quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E aí, quantos amigos você tem?


"Eu tenho dez mil seguidores no Twitter, outras dezenas de milhares no Facebook, e no Orkut tenho pra lá de três perfis". Esse patamar pode se encaixar muito bem a um astro do cinema, um músico famoso, um artista, uma celebridade da televisão. Mas aos réles mortais, terráqueos comuns os números nas redes sociais são bem mais modestos.

Lidamos mais com o presencial, algo mais palpável, precisamos sentir mais perto o calor de nossos 'amigos', colegas, conhecidos. E é aqui que gostaria de chegar. Conversando com uma amiga minha, Ana Paula, ela traduziu o sentimento de banzo que todo mundo sente quando se está longe do ninho, residindo em outro lugar.

De certo que o nosso lar é onde o nosso coração se sente bem, porém na realidade, o nosso cantinho, onde amigos de infância, família, nossa cidade, onde crescemos, acaba sendo nosso aconchego. Em virtude do trabalho dela e de seu marido, ela vive se mudando e nessas idas e vindas, criar raízes fica dificil.

Comentando sobre essa capilaridade de laços de amizade para facilitar nossa adaptação nas cidades 'estranhas', Paulinha comentou que "é fácil conhecer gente, difícil é fazer amigos". Bingo. É isso mesmo. As pessoas estão cada vez menos abertas a amizades autênticas, fechando-se em suas fortalezas internas. Complica.

É semelhante ao fenômeno que estamos passando. Atualmente tenho por exemplo 1.205 amigos no Facebook e tenho 732 seguidores no Twitter. Nada de extraordinário, mas eu sei bem com quem posso contar e quem posso chamar de amigo - sem aspas mesmo. Aquele amigo de sempre, de fé, seu irmão, seu camarada... - perdão, foi inevitável parafrasear Roberto Carlos.

Um comentário:

  1. Muito bom Cadu.. é bem por ai... hoje as pessoas se fecham e nao se permitem confiar e se entregar a uma amizade verdadeira. Dessas sem segundas intençoes. No local de trabalho por exemplo, muitas amizades sao superficiais e limitadas as paredes da empresa, outras surgem como um furacão pq la na frente tem uma promoçao a vista. Nos prédios, os vizinhos nao se conhecem, nao se falam, nem sequer trocam um "bom dia" rápido no elevador. É, tô com saudades dos velhos amigos...

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