sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fim de linha


Dizem que um tigre perto de morrer se torna ainda mais perigoso e feroz. Um político que reconhece sua decadência e assiste sua queda profissional vive a mesma situação. A morte para um político é sem dúvida alguma o ostracismo e o isolamento. Ninguém o procura, é triste, introspectivo e solitário. Posto que não há mais nada a dar a terceiros.

Aqui em Alagoas, como deve ser também por aí, velhas raposas políticas estão vivendo esse tipo de situação e outros se aproximando dela. Um determinado ex-governador, no auge de seu poder tinha tamanha impáfia, que nem recebia seus líderes e gestores municipais.Criou uma ilha ao redor do palácio.

O então governador afastou deste estado tão sofrido as empresas e os investimentos que tantos alagoanos mendigam. Contemporâneo deste ‘líder’, um coronelzinho sugira na região do Agreste alagoano. Com fama de bravo, lendas e fábulas dão conta que a lista de atrocidades e homicídios do então político ‘chibateiro’ é extensa e diversificada.

Falam as más línguas que até espancou o pai ao suspeitar que ele tinha batido em sua genitora. Em sua região, reina como um ditador pleno e sanguinário, a chibatadas e pisas dadas a torta e a direita, ele impõe sua vontade. Esse reizinho periodicamente em seus discursos ainda tem a capacidade de invocar as bênçãos do Espírito Santo. É muita blasfêmia.

Tal político conseguiu expandir seu poderio ao se eleger como legislador estadual. Alguns falam que chefiou gangue, desviou dinheiro, mandou matar fulano, beltrano e sicrano. É o poder em pessoa. Nada nem ninguém estava acima dele.

Entretanto, seus desmandos começam a minar sua própria carreira. Para o bem do povo alagoano, o famigerado está se sentindo acuado, pois está perdendo aquele prestígio de outrora. A intimidação de antes está dando espaço aos devaneios e à loucura. É assim, como um tigre que se sente ameaçado, o tal político presente seu fim político. E para felicidade alheia deve ser breve.

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