terça-feira, 3 de agosto de 2010

Anjos


É fim de tarde. Começo de mais uma noite fria do inverno de Maceió. Sozinho na sala, em um breve intervalo do trabalho, começo a escutar canções - as preferidas lógico. Entre elas começo a curtir Angel, de Sarah Mclachlan - aos interessados, ela está na trilha sonora de Cidade dos Anjos.

A melodia não apenas acalma, tranquiliza a tensão, mas tenta fechar os olhos. Fecha. E escuta. Muitos podem ver mil coisas na escuridão dos olhos fechados. Sinto paz. Harmonia. Sossego.

Como se não bastasse, a canção tenta descrever a nossa insana busca por tranquilidade. Aquela sensação que só a voz da intérprete permite chegar, assim como as asas de um anjo. Ela tem razão. Esperamos sempre por uma segunda chance. Uma perdida e improvável oportunidade de corrigir erros passados, ou até mesmo os presentes.

E apenas nos braços desse bendito anjo, encontramos essa saída, o equilíbrio do dever cumprido e da decisão certa. As mentiras inventadas já não mais tem validade. Um sorriso singelo e simples desmascara tudo. É em vão, as inverdades não mais fazem efeito.

Nessa noite, nos braços de algum anjo, seja qual for, nos permitimos viajar e sentir um sentimento tomando nosso corpo. Uma leve sensação de segurança nos enche. Não deixe que essa paz vá embora. Jamais se negue a sentir tal prazer, pois apenas esse anjo é capaz de trazer isso pra perto de nós.

Se esse anjo se foi, ou você ainda não o conheceu, paciência. Ele vem. Mas se ele já foi....viva em lembranças. Feche os olhos....

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