sábado, 10 de julho de 2010

De repente 30?


Quando se é criança todo mundo quer logo crescer. Ficar grande pra poder fazer tudo. Ir aos lugares sem pedir a mãe ou pai. Dirigir. Chegar tarde. Festas, baladas, beber. Fazer tudo que pode e o que não pode. Quando conseguimos então as façanhas sonhadas na infância, chega a estabilidade e novos desejos tomam seu lugar. Vestibular, faculdade, trabalho, dinheiro, são alguns dos anseios que permeiam o campo dos sonhos de todos nós. Mas quando chegamos aos 30, o que queremos?

Certamente ao alcançar 30 anos, a mulher ou o homem, querem concretizar planos. Chegou a hora do 'vamo vê'. Acabou a fase melancólica dos sonhos, do planejar, é chegado o tempo de executar. Atingimos a maturidade e quando não realizamos nossos planejamentos infantis, ou juvenis, já batem as primeiras frustrações da vida adulta. É ruim e dói, como dói.

Sentimos que nosso corpo não é mais o mesmo. O fôlego demora. Mas sabemos os atalhos. A cabeça pensa melhor. Somos mais experientes. Mais vividos, ainda com a carinha de 20 e poucos. Porém, temos menos tempo. Temos que curtir mais, mesmo com uma pressão maior. A responsabilidade ganha mais um peso: a idade.

Com 30 anos ainda podemos apreciar a vida sob o olhar de um jovem, porém com as ideias de um trintão. Um querer mais apurado, um gosto mais refinado e direto. Sem firulas. Até por que, já passamos por muita historinha nessa vida e sabemos o meio e o fim de todas. Não existem mais surpresas. Entendemos de tudo um pouco. Nem vem pra cima da gente...somos vacinados.

Se os 30 assustam? Até que não. A idade vem carregada de misticismo. É mais uma passagem de fase. Assim como os 15 anos para as mulheres. É onde os homens viram de fato homens de verdade. Os barbados ganham finalmente as obrigações e definições de macho. Calma, gente sem preconceitos. É apenas modo de falar. É um rito de passagem, nada mais.

As comemorações são menos divertidas, mais sérias e comportadas. Não queremos perder mais tempo com futilidades. Queremos o prazer direto, sem lero-lero. Apenas aqueles que nos importam mesmo valem algo pra nós. Os 'nossos' têm preferência para estar conosco. Aquilo que nos faz bem, fica no primeiro lugar da fila.

Fora aos desconfiados, os inimigos, os conhecidos. Até por que, a essa altura da vida porque tê-los? Se tiver interesse na amizade de alguém, chame ela pra si e a conheça de verdade. Para os trintões, o tempo é vital. Cada vez mais entendemos que devemos dedicar nosso tempo ao que nos faz bem, mais jovens e úteis. Só assim permanecemos vivos e com menos idade.

É isso que queremos. Aos chegarmos aos 30 anos de idade, queríamos ter 17, 20, 25 anos. Desejamos ter um pouco a síndrome de Benjamim Button. Só um pouquinho, pois o corpo envelhece. O tempo passa. Mas não olhe pra trás, deixa o passado pra lá. O bom de completar 30 anos é que o futuro pode ainda nos reservar algo novo e bom. Como se acabaram as surpresas, a vida não se dá por vencida e sempre nos apronta algo.

Esperamos assim.....!!!

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