quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jornalismo com humor? Dá certo?


Observo de uns tempos pra cá que os humorísticos tem abordado mais fortemente o traquejo com a informação, e de humorísticos têm se tornado programas que destacam a notícia de fato com um tom cômico. Mas fico me questionando até onde podemos considerar como jornalismo essa gostosa brincadeira.

Creio que o maior exemplo nesta seara é o CQC da Band. Jornalismo como prestação de serviço e de informação, os meninos do programa são mestres nisso. É a pedida básica do jornalista Marcelo Tas, o regente da trup. O restante nem deve ser jornalista, não sei a formação deles, confesso, mas a abordagem dos fatos é interessante. Há de se reconhecer que a linha é tênue, estreita demais, a matéria pode descambar para um Casseta e Planeta melhorado.

De fato que o programa da Band, recordista de audiência nas segundas-feiras, não pretende fazer uma enfadonha cobertura sobre a política em Brasília e os acontecimentos que rolam por aí. É o segredo deles. Sempre pôr aquele tempero na informação, algo que torne a notícia mais atrativa para o grande público, ainda leigo e desinteressado dos assuntos importantes.

O novo jornalismo, ou melhor, o jornalismo feito atualmente necessita disto: noticiar, mas não apenas noticiar pura e simplesmente, mas com efeito, com estilo e marca. Adornos? Enfeites? Não, sem xiliques ou subterfúgios, com elementos que façam o povo se informar.

Dá graça de ver perguntas lúdicas e de duplo sentido em assuntos sérios. A mídia dita 'séria', a geralzona, fica puta da vida com os camaradas. Mas enfim, todos estão trabalhando, não é brincadeira. Pode até parecer, mas não o é.

Paulo Bonfá e Marco Bianchi, do Rock Gol da MTV, fazem o mesmo porém em outro segmento. A cobertura esportiva é séria, eles relatam o apurado dos campeonatos, é óbvio que com uma carga humorística muito maior, mas eles falam, entrevistam atletas, torcedores, enfim. Passam a notícia à frente.

O importante é fazer com que o público entenda a mensagem. O profissional deve seguir a linha da verdade, os fatos, o respeito à sociedade, isenção, a qualidade, genialidade; ou melhor, sob os ditâmes do bom e velho jornalismo. Ser criativo e utilizar essa arma em prol do povo.

Parabéns para aqueles que conseguem trilhar essa linha.

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