quarta-feira, 12 de março de 2014

Necessária e libertadora


A verdade é absoluta e incontestável. Ela aparece sem pedir licença. Não tem hora, dia ou local. Irrefutável, ela destrói vidas, planos, caminhos, mas corrige injustiças e dá aos justos a luz que cada um merece ter. Imprescindível! Vital para todos aqueles que vivem sob a luz da realidade e justiça. Não adianta tapar o sol com a peneira ou confiar no silêncio alheio; de um modo ou de outro, os fatos são comprovados, as mentiras caem e o imponderável se apresenta seco e duro. Ela ressuscita.

É através desta verdade, que contra ela não há argumentos, que conhecemos as pessoas sem máscaras, sem convenções sociais ou filtros. A tememos e muito. Ela não deixa esconder o segredo mais sórdido, a palavra não dita, o olhar desviado, aquilo que foi ocultado ou negado por infinitas vezes. As cortinas se abrem e ficamos nus.

Pode esperar. A dúvida mais profunda sempre vai se revelar, mentira ou não. Paciência, ela chega dos modos mais inesperados e improváveis, não tem jeito, gente. Não se escapa da justiça divina. A lâmina fria e inquebrável da verdade corta nossa carne sem olhar idade, crença, classe social ou condição financeira; não há sexo, profissão, ou tema que drible.

Ela não se debate, por mais que a antropologia afirme com todo o embasamento legal que cada etnia, cultura ou até mesmo pessoa, tem uma verdade sua. Nossa bagagem cultural realmente comprova isso. Para alguns povos africanos extirpar o hímen feminino é comum, apesar de violento e desumano. Poligamia é aceitável em culturas árabes. É a verdade deles e ponto final, sem arestas.

Mas quando tratamos de gente, pessoas, quando conhecemos realmente como elas são não há gueri-gueri. Imaginamos certas pessoas como anjos ou demônios. Fatos levam a rotularmos e assim criamos as imagens, personificamos nelas verdadeiras definições do bem ou do mal. "Fulano é do bem demais; Sicrano é o diabo em forma de gente"...são intermináveis os conceitos sobre A, B ou C, pois deles acumulamos experiências, histórias, convivências, depoimentos. Tudo contribui para a construção deste perfil. As fontes são importantes? Sim, verdadeiras ou não.

Ao nos depararmos com a verdade sobre estas pessoas ou nos chocamos ou apenas liberamos o "eu já sabia". Por mais doloroso que seja, a verdade vem como um bálsamo para aliviarmos, tira de nós um peso colossal da dúvida ou desconfiança. Revela-nos a face horrenda da mentira disfarçada de curta verdade, ou simplesmente nos dá o alento da verdade absoluta diante do que já achávamos sobre tal.

Por fim, a verdade sempre se faz necessária para recolhermos os caquinhos de nosso coração, enxugar nossas lágrimas, além de fazer-nos refletir sobre nossas futuras decisões e atitudes. Que venha a verdade. Dela quero beber e me inebriar não importa a que custo. Por favor, garçom, dois dedos de verdade com um pouco gelo, urgentemente.

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