi, sol, praia, cervejinha, férias. São elementos que quando juntos são sinônimos de curtição, farra, sorrisos e descanso. Entretanto o bucolismo de seu cantinho não há quem pague. Cada um escolhe seu roteiro de férias que o convém, e o meu interior, a minha terra não poderia estar fora deste merecido aconchego.

Os lugares paradisíacos citados anteriormente são excelentes rotas de diversão, são inegáveis, mas depende bastante do estado de espírito de cada um. Estou passando por uma fase de regozijo total, não tenho do que reclamar. Porém, sinto que devo a mim mesmo um retorno às minhas raízes.

Nesta quarta-feira, 2, baixei o facho em minha casa e respirei os ares caseiros. Após lavar o carro no final da tarde na porta de minha casa, via passando pela rua personagens de meu passado, amigos, parentes, pessoas que ficaram para trás, iam e viam. As passagens com cada uma delas seguiam o mesmo ritmo.

Um respirar bem fundo apresenta minha sensação de ‘quanto tempo’ ou seria 'o tempo passou'?. Pois bem, o tempo passa e a poupança Bamerindus, continua....eita, lugar errado!!!! Bem, não sinto a vontade de retornar no tempo para reviver sentimentos e acontecimentos de outrora. Não, não, estou muito bem obrigado. Prefiro apenas lembrar e ver no que deu, nada mais.

Como sou bem bicho do mato, aqueles meio ‘jeca’ mesmo, sou eu e uma tranquilidade, uma cidadezinha, um conversê tranquilo e demorado. Mas os tempos são outros e não cabem mais tamanha folga.

Prometo a mim mesmo que não posso conceder essa judiação de abandonar minhas raízes. Amo minha cidade, amo meu passado, e adoro minha gente, todavia não sou refém dos dias de ontem. O arcadismo e o pastoralismo arraigados por um segmento os poetas românticos brasileiros são pra mim bem peculiares e me agradam bastante. Masssssss......


Vivo o hoje, planejo o amanhã, mas o passado deve ficar lá onde ele bem está. Saudades e memórias é que devem ficar.

Um comentário:

  1. Eitha, Cadu... qd li seu texto me lembrei da minha rua! Moro no mesmo lugar há 26 anos! Sabe um remédio p as minhas agonias?! Qd eu posso parar e comprar pão na padaria de sempre... A minha avó já comprava "lábios de mel" lá! Mto bom! Nessa hora vejo q apesar da correria, mta coisa não mudou... mto continua de pé do mesmo jeitinho, sem pressa!

    Um abração!

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