segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meia Noite em Maceió


No último fim de semana conferi o tão falado "Meia noite em Paris", de Woody Allen. Há uns três meses aproximadamente só se falava nesse bendito, porém deixei ele sair do circuito pra vê-lo na penumbra de casa mesmo. Quem conhece a obra de Allen sabe o teor de 'viagem' que ele põe em seus filmes, antes só restrito a Nova Iorque, agora ele ampliou seu território imaginário a bela Paris, e o melhor, a Cidade Luz dos anos de 1920.

Allen põe o engraçado Owen Wilson num papel querendo ser sério, sabe. Mas ele não conseguiu pelo visto. Mas pro filme até que colou legal. Outros que se sobressaem é a gatíssima e mais escultural como nunca, Rachel McAdams. Perguntei-me se não era a Scarlett Yonhansson - musa do cineasta. Mas as curvas e a loirice fez jus a substituição. Ah tá, a primeira dama da França, Carla Bruni, deu o ar da graça numa participação especial.

O personagem de Owen após uma cana fenomenal descobriu que se estivesse num certo ponto da cidade, ele poderia viajar no tempo e viver tudo aquilo que sempre quis, ao lado das pessoas que sempre desejou. Moral da história, comentada até mesmo pelo personagem, é que ele encontrou um meio de fugir de sua realidade enfadonha, triste, frustrada para se encontrar com uma realidade ufanista, mas bastante sonhada.

No filme, nostalgia é isso é se mudar para um lugar - geralmente o passado - onde ele imaginava ser feliz, estar melhor do que o hoje. Será que é isso mesmo? Muitas pessoas usam esse artifício para fugir de suas angústias, seus fantasmas, suas lamúrias. Mas, como se sabe, os pesadelos não se resolvem driblando-os, eles permanecem lá quando voltamos.

E pro personagem Owen Wilson piora tudo, quando ele retorna ao mundo real, as coisas pioram. A tendência é essa. Ai vem a galera com aquela máxima..."sonhar pode!". Pode, mas volte, encare o que tem pela frente. Dê a sua existência um sentido, um motivo pelo qual lutar, viver. Há algo mais chato, mais morto, do que ter seus objetivos vazios, superados, furados?

O personagem do filme buscava esse sentido novamente e o encontrou do modo mais inusitado, como é a vida mesmo. A gente acaba achando - não sei o que - da maneira mais inusitada e inesperada. Tem gente já lamentando que não tem um "Meia Noite em Maceió".....rsrsrs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário