segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Debater é bom, fazer é melhor ainda

Este fim de semana aconteceu em Maceió a Conferência Estadual de Comunicação. Agora me pergunte o que foi discutido. Sinceramente não sei. Confesso que não acompanhei os debates, muito menos os pontos de pauta. Mas pelo pouco que vi e acompanhei, nada me interessou, e creio que a grande maioria dos profissionais de jornalismo presentes, também não sentiram tesão com os aclamados discursos que exaltavam em sua totalidade o sexo dos anjos.

Gente, sinceramente, a cada fulano que se apossava do microfone ali ele falava o que bem entendia, mas em algumas vezes, nem o próprio ministrante sabia o que ele falava. Teve até participante que pegou o microfone para se declarar como homossexual. Pra se ver o nível de discussão que pairava no recinto.

Cansei de participar de debates homéricos nas bancas universitárias, congressos, fóruns país a fora, e nada sair do papel. Essas falácias caíram na descrença para mim. Falasse bastante, porém a execução é inócua. Ela não existe simplesmente.

Ainda enquanto estudante, percebi como o movimento estudantil faliu sua ideologia de grande cabeça pensante do país. Não posso pôr todo mundo num bolo acéfalo, mas uma enchurrada de universitário por aí só vai aos encontros e fóruns de debate em busca de maconha, farra e mulherada.

Falar até que eles falam, mas cumprir e executar...hum! Problema sério. E outra, para aproximar, não assustar a calourada, acolher os 'pelegos', enfim, tornar o movimento estudantil e suas demandas mais reais, é necessário que os questionamentos sejam mais concretos e plausíveis.

Assim, em meus tempos de acadêmico, a Universidade Federal Alagoas estava passando por uma séria crise, mais especificamente o bloco de Comunicação. O canal de Tv da Ufal foi usurpado, os equipamentos sucateados, as salas podres, enfim. O movimento estudantil deveria lutar mesmo era por melhores condições de estudo, algo mais local. Brigar com a reitoria, seja lá quem fosse.

O post descambou para o movimento estudantil por que a conferência tava lotada de estudantes, ainda iludidos com uma mudança de sistema de comunicação. Os mais experientes jornalistas ali presentes, não suportaram tanta utopia e se retiraram do espaço.

O recado que fica: tornar as demandas sociais mais próximas do cidadão. Não adianta questionar por que o céu é azul. Adianta falar, questionar, pensar e fazer.

Pô, teve gente que quase entrou no tapa por causa de uma passagem grátis para Brasília. É lá onde será a conferência nacional. Ai ai ai ai, com certeza a gana pela passagem não era para chegar no Planalto Central e brigar por sua ideologia.....tenho lá minhas dúvidas!!

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