sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ahhhhh, a polítca, ai ai ai


Mais uma semana bem movimentada do ponto de vista político. E os prefeitos e ex-prefeitos foram o motivo de minha correria durante a semana. No começo dela, o ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Morais ganha um habeas corpus e alcança sua liberdade após quase dez anos preso, sem ter ao menos direito a um julgamento ou a marcação de um deles. Para quem não se lembra, Morais responde por participação em, pelo menos, quatro homicídios.

Por outro lado, o prefeito preso de Traipu, Marcos Santos, ganha mais uma ação do Ministério Público para sua coleção de crimes. Gosto de lembrar o que o promotor Luiz Tenório disse há pouco tempo atrás. "Tudo que é de irregularidade no serviço público foi cometido na gestão de Marcos Santos em Traipu". Maravilha.

Os dois casos são sui generis no país. A eles somam figuras como Cícero Cavalcante, em São Luiz do Quitunde, e outros mais que respondem diversos processos criminais e de outras naturezas. São gestores que são manchados na justiça, porém em se candidatando em qualquer cargo público, ganham uma vantagem, se não ganharem o pleito de lavada em suas regiões.

Para nós que estamos de fora parece absurdo um político envolvido em morte, roubo, assaltos, falcatruas das mais absurdas, serem endeusados em seus municípios. Pode até funcionar o "roubar, mas fazer", atribuido supostamente ao deputado paulista Paulo Maluf, também idolatrado em certas partes da capital paulista.

Esta semana termina então com dois exemplos que fogem a essa regra covarde. Tive o prazer de entrevistar o ex-prefeito de Maceió, João Sampaio. Sem passar banha ou qualquer tipo de bajulação, vi diante de mim um homem com a mente tranquila, sem pesos na consciência, reconhecido por sua probidade e respeito ao próximo.

De conversa boa, Sampaio e eu fizemos de um bom papo uma entrevista que deu gosto de fazer. Do mesmo modo, Djalma Falcão. Outra figura folclórica da história de Alagoas. Porém, em virtude de horário, não tive o prazer de entrevistá-lo, a missão ficou para meu colega Victor Avner. Mas me deleitei com a força das coloações do ex-prefeito.

Vendo as fotos da entrevista, senti-me próximo dele. Conversei com ele por telefone e do outro lado da linha, sua voz chegava ao meu ouvido, lenta, rouca, mas altiva - como sempre foi. Ambos, Sampaio e Falcão passaram para mim a receita para que um homem público seja lembrado pela eternidade. Respeito, retidão, paixão pelo que faz e acima de tudo, honestidade.

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