terça-feira, 11 de março de 2014

Onde nasce a informação?


Quem pauta quem? Em um passado não muito distante, era nas ondas do rádio que o processo jornalístico começava. Era o rádio que pautava Deus e o mundo diminuto das redações. Ninguém saia de suas cadeiras nos jornais e emissoras de Televisão sem se sintonizar na produção radiofônica. A situação mudou um pouco.

O imediatismo do rádio ainda é inegável, nem se compara. Mas a velocidade em que os fatos acontecem ultrapassa o senso do supersônico. Os sites noticiosos se aproximam mais deste poder, porém no meu entendimento, já tomou esse trono. Os radialistas já bebem desta fonte. Lêem as notícias reproduzidas pelos sites numa boa, sem constrangimento algum. Alguns dão devidamente o crédito e prestigiam - ou lavam as mãos - pela informação reproduzida. Claro, por favor, ninguém toma do 'Ao Vivo' o ineditismo.

É bem mais fácil copiar do que criar, pensar, produzir. Nesta briga de titãs do jornalismo, os jornais e as emissoras de TV ficam realmente na rabeta da produção jornalística. Não são o nascedouro e sim a foz. Sem demérito. Podem até contar a história de modo mais claro e com mais artifícios.

Ah tá, a figura dos pauteiros/produtores. Eita que função ingrata! Eles pensam, imaginam como a informação pode chegar ao cidadão. Sou fã! Poucos lembram dos pauteiros, as vedetes são sempre os repórteres. É o nome deles que aparece no produto final. Alguns veículos de comunicação impressos dão nome e sobrenome dos produtores e até editores de texto, assim como acontece na TV. Ora, nada mais justo. Admiro quem pensa.

Durante quatro anos que passei por uma redação de impresso, três como editor de caderno de Política, fiz de um tudo para inverter esse papel. Criei no jornal uma fonte de pautas. Como eu lia diariamente os diários oficiais da Justiça comum e Eleitoral, como também do Tribunal de Contas e dos governo municipal e estadual perdi as contas de quantos casos noticiei, dando assim o tão almejado 'furo jornalístico'. Poucos percebiam, ou admitiam, essa vantagem da Tribuna aqui em Alagoas. Muitos torciam o nariz e pensavam até que era articulação minha com as assessorias. Tolice!!!

Pelo desconhecimento do mundo jurídico e também por preguiça, muitos colegas não gostam de ler os boletins judiciais, imaginem do Município ou Governo. Lamentável, pois ficamos a mercê de um jornalismo monótono e pouco prestativo, onde é reproduzido apenas o mais do mesmo e informações rápidas, sem apuração ou profundidade. Onde iremos chegar? Bem, seremos pautados apenas pelas assessorias. E o pior, ainda tem jornalista que se diz assessor e tem horário para ser assessor...ai ai ai ai.....eita jornalismozinho sem vergonha; porém, este é assunto para outro post.

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