Era o mês de junho de um ano desse aí qualquer. Não lembro bem, o ano mas era tempo de comemorar os festejos juninos. Uma chuva de lascar. E quem é de interior de Alagoas, principalmente ali da capital, área Metropolitana, Litoral Sul e adjacências, o lugar era o município de São Miguel dos Campos. Não tinha outra. Dançar forró, era lá mesmo.
Tempos de pouco dinheiro e festa demais pra gastar. Porém, já viu obstáculo pra jovem, principalmente para farra? Não há. Pois então. Era dia da Banda Limão com Mel se apresentar no palco da cidade. A banda estava estouradaça. Sucesso mesmo. Seus shows estavam sendo disputados a tapas. Era uma sexta-feira chuvosa e como todo solteiro, era dia de libertinagem.
Só que é aí que começa a história de verdade. Uma garota muito bonita de minha cidade – Satuba – estava louca pra ir ao show. Ela e sua amiga, perguntaram-me se eu ia para a festa com um primo meu. Pôxa, convite irrecusável. Tudo certo! Maaassss, errado!!!!
A garota estava brigada com o namorado e estava disposta a curtir a noite, de boa, sem segundas intenções – creio eu até hoje. Cheiro de encrenca, imagina !!!! O camarada não era lá essas coisas de honestidade, nem valia muito a pena poupá-lo de uma pulada de cerca dela. Até que merecia....mas vamos lá.
Os quatros chegaram na cidade na tranquilidade. Só que ela, uma exímia dançarina, não podia decepcionar e pronto, bailamos e bailamos até chamar a atenção de metade do salão. Não contávamos, ou sim, com minha cara facilmente conhecida e com a menina, que por ela só já chamava a atenção por sua beleza loira. Não demorou e muitos conterrâneos nossos nos identificaram. Putzz...
Quem cresceu em cidade do interior sabe a comoção. “Eita, fulaninho com fulaninha”. Pronto, era fofoca pra dias, novo engano. A história rola até os dias atuais. Detalhe: não demos nem um cheiro. Beijo então, necas. Ou seja, não ficamos naquela noite, apesar das maldosas falácias.
Não sei se foi premeditado ou não, mas ela terminou o namoro durante a semana e engatamos um romance que durou seis meses. Bobagem...Moral da história: Não faça nada escondido. Todo mundo descobre. E segundo, jamais duvide do poder do pensamento avançado das mulheres. É fato, elas vencem sempre!
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