terça-feira, 30 de março de 2010

Aprendendo sempre

Diariamente recebemos dezenas de e-mails, e por vezes nem abrimos, ou pela pessoa que nos envia, ou por já conhecermos o conteúdo, porém, uma amiga minha me mandou um e-mail numa hora certa. Num sei se foi algum anjo que mandou ela me enviar, mas enfim, foi um recado legal.

"Ser feliz ou ter razão?" esse é o título do e-mail. Muitos de vocês já devem ter recebido tal e-mail que traz uma histórinha de um casal que ao ir a um jantar discute por achar que o caminho correto a seguir é o que um indica, e não o que o outro aponta.

O texto, como diversas mensagens de auto ajuda, nos faz pensar e medir o quanto perdemos tempo discutindo o sexo dos anjos. O quanto a gente discute quem está certo ou errado. O quanto procuramos culpados para apontar o dedo.

Discutimos, esbravejamos, falamos com mais firmeza, e não queremos ser duros, até quando pudemos sê-los, mas o terceiro recebe como ignorância e hostilidade. Tudo isso poderia ser resolvido, se mesmo estando com a razão, deixemos que os demais descubram o que é melhor. Você pode até já saber, mas não adianta discutir. Não vale a pena. Prefira a paz. Insista em ser feliz. Permita-se.

Olhe aí...

Só para provocar:

Fenaj decide pela sindicalização apenas de diplomados

Izabela Vasconcelos, de São Paulo (Comunique-se)

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manteve sua posição de que os sindicatos não devem filiar jornalistas sem graduação específica, em reunião com 28 dos 31 sindicatos da categoria, no último sábado (27/03), em Brasília.

“Decidimos manter os procedimentos anteriores a decisão do STF, de não filiar jornalistas sem diploma, mas sugerimos que os sindicatos deliberem amplamente com a categoria e tragam propostas que serão remetidas ao 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, em agosto, quando o martelo será batido”, explica o presidente da entidade, Sérgio Murillo de Andrade.

Os sindicatos de Santa Catarina e São Paulo optaram pela filiação de jornalistas sem diploma, mas terão que adotar a orientação dada pela Fenaj. O presidente da entidade catarinense, Rubens Lunge, informou que irá discutir com o conselho quais serão os procedimentos adotados após a orientação da Fenaj, pois já foram sindicalizados dez não-diplomados no estado.

O presidente do sindicato paulista, José Augusto Camargo, informou que continua defendendo a sindicalização de não-diplomados. "Vamos voltar a defender a filiação de jornalistas não-diplomados, mas continuar com as discussões".

Curioso


Lá pelas bandas do Sertão e Agreste do estado nos deparamos com instalações de hospedagens um tanto o quanto inusitadas. Em pousadas por aí já vi muita coisa interessante, divertidas até. Sofro com a falta de tomadas, isso é o mínimo. Para não dizer o colchão péssimo, ex-quartos de fumantes, são cúbiculos que aceitamos ficar pela necessidade de uma noite dormida.

É a necessidade exigida pelo ofício de gostar de viajar pelo mundão a fora. Nessa minha última passagem por Delmiro Gouveira, por exemplo, fiquei numa pousadinha até que aconchegante, mas inusitada. Bem, no alto Sertão de Alagoas, acomodações 5 estrelas estão descartadas, né gente. Aí era frescura demais.

Enfim, a própria recepcionista já tinha me avisado e a minha equipe que os quartos são simples. Tudo bem. Naquele momento estava querendo mesmo apenas uma cama e uma ducha. O mormaço e a estrada acabam com um e qualquer sinal de conforto já é válido.

Foi então que entrei no quarto. Tinha ar condicionado, caminha forrada, toalha (muitas nem tem), cômoda, duchinha, legal, mas dentro do quarto é que começamos a nos inteirar do ambiente. A televisão não pegava, o espaço entre sanitário e espaço pra tomar banho não existe. Até por que, se eu abrisse meus braços, acabava banheiro.

Mas de tudo isso, o que me chamou mais a atenção foi o tamanho do espelho que vi no banheiro. Não me contive, ri sozinho mesmo. Pra quê serve um espelho tão diminuto? Se pentear? Uma aventura, né.

Gente pera só. Nós que estamos na estrada estamos preparados pra tudo isso. Sabemos que as condições por aí, não as que temos em casa, concordo. Já rodei essa Alagoas toda, e algumas bimbocas por esse sertãozão e sei bem como é. É trabalho de hermitão mesmo, sem frescuras e sem exigências. O que vale mesmo nessas situações é uma caminha quentinha, um ar condicionado, um chuveiro legal e sono......muito sono. É difícil, mas tentamos para repor as energias e seguir viagem.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O camisa 10


Vai deixar saudades....

sábado, 27 de março de 2010

A paz em miniatura


Desde sempre sou fã da cultura oriental, e Deus é testemunha que peno tentando até seguir alguns ensinamentos da Terra do Sol Nascente. A paciência e a persistência são exemplos deles, porém, não tenho lá muito êxito em exercitar minha paciência; já a persistência é tampa, quando eu encasqueto com uma coisa....sai de baixo, só desisto quando consigo. Mas em particular tem um hábito oriental que me cativa: o bonsai.

Creio que não tinha muito contato com as pequenas árvores foi apresentados a elas na saga de Daniel San, nos filmes Karatê Kid, dos anos 80. O Bonsai nada mais é que uma árvore em uma bandeja. Na verdade, a cultura que envolve as diversas espécies de bonsais, é como cultivamos, tratamos, e assim perpetuamos uma vida que depende de nós.

É onde exercitamos nossa calma, paciência e assim nossa harmonia espiritual e corpórea procura um equilíbrio. A cada poda buscamos uma forma, e por meio de movimentos leves e calculados alcançamos a simplicidade de um viver pleno e harmônico. Exigindo a simetria em ramos, galhos, e brotos, que na cultura oriental diz que é na simplicidade que está a honra e a verdadeira beleza.

A arte chinesa surgiu a mais de 2 mil anos e se iniciou quando os chineses queriam ter em casa representações dos deuses das montanhas, que segundo eles, eram puros e eram sinais de elevação e harmonia com a natureza. Eram nas montanhas que os nativos acreditavam que os homens encontravam com os deuses. E assim com esse pensamento, que as pessoas queriam algo em suas residências que lembrassem o modo de viver das montanhas.

Tudo bem que os chineses inventaram, mas foram os japoneses que difundiram tal costume, tanto do ponto de vista artístico, pelas milhares de formas, assim como a religiosa também, onde os bonsais se tornaram marcas de paz e equilíbrio.

A miniatura de árvore se traduz num triângulo muito saudável para a nossa convivência: Deus - Homem - Terra. Esse trinômio faz bem a qualquer ambiente, e a dedicação ao seu cultivo serve como uma excelente terapia para a alma.

Presenteiem...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bola mucha


Lamentável! Ontem a noite fiquei assistindo o jogo do Vasco contra o quase rebaixado Americano, pelo estadual do Rio. O que era aquilo meu Deus? Sinceramente, não consigo entender atleta profissional de futebol. Os caras treinam manhã e tarde, vivem disso, só fazem jogar bola, e não conseguem acertar um passe. O que se entende por passe? Passar, dar, fazer com que a bola chegue em seu colega de time. Simples, né. Muito básico, mas nem isso os 'profissionais' conseguiam fazer.

Chutões, desespero, não há um padrão de jogo, um esquema tático implantado. Wagner Mancini, técnico do Vasco da Gama, ou melhor, ex-técnico, pois foi demitido no vestiário, até que tentou aplicar um ritmo à equipe, porém, na minha humilde visão de torcedor e boleiro, o time é limitado.

O sistema defensivo do Gigante da Colina é lento, o meio de campo sem Phellipe Coutinho e Carlos Alberto é acéfalo. E o ataque então...Dodô se recuperando, os demais não sabem nem o que é um 'traço', um drible, parece até que engoliram uma vara, duros como varas. Enfim....

Sou vascaíno, porém sou acima de tudo amante do bom futebol, e o Vasco se não acordar, será mais uma vez rebaixado no Brasileirão.

Se aprume, rapaz...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Web nos cafundóis


Ainda como fruto das minhas andanças pelo interior alagoano, passei pelo município de Igaci e este casebre da foto chamou minha atenção. É uma lan house no meio do quase nada perto de lugar nenhum. Tudo bem, tudo bem, estamos em tempos de pulverização das novas tecnologias, e a zona rural dos grotões do país não estão ficando de fora das novas mídias.

Distante aproximadamente 99 km da capital, Maceió, Igaci tem pouco mais de 25 mil habitantes, porém a BR 316 corta a zona rural da cidade, onde encontramos o jovem Silvan. O empreendedor diz que seu estabelecimento vive lotado. Cada hora navegando nos computadores custa R$ 1 para os internautas igacienses.

Para mim a presença de uma lan house em tamanho fim de mundo, não é novidade. Na corrida estadual pelo Governo em 2006, percorri os 102 municípios alagoanos, e todos eles naquela época já dispunham de internet para o povão. Mesmo que em lugares como essas casas de aluguel de web, o interiorano já pode contar com o mundo da web.

Não que seja espanto, mas para o sertanejo essa telinha brilhante ainda é uma incógnita. Lembrei-me agora de um post de um amigo jornalista-blogueiro, Maikel Marques, que constatou sinal de wireless em pleno alto Sertão, no meio do completo nada.

E assim vamos desbravando nossa terrinha...

Água no Sertão



Somente em lugares de extrema aridez que damos o devido tratamento, ao principal elemento que permite vida na Terra. É no Sertão que conhecemos através do rosto do sofrido sertanejo a falta que a água faz. Traços fortes, pele escura castigada pelo sol, mãos grossas, olhar brilhante confiante em dias melhores manifesta a certeza que o sofrimento um dia finda.

Mas toda essa realidade tão presente tanto em Alagoas, como nos demais estados do Semi-Árido brasileiro, está com dias contados para mudar. Nesta terça-feira, 23, as bombas do Canal do Sertão chegaram ao município de Delmiro Gouveia.

Gente como Miguel Ramalho, o Miguel do Bigodão, traduziu por meio de um longo aboio a sua felicidade em testemunhar tal façanha - ver água numa região tão necessitada. “É a maior alegria do mundo ter o Canal do Sertão aqui e realizado”, afirmou.

Quando perguntado sobre o que isso representa para ele, um simples vaqueiro do Sertão de Alagoas, seu Miguel explica do modo mais provinciano possível: “é água pra gente, meu fio”, respondeu. O bigodão, como é conhecido, vai além e numa breve conversa diz que uma obra como essa ajuda até a perpetuar e reforçar os costumes locais.

É quando ele aponta para o mais jovem vaqueiro do seu grupo da comunidade de Jardim Cordeiro, o precoce Diego, de 5 anos. Montado em seu cavalo e devidamente uniformizado com seu gibão, espora, chibata e chapéu, os olhos do pequeno vaqueiro já espelham a firmeza e a serenidade de um vaqueiro experiente.

Olhando para Diego, seu Miguel ainda diz que é preciso ser como uma palma forrageira, crescer forte mesmo nos períodos de dificuldade, e assim servir de exemplo para os seus, sem ‘amarelar’ e sem enfraquecer, como uma palma verde e forte. “Nosso vaqueiro mais velho tem 82 anos, e quero que ele chegue pelo menos aos 70. Se continuar assim, ele será nosso maior vaqueiro”, orgulha-se.

“A água vai proporcionar tudo isso, todo nosso conhecimento de anos e anos vamos passar com saúde para os que virão depois de nós”, ainda filosofou o sábio vaqueiro. Na conversa, seu Miguel toca novamente um aboio e dispara demonstrando o orgulho em ser sertanejo e assim disseminar para todos os cantos do estado a força e fé que o vaqueiro tem em seu coração.

“Eu acredito que temos que distribuir esperança e incentivo”, disse. “É isso que estão fazendo conosco neste momento, pois sem o incentivo, o homem esmorece e fraqueja”, ressaltou. Foi então que saltou dos olhos do vaqueiro uma lágrima em sinal da fé sertaneja que não se abala.

“Tanto demorou mais chegou, muitos diziam que isso não ia acontecer”, finalizou.
Seu Miguel Bigodão é apenas um dos mais de 300 vaqueiros dos mais diversos lugares do Sertão alagoano, que presenciaram a chegada das bombas do Canal do Sertão à cidade de Delmiro Gouveia, nesta terça-feira.

terça-feira, 23 de março de 2010

Voltando

Os dedos coçando para escrever. Tanto tempo longe do blog dá nisso. De volta à estrada, as histórias se multiplicam e as novidades fervem nesse mundão aí a fora. Indo para o Agreste do estado no último domingo, testemunhei uma festa no céu. Raios e relâmpagos rasgavam a noite, iluminando a estrada com clarões assustadores.

Chegando em uma Arapiraca pós-escândalo clerical, me deparo com a Catedral da cidade lotada de fiéis. Bem, não é novidade, é óbvio. Padres pedófilos não é também outra novidade dos católicos, e falo isso com autoridade de um católico.

Sem demagogia alguma particularmente já ouvi sérias acusações contra cléricos alagoanos em diversas paróquias espalhadas por aí. Até já relatei aqui há alguns meses, um desabafo até que bem humorado do que rola nos seminários. Até Deus duvida....

Quem sabe tais raios e trovões num são um pouco da ira divina...sabe-se lá. Um dos acusados de pedofilia tinha como marca a rigidez e a moralidade dentro de sua igreja, porém na sua sacristia...nnnnnnoooooooooouuuuuuuuussssssssssaaaaaaaaa! Mulheres de saia curta? Bermuda acochada? Decote? Hum, ele mandava dar meia volta, pode um lance desse? É muita hipocrisia....

Mas calma lá, o Brasil não deixará de ser predominantemente católico por causa destes lamentáveis incidentes. Lembramos que a Igreja passou pelas indulgências, fogueiras, compra de salvação, enfim, a lista é grande sabemos bem. Porém, por ai ainda temos religiões e crenças com tragédias ainda maiores ou semelhantes. Deixo então sua memória trabalhar.

Vale a pena é ter Deus no coração.

Aguarde mais posts...assuntos não faltam!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sempre precisamos de um amigo...

Essa música traduz com perfeição a necessidade humana da companhia e do apoio constante. Até por que o amigo é a família que escolhemos pra vida. Confiram a letra de You've Got A Friend, de James Taylor.

Quando você estiver abatida(o) e preocupada(o)
E precisar de uma ajuda,
E nada, nada estiver dando certo,
Feche seus olhos e pense em mim
E logo eu estarei aí
Para iluminar até mesmo suas noites mais sombrias.

Apenas chame alto meu nome
E você sabe, onde quer que eu esteja
Eu virei correndo
Para te encontrar novamente.
Inverno, primavera, verão ou outono,
Tudo que você tem de fazer é chamar.
E eu estarei lá, sim, sim, sim,
Você tem um amigo.

Se o céu acima de você
Tornar-se escuro e cheio de nuvens
E aquele antigo vento norte começar a soprar,
Mantenha sua cabeça sã e chame meu nome em voz alta
E logo eu estarei batendo na sua porta.

Apenas chame meu nome
E você sabe, onde quer que eu esteja
Eu virei correndo para te encontrar novamente.
Inverno, primavera, verão ou outono,
Tudo que você tem de fazer é chamar
E eu estarei lá, sim, sim, sim.

Ei, não é bom saber que você tem um amigo?
As pessoas podem ser tão frias,
Elas te magoarão e te abandonarão
E então elas tomarão sua alma se você permitir-lhes.
Oh, sim, mas não permita-lhes.

Apenas chame alto meu nome
E você sabe, onde quer que eu esteja
Eu virei correndo para te encontrar novamente.
Você não entende que

Apenas chame meu nome
E você sabe, onde quer que eu esteja
Eu virei correndo para te encontrar novamente.
Inverno, primavera, verão ou outono,
Tudo que você tem de fazer é chamar
E eu estarei lá, sim, sim, sim.

Ei, não é bom saber que você tem um amigo?
As pessoas podem ser tão frias,
Elas te magoarão e te abandonarão
E então elas tomarão sua alma se você permitir-lhes.
Oh, sim, mas não permita-lhes.

Apenas chame alto meu nome
E você sabe, onde quer que eu esteja
Eu virei correndo para te encontrar novamente.

Você não entende que
Inverno, primavera, verão ou outono,
Ei, agora tudo que você tem a fazer é chamar?
Senhor, eu estarei lá, sim eu estarei,
Você tem um amigo,
Você tem um amigo.
Não é bom saber? Você tem um amigo...
Não é bom saber? Você tem um amigo...
Você tem um amigo...

Por aí.....

O bom e velho Chico

Penedo tem dessas coisas....


ai ai ai....que estresse


O sítio histórico de Penedo apresenta sua cara

Beleza histórica



Ruas estreitas, mas história longa

terça-feira, 16 de março de 2010

Estrada nossa de cada dia

Mochila feita, estrada chamando, o Sertão à vista. Esta terça-feira voltei a um de meus maiores prazeres: viajar por Alagoas. É conhecendo cada realidade dos municípios, seu povo, sua história e suas particularidades, que acabamos descobrindo o mundarél de coisas que temos pra ver.

A minha missão de hoje foi visitar alguns municípios como Marechal Deodoro, São Miguel dos Campos, Penedo, e Arapiraca. Apertei na mão de pessoas intrigantes, sorri com personagens curiosos, homens de comunicação, matei curiosidades. Estive frente a frente com políticos de passado nebuloso e perigoso em Marechal Deodoro, por exemplo, mas um bom papo não intimidou.

Política e jornalismo eram os assuntos mais constantes. Conversei com deputado-radialista, vi seus projetos e sua paixão pelo jornalismo denuncista. Assisti como a prestação de serviço e o poder da 'rádia' nos grotões de nosso estado toma corpo. E entre um município e outro me perdia no vazio das plantações de cana-de-açúcar. Pensava em mil assuntos: família, amor, amigos, trabalho, futuro. São em momentos assim que arrumamos planos e pensamos melhor....enfim.

Em cada cidade que passávamos vinha em mim memórias nostálgicas de dias que não retornam. Trabalhos, amigos, momentos. Essas coisas que todo mundo tem.

Voltei a Penedo. Revisitei seu casario imperial, sua riqueza artística, a imensidão do São Francisco e a sede de cultura que os becos estreitos da cidade exalam. Conheci a mais antiga rádio do Baixo São Francisco. Desde 1951, a Emissora São Francisco anima as ondas do rádio por aquela região e pelo mundo, pois naqueles tempos, a frequência da rádio era em ondas curtas. Dava pra ouví-la até na Europa e na África.

O prédio histórico que abriga a emissora conserva ainda um auditório para apresentações das rádios-novelas, programas de auditórios e demais eventos que reuniam toda a classe intelectual dos tempos de ouro do rádio. Um banho de história.

Escrevo de Arapiraca e amanhã a estrada chama novamente. Próxima parada é Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios. Fotos depois....

segunda-feira, 15 de março de 2010


Um mundo pós-apocalíptico. Uma terra árida, nebulosa, incrédula e sem rumo. Nesse panorama de caos e de órfãndade, apenas uma coisa poderia salvar o que sobrou da humanidade. O que seria? O Livro de Eli, ora essa, o que mais? O camarada aí do outro lado então começa a se perguntar, o que raios é esse livro?

É essa pergunta que quem assiste o filme O Livro de Eli, o novo trabalho de Denzel Washington. O drama noir acaba se transformando em uma mensagem religiosa. Eli, nada mais é que um mensageiro, encarregado em transportar um livro. Esse livro é o responsável de levar a mensagem e os dizeres para um novo mundo.

Para não acabar com a surpresa do filme, é melhor você esperar ele chegar em DVD. A fotografia do filme é escura, pesada como, todo filme noir. Ele traz um Denzel frio, ágil, mortífero e impiedoso. Sua atuação está na linha do agradável, assim como a do personagem de esplêndido Gary Oldman.

Mas no meio de tantas trevas, o telespectador limpa a vista com a beleza singela da namoradinha do Macaulay Culkin (Esqueceram de Mim 1 e 2), Mila Kunis. Muito legal...

Então fique vidrado na tela e perceba a mensagem do misterioso Livro de Eli.

domingo, 14 de março de 2010

Desculpas?????


"Os caras pintadas, quando me encontram pedem desculpas". Essa sentença foi proferida pelo ex-presidente Collor em entrevista concidada ao G1. Deve ser piada, né! Sinceramente, este mês completamos 20 anos do famigerado Plano Collor. Isso mesmo gente, aquele que confiscou seus rendimentos em 1990, sob a alegação de acabar com uma inflação de quase 2 mil % ao ano.

Os aposentados, nem se fala, sofreram o pão que o diabo amassou. Din din que era bom, ficou tudo pro governo.

Desculpas? Tenha dó, meu querido!!! Tenha dó...Lembram dessa capa?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Velha adolescência


O que é que dói sem se ver, e arde dentro de nós como brasa? Não, amigos, não quis aqui parafrasear o poetinha. Quis apenas dar luz a um sentimento que senti bastante quando morei só em Brasília-DF. Aqueles que contundentemente sabem o que é saudade, não querem sentir novamente tal angústia. É uma viagem dolorosa ao passado. Arranca lágrimas de fato e leva-nos a remotos períodos tão nostalgicamente lembrados.


Uma colega deixou um recado em meu orkut sobre o meu melhor amigo dos tempos de colégio. Imediatamente, veio em mim os bons momentos do ensino fundamental e médio. Pôxa, cada episódio, as pessoas, que nem estão mais conosco, ou aquelas mesmo que sumiram do mapa. Nossa, como o tempo é malvado.


É inevitável a gente não dar aquela respirada bem funda e soltar o ar em sinal de "como era bom". Não que o agora não seja legal também. Mas enfatizo um tempo de ingenuidade e fraternidade que vivíamos tão melhor. Os problemas eram outros. Os sonhos eram outros. Ahhhhh, a adolescência, como ela foi proveitosa. Até hoje cultivo os ouros daquele período maravilho.


Posso bater no peito e dizer os amigos de fé que fiz e até hoje torcemos juntos por um futuro melhor para ambas as partes. Gente que sorriu conosco. Amigos que nos seguraram em instantes de fraqueza. Anjos da guarda que nos guiaram por tribulações. Foram aqueles que enxugaram nossas lágrimas e indicaram o caminho da paz. Dias melhores.


Orgulho-me de meu passado. E tenho muita fé ainda que meu futuro será baseado nele. Nas alegrias, nas inseguranças, nos erros, nas tristezas, nos sonhos, nas estratégias. Não quero planos imutáveis, desejo apenas um caminho bom, trilhado e reforçado por uma fileira de amigos verdadeiros - seja de longa data ou não. Pois dia a dia conhecemos amigos e amigas que acabam se unindo a essa corrente pra frente. Eles fazem parte de mais um sustentáculo da vida: Deus, família, mulher, família, amigos - ordem de preferência? Nem tanto. Todos valem e têm o mesmo peso em minha vida.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Collor não!!!! Definitivamente não


Começa a tomar conta de Maceió, adesivos automotivos com o nome do senador alagoano. Seria uma possível alusão a sua também possível disputa ao Governo do Estado de Alagoas este ano? Pode até ser, mas 'elle' terá que rodar muito mais que em 2006, quando ele utilizava o povo nas ruas das caminhadas já concluídas do então candidato Teotonio Vilela Filho.
Agora é diferente....lembrem-se dos confiscos da poupança, taxa do lixo, acordo dos usineiros, a arrogância, a manipulação, o jogo de interesse duvidodos e até nefastos. A ficha corrida é longa demais. Será que o alagoano o quer mesmo?

O sorrir da bola


Assistindo o jogo do Santos contra o modesto Navariense, de Mato Grosso do Sul, pela Copa do Brasil -peraí, aquilo ali tá longe de ser considerado jogo, ali foi um massacre, os 10x0 no placar explicita isso de forma cabal. Mas o que vim aqui comentar hoje é o desempenho extraordinário dos meninos da Vila Belmiro. Neymar, André, Ganço e cia., liderados pela simpatia de Robinho esbaldaram talento e objetividade em campo. Isso sim é futebol bonito. Firulas objetivas, progressivas, e direcionadas ao gol.

Teve de um tudo: caneta, lençol, trivela, calcanhar. O leque de ferramentas é extenso, que o diga os times que disputam o Paulistão 2010. Mas enfim, toda essa alegria do futebol brasileiro, a malevolência, os dribles, o sorrisão estampado na cara, contrastam com a situação de um jogador excepcional, Adriano.

Não é de hoje que o álcool e a depressão atrapalham a vida de jogadores profissionais. São jovens que crescem sem referência, sem freio mesmo. É muito dinheiro entrando no bolso, e para quem não tinha nada é um conflito. Mulheres enormes, lindas e obssessivas pelos dólares dos rapazes enlouquecem a vida dos boleiros. Carros, dólares, casas, boates, festas, amigos, tudo sem orientação, psicólogos, sei lá. É necessário parcimônia mesmo.

Mas especificamente, o caso de Adriano é conflituoso. Pô, se ele admite que precisa de ajuda, que se permita ajudar. Que Deus não permita que ele tenha o mesmo fim de Garrincha, por exemplo. Todos, não apenas da mídia, mas flamenguistas, vascaínos, botafoguenses, tricolores, o mundo da bola torce pela recuperação do imperador. Que ele volte a sorrir como os garotos da Vila...grande exemplo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Deu liberdade, dá nisso


Vergonhoso! É o adjetivo menos ofensivo que poderia empregar no caso dos policiais civis, que para assistir um filme no Centrerplex de Maceió, deram a velha 'carteirada' e prenderam a diretora do cinema. Na segunda-feira, policiais civis sob o argumento de uma busca dentro do cinema, tentaram entrar na sessão forçosamente.

O que se sabe é que eles de fato estavam procurando um traficante dentro do Shopping Pátio Maceió, porém, segundo outras informações, a ordem que partiu, não dos promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, foi emitida por outro alguém, e não fazia referência alguma sobre aferição nas dependências do Shopping, muito menos dentro do cinema.

Após tentarem entrar por nove vezes dentro do cinema, alegando uma operação da Polícia Civil, a dupla saiu e retornou com nove homens para deter a diretora do cinema. E honrosamente, a senhora deteve a atuação vexatória dos policiais, sendo presa em seguida. A moça ainda foi humilhada publicamente, pois os homens da PC andaram o Shopping inteiro para mostrar que ela estava sendo presa.

É costume por aí, 'homens da lei' e demais autoridades utilizarem sua insígnia para transpor empecilhos. Barreiras essas como bloqueios policiais, entrada em shows, cinemas, festas, clubes, enfim, onde lhe der na telha. É lei apenas esse livre acesso em momentos de pleno serviço, e não nas horas vagas, como muitos policiais assim o fazem.

O pior que acho é o cooperativismo policial que ocultou a irresponsabilidade dos 'policiais'. É deprimente, nojento e embaraçoso. E mais, por onde andam os sindicalistas tão comprometidos com a verdade e retidão? Eles que lutam tanto pela valorização da categoria, mas não lutam pela limpeza do segmento na sociedade.

Lembrem-se. É uma categoria que tem diversos pais de família batalhando dia a dia pelo ganha pão, porém existem outros por aí que empregam furtos, roubos de cargas, homicídios, e usam sua arma para intimidar terceiros publicamente. Sem dúvida é uma categoria que merece um 'rapa', uma limpeza geral.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ali pertinho


Vez por outra descobrimos lugares em nossa Alagoas que nos questionamos: como não viemos aqui antes? Foi a pergunta que fiz quando visitei no domingo, 7, o Hotel e Restaurante Paraíso dos Coqueirais.

Quem passa na AL 101 Norte, saindo de Japaratinga com sentido à Maragogi, nem percebe uma pequena entrada à esquerda, e um letreiro discreto indicando “onde mora a felicidade”. O estabelecimento dispõe de 32 apartamentos encrostados numa enorme área verde de sítio, onde tem de um tudo que você puder imaginar de plantas, mudas, árvores frutíferas e afins.

Tudo por que a simpática dona Lúcia Coutinho é uma exímia conhecedora da vida botânica. Gente, ela conhece tudo. Desde ramos medicinais, frutinhas, seus sabores e serventias.

Além do ecoturismo, o hotel fica à breves 200 metros da costa belíssima de Japaratinga. O hóspede ainda pode desfrutar de um rio artificial que tem peixes para a prática daquela pescaria desistressante.

Já a trilha nos leva a um mirante que põe diante de nós a imensidão verde contrastando com o azul do mar da região. Mas passeando pelos caminhos do local, me admirei com o tamanho conhecimento que dona Lúcia tem com as plantinhas, além das enormes plantas ornamentais que enfeitam cada cantinho.
O lugar é belíssimo, porém o site deles http://www.paraisodoscoqueirais.com.br/, não consegue passar como a natureza se apresenta grandiosa e harmônica. Visitem....A parte da recepção lembra bastante aquelas casas grandes de engenho. O aspecto rústico aliado ao conforto tecnológico estão em plena sintonia. É muito legal.

Ahhhhh, antes que pensem besteira. Não ganhei nada pra escrever tal post, o lugar é lindo mesmo e recomendo.

Se cuida, cara


Essa foto acima começou a circular pela internet e os dizeres igualmente começaram a tomar conta dos veículos alagoanos.

É símbolo da revolta do povo alagoano pelo vergonhoso papel que o estimado senador vem desempenhando no Planalto Central. Envolvido em escândalos e negociatas, o senador alagoano foi até hostilizado num SPA no Sul do país. Onde hóspedes se negaram a permanecer no estabelecimento ao terem conhecimento que o político estava por lá. Quem bancou essa informação foi o jornal Estadão.

Enfim....

sábado, 6 de março de 2010

Conversê

Cidades do interior são ricas em personagens pitorescos e caricatos. E a cada cantinho testemunhamos a evolução humana por um outro ângulo, cômico às vezes e curioso por outro.

Estava eu cortando meu cabelo num barbeiro qualquer em Maragogi, litoral Norte de Alagoas, e está no canto da sala um senhor com a barba por fazer. Era um senhor da expressão forte, calvo, cor temperada e castigada pelo sol. Lá tinha contado que ganhava a vida dirigindo caminhão pelo país.

Como em todo barbeiro ou salão de beleza, as conversas rolam soltas, e esse senhor começou a contar que um rapaz de 15 anos tinha ido na porta de sua casa para pedir para namorar a sua filha de 13 anos. Assustado, o caminhoneiro não deu a permissão para o Romeu em questão.

“Sei que é de boa família, mas não vou permitir esse crime”, argumentou. Ela é muito jovem, disse ele, tem que estudar. E concordo com o sábio caminhoneiro. Porém, ele emendou uma conversa engraçada. Ele foi e começou a dizer que só foi conhecer mulher depois dos 23 anos.

“Eu trabalhava muito com meu pai na roça de mandioca, no engenho e não tínhamos vizinhos”, recordou. Até que um dia, o pai tinha comprado um cavalo e o dinheiro para pagar o bicho, ele iria apurar vendendo na feira a farinha de mandioca produzida no engenho da família.

E para essa missão o velho pai tinha mando o mancebo para Recife vender a farinha, e vendeu. Só que, ele tinha ido para a capital pernambucana com um irmão mais velho e outro amigo. O trio com dinheiro no bolso, parou numa casa de lazer noturno. Tanto o irmão quanto o amigo sabiam da virgindade tardia do garoto.

E o q aconteceu? Todo o apurado da feira, os camaradas gastaram com as moças da casa, e conseguiram ‘descabaçar’ o sujeito. Ao voltar para casa, cadê o dinheiro? Bem, já viram o fim da história. O saudoso caminhoneiro então lembrou emocionado como eram os tempos de juventude. Ele só viu uma mulher nua aos 23, e hoje querem ver sua filha de 13 anos....imagine só!!!! Rsrsrsr.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tudo pronto


Há quem diga que a safra de filmes que concorrem ao Oscar 2010 está bem mais fraca que os últimos anos. Será que Hollywood está passando por uma crise de criatividade? É um debate bem atual pelas bandas de Los Angeles. Porém, entre os grandes concorrentes ao maior prêmio do cinema mundial, destaca-se....não se sabe o quê.

Em Avatar, uma superprodução de James Cameron feita quase que completamente digitalizada, enche a vista pelos efeitos especiais. Parece mais jogo de Playstation, assim como ‘300’ foi. Já Guerra ao Terror, o relato de um grupo de fuzileiros americanos na ocupação iraquiana, a interpretação e o drama tomam conta. Juntos ambos, concorrem em oito categorias, e ainda a de melhor filme.

Mas lembramos que ainda temos no páreo Bastardos Inglórios, de Tarantino, e o forte Preciosa – Uma história de esperança. Esse último conta o penoso relato de uma jovem negra, gorda, grávida do segundo filho, espancada pela mãe, discriminada, é pouco ou quer mais. O diretor Lee Daniels sobrecarregou esses elementos tão preconceituosos atualmente: o racismo, pobreza, injustiça social, violência sexual e doméstica. É muito sofrimento pra uma pessoa só, imagine só. Mas a mensagem do filme é o inverso: o poder do ser humano de ainda sonhar e reverter tudo.
Nestes quase 80 anos de festa, o tapete vermelho de Hollywood traz mais uma vez as questões sociais para debater na telona. Já que isso não acontece na sociedade americana, aff...!!!!Ningém merece.
O cinéfilo ainda pode torcer pela animação ‘Up’, ou pelo Lobisomem de Benício Del Toro, além de muitos outros....Preparem-se para os desfiles das beldades, sorrisos, gritinhos, mensagens políticas, enfim. Todo ano tem.
Não percam, a cerimônia será neste domingo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O conciliador


Tancredo de Almeida Neves hoje completaria 100 anos. E se o Brasil teve estadistas que marcaram o século passado como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, por trás deles outro ícone da política marcava território. O dr. Tancredo fechou o século XX como o salvador da Pátria. Sim, sim, não é exagero.

Por meio de sua articulação política, ele trouxe ao Brasil, na segunda metade da década de 1980, a tranquilidade para a tão sonhada redemocratização. Tancredo Neves foi o elo entre os militares e a sociedade, por que não, que por sua vez exigia eleições diretas.

Tancredo passou por figuras como Getúlio Vargas, Café Filho, JK, Jango, Jânio, sempre trabalhando como articulador contra ou a favor. Foi prefeito, governador, deputado, ministro, primeiro-ministro. Ufa!!! Como seria o Brasil com ele presidente? Vai lá saber, mas acho que estaria bem melhor.

Ai daqueles que se opunham a serenidade e ombridade do dr. Tancredo. Politicamente não teve derrotas vergonhosas, mas já no fim da vida, quando foi eleito pelo colégio eleitoral como presidente da República, na véspera da posse, não suportou as onze cirurgias realizadas contra uma violenta diverticulite. Foi a missão cumprida. Entregou ao país a paz para seguir.

O Brasil parou para chorar por Tancredo. Era a esperança de dias melhores morrendo com o velho Tancredo Neves. E o resto da história todo mundo já conhece....aff Sarney!!!! Cruz cão..

Swing puro


Pense num CD que não sei mesmo como não já furou no som de meu carro. O swing faceiro e meloso do célebre Wilson Simonal contagia qualquer um que se atreva a ouvir apenas um single dele. Muita gente de minha geração desconhece as canções de Simonal, mas certamente já ouviram bastante por aí, mas não ligava o nome a pessoa.

Simonal foi sinônimo de sucesso no Brasil dos anos 60 e 70. Tudo que o camarada cantava virava ouro. As notas musicais que saiam da garganta dele tinham o dom de Midas. Chegou a ser o artista mais bem pago na América Latina. Hits como País Tropical, Carango, Vesti Azul, Mamãe passou açúcar em mim, enfim, a lista é longa.

A TV Globo no final de 2009 promoveu um show que virou disco. Baile do Simonal reúne os principais sucessos dele. E seus filhos, Marx de Castro e Simoninha, comandam os amigos que se sucedem no microfone cantando os hits do grande Simonal.

Seu Jorge, Maria Rita, Samuel Rosa, Marcelo D2, Elza Soares, Rogério Flausino, Fernanda Abreu, são apenas alguns dos feras que animam a festa. Tamanha pompa é compreensível, Simonal era o artista mais popular daquela época, ele inaugurou o que chamamos de samba-rock, ou até mesmo o precursor de uma música mais swingada, pra cima, ritmada e contagiante.

O cara foi convidado pela delegação da antiga CBD (atual CBF) para acompanhar a Seleção na Copa de 1970, no México. Pense na moral. Tamanha fama, rendeu também maus frutos para Simonal. O segmento artístico durante o período da ditadura militar acusou Wilson Simonal de ‘entregar’ outros artistas ao regime.

Foram anos de ostracismo e de mentiras sobre Simonal. Até o documentário do casseta Claudio Manoel sobre Simonal aborda o tamanho da injustiça com depoimentos de personalidades da época e artistas que conviveram com Simonal.

E fica aqui a recomendação. Quem não conhece a obra de Wilson Simonal, corra e ouça a batida do rei do swing, e pai musical de uma turma como Tim Maia, Jorge Bem Jor, Jair Rodrigues e outros mais....

quarta-feira, 3 de março de 2010

O dia em que George Harrison morreu


Agora imagine só um bando de jovens a um fio da embriaguez comentando música, bandas e tudo sobre o cenário artístico mundial. Pois é, boa coisa não deve sair. Porém, nessa roda de camaradas numa casa de praia, já noite, eu vou e detono uma informação bombástica: George Harrison faleceu. O mais ‘paz e amor’ dos Beatles tinha batido as botas....

Bem, pra não ser tão exagerado fui enxovalhado e xingado até a quinta geração por ter mencionado tal notícia. As meninas, tão bem informadas, jornalistas, enfim, deveriam saber que isso tinha rolado, mas duvidaram piamente. Ele faleceu dia 29 de novembro de 2001, vítima de câncer. Creio que elas tinham apagado essa informação da cabeça delas, pois elas não lembravam de modo algum dessa notícia.

Gente, elas me repreenderam tanto que tiveram que ligar pra Deus e o mundo perguntando se lembravam de tal ocorrência. A pressão na roda era tão grande que até eu estava duvidando de minha versão. Eu sempre exercito minha memória e me orgulho bastante dela, e naquele momento ela não poderia ter me traído.

Após ligações e ligações, um colega nosso músico acudiu aos clamores ensandecidos das perdidas jornalistas. Ele então sentenciou: George morreu. Cara, foi um chororô.....rsrsrs. Uma de nossas amigas disse que ele era o beatle favorito dela, e ela desconhecia a notícia (imagine se não o fosse).

Foi o fim de semana inteiro discutindo isso. Aff, pense num conversê.....mas elas sobreviveram, digeriram a fatídica notícia, e hoje convivem bem com o fantasma dele. O que o álcool não faz...

Em assessoria fazemos:

- suportar assessorado mala e vaidoso;
- dar resposta que agrade a imprensa e ao seu chefe, ambos rapidamente;
- ser inimigo do tempo;
- estar presente mesmo pra não fazer nada em eventos e afins;
- sermos repórteres fotográficos;
- sermos mestres de cerimônia;
- aturar mal humor de chefe, de pauteiros e a mídia como um todo;
- aguentar a pressa dos produtores;
- desenrolar as 'mentiras' também dos produtores (eles fazem de tudo para fazer valer o horário);
- corremos para agilizar material de texto, foto e tudo mais;
-Conversamos, papeamos, contornamos;
- gerenciamento crises;
- colocamos panos frios ou quentes;
- dosamos informações;
- criamos casos;
- bolamos estratégias;
- nos emocionamos;
- chingamos Deus e o mundo;
-Aff....quem tiver mais sugestões...avisa, dá uma canseira

Dia a dia na rua


Meu lamento cotidiano é me deparar com o despreparo de nossos colegas de imprensa. Lamento mesmo pela falta de orientação e tino jornalístico mesmo. Seria muito interessante, não apenas para ele, mas para a sociedade em geral, que eles tivessem mais atenção ao redigir textos, ou até mesmo em dar informações aos demais profissionais de imprensa.


Pô, tem colega nosso que faz 'passagem' em voz alta em reunião reservada. Seria assim, para entender melhor: você está conversando em tom baixo de voz, e chega um camarada com uma luminária enorme e começa a falar, com voz empostada, e num tom mais elevado que o seu. É falta de senso, 'simancol' mesmo.

Outra cena clássica. Em solenidades que são formadas mesas de honra, onde a organização do evento já disponibilizou caixas acústicas espalhadas pelo local, justamente para atender aos colegas de rádio, o que acontece? Sempre tem um sujeito que fica de 'papagaio de pirata' com um telefone ao lado do palestrante. O carinha acaba saindo em todas as fotos e nem se liga no que está fazendo. E o pior, tem gente que faz até pergunta, em pleno discurso...putzzz!!!

Comunicação corportativa então, é um palavrão. Não é plural saber como atuar em assessoria de imprensa. Para muitos é apenas enviar e-mails e ser agenda para os veículos da mídia. Vamos estudar povo, pensem um pouco!!!

São apenas algumas gafes que vemos diariamente. Nem falo nos erros de português que vemos por aí.....uuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiii. Dá até medo!!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

O jeito de cada um de se mostrar


Ouvindo a música Pra você guardei o amor, interpretada por Nando Reis, percebi um detalhe já característico da obra musical do ex-titã. O modo de falar tão simbólico de falar das coisas simples da vida. Ou como mesmo a música fala: o jeito de cada um. As particularidades e principalmente o modo que cada um sente o amor. Suas nuances, seu altos e dificuldades comuns de uma relação a dois.

É ver no sentido de amar, seja o que for, uma ausência total de existir um 'porquê'. Não há explicação plausível para se começar a sentir aquele queimar dentro de nós. O querer de estar junto surge e não pede licença. E é por meio de cada modo tão peculiar de cada um de nós em sentir, demonstrar, curtir e viver, que essa vida nossa é tão legal e como isso faz tudo valer a pena.

Devemos entender o particular, como encaramos as situações, as brigas, as diferenças e nossas esperanças de ver o que buscamos no outro. Cada um se apresenta do jeito que veio ao mundo, claro, o tempo, as experiências nos mudam. Elas moldam o nosso viver. A cada piscar de olho, mudamos. Pensamos. Vivemos. Mudamos de um dia pro outro, e a cada percebida nos transforamos no que desejamos. Basta querer.

O nosso jeito de nos mostrar reflete no nosso astral, no dia a dia, no sorrir. Ele transforma nossa visão de mundo. Transfigura a ideia de mundo, das pessoas. Eu sou assim, sou transparência, emoção, lágrima, dor, mas sou também vida, alegria, sorrisos, pele, sentimento puro, mais comedido, mas ainda o sou. E o sou desde sempre, os casos da vida mudaram meu ponto de vista, e ainda bem que mudaram, pois como deve ser chato não poder alternar, experimentar, sem ter que dar uma explicação, uma desculpa ou argumento.

Como é bom! Ouçam a música ao lado de um bom vinho, viajem no sentimento, nas fantasias e estejam de praxe ao lado de alguém bem legal. Chamem seus fantasmas para bailar e brinque com o medo do amanhã. Seja meio que missionário e aviste o horizonte com um sorriso maroto de uma tarde de escola, onde não temos preocupações. Temos sim sonhos e planos aos milhares....

E guarde sempre isso, guarde o amor, mas não esconda pra si, distribua entre os seus, espalhe pelo mundo. Passe adiante!!! É isso que levamos da vida....