segunda-feira, 19 de abril de 2010

3D é o bicho...




A primeira vez realmente a gente nunca esquece. De fato! E ainda mais quando essa primeira vez nos proporciona sensações indescritíveis. Calma gente, calmaê, não falo nada libidinoso. Só estou dando voz ao que muitos alagoanos estão sentindo nos últimos 15 dias. É que finalmente na capital alagoana chegou uma franquia de cinemas que dispõe de imagem tridimensional, o popular 3D.

Gente, as filas são intermináveis. O glamoroso Avatar e Toy Story 3 são os longas que iniciaram os alagoanos no fantástico mundo 3D. Até as sessões que adentram madrugada a fora são concorridíssimas.
Mas venhamos e convenhamos...é algo assim extraordinário. A beleza, a nitidez, a quantidade de cores, é hipnótico. E claro, o filme ajuda. Assisti neste domingo Avatar, de James Cameron. O cara acertou a mão. Ele demora pra fazer um filme, mas quando o faz....deu no que deu. Só a academia de Hollywood não percebeu isso. Mas tudo bem, tem desculpa, a interpretação dos humanóides azuis não chega perto do quase documentário Guerra ao Terror (que para mim é quase um filme comum de Sessão da Tarde).

Os smurfs, ou melhor, os Na’vi, povo da floresta de Pandora, apresentado no filme apresentam na tela um mundo estupendo. A diversidade de cores, sons, bichos exóticos salta os olhos e da tela também. A magia da fotografia do filme nos prende diante do que vemos. E ainda mais quando é 3D.

A saga apaixonante e apaixonada de James Cameron dá uma pequena patada na doutrina imperialista americana. Percebi até um ‘quê’ de Titanic no azulado Avatar: sua trilha incidental. Aquela musiquinha que fica sempre no fundo, como um ruidoso, mas suave, “BG”.
A música tem uma suavidade, uma leveza, muito do que as cenas românticas entre Rose e Jack encenavam no convés de Titanic. Mas é inegável, gente, a criatividade assustadora em criar um mundo tão esplendidamente fascinante. Cores que você vai demorar a ver novamente, ou jamais vai conferir na vida vão te desbocar.

E ainda chamo a atenção para o jogo interessante que é ter seu avatar, um corpo à sua semelhança que age em outro terreno, outro campo. Ele pode fazer tudo que você gostaria de fazer ou de ser. Assim sonhos poderiam ser realizados, desejos, quereres alcançados, mas o pior é quando o seu sonho de avatar dorme e sua realidade ressurge. E aí?

É bem o que vivemos na web. Somos muito o que queríamos ser, mas não somos no mundo real. Criamos um simulacro perfeito ao nosso gosto, mas e quando desligamos esse sonho, o que fica? Bem...são questionamentos demais para um filme apenas!

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