segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Noticiar ou não noticiar, eis a questão!

A situação é a seguinte, se ficar o bicho pega, se correr o bicho! Usamos a expressão quando nos deparamos com uma sinuca de bico, quase sem solução. Pois bem, assim estão aqueles que vivem na capital alagoana. Maceió não apenas está ganhando status de metrópole com a chegada de novas empresas, indústria e tudo mais, que até o crime está mudando para status das maiores capitais do Sudeste brasileiro. Por mais que o governador vá as emissoras de rádio e Tv, para dizer que está tudo bem, não adianta, a sensação de segurança não permanece, não se firma. Do mesmo modo se o secretário de Defesa Social, Dário Cesar, igualmente o fizer, assim como o vice-governador José Thomaz Nonô, enfim. A tropa de choque do governo estadual não vai conseguir tranquilizar o povo. É contra o real, o palpável e o que acontece. É aí onde entramos na presença da mídia e seu paradoxo inato. A imprensa noticia o que acontece na sociedade em seu dia a dia. Essa seria sua missão romântica e fria, mas de modo prático, não é bem assim que funciona. Segundo o governo, o panorama se configura da seguinte maneira. Lembram do filme 'Cidade de Deus', quando o Zé Pequeno descobre o poder da mídia e pede para que Buscapé continua tirando fotos e mais fotos dele e seu bando. Bem, a mídia fomentou a birra entre grupos rivais e o embate se acirrou. Bem, em Alagoas estamos nesse patamar. E a imprensa tem sua parcela de culpa nisso. Será mesmo? Ora, ora, quando você posta em qualquer site de notícia uma matéria sobre morte, sangue, acidente, roubo, tragédia, enfim, os acessos bombam. É impressionante a queda do povo por assuntos assim. Neste caso, o site vive destes acessos, tanto é que existe veículos que se alimentam da banalidade do crime. Vivem dos corpos, do sangue e da desgraça alheia. Porém, os bandidos reais aqui em Alagoas acordaram pra essa vantagem e agora queimam ônibus e fazem arrastões para protestar e chamar a atenção. Enfraquecer o Estado e pressionar pelo afrouxamento do combate. Pois bem, se isso funciona ou não, a sociedade está sentindo o calor do fogo dos ônibus e está suando na carreira que estão levando dos bandidos. Dizer por exemplo que não houve arrastão no centro comercial da capital, no domingo, no máximo é acreditar desacreditando não se sabe em quem. Os testemunhos são divergentes e de fontes seguras -não sei até que ponto. Uns dizem que viram as armas em punho em uma loja de aviamentos. Outros disseram que foi apenas um tumulto cometido por um baderneiro. Aí dizem que teve tiroteio e tem até gente internado no Hospital Geral. Entretanto, num Boletim de Ocorrência foi confeccionado. O serviço de 190 da polícia está ficando louco com o tamanho de ligações dando conta de supostos arrastões ou ameaças que estão pipocando na cidade. Voltamo à barbarie? Anarquia? Em quem acreditar, em quem confiar? Fica difícil responder tais perguntas. E ainda cabe outra pergunta. Cabe esconder notícia? Renegar os acontecimentos? E os interesses em jogo. A Associção dos Lojistas emitiu nota, foi à mídia dizer que não houve arrastão, quando um outro grupo de lojistas disse que houve sim. Imaginem a tragédia - agora econômica - que se confirmado realmente os arrastões no Centro. Noooouuusssaaaa, ninguém indo mais fazer suas compras, se liguem no caos que seria para os lojistas? Reforçar a segurança ou não dar página pra 'bandido', como já pediram. É Alagoas realmente está ganhando outro status no país, eu acho até que deveria se nominar esse novo panorama, pois é um neologismo, já que as coisas mais inusitadas só acontecem aqui. A justiça manda prender e o legislativo diz..."aqui não, nenêm". Você rouba R$ 300 milhões e está solto, mas nem quero dizer quem rouba um lata de leite Ninho. Aff, quase pena de morte.

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