quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Como era bom


"Lembro com muita saudade aquele bailinho, onde a gente dançava bem agarradinho...", assim Reginaldo Rossi canta um de seus maiores sucessos. São nesses versos que os amantes dos bons e velhos bailinhos viajam no tempo. Este fim de semana que passou aconteceu um bailinho desses em minha cidade natal. Não, eu não fui...lamentavelmente não pude ir. Mas minha mãe, uma tradicional frequentadora dos antigos bailes, contou tudo. E deu aquela vontade de voltar no tempo.

Quem nunca foi, não pode ter uma noção do que isso representa para um município pequeno, onde a sociedade poucas vezes se reune para badalar de um modo mais light. A banda toca os clássicos da música brasileira, a dança só pode ser com o rosto colado. Dois pra lá, dois pra cá. Corpo juntinho. O cheiro que se sente é do perfume da moça. Sem aperreio, sem a fuzarca de um show comum.

A mística é diferente. O clima é outro. A situação é outra. É lugar de flerte, cortejo, conquista à moda antiga. Nada daquele beija, beija das micaretas. É o pega na mão, do enlace que dura uma noite inteira. E quando se consegue o que se deseja, você pede que cada canção seja interminável. Você implora para que os ponteiros do relógio parem, que a noite seja eterna.

Cada vez são mais raros tais eventos. Até seus ídolos já passaram dessa pra melhor. Os reis dos bailes como Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Noite Ilustrada, entre outros...não estão mais entre nós. Cresci ouvindo eles, e até hoje quando ouço suas músicas, sinto aquele cheirinho de passado saudosístico.

Ôôôô tempo bom

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