sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E....



Cada história, por pior ou melhor que seja, tem um fim. Há quem diga que quando não terminou bem é por que não terminou. Existem também os pessimistas que invertem esse papel e dizem que são os finais tristes que de fato são os derradeiros. Por fim, este post vem dar linhas finais a uma história que eu vou contar para meus filhos por muitos anos. É uma história de fé, surpresas, preces, lágrimas, rezas e correntes de fé sem fim.

Neste sábado, dia 25 de fevereiro, Heverlane pode colocar em seu calendário como o dia de um segundo nascimento, pois é quando que ela realmente recebe alta do Hospital e torna para uma nova vida. Ela deu entrada no dia 29 de janeiro com um quadro clínico aparetemente irreversível, beirando uma leucemia. O desespero do jovem casal estava estampado em nossos rostos. Entretanto, algo dentro de mim ainda me mantinha a calma. Parecia que estávamos sacramentados a conhecer um anjo.

Sem asas e sem aréola, um anjo que foi usado pelo próprio Criador. As palavras da doutora Marta Galvão foram mais precisas do que sua competência e autoridade ao devolver a Heverlane a plena saúde. "Deus me usou para curar ela. Eu não fiz nada. Fui apenas um instrumento. Pois a situação dela era de um paciente de altíssimo risco e hoje ela está assim", descreveu com a maestria de sempre o que aconteceu resumidamente.

Nosso Carnaval foi vendo pela Tv, o que lá fora acontecia. Pelas redes sociais, via a animação de amigos, não os invejava. Apenas curti meu Carnaval de modo diferente, dediquei meu tempo a pessoa que mais precisava de mim. Até por que se temos uma certeza no país é que a folia momesca é a única garantia em 2013. Nada mais.

A acompanhei em cada abrir de olho, em cada mexer de mão uma vitória, um singelo gesto, que para qualquer mortal não é nada. Mas para quem viu o dia a dia desse fevereiro moroso e sofrido, foi um regozijo sem tamanho. Identificar cor em sua face era outro gol de placa que pôs um sorriso generoso em nós. A fala, a memória, tudo foi um lento processo de aprendizado de valorização da vida. Entre as recaídas, encontrávamos a motivação para novas tentativas. O desânimo tomava conta, mas algo nos emperrava. Ela até não me deixava mais escrever aqui sobre ela, mas a fé e energia - num sei onde - dava seus pulos e mostrava que tudo ia dar certo.

E foi pela experiência dela que aprendi como nossa vida é frágil, irrisória, mas ao mesmo tempo tão importante para um bem maior que nem temos notícia do que seja. Assim, num estalar de dedos, não temos mais o sopro da vida. E a lição que tiramos? Bem, varia bastante. Aproveite sua disposição, sua juventude, seu ímpeto, seus desejos, seus sonhos e oportunidades. Curta mesmo. Se tiver vontade, faça. Esqueça o pudor, os impedimentos. Viva. Faça valer a pena. Pois, quando você menos esperar, já foi e você nem viu....ou melhor, verá de outro plano - lá de cima.

P.S.: Logicamente, jamais vou parar de agradecer....Deus pague a todos vocês a corrente de orações, pedidos e intenções a Heverlane. Muito obrigado, de coração.

Um comentário:

  1. Feliz por ela estar bem. A saúde é, de fato, o bem mais precioso que possuímos. Que Deus abençõe vcs dois! Um beijo!

    ResponderExcluir