quinta-feira, 15 de abril de 2010

Num reino nem tão distante...


Em um reino onde seu líder maior percebe disputas internas, qual o melhor caminho a seguir? Algum súdito então deveria alertar a este rei que sua própria corte é a maior responsável pela baixa aceitação de suas ações na região comandada por ele.

Por anos um grupo liderou os conselhos dados ao tal rei. Não vendo resultado de suas medidas, o rei insatisfeito substitui peças e criou novas alternativas para evitar que seu governo caísse.

Um de seus maiores conselheiros, um forasteiro que nada sabe da realidade local, banca de intocável. E bem ao modo de Rasputin, enfeitiça e envenena os demais conselheiros. Mas o cenário poderia ser pior, caso uma outra parte do alto comando da corte não se manifestasse diante de tamanhos desmandos.

Foram formados então dois exércitos fiéis aos seus líderes, porém todos eles submissos e simpáticos aos olhares do rei. Diante deste fogo cruzado o chefe maior do reino vê-se perdido. Confuso, mas não esquecendo sua sapiência, ele tenta observar e analisar cada integrante de seu elenco de confiança. Seu comportamento e atitudes são analisados.

Peões ou réles soldados desta guerra interna sentem-se perdidos, pois mesmo leais aos seus gurus, eles não queriam desapontar os outros caciques do palácio do poder. Portanto, o que poderia ser uma autêntica távola redonda, onde ninguém é senhor de ninguém, e os poderes são uníssonos, a vaidade e a obsessão desfiguraram os anseios e os objetivos dos conselheiros mais próximos do rei.

Nesta guerra na verdade, quem sai perdendo é o povo e por tabela, logicamente, é o rei. Pois vê seus subordinados numa disputa sem sentido e vazia. O que fazer? Apenas o rei pode então tomar sua suprema decisão. Os plebeus aguardam apenas por uma decisão urgente para que o tempo não consuma por completo o legado do rei. E jogue seu nome na lama da discórdia e do esquecimento.

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