segunda-feira, 17 de março de 2014

Espionagem política de nossos dias


Quando se fala em espionagem vem logo na cabeça a imagem de James Bond. O histórico personagem da Ian Flemming habita o imaginário popular quando o assunto é fuçar os segredos alheios. Só que quando se trata de política, não é necessário ter aquele olhar fulminante e sedutor, habilidade com armas e força nas pernas para pular de explosões em sequência. Tudo bem que uma boa lábia e saber ser invisível são qualidades imprescindíveis.

O que quero dizer com isso é que a espionagem política existe e é utilizada frequentemente por ambos os lados - seja oposição ou situação - e está por aí. Conhecer bem as pessoas é fundamental. Reconhecer rostos, funções, histórias de vida e relações pessoais, familiares e até amorosas são armas que podem ser úteis ao bom espião político.

Seja discreto. Fale com pessoas, seja articulado, penetre no evento político - se for o caso - sem ser percebido, entretanto se mostre envolvido de alguma forma, membro do grupo para não chamar a atenção negativamente. Caso contrário será convidado a se retirar por seguranças fortões.

Em filmes de ação, quais as profissões mais frequentemente usadas pelos infiltrados: repórter e garçom. É fichinha, na lata. Não tem erro!! Bem, como você não tem estrutura para se infiltrar no buffet da solenidade trate de arranjar - ou falsificar - um crachá de alguma rádio dos confins do Judas ou de um site pouco conhecido. Vale também jornais de outros Estados, mas cuidado com o questionamento: "Mas o que vocês querem com as eleições daqui?" Fique atento e responda convincentemente.

O bom espião sabe filtrar informações e identifica no ato a hora de sair sem ser percebido. As informações conseguidas vão servir para construir estratégias de contraponto. O contra-ataque é feito com dados de encontros desta natureza, sem dúvida. Salvando, claro, informações de 'aliados' que acabam mudando de time com o jogo em andamento. Não é incomum, traidores em politica se encontram aos montes. Esteja preparado, mas cuidado com este tipo de informação, pois pode ser algo plantado com segundas, terceiras e até quartas intenções.

E ainda tem os dossiês que são feitos nas redações de jornais com um robusto clipping da vida pregressa do alvo. Agora com a quantidade enorme de sites noticiosos, esse aparato informativo negativo é um perigo.

Nessa vida louca o jornalismo já me levou a situações assim. Já me infiltrei em eventos políticos de adversários e até entrei em órgãos oficiais com falsas intenções, que não cabem aqui comentar. É uma adrenalina gostosa. Causa uma tensão é bem verdade, porém, não podemos perder o foco, é pegar a informação e sair de fininho. É uma das vantagens de ser 'invisível' e conhecer muita gente sem ser conhecido. O resto a experiência mostra....

Outra coisa, em tempos de celulares, smartphones, tablets, enfim. Tudo isso pode ser clonado e devidamente grampeado. Cuidado, eu mesmo tive que me desfazer de telefones após campanhas politicas. Muito cuidado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário