quinta-feira, 29 de dezembro de 2011




Eu tenho a força de um guerreiro que ama, que usa o sentimento como arma principal. Aquele que sente, sofre, chora, cai, mas que na mesma proporção suporta, absorve, aprende e se sobrepõe. Tira forças de onde não se existe. Contraria as apostas mais incontestes. E sorri para seu algozes.

Nem eu sabia que tinha tamanho poder, todavia tive uma confirmação. Ele só emana quando somos testados. E em forma de prova ele aparece, quando menos imaginamos e da maneira mais estranha. De forma natural acabamos encarando nosso maior medo e com a indeferença e segurança que Deus nos dá, aquilo some e nos torna seres de um serenidade invejável.

De certo que tais momentos de pico exigem de nosso corpo muito, muito mais de nossa psiquê, do nosso sistema nervoso, do nosso clima. Podemos aparentemente estarmos intactos, mas por dentro ficamos exaustos da batalha que acabamos de enfrentar. Eu vi a cara feia do perigo e sorri pra ela. Não falo aqui do flagelo da morte, mas de moléstia similar, a chaga do medo, que nos mata por dentro. Nos torna impotentes e incapazes de darmos o passo seguinte, sem imaginarmos um novo encontro.

É hora de superar e o momento presente demonstrou isso. Aquilo que mais secretamente tememos um dia sempre acontece, sempre vem, e não se enganem. Para fugirmos, temos que lutar, enfrentar e não fraquejar. Mostrar o quanto você é bom. Apresentar seu valor e sua honra. Exibir retidão, altivez, orgulho até. Orgulho de estar diante de seus maiores óbices e não tremer, fraquejar ou recuar.

Sou sim a lâmina mais cortante de um samurai rasgando o que havia de mal e ruim dentro de mim. Isso mesmo. Não é erro. Estava eu lutando contra mim mesmo. Contra meus erros, meu orgulho, minha impáfia, meus medos, fantasmas e decepções. Hoje lutei contra tudo isso. Sai destroçado, detonado, mas vivo, com o íntimo às migalhas, mas creio que em frangalhos deixei a percepção alhei sobre mim.

Não admiti, mas por um lado era necessário tal retorno, reencontro para passar uma borracha em vagas impressões e equívocos. Valeu por mostrar que tudo tem um fim - doloroso - mas um fim. Não queria que fosse como tal, mas assim quis Deus sabe quem. Serviu de lição para mim e para aqueles que querem meu mal. E para mostrar que a alma de um guerreiro que ama é imortal. Tão perene quanto a sede que tiverem de me derrubarem.

Não, mil vezes não. Não sou um pavão egocentrista ou um narciso travestido de jornalista, não. De rótulos, basta. Sou um jovem, procurando um lugar ao sol, que quer apenas paz e tranquilidade para seguir seu rumo. A cada dia ponho um tijolo nessa edificação que um dia será meu castelo de suor e lágrima. Nas paredes desse castelo ponho apenas fotos de meus amigos, não as cabeças expostas de meus inimigos, pois deles quero apenas a atenção e o respeito. A atenção para verem e sentirem do que sou capaz, não para dar troco ou vendeta barata. Não, definitivamente não. Chega de guerra, de luta, ódio ou rancor. O respeito quero de todos, não só de meus aliados e rivais. Mas esse, nós só o temos se fizermos por onde merecermos.

Certamente, hoje vou dormir com orgulho de mim. Tiro o peso de minha armadura por hora, mas sei que a guerra não acaba quando um só quer. Não sei da sede de discórdia do oponente, porém apenas sob a proteção do manto de Maria e com as forças da espada de São Jorge sigo meu caminho. Amanhã tem mais!

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