terça-feira, 13 de maio de 2014

Sente e segue



Vou avisando que não sou psicólogo, psiquiatra ou ainda psicanalista, ou qualquer outra cadeira acadêmica especializada no estudo da psiquê humana. Guio-me pela convivência diária com esse bicho estranho que é o ser humano. Ô raça complicada, da qual me incluo! Sou de convivência difícil, desde já reconheço, porém tento evoluir diariamente, conhecendo e aprendendo com meus erros diários, porém não consigo não me impressionar com a capacidade de surpreender do próximo.

Eu sou de amizade fácil, gosto de conversar, papear; porém, meu fraco, como de todo canceriano, é se expor, abrir-se quando sente-se confortável. É quando os escorpiões dão o ar da graça e nos esporam por trás, ou melhor, como nós cancerianos somos carangueijos, nosso ponto mais maleável é a frente, nossas costas são sólidas, a couraça nos protege. Porém, o ataque acontece quando menos esperamos. Na surdina, no momento de guarda baixa.

Aprendi que temos que dar oportunidade as pessoas para que elas se recomponham, se regenerem, até mesmo quem sabe, arrependerem-se de seus erros, ou ainda até, tentar consertá-los. Infelizmente qualquer destas possibilidades são raras, pois temos no sangue a teimosia de carregar o ódio, o rancor, o "deixe estar". O troco não será por nossas mãos. A própria vida se encarrega. Se você não foi legal com alguém aqui, lá na frente, outro te vingará. Caso fostes falso com um terceiro, o próximo será contigo e te decepcionará tanto quanto o primeiro.

É assim que tento ser, aprendendo com estas lições que a vida nos dá. Idas e vindas que nos dão a prova de como somos pequenos diante da imensidão divina, da misericórdia, do poder de dar, sem receber. Longe estou deste tipo de evolução espiritual, porém, mesmo assim, sigo tentando. Deixando de lado decepções, aflições e derrotas, por que sei que a redenção é breve, pode até demorar, entretanto, espero calmamente.

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