segunda-feira, 30 de maio de 2011

Decepções e o outro lado

Minha experiência em Assessoria de Imprensa me possibilitou uma breve noção sobre o que é estar embaixo do teto de vidro. Sempre vi os movimentos grevistas pelo lado situacionista. Mas também estive do outro lado.

Ainda na universidade participei de manifestações pela redução da tarifa cobrada nos ônibus. Enfrentei Bope, corri de cavalaria, e de perto vi como arruaceiros põem a perder reivindicações e palavras de ordem.

Porém, tanto na Prefeitura Municipal de Satuba, quanto no Governo de Alagoas, onde presenciei, do lado governamental, as paralisações e demais formas de pleitear e demonstrar o clamor dos servidores, jamais vi tamanho acirramento dos ânimos como hoje presenciamos.

Mas o que venho aqui descrever, ou pelo menos tentar, é passar para vocês minha sensação ao ver do outro lado a passeata juvenil contra o governo estadual, na sexta-feira, 27.

Não que não seja simpático ao movimento. Acho justa a súplica dos servidores, apoio o movimento no momento em que as bases do Estado de Direito são respeitadas e as sucessivas tentativas de diálogo são incansavelmente perseguidas. Acirramentos de ambos os lados é deplorável e criminoso.

Indo para uma entrevista para uma matéria especial minha, onde tinha logicamente que ouvir um representante palaciano, acabei entrando no meio da passeata. Veio em mim um sentimento de “há pouco tempo estava lá do outro lado”.

Sem contar que no mesmo dia, decepcionei-me com pessoas que ao estender a mão no passado, só tive as costas como visão. Aliás, nem as costas, mas o vão vazio da ingratidão. Paciência! Paciência.....

Nesse furacão de sentimentos passe minha sexta-feira com uma sensação de “cenas dos próximos capítulos”...e elas virão à galope. Pode crer.

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