quinta-feira, 11 de março de 2010

O sorrir da bola


Assistindo o jogo do Santos contra o modesto Navariense, de Mato Grosso do Sul, pela Copa do Brasil -peraí, aquilo ali tá longe de ser considerado jogo, ali foi um massacre, os 10x0 no placar explicita isso de forma cabal. Mas o que vim aqui comentar hoje é o desempenho extraordinário dos meninos da Vila Belmiro. Neymar, André, Ganço e cia., liderados pela simpatia de Robinho esbaldaram talento e objetividade em campo. Isso sim é futebol bonito. Firulas objetivas, progressivas, e direcionadas ao gol.

Teve de um tudo: caneta, lençol, trivela, calcanhar. O leque de ferramentas é extenso, que o diga os times que disputam o Paulistão 2010. Mas enfim, toda essa alegria do futebol brasileiro, a malevolência, os dribles, o sorrisão estampado na cara, contrastam com a situação de um jogador excepcional, Adriano.

Não é de hoje que o álcool e a depressão atrapalham a vida de jogadores profissionais. São jovens que crescem sem referência, sem freio mesmo. É muito dinheiro entrando no bolso, e para quem não tinha nada é um conflito. Mulheres enormes, lindas e obssessivas pelos dólares dos rapazes enlouquecem a vida dos boleiros. Carros, dólares, casas, boates, festas, amigos, tudo sem orientação, psicólogos, sei lá. É necessário parcimônia mesmo.

Mas especificamente, o caso de Adriano é conflituoso. Pô, se ele admite que precisa de ajuda, que se permita ajudar. Que Deus não permita que ele tenha o mesmo fim de Garrincha, por exemplo. Todos, não apenas da mídia, mas flamenguistas, vascaínos, botafoguenses, tricolores, o mundo da bola torce pela recuperação do imperador. Que ele volte a sorrir como os garotos da Vila...grande exemplo.

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