segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que nossa senhora ilumine o interior


Foto ilustrativa

Nesta segunda-feira, 23, minha querida Satuba festeja a sua santa padroeira Nossa Senhora da Guia. Foi realizada hoje também a tradicional procissão pelas ruas da cidade, infelizmente não pude participar. Estive me despedindo do meu povo do trabalho. Minhas férias estão à vista.

Mas voltando...como autêntico garoto do interior, sou eu e festa em interior. Fico como pinto no lixo. É minha casa, são os meus, todo mundo se conhece. É aquela festa. Ao chegar em Satuba fui dar um rolé pela praça central. Claro, tudo acontece ao redor da praçinha nas cidades dos cafundós do país, muito natural e muito legal.

Primeiro veio aquela sensação que nada mais é como antes. Ando pela praça e não conheço ninguém. São apenas aqueles pivetes que em meu tempo ainda usavam fralda ou brincavam de carrinho. A malícia não tinha chegado a eles. Tadinhos tão inocentes. Enfim...passando por essa melancolia triste que me mostra o peso do tempo, vejo pulando no castelinho de balão uma cena maravilhosa e muito divertida.

Vi minha sobrinha de quatro anos com um sorrisão estampado no rosto, pulando toda vida, nem aí pra mãe dela que angustiada a esperava na porta do brinquedo. Ela me remeteu a um tempo que era eu que estava ali dentro brincando. Bateu saudades. Putz, como era bom.

Dos amigos antigos da cidade, só as saudades ficaram. Todo casaram. Filhos e a idade vieram e nos afastaram. Os empregos e as oportunidades os chamaram para outros caminhos. Alguns trajetos difusos demais eliminando quase que totalmente a chance de se ver e matar as saudades.

O gosto de fel saudoso veio na boca. Engoli seco, mas meus olhos brilharam com tamanha felicidade da minha guria ali pulando no castelinho de balão inflável. O melhor do dia naqueles bons tempos era isso: brincar, esquecer da hora, suar, correr e pular. Espero que ela curta tanto quanto eu a sua infância.

Ainda bem que ela no interior desfruta de um clima extremamente propício à diversão. Que ela construa amizades sólidas, inesquecíveis e com elas faça um caminho doce e singelo, para assim como eu lembrar com nostalgia dos tempos legais das festas de casa.

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