terça-feira, 28 de julho de 2009

Casamentos


Em virtude das nossas fases e idades da vida, acabamos frequentando certas festas que marcam época. Na adolescência, a moda é festinha de 15 anos. É de monte. Depois da puberdade, é a vez das formaturas de colégio, elas pipocam em dezembro e movimentam a galera cheia de hormônios.

Em seguida, e não demora muito, são as formaturas de faculdade. Nooooossssaaaa, essas são de arrombar mesmo. A briga por senhas e convites criam novos amigos e inimigos eternos. Por fim, aliás, não diria 'por fim', pois ainda não terminou, estamos no meio do caminho ainda. A fase agora é frequentar casamentos.

Caros leitores, é muito casório. Bem, há quem diga que a instituição do casamento é fálida. Tudo bem, mas a indústria do casamento está cada vez mais profissional. Um simples indicativo disso. Só eu, um relés jornalista, tenho três amigas que são donas de empresas de cerimonial casamenteiros. E com muito sucesso por sinal, por que elas não param. Todo fim de semana acontece os 'unidos para sempre'. É muita gente casando mesmo.

Agora, se esses casais que trocam juras perenes de amor separam-se com a rapidez de uma novela das oito, aí é outra página da história. O que vale é que as pessoas ainda acreditam no sonho do casamento, a vontade e a missão de se unir a outra pessoa e juntar as escovas de dentes.

Apenas de amigos que casaram no período de um ano somam-se sete casais de uma turma de amigos. É muito raio pra cair no mesmo lugar. E curiosamente neste fim de semana, eu e minha namorada, Heverlane, estávamos numa loja de eletroeletrônicos, e uma figuraça de um senhor de 80 anos, nos chamou a atenção por sua simpatia e descontração. O nome dele não me recordo bem, o nome dele é francês, e como ele mesmo disse, tem que fazer biquinho, se não, não acerta.

Aquele senhor que estava tentando fazer uma compra e acabou ganhando um monte de amigos momentâneos é casado há 50 anos, e vendo a mim e Heverlane, ele veio perguntar se éramos casados. E então uma enchurrada de conselhos veio até nós. Segundo o bem humorado senhor francês, ele disse que casar está fora de moda; engraçado ouvir isso de uma pessoa que está a 50 anos com a mesma mulher, e mais uma vez ele mesmo enfatizou, que ainda dá no couro. Enfim..

Para o nosso novo amigo, casar é claro, é um passo muito importante e fundamental para o ser humano. Mas a alternativa que os tempos modernos ensinaram ao velhinho é que o lance é se juntar. Ora, ele teve duas filhas, uma arquiteta, outra engenheira, ambas muito bem de vida, mas se separaram. É complicado. Traumatizou o côroa.

Eu e Heverlane mesmo. Somos um exemplo da geração que passa por isso. Nossos pais são separados, e esse exemplo tão próximo de nós provoca um desejo de casar e corrigir os erros de nossos pais. É descobrir de perto e por meio de nossa vivência dentro do relacionamento, porém como filhos, fazer certo, o que eles fizeram de errado.

Mas o conselho que ficou do bom velhinho com boina cinza, bem francês mesmo, foi a de resistir sempre, ter muita paciência, ceder, e ceder muito, muito mesmo. De acordo com ele, compensa. "A gente abre mão de muita coisa, mas compensa, compensa bastante", disse a figura com um sorriso largo estampado no rosto.

Serve de exemplo. Casar está na moda. Até por que na lista de festas que seguimos ainda tem os batizados, e começa tudo de novo, aniversários dos filhos, 15 anos.....e por aí vai!!!E essas festas você não quer ficer sozinho? Ficar pra titio(a) não rola, né verdade!!! Inspirem-se, gente...casem-se.

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