quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tá raivosinho, tá?


Vamos lá analisar friamente essa galera da política pelo ponto de vista dos jornalistas que trabalham dia a dia em sua busca. A relação na maioria das vezes é de amor e ódio, muito mais ódio do que amor, pode ter certeza.

Todo dia tentamos repercutir em meio a eles notícias, informações, fatos que certamente são de interesse da população - ou da editoria dos jornais. De todo modo, como pessoas públicas, os políticos em geral deveriam ser safos na comunicação, pois serve até de atributo favorável a eles, sabendo usar é lógico.

O que acontece - maioria das vezes - são políticos respondendo de má vontade, com arrogância, impaciência ou até ironia. Muitos até dizem que não disseram isso e aquilo, fazem jogo duro e afirmam que o repórter mentiu e colocou palavras na boca deles. Algumas vezes, o editor realmente apimenta a matéria e deixa o repórter em saia justa. Entretanto, é má fé dar asas a imaginação do editor e descontruir o pensamento do repórter. Mas por favor, vamos aqui construir um debate. O repórter é a arma do jornal. Ele vai in loco apurar a informação, o ponta de lança, o avançado, e seu material serve como munição para os editores e donos dos jornais. Paciência!!!

Voltando. Entrevistas por telefone é onde mora o perigo. Os políticos se trancam em reuniões intermináveis. São tangiversais, fogem das perguntas, falam, falam, falam, mas não dizem nada, quando não são grossos, viu. Muitos se vestem em armaduras, em verdadeiras blindagens de impáfia e ignorância. Se acham os Deuses, ou melhor, têm certeza. Isso serve também para o pessoal do Judiciário, juízes, promotores, procuradores, advogados - são mais acessíveis, mas pensam que todos os jornalistas são idiotas, secretários de Estado, superintendentes, diretores de órgãos e tudo mais. A galera quando sabe que é um jornalista do outro lado da linha ficam 'toda-toda'.

Neste pouco tempo reconheço poucos que têm uma real habilidade em lidar com a imprensa e saber colocá-la a seu favor. Ser cortês, educado, amável, didático, simples, não tira pedaço ou diminui a condição do personagem. Lógico que existe aquele repórter mala que faz perguntas provocadoras e pede pra levar um fora. Entretanto, algumas perguntas devem ser feitas pois é a população que quer ouvir sobre tal assunto. E o repórter é a ponte sobre os temais. Damos um ponto arretado para aquela autoridade que se porta como tal, mas com humildades, elegância e ombridade. Falam calmamente, detalhadamente, pacientemente e com a educação, que certamente a mãe de cada um forneceu.

Não somos inimigos dos políticos, já que eles são os representantes do povo, eles não deveriam fugir de nós, somos nós que pagamos os seus salários, ora essa. E tenham certeza, gente, se pudéssemos optar por não estar ali diante de uma pessoa desconhecida e que do mesmo jeito não queria ver você, certamente estaríamos bem longe deles. É trabalho, é profissão, obrigação de comunicar.

Ahhh, e quase ia esquecendo os assessores que só fazem atrapalhar. Tem aquele que diz simplesmente: "Ah, passou do meu horário de trabalho e não posso fazer nada"; "O que eu posso fazer já está no site, não posso passar o telefone - nem o telefone - do fulano de tal, ele não vai falar". Ou mais singelamente, o assessor nem atende seu telefone. Pensa que seu release primoroso é o bastante e nem te dá um "oi". Mais uma vez, paciência!

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