terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Workaholic com ressalvas


Como você pode imaginar um workaholic em férias. É uma situação conflituosa, o sujeito que é viciado em trabalho, no mínimo, deve ser amarrado no pé da mesa para não trabalhar durante seus merecidos dias de trabalho.

Admito que sou lá um workaholic bem comportado, mesmo longe de minhas funções diárias de jornalista, fico com um pensamento na redação. Preocupação não, mas apenas apreensão, secura mesmo de fazer matéria. Ainda viajei por aí com minha companheira, curti bem e descansei legal. Recarreguei energias e organizei as idéias.

Mas como todo fissurado em trabalho, não vejo a hora de retornar à minha bancada e escrever, editar, sentir aquele cheiro de jornal tão peculiar. Segundo dizem, as pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no entanto, nesta última década a aparição desta espécie se acentuou motivada pela alta competitividade, necessidade de sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo.
Confesso que sou meio assim, mas o tempo me fez superar essa de provar algo a alguém. Trabalho por que amo o que faço, mas jamais vou deixar de lado minha mulher ou meus futuros filhos. Nunca. Aí já é demais.

Retorno ao serviço nesta segunda-feira, 14, antes de meu prazo oficial, que seria apenas dia 23. Estou de molho, de fato, meu punho está dodói, mas tô tranquilo. Fico estes dias em casa para assistir uns DVDs e ficar sem fazer nada. Algo inadmissível para um workaholic, mas diante das circunstâncias levo a entender que não sou um louco por trabalho, gosto dele, flerto com a ocupação. Mas ele não me tem......

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