terça-feira, 29 de junho de 2010

Praia, colégio e pagode: Maceió nos anos 90


Bastou ouvir o pagode irreverência do novo CD do Molejo, que lembrei dos tempos de uma Maceió mais malevolente. Sobre o CD do Molejo vale apenas para lembrar os tempos áureos de Anderson Leonardo e sua ‘lata’ engraçada. Nos idos dos anos de 1995, 96, 97, aquele dentinho enorme fazia sucesso. Fazer o que, né, gosto não se discute. As novas composições não empolgam e apresentam algo forçoso, mas enfim....

Direto do túnel do tempo recordei de tempos em que surgiam nos grandes colégios da capital alagoana, bandas de pagode. Tipo bandas de garagem que iam pros colégios pra mostrar seu som. Assim surgiram Cobra Criada, Intocáveis, Conversa Fiada, entre outros. Amigos de colégio se uniam para apenas se divertir e essa diversão ficou séria.

Nos intervalos dos dias de aula, o pátio, por exemplo, do Colégio de Santa Teresinha, onde estudei, ficava lotado. Em apenas 30 minutos, dava pra curtir, paquerar, dançar, era o espaço que os garotos tinham para divulgar seu trabalho.

Dos pátios escolares, as bandas ganharam os palcos de Maceió. Os pagodões de fim de semana eram disputadíssimos. Marquês, Galpão 4, o início do próprio Maikai. Bares que perceberam a oportunidade abraçaram a causa pagodeira.

A linha era múltipla: samba clássico de raiz, o pagode da moda, o baiano, e a swingueira. Tinha pra todo mundo. Conhecendo o Nordeste tinha percebido que naqueles específicos anos, Maceió era a capital que mais tinha um samba, um pagode mais desenvolvido.

Temos até escolas de samba. E além das bandas já citadas, somavam-se o pessoal do Sirrose, Boca de Forno, 7 Coqueiros, TentaSamba, e por aí vai....Maceió dançava bem mais!!!!

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