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Inspirado num post de uma amiga blogueira que falou da obra hipnotizante de Cândido Portinari, vou relatar minha experiência com a arte moderna, mais precisamente o contato com a arte marcante e inesquecível de August Rodin. O artista parisiense, que curiosamente nasceu numa favela, era míope e considerado retardado na infância.
Para você que não tá ligando o nome a pessoa, é o camarada que fez O Beijo e O Pensador- obras aí ilustradas nessas fotinhas. Rodin foi o mais controvertido artista de seu tempo (1840-1917). Tal como Michel Ângelo, ele tinha a audácia de modelar o corpo humano, com a força da beleza natural. Rugas, feições rudes, músculos contorcidos, detalhes que caracterizavam a arte de Rodin.
Vi de perto o talento desse escultor, em Recife (PE). O ano era 2000, meu primeiro ano de universidade. Fomos para participar de um encontro de jornalismo, mas de passagem pela cidade fomos ao Museu de Arte Moderna do Recife. E lá estava a exposição rotativa de Rodin, que tinha saído da Europa e iria rodar a América Latina.
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Cara, a gente pensa que são obras enormes, monstruosas, mas são as riquezas dos detalhes que maravilham a alma. Você viaja olhando pra uma obra dessa. É tudo tão perfeito, tão rico em poesia corporal. É muito massa. Aconselho a pesquisarem mais sobre o artista francês.
Rodin começou cedo os passos na arte, com 13 anos já dava o ar da graça. Aos 18, após ser reprovado três vezes no exame de admissão à Escola de Belas-Artes, passou a trabalhar como moldador, confeccionando objetos ornamentais.
Controvertido, rejeitado, garanhão, chato, de início as obras do escultor francês eram rejeitadas por ilustrar justamente isso, a sexualidade humana. Mas suas maiores obras ganharam vida na década de 1880: O Pensador (1880; Museu Rodin), O Beijo (1886; Louvre), e O Filho pródigo (1889; Museu Rodin).
Arte é sempre bom pros olhos e pra alma, portanto em tempos que a arte é tão cara e inascessível, não percam a chance de conhecer mais peças teatrais, quadros, pinturas, coisas do tipo. Vale a pena.