quinta-feira, 14 de julho de 2011

Deixo recado


Sinto hoje uma sensação de alívio! Definitivamente sinto que minha alma, sempre inquieta, está encontrando uma serenidade que há tempos não sentia. Esse sentimento veio quando depois de uma semana sem ver minha mãe falei com ela por telefone. Bateu saudade, simples assim. Simples como deveriam ser as coisas da vida. O macarrão da mamãe. O telefonema de um amigo distante. Um 'oi' de pessoas que há tempos não víamos.

Eu tava tão bobo que me emocionei ao ouvir minha mãe falando de suas vitórias pessoais e das graças que nossa família tem alcançado ultimamente. Ainda bem, meu Pai, recentemente passamos por perdas materiais, familiares e de estima. Até por que quando as coisas ruins acontecem, elas chegam de uma vez. E se vão de uma vez apenas.

Agora, a maré tá virando. Os ventos são outros. A escuridão que pairava sobre minha cabeça se foi. O pensamento é positivo, o sorriso tem que ser definitivo, e a humildade deve ser eterna. Por mais que estivermos na sarjeta e desacreditados e sem esperança, rezem, orem, tenham fé, conversem com Deus, pode parecer conversa babada, papo de carola, piegas ou sem nexo, mas não o é.

Pôr suas lamúrias e anseios nas mãos do Divino não é sinal de desespero. É sinal de humildade de dizer: "Toma, Senhor, com isso eu não posso!". Bobagem. Pode sim. Não existe essa de fardo pesado, carregado e enfadonho. É doloroso, sem dúvida. Pesa, claro. Mas quem disse que a vida seria fácil? Ninguém.

Hoje eu dou o testemunho disso. Não sou rico, não tenho o ouro do mundo, mas a cada dia vejo de fato como a família é importante. Como é bom ser amado pelos amigos. Como é excelente saber quem são esses amigos de fato. É reconfortante reconhecer numa multidão os 'seus'. Como é ótimo unir a esses escolhidos outros mais. Outros com bom coração, com boa vontade, boas intenções. É disso que precisamos: boas energias. Dia após dia abandono aqueles que eram amigos do que ocupava, ou de que eu tinha, e não do que eu sou.

Tenho orgulho de tudo que sou até agora, de tudo que consegui até hoje. Bato no peito, de leve, sem força, com a mão no coração, sem ódio, rancor ou mágoa, bato nele e digo: paz, pessoal, paz. Falem baixo que a felicidade tem sono leve. Se você que está lendo esse post está nas trevas, calma. Isso passa. Passa lentamente, mas passa.

P.S.: Perdoem mais. Amem mais. Sorriam mais.

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