quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Trombone S.A.


Se você pensa em ser repórter aceite um conselho: compre um gravador. São corriqueiros os casos em que os profissionais de comunicação estão ali no olho no olho com seu entrevistado, você pergunta ele responde, uma conversa, um papo. Até então, tudo tranquilo. Porém, no dia seguinte você recebe uma ligação dizendo que o cidadão não falou aquilo que estava escrito. Blá, blá, blá...

Acontece. É normal. Pessoas públicas ou até desconhecidas quando vêem a repercusão do que falaram automaticamente são acometidos por amnésia. Mas ai, se o repórter não for safo, ele acaba 'se fu...'. Para que tal não aconteça, esteja sempre com um gravador em mãos. Um celular, smart phone, e similares já servem, mas se liguem, façam arquivos. Fiquem ligados, também colham informações sobre seus entrevistados. Quem ele gosta ou não, assuntos delicados, embaraçosos, aqueles que se ouve:"Não quero falar sobre isso". Pôxa, se não quer falar, por que faz? Arque com as consequências. Lógico que ninguém fala sob tortura ou contra sua vontade. O entrevistado fala sobre o que quiser falar.

Cotidianamente vemos nas páginas dos jornais exemplos do tipo e preparem-se, às véspereas de um ano eleitoral tem gente demais com a boca nervosa que não vai segurar a língua. Tem galerinha sedenta por dinheiro e atenção disposta a tudo para extorquir, mentir, enganar. E cuidado colegas da imprensa, eles são loucos para usarmos como caixas ressonantes e assim brandar aos quatro cantos suas denúncias, berros, estampidos e ademais...alerta sempre!

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